A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, anunciou nesta terça-feira (1º/11) que o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), vai coordenar a equipe de transição de governo junto com ela e o ex-minsitro Aloizio Mercadante (PT). A petista disse ainda que a primeira reunião com integrantes do governo Jair Bolsonaro (PL) será na próxima quinta-feira (3/11), em Brasília.
Segundo Gleisi, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, disse que Bolsonaro “deu aval” para o início da transição de governo, embora não tenha reconhecido até agora a derrota nas urnas no último domingo (30/10). A petista vai apresentar os nomes da equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta terça, durante a reunião com o ministro, e ainda aguarda a indicação de quem participará da transição por parte do governo Bolsonaro.
Ainda de acordo com a presidente do PT, “todos os partidos” que apoiaram a candidatura de Lula irão participar da equipe de transição. Ela ressaltou, contudo, que os nomes indicados não devem ser considerados prováveis integrantes do futuro governo. Gleisi afirmou que Lula não tem pressa para anunciar os nomes os ministros. “Não há discussão sobre ministros. Não há esse urgência”, afirmou.
A equipe de transição petista será divida por setores, como economia, meio ambiente, educação, saúde e social. A prioridade inicial do grupo está em analisar a situação fiscal do país e o Orçamento previsto para 2023. O objetivo é tentar realizar ajustes para que Lula consiga manter o Auxílio Brasil em R$ 600 e aumentar o salário mínimo no primeiro ano de mandato, promessas da campanha petista.
COP-27
Gleisi também confirmou que Lula vai comparecer como presidente eleito à cúpula climática da Organização das Nações Unidas (COP27), que reunirá líderes mundiais a partir da próxima semana em Sharm el-Sheikh, no Egito. Segundo ela, Lula foi convidado pelo governador do Amapá, Waldez Góes (PDT), que integra a comitiva brasileira. O presidente do Egito, General Sisi, também convidou Lula para o encontro depois da eleição.
Bloqueios
A presidente do PT também criticou os bloqueios de estradas feitos por caminhoneiros bolsonaristas após a derrota do presidente da República nas urnas. “São os arruaceiros do Bolsonaro. Espero que a polícia coloque ordem nessa situação”, afirmou, e se mostrou contra uma possível ação do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) para tentar desobstruir as rodovias. “É um problema do Estado”.
