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Aliados de Cunha dizem que ele anunciará renúncia em julho

GESTO OCORRERIA ÀS VÉSPERAS DA DECISÃO DA CCJ SOBRE CASSAÇÃO DE SEU MANDATO.

GESTO OCORRERIA ÀS VÉSPERAS DA DECISÃO DA CCJ SOBRE CASSAÇÃO DE SEU MANDATO.

Interlocutores do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmam que ele está disposto a apresentar sua renúncia ao cargo no dia 11 de julho, logo antes da votação do relatório sobre o processo de cassação do seu mandato na Comissão de Constituição de Justiça (CCJ). A renúncia seria um gesto de boa vontade para com seus pares para tentar, assim, evitar ser cassado. Uma tentativa de solucionar o caso como fez o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), em 2007, quando renunciou à presidência da Casa para escapar da perda do mandato.

As contas que chegam para os líderes na Câmara são de que Cunha já teria a seu favor cerca de 28 votos de um total de 67 integrantes na CCJ. Para aprovar o recurso e devolver o processo ao Conselho de Ética – o que retardaria ainda mais sua conclusão —, é necessária apenas maioria simples, ou seja, metade mais um do total de presentes à sessão.

Auxiliares na defesa de Cunha junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) têm garantido a interlocutores do peemedebista que ele pretende de fato renunciar ao cargo. Além do gesto político, destacam que a renúncia poderá lhe trazer mais efeitos benéficos. Os processos de que é alvo na Corte deixariam de ser julgados pelo plenário do Supremo — foro reservado aos presidentes da Câmara e do Senado – para cair nas mãos da Segunda Turma, comandada pelo ministro Gilmar Mendes, tido como um personagem com o qual Cunha mantém boa relação. Além disto, os julgamentos na Segunda Turma não são televisionados, o que diminuiria a pressão sobre os ministros para que condenem Eduardo Cunha.

O Globo

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