14 de novembro de 2025 às 14:45
14 de novembro de 2025 às 11:11
FOTO: DIVULGAÇÃO
A Unimed Natal recebeu, na noite desta quinta-feira (13), o prêmio de melhor empresa de saúde durante a quinta edição do Prêmio Líderes do Rio Grande do Norte, promovido pelo LIDE RN (Grupo de Líderes Empresariais do RN). O evento aconteceu no Olimpo Recepções e reuniu grandes nomes do empreendedorismo potiguar em uma noite de celebração e reconhecimento ao talento e à gestão que movimentam a economia do estado.
Considerado o “Oscar do Empreendedorismo Potiguar”, o Prêmio Líderes reconhece as empresas e os empresários que mais se destacaram ao longo do ano em 30 categorias multissetoriais. Em 2025, a votação — auditada pela empresa Maxmeio — contou com a participação massiva do público, alcançando mais de 500 mil votos, o que reforça a credibilidade e a representatividade da premiação.
Ao receber o reconhecimento, o diretor-presidente da Unimed Natal, Dr. Márcio Rêgo, destacou o orgulho de representar a cooperativa e o compromisso contínuo em cuidar de vidas com excelência.
“É muito bom ser reconhecido pelo trabalho que realizamos com tanta dedicação. Este prêmio é de todos os nossos cooperados, colaboradores e parceiros, que fazem da Unimed Natal uma referência em cuidado e em gestão na área da saúde. Ser lembrado pelo público potiguar como a melhor empresa do setor reforça que estamos no caminho certo — cuidando de quem cuida e promovendo saúde com qualidade e propósito”, afirmou.
Com mais de 47 anos de atuação, a Unimed Natal segue como referência no cuidado com as pessoas, na inovação em saúde e na valorização do cooperativismo médico. O reconhecimento no Prêmio Líderes do RN reforça a trajetória sólida da cooperativa e o compromisso em continuar contribuindo para o desenvolvimento do estado e o bem-estar da população potiguar.
14 de novembro de 2025 às 14:30
14 de novembro de 2025 às 08:02
FOTO: SARGENTO LEVI
A Marinha do Brasil abriu um processo seletivo para oficiais temporários com 14 vagas destinadas a Natal. As oportunidades exigem ensino superior completo e têm remuneração bruta inicial superior a R$ 9 mil, conforme informações da agência oficial da Marinha.
O concurso integra o edital do 3º Distrito Naval, que oferta 40 vagas no total distribuídas entre Rio Grande do Norte, Ceará, Pernambuco e Alagoas. As inscrições podem ser realizadas até 8 de janeiro de 2026, no site da Marinha do Brasil, mediante pagamento de R$ 140.
A seleção é destinada a voluntários de ambos os sexos para atuação em 2026 nas áreas de Saúde, Apoio à Saúde, Técnica, Engenharia e Técnica-Magistério. Entre os critérios exigidos estão: ser brasileiro nato, ter entre 18 e 41 anos até a data da incorporação, possuir nível superior na área escolhida e estar registrado no órgão fiscalizador da profissão, quando aplicável.
O vínculo dos militares temporários pode ser renovado anualmente por até oito anos, sem previsão de estabilidade. O posto inicial é o de Guarda-Marinha, podendo chegar ao de Capitão-Tenente conforme renovações. Além da remuneração, desde o curso de formação os aprovados têm acesso a assistência médico-odontológica, psicológica, social e religiosa.
Etapas do processo seletivo
O certame é composto por sete etapas. A primeira será uma prova objetiva com 40 questões de Língua Portuguesa, de caráter eliminatório e classificatório. A avaliação está prevista para 22 de fevereiro de 2026, com duração de três horas.
14 de novembro de 2025 às 14:21
14 de novembro de 2025 às 14:21
FOTO: REPRODUÇÃO/TV TROPICAL
O governo do RN está em processo para comprar um tomógrafo e alugar outro equipamento para o Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, em Natal, maior unidade hospitalar do estado. Desde o início da semana, os dois tomógrafos estão quebrados. Um deles tem 15 anos de uso, enquanto o outro tem nove.
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), o tomógrafo comprado vai custar R$ 2,9 milhões, com previsão para chegar em até três meses. A pasta confirmou que a compra está em andamento e ocorre em adesão a um processo do Tocantins, uma espécie de carona.
