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Categoria: novembro 21, 2025

Vin Diesel consegue arquivamento de processo por agressão sexual

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Vin Diesel conseguiu o arquivamento de um processo em que era acusado de agressão sexual. A ação havia sido movida em 2023 por sua ex-assistente, Asta Jonasson.

Na denúncia, Asta afirmou que o ator a levou para uma suíte de hotel e tentou forçá-la a deitar na cama. Ela relatou que protestou e tentou fugir, mas teria sido empurrada contra a parede, enquanto Vin Diesel tentava abaixar sua roupa íntima e a obrigava a tocar seu pênis.

A ex-assistente também alegou que, algumas horas depois do episódio, recebeu uma ligação da irmã do ator informando sua demissão. Ela havia trabalhado com Diesel por apenas nove dias. O crime teria ocorrido em Atlanta, durante as gravações de Velozes e Furiosos 5.

Segundo informações da Variety, o processo foi rejeitado por um juiz na última quarta-feira (19/11), sob a justificativa de que a lei da Califórnia não se aplica na Geórgia.

Metrópoles

Vanessa da Mata relata ter sofrido tentativas de estupro e assédios

FOTO: REPRODUÇÃO

Artistas brasileiras têm compartilhado experiências pessoais sobre violência de gênero, trazendo à tona questões importantes sobre segurança feminina no país.

A artista Vanessa da Mata, de 49 anos, compartilhou recentemente detalhes sobre episódios de violência sexual e assédios que enfrentou desde a infância. Em entrevista ao podcast Desculpincomodar, a cantora natural de Alto Garças, no Mato Grosso, expôs situações traumáticas vivenciadas ao longo de duas décadas de carreira musical.

Segundo a intérprete, os primeiros episódios de abuso aconteceram ainda na primeira infância. Ela recordou situações específicas que geraram traumas duradouros, incluindo claustrofobia que persiste até os dias atuais.

De acordo com o relato da musicista, essas experiências marcaram profundamente sua percepção sobre segurança pessoal. Além disso, os episódios se intensificaram durante a adolescência, especialmente em atividades esportivas e no transporte público.

Assédios na vida adulta e reações

Durante a juventude, a artista desenvolveu estratégias de autodefesa para enfrentar situações de assédio em locais públicos. Conforme seu depoimento, ela frequentemente reagia de forma confrontativa aos agressores.

Entretanto, as situações mais graves envolveram tentativas de estupro em contextos de assaltos. A cantora revelou ter sido vítima de aproximadamente dez roubos ao longo da vida, sendo que duas dessas ocasiões incluíram tentativas de violência sexual.

Postura ativa contra a violência

A musicista relatou manter constante estado de vigilância em relação à violência contra mulheres. Por outro lado, quando presencia agressões contra outras pessoas, sua reação é imediata e protetiva.

Portal Dol

Buggys elétricos mostram que é possível unir diversão e responsabilidade ambiental

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Em meio ao avanço das discussões sobre sustentabilidade e à urgência em reduzir emissões de gás carbônico, os buggys elétricos têm surgido como aposta para um turismo mais sustentável. No Rio Grande do Norte, duas tecnologias estão sendo testadas: uma desenvolvida pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-RN), em parceria com outras instituições, e outra criada pela startup paranaense eION ampliando as possibilidades de inovação no setor.

Utilizados com frequência em ambientes ao ar livre, como faixas litorâneas e percursos off-road, os buggys são veículos compactos feitos em fibra de vidro, normalmente sem portas, com tração apenas na parte traseira e pneus traseiros de maior dimensão. Esses automóveis costumam ser associados a atividades recreativas, circulando por superfícies de areia, dunas, trechos gramados ou caminhos enlameados. A presença deles é mais marcante na região Nordeste, onde a paisagem costeira favorece o uso desse tipo de transporte em passeios e deslocamentos turísticos.

Em uma sociedade onde se discute, cada vez mais, estratégias de descarbonização do setor automotivo, esses veículos possuem papel essencial para garantir um mundo mais sustentável, principalmente por serem usados em áreas de natureza. Com foco em reduzir as emissões de carbono na atmosfera e garantir um turismo mais focado na sustentabilidade, há sete anos existem projetos de buggys elétricos no Brasil.

