O jornalista Alexandre Garcia, 78 anos, disse ao Poder360 nesta terça-feira (15) que não foi sondado e não aceitaria comandar a EBC (Empresa Brasil de Comunicação) caso fosse convidado pelo governo de Jair Bolsonaro. A possibilidade foi aventada na mídia esta semana.
“Eu não fui contatado, não sabia disso e se fosse contatado eu teria dito que não quero”, afirmou.
Garcia saiu da Globo em dezembro de 2018, depois de quase 31 anos de trabalho na emissora. Disse que agora investirá nas redes sociais e será youtuber.
“Eu estou chegando a 1 milhão de seguidores no Twitter, cheguei a 400 mil no Face e quero diversificar para o Youtube. Eu estou preparando 1 estúdio na minha casa”, declarou.
Ele contou ainda que o canal que lançará no YouTube seguirá a mesma linha dos trabalhos feitos na TV, com análises, comentários, entrevistas e os bastidores do governo.
Garcia era comentarista político no Bom Dia Brasil e apresentava o Jornal Nacional em folgas dos apresentadores fixos. Também apresentou programas no canal de TV paga GloboNews.
“Estou há 42 anos aqui em Brasília e só fiquei 1 ano e meio perto do governo. O resto eu me mantive distante para poder trabalhar direito”, disse.
O jornalista foi porta-voz do governo do general João Batista Figueiredo de 1979 a 1980 e também já foi cotado para o cargo no governo Bolsonaro.
Em 28 de dezembro de 2018, o diretor de jornalismo da TV Globo, Ali Kamel, divulgou nota anunciando a saída do jornalista, mas não deu explicação para o desligamento.
A emissora recomenda que os profissionais evitem demonstrar preferência política nas redes e Garcia havia publicado em 30 de novembro de 2018 no Facebook um artigo em que dizia que o presidente Michel Temer “atenuou o caos Dilma” e elogiava Bolsonaro.
No início do ano, Garcia publicou diversas fotos ao lado do presidente da República e de integrantes do governo, como o ministro da Justiça, Sérgio Moro, e o ex-comandante do Exército e atual integrante do Gabinete de Segurança Institucional, general Villas Boas.
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