Depois que o Governo do Rio Grande do Norte requisitou o prédio do antigo hospital Papi para fazer um hospital de campanha durante a crise do novo coronavírus – o Covid-19 – os empresários dos grupos Incor Natal e do Delfim Saúde, donos do Hospital Rio Grande, suspenderam o processo de compra do imóvel. A informação foi confirmada ao G1 pela assessoria de imprensa do Hospital Rio Grande nesta quinta-feira (26).
Ainda de acordo com a direção do Hospital Rio Grande, apesar da requisição do prédio, a estrutura precisaria de uma reforma que levaria de quatro a seis meses para ter condições de uso. A Secretaria Estadual de Saúde (Sesap) afirma que uma visita técnica foi realizada no local no início desta semana, após a publicação de uma portaria de requisição no último domingo (22). De acordo com a pasta, a utilização do prédio ainda está sendo estudada e há outros prédios em análise.
A venda direta, feita pela Justiça do Trabalho, foi anunciada no dia 12 de março, com valor em torno de R$ 19 milhões. Na ocasião, foi informado que a compra solucionaria a situação de 700 processos trabalhistas do antigo Papi. O processo estava em andamento, em fase de escrituração, mas nenhum valor havia sido repassado ainda.
A estrutura onde funcionou o hospital está fechada há alguns anos. O prédio possui aproximadamente 2.860 metros quadrados, comportando até 150 leitos, além centro cirúrgico, centro de cuidados intensivos, consultórios, entre outros espaços.
Ainda de acordo com a assessoria do grupo empresarial, os investidores não são contra a requisição e entendem a situação de emergência, mas só devem concretizar a compra a partir do momento em que o período de uso pelo Estado for concluído e se ainda houver interesse, considerando a situação do mercado.