Selvagem elétrico

Desenvolvido no Rio Grande do Norte, é parte do Projeto Verena, que o SENAI-RN executa desde 2018 no Brasil com a Câmara de Indústria e Comércio da cidade de Trier (EIC Trier), da Alemanha. O veículo é uma produção da empresa Selvagem, sediada em Parnamirim, e conta com apoio da Baterias Weg.

O veículo alcança uma velocidade máxima aproximada de 120 km/h. No estágio atual de desenvolvimento, sua autonomia — ou seja, a distância percorrida com a bateria totalmente carregada — é de cerca de 100 km, podendo aumentar conforme os testes forem conduzidos e ajustes futuros forem implementados no modelo. A recarga pode ser feita em tomadas convencionais, levando entre 3 e 4 horas para que a bateria seja completamente abastecida.

De acordo com uma das gestoras da Selvagem, Michele Oliveira, o projeto está na segunda etapa do desenvolvimento do projeto elétrico, que passa por adaptações na suspensão dianteira, bateria e no sistema de freios. “Esse veículo já percorreu vários estados para exposição, é uma proposta inovadora demais para a gente e, a nossa expectativa, é que esse projeto vai alavancar e atender a demanda que a gente tem na empresa (…) A experiência foi excelente, tanto em termos de inovação tecnológica, como de aprendizado para equipe como um todo. Esse projeto só tem alavancar mesmo e fazer muito sucesso não só aqui no Rio Grande do Norte, como em outros estados”, disse ela.

Buggy Power

O Buggy Power, da startup eION, foi idealizado entre 2017 e 2018, através de um grupo de engenheiros, conforme indica um dos idealizadores, o Francisco Milton. O engenheiro teria lançado a ideia para amigos após descobrir o diagnóstico de autismo do filho e, em conversas com o médico, soube de estudos que relacionam a maior incidência de casos a partir do aumento da poluição nas cidades.

“A partir daí eu fiquei com aquilo na cabeça e pensando como eu poderia ajudar a solucionar esse problema da poluição e todos os males que ela causa”, conta. Milton complementa que, até o momento, os feedbacks de quem testa a tecnologia têm sido positivos.

Com 3,35 metros de comprimento, 2,01 metros de distância entre eixos e 1,79 metro de largura, o buggy elétrico comporta até cinco ocupantes e é disponibilizado em três configurações — Básica, Intermediária e Superior — que se diferenciam pelos conjuntos de bateria. A opção básica oferece cerca de 150 km de autonomia, a intermediária alcança aproximadamente 250 km e a versão superior pode atingir até 500 km. O tempo para uma recarga completa varia entre 2 e 5 horas.

Independente da versão escolhida, o modelo inclui itens como assentos anatômicos, freios a disco nas quatro rodas, acelerador eletrônico, sistema de regeneração de energia durante as frenagens e controle eletrônico de tração.

No Rio Grande do Norte, dois veículos da marca estão sendo testados em áreas urbanas. Os modelos possuem 18 cavalos de potência e rodam em até 60 quilômetros por hora. O presidente do Sindicato dos Bugueiros Profissionais do RN (Sindbuggy), Hertz Medeiros, comenta o que tem sido avaliado na tecnologia até o momento.

“O que a gente está desenvolvendo aqui é a gestão do gerenciamento de potência do carro, porque na duna tem momentos que exige aquela potência repentina. Esse plano de gerenciamento que tem nele, essa gestão de potência dele, da curva de potência, é um pouco mais suave. Então são dados que a gente está colhendo, passando para a fábrica para que sejam feitas essas adaptações”, comenta Hertz.

Benefícios dos buggys elétricos

O presidente do Sindibuggy-RN argumenta que os buggys elétricos representam um marco no setor automotivo e turístico. “A gente está tentando dar um salto tecnológico. Isso aí é uma revolução, se realmente tudo der certo, se esse projeto caminhar e for aprovado, ok?! É um salto tecnológico e, assim, a gente vai estar na vanguarda dessa parte do turismo verde e dos veículos elétricos”, comenta.