Para o equipamento alugado, a expectativa é que a chegada ocorra até o fim de novembro, com custo de R$ 75 mil por mês. O contrato é válido por um ano. Os recursos para os dois tomógrafos são do Orçamento Geral do Estado (OGE) e do Ministério da Saúde.
Com os dois equipamentos sem funcionar, os pacientes estão sendo direcionados para o Hospital Deoclécio Marques, em Parnamirim, e Giselda Trigueiro, em Natal. Além deles, o Hospital Rio Grande e o Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol) também têm auxiliado.
Essa é a terceira vez em cerca de dois meses que o hospital enfrenta o mesmo problema. A expectativa é que o equipamento quebrado seja consertado até este fim de semana.
14 de novembro de 2025 às 14:19
14 de novembro de 2025 às 14:19
FOTO: CARMEM FELIX
O Rio Grande do Norte teve a maior alta do Produto Interno Bruto (PIB) entre os estados do Nordeste em 2023. O índice fechou o ano em R$ 101,74 bilhões. O aumento foi de 4,2% em relação ao ano anterior, quando o Estado teve um PIB de R$ 93,819 bilhões. Além disso, o resultado ficou muito acima da média regional (que ficou em 2,9%). O PIB do País foi de 3,2% em 2023.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos. Os dados divulgados nesta sexta-feira 14 são do Sistema de Contas Regionais, produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com os órgãos estaduais de estatística, secretarias estaduais de Governo e a Superintendência da Zona Franca de Manaus.
No Rio Grande do Norte, as Contas são calculadas pelo IBGE em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema).
A gerente do Sistema de Contas Regionais do IBGE, Alessandra Soares da Poca, explica que “as indústrias de transformação e as atividades de eletricidade e gás foram as que mais contribuíram para o crescimento no volume do PIB potiguar, com crescimentos de 23,1% e 11,9%, respectivamente, influenciados pela fabricação de produtos alimentícios, pelo refino de petróleo e pela geração de energia eólica”.
Apesar do expressivo crescimento, o PIB do Rio Grande do Norte foi o quarto menor da região – a liderança manteve-se com o estado da Bahia (R$ 430,988 bilhões). O PIB do Nordeste somou R$ 1 513 055 trilhões e o PIB do Brasil foi calculado em R$ 10 943 345 trilhões. O RN manteve 0,9% de participação no PIB nacional.
Em valores per capita, o PIB do estado foi de R$ 30.804,91, o mais alto do Nordeste e acima da média regional (R$ 27.681,97). O PIB per capita é um dos indicadores utilizados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para o cálculo das quotas do Fundo de Participação dos Municípios das Capitais.
Acumulado
O Produto Interno Bruto do Rio Grande do Norte teve uma variação do volume acumulado de 51,4% entre 2002 e 2023, segundo menor crescimento do nordeste, atrás da Bahia (49,8%). Em volume médio, o indicador variou 2,0% ao ano desde o início da série histórica. No mesmo período, o PIB do País variou 58,2%.
Valor adicionado bruto
O valor adicionado bruto do Rio Grande do Norte foi de R$ 90,462 bilhões em 2023. Entre os três grandes grupos de atividades, os Serviços tiveram a maior participação no valor adicionado bruto potiguar, com 72,4%. Já a Indústria teve 23,4% e a Agropecuária teve 4,2% de participação.
O indicador representa o valor que as atividades econômicas agregam aos bens e serviços consumidos no seu processo produtivo. É a contribuição das diversas atividades econômicas ao PIB. O montante é obtido pela diferença entre o valor bruto da produção e o consumo intermediário absorvido por essas atividades.
14 de novembro de 2025 às 14:15
14 de novembro de 2025 às 11:13
FOTO: DIVULGAÇÃO
O espírito natalino inspira união e solidariedade — valores que movem o cooperativismo e fortalecem as comunidades. Com esse propósito, a Sicredi RN lançou no dia 3 de novembro mais uma edição do Natal Solidário, campanha que mobiliza associados em prol de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social e em tratamento oncológico, atendidos por instituições sociais em todo o estado.
