GEORGE RAMALHO ESTUDA A POSSIBILIDADE DE A MARCA PASSAR A SER COMERCIALIZADA EM LOJAS DE RUA
Sinônimo de sucesso da moda e do comércio varejista a partir dos ano 80, as lojas Bain Douche vão encerrar, a partir do próximo domingo, suas atividades nos principais shoppings da cidade, como reflexo das adversidades geradas pela crise econômica que assola o país, impactando negativamente o comércio, a indústria e o setor de prestação de serviço potiguar.
O anúncio já foi feito nas redes sociais do grupo Bain Douche, controlado pelo empresário George Ramalho, que agora estuda a possibilidade de a marca passar a ser comercializada em lojas de rua.
Segundo George, a medida atinge, neste primeiro momento, a matriz natalense, já que a loja da marca na cidade de Recife continuará funcionando. Ramalho destaca ainda que a loja Spicy, também pertencente ao grupo por ele controlado, não será afetada e permanecerá operando normalmente.
Na sua opinião, além da crise econômica que inibe o consumo e afasta os clientes das compras nos grandes centros comerciais, pode significar uma mudança de conceito de shoppings centers, que podem, gradativamente, deixar de ser centros comerciais voltados para compras, para se transformar em centros mais focados nas áreas de lazer e diversão.
“Uma loja da porra“
“A Bain Douche já nasceu ousada´´, destaca o publicitário José Ivan Fernandes, que era um dos diretores da Briza Propaganda, agência que trabalhava a conta publicitária da marca nos anos 80/90 e que foi responsável pela criação do slogan “Bain douche, Uma Loja da Porra“, que deu muito o que falar no âmbito da então conservadora sociedade daquelas décadas.
PUBLICITÁRIO JOSÉ IVAN: “A BAIN DOUCHE JÁ NASCEU OUSADA´´
“A postura do anunciante era de ousadia, de quem acredita no investimento em comunicação. O slogan ´Bain douche, Uma Loja da Porra´ fez sucesso na época e a gente usava como mídia para atingir o publico mais jovens o rodapé da coluna de (Jota) Oliveira, na Tribuna do Norte, onde fazíamos uma espécie de coluna paralela. O slogan foi trabalhando como um elo de aproximação com a juventude, pois era gíria na época, sem sentido pejorativo“, lembra.
José Ivan lamenta o anúncio sobre o encerramento do funcionamento da Bain Douche nos shoppings. “A gente sente profundamente ver uma empresa com 30 anos de mercado ter que restringir as suas atividades, mas há uma visão empresarial que tem que ser respeitada“, explica (Flávio Marinho).
