Mesmo com a pandemia, o Brasil registrou a contratação de 143.000 pessoas com carteira assinada em 2020. Foram 15,16 milhões de contratações contra 15,02 milhões de demissões no período. Esse foi o 3º ano seguido com saldo positivo na abertura de vagas formais. Mas é o pior resultado para um ano desde 2017, quando foram fechados 20.832 postos de trabalho.
Os números são do Caged (Cadastro Nacional de Empregados e Desempregados). Foram divulgados nesta 4ª feira (23.jan.2021), pelo Ministério da Economia.
O resultado de dezembro ficou negativo em 67.906 postos, que ainda assim é o melhor resultado para o mês desde 1995. O número veio melhor que a mediana das estimativas do mercado financeiro consultados pelo Poder360.
O dado é uma vitória para o governo, na avaliação do ministro Paulo Guedes (Economia), que aposta em uma recuperação em V no mercado de trabalho. Segundo ele, o resultado de 2020, mesmo com crise sanitária e pandemia, é positivo se comparado a outras turbulências econômicas.
Durante a crise econômica do governo Dilma Rousseff (PT) o setor formal sofreu com muitas demissões. Em 2015, foram fechadas 1,5 milhão de vagas com carteira assinada. Em 2016, foram mais 1,3 milhão.
O resultado positivo em 2020 é explicado, entre outros fatores, pelo programa de manutenção do emprego e renda. A iniciativa permitiu a suspensão temporária de contratos e a redução de jornada e salário. Isso evitou a demissão de pessoas durante o 1º ano da pandemia.
SETORES
Apenas o setor de serviços teve resultado negativo no ano. É o segmento que, tradicionalmente, mais têm postos de trabalho. Eis o resultado por segmento:
- serviços: -132.584;
- comércio: 8.130;
- indústria geral: 95.588;
- construção civil: 112.174;
- agropecuária: 61.637.
Poder 360