Syilvio Pedroza está, de novo, presente no Parque Aristófanes Fernandes. A Associação Norte-Riograndense dos Criadores (Anorc) em homenagem ao ex-governador do Estado construiu uma estátua na entrada principal do parque, que foi inaugurada nesta quinta-feira (18), com a presença de familiares do homenageado, diretores e ex-diretores da Anorc.
O parque, como conhecemos hoje, foi idealizado e inaugurado pelo então governador, em 1953. Amigos de Sylvio Pedroza, Diógenes da Cunha Lima, membro da Academia Norte-Riograndense de Letras, e o ex-presidente da Anorc, Kleber Bezerra, relembraram os feitos do governador do estado.
“Ele era um amante da agropecuária, mesmo sendo um grande esportista, era ligada ao campo”, disse Diógenes, e Kleber acrescentou, “a obra que mais me marcou foi a Avenida Circular, que integrava a cidade com as praias, hoje é a Avenida Café Filho. Sua maior vocação era o Executivo e sua história se confunde com a história do Rio Grande do Norte”.
O filho de Sylvio Pedroza, Luiz Eduardo Pedroza, agradeceu a iniciativa da Anorc e comentou que o pai recebeu muitas homenagens em vida, e após sua morte. “Mas esta é, sem dúvidas, a mais significativa”.
“É bom ver como o meu pai ainda é lembrado e reconhecido pelos seus conterrâneos. Fica a saudade como pai e do homem público que foi”, completou Luiz que representou outros quatro irmãos.
O presidente da Anorc, Marcelo Passos, reafirmou que Sylvio Pedroza construiu algo diferente do que era visto naquela época e reforçou a sua importância para a agropecuária do estado. “Não sabia de todos os seus feitos, mas vejo que ele mesmo morando fora, não esqueceu a fazenda, as vaquejadas. Quando ele idealizou o parque, ele foi um homem além do seu tempo”, concluiu.
A história do parque
Em 1949, o local funcionava como um parque de vaquejadas, e em 1953, o governador Sylvio Pedroza implantou os primeiros galpões em alvenaria. Dois anos depois, veio a inauguração oficial, que fez o espaço passar a ser conhecido como parque de exposições, e a primeira mostra de animais e máquinas agrícolas sendo realizada em 1956.
Em 1961, no governo de Aluízio Alves, recebeu a primeira grande reforma, assumindo as dimensões atuais e ganhou o nome em homenagem a Aristófanes Fernandes, ex-deputado estadual e federal, responsável por fundar a primeira fábrica de leite de maniçoba do RN. Em 1985, durante a gestão do governador José Agripino, as exposições anuais passaram a ser chamadas de Festa do Boi.
Atualmente, o parque possui uma área de 27 hectares, com espaços construídos para exposições de bovinos, caprinos, ovinos, equinos, aves e demais criações. O local ainda conta com um laboratório de análises clínicas veterinárias, auditório para palestras e arquivos com registros dos rebanhos potiguares, além das sedes de várias associações de criadores filiadas à Anorc, como também o escritório da Emater.
Julgamentos e leilões
Os julgamentos de animais na Festa do Boi continuam. Na quarta-feira, foi encerrado o julgamento da raça Gir, que teve como ganhadores Alexandre Oiticica (categoria Criador) e Cipriano Correia Júnior (categoria Expositor). Na raça Sindi, o grande vencedor foi Josemar França, nas categorias Criador e Expositor. Nos leilões, o 3º leilão Nelore Montana e Convidados arrecadou mais de R$ 750 mil. O tradicional leilão de cavalos da raça Quarto de Milha bateu R$ 1,4 milhão.