O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse que o PSDB não precisa integrar um eventual governo Michel Temer, mas tem o “dever” de apoiar e sustentar no Congresso a gestão do peemedebista que pode assumir a Presidência se o Senado aprovar o impeachment e, consequentemente, a presidente Dilma Rousseff for afastada.
Com a ressalva de que não tem falado com Michel Temer desde a aprovação do impeachment pela Câmara dos Deputados, o governador de São Paulo disse, em entrevista ao Jornal O Globo, que o PSDB tem o dever e a responsabilidade de apoiar o eventual governo do vice-presidente da República, inclusive na sustentação da base parlamentar, mas sem participar da sua administração.
— Temos o dever de apoiá-lo e sustentá-lo, politicamente, mas sem cargo e sem pasta. Repito: sem cargo e sem pasta — disse.
Alckmin afirmou que o país está passando por gravíssimos problemas em todas as áreas, principalmente na economia, com o agravamento do desemprego, e o PSDB não pode virar as costas para a crise:
— Daremos sim sustentação parlamentar para o governo Michel Temer, votando e apoiando todas as medidas que acharmos necessárias para o país, dentro de um quadro de amplas reformas.
Alckmin não está só no PSDB. O senador José Serra (PSDB-SP) vai além. Segundo ele, os tucanos devem apoiar um eventual governo Temer e podem inclusive integrar a administração.
— Seria bizarro o PSDB ajudar a fazer o impeachment de Dilma e depois, por cálculos oportunistas, lavar as mãos e fugir a suas responsabilidades com o país — defendeu Serra.
O Globo