O aplicativo ConecteSUS, do Ministério da Saúde, continua fora do ar depois do ataque hacker ocorrido na madrugada da sexta-feira, 10. Nesta segunda-feira, 13, o ministério emitiu nota informando que o processo para recuperação dos registros dos brasileiros vacinados contra a Covid-19 foi finalizado, sem perda de informações.
No dia do ataque, além do aplicativo ConecteSUS – que reúne informações do histórico clínico dos pacientes, como vacinas recebidas, exames, medicamentos e os comprovantes de vacinação da Covid-19 -, vários sistemas da pasta foram comprometidos, como e-SUS Notifica, Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI). Mas alguns já foram restabelecidos, como o de regulação das filas do SUS e de marcações de cirurgias.
Na ocasião, o LAPSUS$ Group assumiu a autoria do ataque. O Gabinete de Segurança Institucional e a Polícia Federal continuam investigando o caso.
NOVAS REGRAS
Motivada pelos ataques de hackers a sites de órgãos públicos, a Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT) do Senado promove na quarta-feira, 15, a partir das 11h, audiência pública para debater a segurança de dados pessoais de cidadãos brasileiros.
No requerimento em que pede a audiência, o senador Carlos Viana (PSD-MG) considera “indispensável” o envolvimento do Parlamento na questão da segurança de dados. Ele destaca que o episódio de vazamento ocorrido no início do ano foi “o maior da história do Brasil”. As informações pessoais, inclusive de pessoas já falecidas, circularam em fóruns da internet e incluíam CPF, nome, endereço, foto, score de crédito, renda, situação na Receita Federal e Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).