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Categoria: dezembro 26, 2025

Municípios do RN gastam mais de R$ 192 milhões com shows em 2025, aponta TCE

FOTO: LUCAS BULCÃO

Os municípios do Rio Grande do Norte gastaram mais de R$ 192 milhões com contratações de bandas e cantores para shows públicos ao longo de 2025. Os dados constam no Painel Festejos, do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que registra, até o momento, 2.363 contratos firmados ao longo do ano.

De acordo com o levantamento, os números ainda podem ser ampliados, uma vez que nem todas as festas foram informadas pelos entes públicos. O sistema, por exemplo, não contabiliza os shows do Natal em Natal, que começam nesta quinta-feira 25 e seguem até o dia 31 de dezembro.

Entre os municípios, Mossoró aparece como a cidade que mais gastou com apresentações artísticas em 2025. Os investimentos em eventos como o Mossoró Cidade Junina somaram R$ 25,7 milhões. O artista com maior cachê pago pelo município foi Wesley Safadão, que recebeu R$ 1,1 milhão por uma apresentação. Em seguida, Luan Santana recebeu R$ 985 mil.

Natal ocupa a segunda posição entre as cidades com maiores gastos, com R$ 18,6 milhões registrados até esta quinta-feira (25). O show mais caro na capital também foi o de Luan Santana, contratado por R$ 985 mil.

Embora figure como a 15ª cidade com maior volume total de gastos com shows, Pau dos Ferros pagou o mesmo valor desembolsado por Mossoró em uma apresentação de Wesley Safadão: R$ 1,1 milhão. No município, Wesley Safadão e Natanzinho Lima concentraram mais da metade da verba destinada a shows públicos em 2025. Natanzinho Lima recebeu R$ 700 mil por uma apresentação.

Agora RN

Salário mínimo de 2026: valor ideal seria de R$ 7.067, diz Dieese

FOTO: DIVULGAÇÃO

Foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) nessa quarta-feira (24) o decreto que reajusta o salário mínimo para 2026, que será de R$ 1.621,00. O valor representa um reajuste de R$ 103,00 sobre os atuais R$ 1.518,00.

O cálculo considera a inflação acumulada até novembro de 2025, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), somada ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes — limitado a 2,5%, conforme determina o novo arcabouço fiscal aprovado em 2023.

Para 2026, será considerada a inflação de 4,4% em 12 meses até novembro de 2025 e um crescimento real de 2,5% no PIB de 2024, apesar de o índice ter alcançado 3,4%. A regra limita a correção real a fim de controlar o aumento das despesas obrigatórias do governo.

O salário mínimo é referência para 59,9 milhões de pessoas no Brasil, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O piso impacta diretamente contratos de trabalho, benefícios previdenciários, seguro-desemprego e programas como o BPC.

Mas qual seria o salário ideal?

O Dieese aponta que o salário mínimo necessário para manter uma família de quatro pessoas deveria ser cerca de R$ 7.067,18 em novembro de 2025 — aproximadamente 5 vezes o valor oficial R$ 1.518,00. Esse cálculo considera despesas essenciais como alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, conforme determina a Constituição.

Entre 2019 e 2022, o salário mínimo praticamente não teve aumento real, acompanhando apenas a inflação, segundo o Dieese. Isso reduziu o poder de compra dos trabalhadores, principalmente diante do aumento dos preços dos alimentos, que impactam diretamente o orçamento das famílias.

O Dieese também estima que o salário mínimo de R$ 1.518,00 gera um incremento de R$ 81,5 bilhões na renda da economia e R$ 43,9 bilhões em arrecadação tributária sobre o consumo, beneficiando cerca de 59,9 milhões de pessoas com rendimento referenciado no salário mínimo.

Em 2015, o Dieese destacou que o salário mínimo fixado em R$ 788 representava um reajuste de 8,84% em relação a 2014 (R$ 724,00). Esse aumento resultou da soma da variação do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,5% em 2013 com a inflação medida pelo INPC de 6,23% em 2014.

Naquele ano, o Dieese ressaltou que esse valor nominal de R$ 788 foi o maior salário mínimo real (corrigido pela inflação) desde 1983, indicando um ganho real acumulado de 76,54% desde 2002. A instituição também estimou que cerca de 46,7 milhões de pessoas tinham rendimento referenciado no salário mínimo.

