Por Wagner Guerra
‘Quem pode manda, quem é sabido, obedece!’. Na política, tudo muda a cada instante. Mágoas das campanhas passadas são deixadas de lado, ideologias contrárias do presente são perfeitamente atenuadas. Como em um ‘passe de mágica’, tudo fica ‘florido’ e cheio de empolgação, quando a união se faz necessária em prol de interesses comuns na permanência no poder.
Que diga a recente aliança da governadora Fátima Bezerra (PT) com Carlos Eduardo Alves (PDT). Nem parece aqueles adversários exaltados nos debates televisivos, durante o segundo turno da campanha eleitoral de 2018. Atualmente, Carlos conta com o disputado apoio da ex-adversária petista – onde ela própria teve que ‘cortar na própria carne’ – e luta, agora, para resolver questões do seu partido e viabilizar sua candidatura ao Senado.
Ainda nessa perspectiva, a governadora também pode ser a ‘tábua da salvação’ da oligarquia Alves para alcançar êxito nas eleições deste ano. Embora, o ex-senador Garibaldi Filho (MDB) esteja muito bem, por sinal, nas últimas pesquisas, liderando a intenção de voto para a Câmara Federal, a aliança com Fátima só vem a somar nas urnas. E isso pode ser concretizado, em breve, após a ‘conversinha’ que ele e seu filho Walter Alves (em mandato corrente) terão com o ex-presidente Lula, em São Paulo. Afinal, se a costura existir, um pedido de Lula é uma ordem para Fátima.
Com relação ao ex-ministro Henrique Eduardo Alves – escanteado pela própria família – a amizade com Lula existe, de fato. Embora Henrique esteja ainda ‘patinando’, atrás de apoio e alguma oportunidade de candidatura, junto à Executiva Nacional do MDB, o tempo parece ajudá-lo na reconstrução de sua imagem, bem manchada após a prisão.
Fato notório é que Lula quer expressiva quantidade de candidatos ao Congresso e Senado para tentar vencer Bolsonaro, e, claro, o MDB em todo o país já entrou na famigerada mira do ex-presidente petista. Esqueçamos o suposto golpe articulado pelo MDB de Temer e companhia contra a ex-presidente Dilma Rousseff.