Cerca de 50,2% dos turistas que visitaram o Rio Grande do Norte durante a alta estação de 2020/2021, ainda no cenário de pandemia, chegaram ao estado em carros próprios ou alugados.
Os dados estão em uma pesquisa realizada pelo Departamento de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos da Fecomércio entre os dias 5 e 20 de janeiro. O segundo meio de transporte foi o aéreo, com 39,4%.
Para a federação estadual, esse dado apontou uma mudança do turista nesse período – entre dezembro e janeiro – no estado.
“Houve uma confirmação de que o turismo regional foi a nova propulsora desse mercado. E o dado mais relevante pra comprovar isso é que mais de 50% das pessoas que nos visitaram vieram de carro, então naturalmente as distâncias são curtas”, explicou George Costa, que é coordenador da câmara empresarial de turismo da Fecomércio.
“Teve que haver adaptações para atender esse mercado. Então era uma quantidade menor de dias e o cliente gastava menos do que um cliente habitual da alta estação”.
A pesquisa apontou uma queda na renda média dos turistas que visitaram o estado na alta estação desse ano, ficando em R$ 4.644,85. O perfil mostra que 56,4% dos visitantes revelaram possuir renda mensal individual acima de três salários mínimos. Em 2020, a renda média foi de R$ 5.046,23.
Em relação aos locais de origem, a pesquisa apontou que os próprios potiguares que fizeram turismo pelo próprio estado possuem rendimento médio individual de R$ 3.607,16, enquanto que os turistas de outros estados do país dispõem de renda média de R$ 4.957,98. Já os turistas estrangeiros apresentaram rendimento médio de R$ 5.870,93.
Ao todo, cerca de 25,2% dos turistas que viajaram pelo RN na alta estação moravam no próprio estado. Outros 71,6% eram turistas de outros estados do país. Ao todo, 96,8% residiam no Brasil. Os principais locais de origem foram:
- São Paulo (16,2%)
- Paraíba (7%)
- Pernambuco (7%)
- Rio de Janeiro (6,8%)
- Ceará (6,6%)
- Minas Gerais (6,1%)
Diminuição na estadia
Outra mudança de perfil encontrada foi a do tempo de estadia: 31,2% do público pesquisado informou que realizava uma viagem mais curta, com duração de, no máximo, três dias.
“Normalmente na alta estação, os pacotes são fechados por sete noites. O hotel que se adaptou primeiro, que botou o número mínimo de noite menor, uma ou duas, conseguiu vender mais rápido”, explicou George Costa.
G1RN