Para Francisco Milton, os benefícios são a ausência de emissões de gás carbônico e o silêncio do motor. “Os motores elétricos são muito mais eficientes do que os motores de combustão, o custo do quilômetro rodado é muito baixo, além disso, a ausência de barulho em atividades ligadas ao meio ambiente é muito positiva (…) você não tem aquele cheiro de fumaça”, aponta.

Além da questão ambiental, a gestora da Selvagem aponta outros benefícios ligados à parte econômica. “Os maiores benefícios são a questão ambiental, inovação tecnológica, geração de empregos, treinamentos no segmento de mobilidade elétrica, bem como atender a demanda [de mercado]”, avalia.

“A manutenção é muito mais fácil e muito mais rápida. Além da economia em si, em relação ao motor à combustão, porque o custo é menor”, complementa o professor aposentado do Senai-RN e colaborador da Selvagem, José Fernandes.

Desafios

Os principais desafios de implementação da tecnologia atualmente são a autonomia em dunas e o reabastecimento em áreas naturais. “O veículo a combustão tem um rendimento muito melhor superior, principalmente nas dunas. Então o veículo elétrico vai fazer um percurso mais leve, beira de praia, ele sobe sim em algumas dunas mais baixas”, comenta Michele.

“O buggy é uma atividade bem peculiar, porque nós saímos aqui em torno das nove da manhã. Então, o passeio vai ser, por exemplo, no Litoral Norte, que tem uma média de 200 carros por dia. Esses 200 carros que vão chegar em vários pontos vão precisar ser reabastecidos. A bateria dele é de 100 quilômetros, o nosso passeio dá 110, mais ou menos, ele vai precisar de uma recarga”, conta Hertz. O presidente do Sindibuggy-RN comenta que uma solução para isso seria a criação de postos de abastecimento por meio de energia eólica ou solar.

Produção e popularização

Em relação aos principais gargalos que dificultam a implementação da tecnologia com mais efetividade no mercado brasileiro, estão a falta de regulamentação, incentivos fiscais e alto custo.

Milton aponta que diversos protótipos já foram feitos, bem como ensaios em laboratórios. Porém, “falta ainda uma etapa de homologação junto ao Senatran. A gente já tem toda a documentação elaborada para isso. Já produzimos cerca de 20 buggys elétricos e, para que ele alcance preços mais acessíveis, é preciso fabricar em uma maior escala”, comenta.

Michele acredita que a produção e popularização do produto esteja próxima de acontecer. “À priori nós vamos implementar as modificações necessárias no projeto e, paralelo à isso, estamos buscando os incentivos que precisamos para poder alavancar a produção”, comenta. Ela alega que está em busca de investimentos por meio de programas do governo estadual. Caso tudo isso se cumpra, a expectativa é ampliar a produção em meados do segundo semestre de 2026.

Ponta Negra News

Vacina preventiva contra câncer de pulmão entra em fase de testes em 2026

FOTO: REPRODUÇÃO

A Universidade de Oxford e a University College London iniciam em 2026 os primeiros testes em humanos da LungVax, primeira vacina preventiva do mundo contra o câncer de pulmão. O estudo recebeu financiamento de R$ 13 milhões (£2 milhões). A proposta é treinar o sistema imunológico para identificar células pulmonares que apresentam alterações antes mesmo do surgimento de um tumor. O câncer pulmonar é, há 30 anos, o tipo que mais mata no mundo.

A vacina experimental utiliza tecnologia semelhante à da Oxford/AstraZeneca contra a Covid-19, chamada ChAdOx2-lungvax-NYESO. O método usa um vetor viral não replicante que transporta um pedaço de DNA às células. Esse material induz a produção do fragmento de proteína NY-ESO-1, marcador presente em células que passam por alterações iniciais que antecedem o câncer. O objetivo é preparar o sistema imune para reagir rapidamente a esse sinal.

“Esse vetor entrega DNA para dentro da célula, que passa a produzir elementos capazes de ativar as células T. É como colocar o pulmão em vigilância constante para atacar qualquer célula que pareça tumoral”, afirma o oncologista Stephen Stefani, do grupo Oncoclínicas e da Americas Health Foundation.

