A festa de 44 anos do Partido dos Trabalhadores teve até mesmo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu filho Carlos no palco. Uma série de fotos dos dois, acompanhada de notícias sobre o caso das joias, gabinete do ódio, Covid-19 e Abin paralela, foi exibida inúmeras vezes em um telão de LED instalado com toda pompa e circunstância no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB). As cenas eram intercaladas por imagens do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da trajetória do PT nas últimas quatro décadas.
– A política foi transformada pela extrema-direita fascista numa campanha de ódio – disse Lula ao discursar na festa, ao lado da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, e do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).
Antes, o telão mostrava até mesmo trechos das lives de Bolsonaro e da invasão à Praça dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023, além da fisionomia do ex-presidente em fundo preto, emoldurada pela inscrição “A cara do golpe”.
Com o mote “Em cada canto um país mais feliz!”, a comemoração do PT reuniu 11 ministros, governadores, deputados senadores, prefeitos e vereadores. Depois de muito tempo sem frequentar festas do partido; que presidiu por sete anos, de 1995 a 2002; o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu circulava alegremente no salão e era tietado por petistas.
Dirceu voltou à cena política recentemente e se prepara para disputar a eleição de deputado federal, em 2026; mas há quem diga que também pode retornar ao comando do PT. Condenado nos processos do mensalão e do petrolão, ele ainda está inelegível, mas seus advogados entraram com petição no Supremo Tribunal Federal (STF) para anular as condenações da Lava Jato e estão confiantes na vitória.
Agência Estado