Durante os meses de novembro e dezembro, todas as agências da instituição financeira cooperativa terão as tradicionais Árvores da Solidariedade, decoradas com cartinhas que trazem os nomes e as idades das crianças. Os associados poderão adotar uma ou mais e contribuir para tornar o fim de ano desses jovens ainda mais especial.
Presente há vários anos no calendário social da cooperativa, o Natal Solidário reforça o compromisso da Sicredi RN com o bem-estar das comunidades onde atua e com a promoção do espírito de cooperação que orienta o movimento cooperativista.
“Nosso compromisso é fazer a diferença nas comunidades em que estamos presentes. Por isso, neste Natal, queremos convidar todos os associados a estender a mão e levar alegria e esperança a quem mais precisa”, destaca Damião Monteiro, presidente da Sicredi RN.
14 de novembro de 2025 às 14:00
14 de novembro de 2025 às 07:30
FOTO: DIVULGAÇÃO
O ator Zachery Ty Bryan, conhecido por seu papel como Zachery Ty Bryan na sitcom “Home Improvement”, e no terceiro filme da franquia “Velozes e Furiosos”, enfrenta uma nova acusação de agressão, a quarta em um período de cinco anos.
A mais recente denúncia foi feita por uma ex-namorada, que alegou ter sido agredida e ameaçada de morte pelo ator em julho deste ano. O caso ocorreu no dia 3 de julho, quando a mulher, cuja identidade não foi divulgada, relatou à polícia que a situação se intensificou após uma brincadeira entre o casal.
Desde 2018, Zachery Ty Bryan tem enfrentado várias acusações relacionadas à violência. A primeira ocorrência significativa foi registrada em 2020, quando ele foi detido por supostamente agredir sua então namorada. Desde então, outras denúncias surgiram, culminando na mais recente acusação em julho deste ano. Segundo informações do TMZ, as circunstâncias da última agressão foram particularmente alarmantes.
A ex-namorada relatou que o episódio começou com uma brincadeira inofensiva: ela mordeu o mamilo do ator enquanto estavam deitados juntos. No entanto, essa interação aparentemente leve rapidamente se transformou em um confronto físico.
Após a mordida, Bryan teria reagido com violência, resultando em agressões físicas e verbais. A mulher afirmou que ele a ameaçou dizendo: “Cale a sua boca ou eu a calo por você”, uma frase que foi incluída no processo judicial movido contra ele.
Consequências legais e ordem de restrição
Como resultado das alegações feitas pela ex-namorada, a Justiça impôs uma ordem de restrição contra Zachery Ty Bryan. Essa ordem é válida por cinco anos e proíbe o ator de se aproximar da vítima ou entrar em contato com ela até setembro de 2030. Esse tipo de medida é comum em casos de violência doméstica e visa proteger as vítimas de possíveis retaliações ou novas agressões.
14 de novembro de 2025 às 13:45
14 de novembro de 2025 às 07:26
FOTO: REPRODUÇÃO
Um homem foi preso, no último domingo (09), após ser flagrado invadindo a casa de uma mulher que tinha acabado de morrer no bairro de Park Forest, em Alabaster, Estados Unidos. Segundo as investigações iniciais da polícia, Peter Michael Petitti, de 40 anos, consultou obituários e o Facebook para obter as informações da morta.
De acordo com o site Lei e Ordem, a moradora da casa faleceu há algumas semanas e o criminoso teria roubado brincos, anéis e relíquias de família. Petitti foi identificado através de câmeras de segurança e também devido ao seu modus operandi padrão, já utilizado em outro assalto.
“Neste momento, não podemos afirmar com 100% de certeza que ele estava usando obituários, mas, com base no momento e nas circunstâncias, podemos razoavelmente supor que isso possa ter desempenhado um papel”, disse o detetive Andrew Rowan, porta-voz do Departamento de Polícia de Alabaster.
“Nossos policiais reconheceram seu padrão de comportamento, que coincidia com incidentes anteriores”, acrescentou.
Segundo o site, esta é a segunda vez em três meses que o assaltante invade residências de mortos. A primeira invasão seguida de roubo ocorreu em agosto de 2025 no bairro de Weatherly.
Petitti teria adentrado a residência da vítima recém-falecida, danificado várias portas e uma maçaneta, e fugido com alguns objetos pequenos. A acusação inicial de furto qualificado era de quarto grau. Em 20 de agosto, o homem foi libertado sob fiança. No entanto, no último domingo (9), retornou à prisão.
