(Da redação do BLOG DO FM) – Um “animal” 100% político, experiente e que segue a risca e conhece bem um velho ditado popular que diz que “o bom cabrito não berra”, o prefeito de Natal, Álvaro Dias (PSDB) vem -por enquanto – engolindo em seco e com humildade algumas jogadas políticas que estão sendo feitas nos bastidores da maldade.
Quem conhece Álvaro sabe que a sua capacidade de aguentar calado “sacanagens eleitorais” é a mesma de quem sabe esperar o momento certo para dar o troco bem dado.
No íntimo, Álvaro “tá puto”, chutando latas.
Mas sabe fazer a sua hora.
Não deve ser surpresa para ninguém se Dias adotar uma posição de equidistância do pleito para o governo do Estado e ter o seu foco totalmente voltado da eleição de seu filho, Adjuto Dias (MDB).
Por equidistância entenda-se “cruzar os braços”, não vestir a camisa de nenhum candidato a governador, seja o ex-vice-governador Fábio Dantas (Solidariedade) ou a governadora Fátima Bezerra (PT).
Motivos não faltam.
Sofrendo uma espécie de “chantagem eleitoral” velada por parte de donos do MDB, que tem como pré-candidato a vice-governador o presidente da legenda no RN, o deputado federal Walter Alves, Álvaro tem agido com cautela para evitar que o filho candidato seja alvo de uma “puxada” de tapete” e tenha a sua eleição inviabilizada.
Recado implícitos lhes foram dados com o nítido objetivo de imobilizá-lo.
Afinal, se o ex-deputado federal Henrique Alves (PSB), que é própria cara do MDB, foi escorraçado do partido, imagine o que as “forças ocultas” podem fazer com Adjuto Dias, que cometeu o erro estratégico de se filiar ao partido dominado com “mão de ferro” por Walter Alves.
Tem mais:
A indicação do ex-prefeito de Assu, Ivan Júnior (União Brasil) como companheiro de chapa de Fábio Dantas foi efetivada sem qualquer participação de Álvaro, que não teve o direito de sequer apontar uma sugestão com relação a um nome para compor a chapa da oposição à governadora Fátima Bezerra.
Na mídia, o ex-senador José Agripino Maia (União Brasil) aparece como o grande estrategista, artífice e poderoso de plantão que indicou Ivan Júnior, desconhecendo a opinião de um prefeito bem avaliado e que é o maior eleitor da capital.
Mas, como já registramos aqui, “bom cabrito não berra” e Álvaro Dias na política é um “cabrito PO” – puro de origem.
O prefeito de Natal não deveria ter sido subestimado, como se fosse um “líder comunitário” de terceira categoria.
Então, aqui vai um aviso aos navegantes:
Não será surpresa se Álvaro reeditar uma espécie moderna do chamado “voto camarão” que vigorou na política do RN nos anos 80.
Nos tempos atuais, Dias poderá “arrancar” a cabeça do camarão no que diz respeito a eleição para o governo e vestir apenas a camisa dos seus candidatos a senador, deputado federal e estadual, além de presidente da República.
Uma coisa é certa: mexeram com os brios do prefeito errado.