Os primeiros ensaios incluirão pessoas que já tiveram câncer de pulmão em estágio inicial, foram operadas e têm alto risco de recidiva, além de indivíduos que participam de programas de rastreamento e possuem alterações pulmonares que requerem acompanhamento. “É uma estratégia diferente. Em vez de agir depois do câncer estabelecido, busca impedir que ele retorne ou se desenvolva”, explica Renato Kfouri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). Ele avalia que, se a vacina for eficaz, será necessária uma discussão sobre grupos que poderão ser candidatos, como fumantes, ex-fumantes e pessoas com histórico familiar.

Fases do estudo

A LungVax inicia agora o processo de ensaios clínicos. As primeiras etapas são:

Fase 1 (30 pessoas):

Primeira aplicação em humanos, com avaliação de segurança, possíveis efeitos colaterais, dose adequada e resposta do sistema imunológico. O foco é identificar sinais de que a tecnologia pode funcionar. “É o primeiro passo. Agora a resposta precisa aparecer em humanos”, afirma Stefani.

Fase 2 (560 pessoas):

Após confirmação de segurança, a vacina será aplicada em um grupo maior, que será comparado a um grupo controle. Os pesquisadores vão analisar se a vacina reduz a chance de recidiva, diminui o surgimento de novos tumores e mantém resposta consistente do sistema imune. “Trata-se de um estudo inicial, autorizado a começar. Com muito cuidado e zero euforia”, diz Kfouri.

O câncer de pulmão continua entre os mais recorrentes e de diagnóstico tardio. Segundo especialistas, a presença de neoantígenos bem definidos facilita pesquisas como a da LungVax. “Há 30 anos ocupa o primeiro lugar entre os cânceres que mais matam no mundo”, afirma Stefani.

Com informações do g1

Homem precisa passar por cirurgia após ficar com xícara alojada no ânus

FOTO: DIVULGAÇÃO

Um homem precisou passar por uma cirurgia para retirar uma xícara de cerâmica que ficou alojada em seu ânus. O caso aconteceu no Hospital Geral Lee, em Taiwan, após o paciente procurar atendimento médico devido a distensão abdominal e incapacidade de defecar por três dias.

Quando questionado pela equipe médica sobre como a situação ocorreu, o homem, que não teve sua identidade revelada, limitou-se a responder: “Eu não sei. Eu fiz isso por acidente.”

De acordo com o portal Sin Chew Daily, o paciente permaneceu em silêncio sobre os detalhes do incidente, demonstrando constrangimento com a situação. Ele alegou apenas que o objeto entrou em seu corpo “acidentalmente”, sem fornecer explicações adicionais.

O procedimento cirúrgico foi necessário após tentativas malsucedidas de remover a xícara externamente. Os médicos precisaram realizar uma operação para extrair o objeto através dos intestinos do paciente.

Um médico do hospital alertou sobre os perigos de inserir objetos no ânus, destacando que tal prática pode causar danos graves aos órgãos internos e até ser fatal. Ele mencionou à publicação que já havia visto casos envolvendo tacos de beisebol, vibradores e até mesmo um coco, mas que uma xícara era algo inédito em sua experiência.

O Tempo

Eduardo diz que fim das tarifas não é mérito da diplomacia

FOTO: EFE

O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou nesta quinta-feira (20), nas redes sociais, que a retirada parcial das tarifas dos EUA sobre produtos brasileiros não ocorreu por ação do governo brasileiro. A fala veio após o anúncio do presidente Donald Trump, que ampliou a lista de isenções da tarifa de 40% e liberou itens como café e carne bovina.

No texto publicado no X, o parlamentar disse que a chamada “tarifa-Moraes”, de 50%, teria sido resultado da crise institucional criada pelo ministro Alexandre de Moraes.

– A instabilidade jurídica causada pelos abusos de Moraes afetou a confiança internacional no Brasil – escreveu.

