continuam as negociações em torno de um novo nome que o sucederá no comando da Casa. Já registrados como candidatos na Secretaria-Geral da Mesa estão os deputados Carlos Henrique Gaguim (PTN-TO), Fausto Pinato (PP-SP) – que foi o primeiro relator do processo contra Cunha no Conselho de Ética – e Carlos Mantao (SD-ES), que é o atual corregedor da Câmara. O ex-ministro da Saúde do governo Dilma Marcelo Castro (PMDB-PI) também registrou candidatura para concorrer à presidência.
O cargo temporário, que será ocupado até fevereiro do próximo ano, também desperta o interesse do 2º vice-presidente da Câmara, Giacobo (PR-PR), que já está angariando apoio, principalmente do PT, que não quer um nome próximo a Cunha. Em outra frente, um dos principais aliados do peemedebista, Carlos Marun (PMDB-MS), anunciou que vai registrar seu nome nas próximas horas para participar da disputa.
A lista completa dos candidatos será concluída ao meio-dia da próxima quinta-feira (14), data definida pelo presidente interino da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA), também para a eleição em plenário. O impasse é que líderes de diversos partidos se reuniram ontem, no fim do dia, e definiram o dia 12 para a escolha. Maranhão reiterou hoje que sua decisão é que valerá, mas alguns parlamentares ainda tentam convencê-lo a antecipar a data. Vários deputados, entre eles, Júlio Delgado, Alessandro Molon, Rodrigo Maia, Pauderney Avelino e Heráclito Fortes se reuniram nesta sexta-feira com o pepista, em seu gabinete, mas até o início da tarde Maranhão não havia recuado.
Depois de receber os deputados em seu gabinete, Maranhão deixou a Câmara reiterando sua posição. Mantida a reunião na quinta (14), às 16h, o petista não teme falta de quórum. “De acordo com o regimento, o presidente tem a prerrogativa [de definir a data de novas eleições no prazo de até cinco sessões]. Terá quórum porque os deputados querem as eleições”, disse ele.
O líder do governo na Câmara, André Moura, garantiu que o governo Temer não vai interferir no processo de escolha do novo presidente da Casa. “A orientação do presidente é de que esse é um assunto do Legislativo. Não houve e não haverá qualquer interferência do governo”.
Agência Brasil