Pouco mais de uma semana depois de assumir ser homossexual, o ginasta Diego Hipolito, 32, revelou em entrevista à revista Quem já ter tentado tirar a própria vida.
“Isso são coisas muito pesadas, eu sei. Mas são coisas que muitas pessoas passam e depois não sabem como lidar com isso”, disse Hypolito sobre as tentativas de suicídio.
Segundo o atleta, uma soma de episódios o levou a essa condição: as quedas olímpicas, a demissão do Flamengo, o fato de ter morado sozinho durante um ano em São Paulo e um relacionamento que terminou.
Em 2014, o ginasta buscou ajuda profissional e foi internado em uma clínica psiquiátrica.
“Aconteceu tanta coisa na minha vida que não tinha como eu não ter algum problema psicológico, é natural. Eu acho que todo problema psicológico é excesso de muito problema que você não tem controle”, afirmou.
Antes da prata olímpica nos Jogos do Rio, em 2016, Diego Hypólito sofreu com quedas seguidas nas duas edições anteriores da Olimpíada.
Em Pequim-2008, quando estava no auge de sua carreira, precisava apenas terminar sua sequência de saltos para conquistar o ouro, mas caiu de bunda no chão. Na edição seguinte, em Londres-2012, caiu de cara durante sua apresentação e viu o sonho da medalha terminar outra vez.
No início do ciclo olímpico para o Rio de Janeiro, enfrentou uma depressão em 2013 após a saída do Flamengo. Chegou a perder 10 kg.
A redenção começou no Mundial de 2015. O atleta viajou como reserva, mas acabou entrando na equipe titular por conta de uma lesão de Péricles Silva. No torneio, ajudou o time a conseguir a vaga para a Rip-2016 e faturou um bronze, que se juntou às medalhas de ouro no solo conquistadas em 2005 e 2007.
No Rio de Janeiro, enfim conseguiu sua primeira medalha olímpica, após boa apresentação no solo, que garantiu a ele a medalha de prata.
Folhapress