As autoridades policiais da região descreveram as supostas ações de Petitti como “hediondas”. Ele está detido na Cadeia do Condado de Shelby sem direito a fiança.
14 de novembro de 2025 às 13:30
14 de novembro de 2025 às 07:08
FOTO: REPRODUÇÃO
O caso do sequestro e assassinato da jovem Eloá Pimentel, em 2008, voltou a comover o público esta semana em razão do lançamento do documentário Caso Eloá: Refém ao Vivo, na Netflix. A vítima morreu aos 15 anos, baleada na virilha e na cabeça pelo ex-namorado Lindemberg Alves.
Após o óbito, a família decidiu doar o coração, pulmão, córneas, fígado, rins e pâncreas de Eloá. Uma das receptoras foi a vendedora Maria Augusta da Silva dos Anjos, que recebeu o coração da jovem no dia de seu aniversário, em 20 de outubro de 2008.
Entretanto, 13 anos depois, Maria Augusta acabou se tornando uma das vítimas da Covid-19, morrendo em um hospital particular de Paraupebas, no Pará, em decorrência da doença.
À época, a mãe de Eloá, Ana Cristina Pimentel, lamentou a notícia e disse que considerava Maria como uma filha.
– Eu não esperava essa notícia. Eu estava torcendo para a Augusta se recuperar. Para mim, foi muito triste. Minha família, meus filhos estão tristes. Até porque amanhã [5 de maio] minha filha Eloá faria 28 anos se estivesse viva. Augusta era como uma filha para mim também, pois ela carregava o coração de Eloá. Augusta ficou maravilhosa depois que recebeu o coração de Eloá, mas essa doença [Covid] a pegou e a matou – lamentou Ana Cristina.
Em 2018, quando havia completado dez anos do transplante, Maria Augusta relatou como havia recebido a notícia de que ganharia um coração.
– Recebi a notícia por telefone. Meu médico ligou: “Vem para o hospital que eu acho que você vai ganhar o coração daquela moça, a Eloá”. Eu soube do caso pela TV. Fiquei internada do dia 8 de outubro até dia 18 de outubro. Por isso agradeço à mãe de Eloá por ter permitido a doação dos órgãos da garota (…) Fui para o hospital e meu médico Antonio Alceu me cumprimentou. Ele perguntou se eu acreditava em milagres. “E falei sim. Minha vida inteira é um milagre” – expressou ela à época.
Relembre o depoimento completo de Maria Augusta a seguir:
Estava em São Paulo. Fiquei dois anos e uns meses na fila de espera por um transplante de coração, morando em São Paulo. Eu só tinha o ventrículo direito do coração funcionando. Tinha também o ventrículo esquerdo, mas ele era pequeno e não tinha função. Não funcionava direito.
Eu tinha problemas cansaço, falta de ar, insuficiência respiratória. Unhas eram todas roxinhas, os lábios roxos, a pele parecia azulada por causa do sangue que não circulava direito. Descobri essa doença com 6 anos. Na época, médicos falavam que não tinha solução. Ainda deram dois diagnósticos. Um falava que era coração grande. Depois o outro falou que era sopro.
Fiquei dois meses internada em Belém quando tinha 6 anos. Fiz muitos exames. Os médicos falavam para minha mãe, para os meus pais, que eu ia viver no máximo até os 7 anos de idade.
Meus pais foram pessoas que me ensinaram a ter muita fé. E eles falaram assim: “tudo bem, os médicos estudaram, mas que Deus dê mais vida a minha filha”. E eu voltei a voltar na Ilha de Marajó e não fiquei mais na capital. Voltei ao Marajó porque não parecia ter mais solução para o meu caso.
Ainda fiquei até meus 20 anos indo para o interior e a capital, tendo acompanhamento médico. Eu tentava fazer as coisas que eu não podia, como nadar, andar de bicicleta, mas eu desmaiava.
Mas falo sempre que a minha vida é um milagre. Aí fui levando a vida assim: estudei o ensino fundamental, terminei o ensino médio. Tudo muito devagar… atrasou muito os meus estudos. E quando estava com 19 anos, comecei a piorar muito, comecei a piorar muito, muito mesmo. Comecei a ficar mais roxa. Não conseguia sair de casa. Fiquei muito, muito mal mesmo.