Eduardo também afirmou que a decisão dos EUA foi motivada por fatores internos. Segundo ele, Washington buscava conter a inflação em setores dependentes de insumos de outros países.

– A diplomacia brasileira não teve qualquer mérito na decisão – declarou.

O deputado ainda disse que Trump precisa mostrar resultados antes das eleições legislativas de 2026.

– O governo quer que a população sinta a queda da inflação antes das urnas – pontuou.

Em sua postagem, Eduardo Bolsonaro alegou que nenhum país deseja tarifas e reforçou que a sobretaxa teria prejudicado produtores e trabalhadores brasileiros.

– Foi a instabilidade jurídica criada por Alexandre de Moraes que abriu caminho para a tarifa-Moraes de 50% – afirmou.

A fala ocorre no mesmo dia em que a Casa Branca divulgou a ordem executiva que ampliou as isenções. O documento cita a conversa telefônica entre Trump e o presidente Lula, em 3 de outubro, quando ambos concordaram em avançar nas negociações sobre o tarifaço. Desde então, os dois governos relatam progresso nas discussões.

Pleno News

PGR arquiva denúncia contra Lula por racismo

FOTO: RICARDO STUCKERT

A Procuradoria-Geral da República arquivou, nesta quarta-feira (19), a representação feita pelo vereador Guilherme Kilter (Novo), de Curitiba, que pedia a apuração de suposto crime de racismo cometido pelo presidente Lula (PT). O despacho foi assinado às vésperas do Dia da Consciência Negra.

Na decisão, o procurador Vítor Vieira Alves afirmou que as frases atribuídas ao presidente não apresentam indícios mínimos de crime. Segundo ele, as declarações admitem interpretações diversas e, no contexto em que foram ditas, “não indicam intenção criminosa de subjugar, ofender ou segregar”.

A PGR citou como exemplo a fala de julho de 2023, quando Lula agradeceu à África “por tudo o que foi produzido durante 350 anos de escravidão” ao mencionar a “dívida histórica”. O órgão também lembrou o episódio de fevereiro de 2024, no qual o presidente disse a uma jovem negra que “afrodescendente gosta de um batuque de tambor”. Já em agosto de 2025, Lula comentou ter reclamado de “uma cara sem dente e ainda negro” em uma propaganda internacional.

Para Kilter, essas frases poderiam ter caráter discriminatório contra pessoas negras. No pedido, ele sustentou que as falas configurariam manifestação preconceituosa e pediam investigação.

Com o arquivamento, a PGR concluiu que não há justa causa para abrir procedimento e determinou que o vereador seja comunicado da decisão.

Pleno News

Alcolumbre reclama que Lula não avisou e escolha de Messias para STF abre crise

FOTO: WALDEMIR BARRETO

A escolha do presidente Lula (PT) para a vaga deixada por Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF) abriu uma crise entre o Planalto e o comando do Senado, cujo presidente, Davi Alcolumbre (União-AP), pressionava pela escolha do seu parceiro, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG)

O anúncio de Jorge Messias, atual advogado-geral da União, nesta quinta (20), foi recebido com irritação pelo presidente do Senado, que esperava ser informado previamente da decisão. Ele se queixou de que não recebeu qualquer contato de antes da indicação, tampouco do líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA).

“Não recebi nenhum telefonema do presidente Lula, nem mesmo do líder do governo, Jaques Wagner, sobre a indicação de Messias”, declarou.

Político da velha guarda, que dedica o mandato ao “garimpo”de catgos para indicar seus apadrinhados, Alcolumbre usou sua posição de “dono da pauta” do Senado para bajular Lula para tornar o petista “agradecido”, sem condições de recusar a indicação que fez de Pacheco para a vagada no STF.

A demora do anúncio, que já incomodava o próprio STF, foi provocada exatamente pela tentativa de Lula de “administrar” Alcolumbre, até que cansou e anunciou Messias de surpresa.

Horas depois do anúncio, o presidente do Senado informou que irá pautar projetos que desagradam o governo, já a partir da próxima terça-feira (25), como a votação da proposta de previdência de agentes de saúde, que deve ter impacto bilionário para municípios e para União.

Diário do Poder