Em 2005, o salário mínimo era R$ 300. Para o Dieese, o valor à época também era insuficiente diante das necessidades reais dos trabalhadores brasileiros.

Para suprir as despesas básicas de uma família composta por dois adultos e duas crianças, o salário mínimo necessário há duas décadas deveria ser superior a R$ 1.500,00 — mais de cinco vezes o valor oficial daquele ano.

Confira o valor do salário mínimo nos últimos 10 anos

2015 – R$ 788,00 – Decreto 8.381/2014

2016 – R$ 880,00 – Decreto 8.618/2015

2017 – R$ 937,00 – Lei 13.152/2015

2018 – R$ 954,00 – Decreto 9.255/2017

2019 – R$ 998,00 – Decreto 9.661/2019

2020 – R$ 1.039,00 (jan) / R$ 1.045,00 (fev) – MP 916/2019 e MP 919/2020

2021 – R$ 1.100,00 – MP 1021/2020

2022 – R$ 1.212,00 – MP 1091/2021

2023 – R$ 1.302,00 (jan) / R$ 1.320,00 (mai) – MP 1.143/2022 e MP 1.172/2023

2024 – R$ 1.412,00 – Decreto 11.864/2024

2025 – R$ 1.518,00 – Decreto 12.342/2024

Equipe médica diz que ainda não é possível prever alta de Bolsonaro; entenda

FOTO: REPRODUÇÃO

A equipe médica que acompanha o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) informou nesta quinta-feira (25) que ainda não há previsão de alta hospitalar. Segundo os médicos, a avaliação será feita diariamente, conforme a evolução clínica.

A alta só será indicada quando Bolsonaro tiver condições de retomar o autocuidado, como se alimentar, se vestir e tomar banho sozinho. Questionados sobre um eventual retorno à Superintendência da Polícia Federal, os médicos afirmaram que ainda é cedo para qualquer definição.

Bolsonaro passou por uma cirurgia de hérnia inguinal, que transcorreu dentro do esperado e sem complicações. O procedimento durou cerca de três horas, foi feito com anestesia geral e não exigiu internação em UTI.

No pós-operatório, os cuidados incluem controle da dor, fisioterapia e prevenção de trombose, além de exames de acompanhamento. A equipe também monitora crises de soluços persistentes associadas a uma esofagite severa, tratadas inicialmente com ajuste de medicação e dieta.

Blog do BG

Pai de bebê concebido por meio de ‘barriga solidária’ consegue na Justiça direito ao salário-maternidade

FOTO: DIVULGAÇÃO

O pai de um bebê concebido por meio de “barriga solidária” conseguiu na Justiça o direito de receber o salário-maternidade pago pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A decisão foi do juiz Oscar Valente Cardoso, da 1ª Vara Federal de Capão da Canoa (RS).

O autor ajuizou uma ação com base em sua união homoafetiva estável. Da certidão de nascimento da criança consta a dupla paternidade do bebê, nascido em 2024.

A solicitação do benefício, porém, foi negada administrativamente pelo INSS. O argumento do instituto foi o de que ele não se afastou do trabalho.

No processo, o autor alegou, no entanto, que o salário-maternidade visa a garantir o cuidado integral da criança e o exercício da parentalidade, não servindo apenas para compensação financeira por afastamento das atividades laborais.

O juiz que analisou o caso considerou que o “salário-maternidade é o benefício previdenciário devido à segurada — e, em casos especiais também ao segurado — pelo advento da gravidez, do parto, da adoção, da guarda, ou mesmo em decorrência de aborto não criminoso”.

E, embora a legislação não cite expressamente a paternidade biológica decorrente de “barriga solidária”, o magistrado declarou que a lei sobre o salário-maternidade prevê a tutela do estado fisiológico da gravidez e a proteção da criança, “seja pela necessidade de cuidados especiais no estágio inicial de vida, seja pela necessidade de um período de adaptação à nova família, no caso de adotando, além de viabilizar a formação e a consolidação dos vínculos afetivos entre pais e filhos”.

O juiz ainda citou outros casos semelhantes julgados pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região e pelo Supremo Tribunal Federal, concluindo que não há impedimento para concessão do benefício ao autor. Ele também reconheceu que, neste caso, o benefício não seria concedido pelo empregador, o que por si só justificaria a permanência do pai no trabalho.

O INSS ainda pode recorrer da decisão nas Turmas Recursais.

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