Foi então que conheci um médico em Belém. Ele tinha feito residência em São Paulo. E falou: “a única solução por enquanto é a cirurgia de Fontan [procedimento paliativo usado em crianças com corações univentriculares], que é nova aqui no Brasil. É a única solução para você. Colocarem uma válvula para substituir o ventrículo esquerdo e fazê-la funcionar no lugar”.
Essa cirurgia foi feita no Hospital Beneficência Portuguesa em São Paulo pelo SUS [Sistema Único de Saúde]. Minha família me apoiou muito. Fiquei com essa válvula no coração por 13 anos. Tive melhora bem significativa com essa válvula.
Aí em 2005 eu comecei a sentir um leve cansaço quando eu andava, na hora do banho, até para tomar banho. Aí foi aumentando. Fui em São Paulo novamente em 2006 e aí eles diagnosticaram que válvula não estava mais funcionando direito, só que não poderia substituir essa válvula. Teria que ser um transplante.
Fiz exames para entrar na fila dos transplantes no final de 2006 em São Paulo. Já estava na fila, já fiz exames para transplante e tudo. Aí fiquei morando na capital paulista por dois anos e três meses aguardando o órgão.
Surgiram dois corações nesse período. Só que às vezes a pessoa sofre acidente e fica na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), usa muita droga pesada para ver se cura a pessoa. Não deu. E o segundo órgão não foi compatível.
Eu era a sexta da fila de espera por um transplante de coração no Hospital Beneficência Portuguesa. Todo mês eu tinha que ir ao hospital e, às vezes, ficava internada dez dias, um dia, para ver como é que estava a evolução.
No dia 19 de outubro às 22h eu soube que poderia receber um novo coração. Estava em casa. Não saía de casa. Não dava conta mais de andar. Fiquei praticamente quase dois anos e meio dentro de um apartamento em São Paulo. Não conseguia trabalhar.
Recebi a notícia por telefone. Meu médico ligou: “Vem para o hospital que eu acho que você vai ganhar o coração daquela moça, a Eloá”. Eu soube do caso pela TV. Fiquei internada do dia 8 de outubro até dia 18 de outubro.
Quando cheguei ao hospital, meu médico perguntou se eu queria o coração. Disse que sim. Ele falou que o fato de o caso ter saído na mídia seria complicado para mim por causa do assédio.
Fui para o hospital e meu médico Antonio Alceu me cumprimentou. Ele perguntou se eu acreditava em milagres. “E falei sim. Minha vida inteira é um milagre porque todos diagnósticos de pessoas que nascem como meu problema, se não fizerem cirurgia até os 8 meses de vida não sobrevivem”, e eu fui fazer a cirurgia de Fontan aos 21 anos.
Ele disse: “Estou falando isso porque tinham cinco pessoas na sua frente na UTI e nenhuma delas foi compatível e você ganhou o coração”. E eu sempre pedi a Deus para me dar o coração no dia do meu aniversário.
Entrei no centro cirúrgico às 23h30 do dia 19 de outubro de 2008 e saí, após o transplante, às 8h do dia 20 de outubro, data do meu aniversário… amanheci com o presente novo, com o coração novo.
Todo transplantado toma remédios contra rejeição. Tem de tomar a vida toda. Comigo não é diferente. Quis saber mais sobre a doadora [Eloá], até visitei a mãe dela [Ana Cristina Pimentel da Silva]. Quando eu morava em São Paulo, ela foi visitar meus pais.
A gente está meio distante, mas tem contato até hoje no WhatsApp. É pouco, mas mantém. Eu acredito que ela ficou muito feliz quando se encontrou comigo e de ver o coração da filha dela batendo no meu peito. Ela estava muito alegre de ver que um pedaço da filha dela está aqui em mim.
Muita coisa mudou na minha vida. Primeiro: eu sempre que eu posso eu falo para alguém, até falo para meu esposo, ele não gostava dessa ideia de falar de ser doador.
Eu falo sempre para ele assim: “Você vê o quanto eu sofri. E hoje estou com um órgão de outra pessoa e que me fez voltar a viver. Então para mim essa foi a maior mudança de ver a importância da doação”.
Por isso agradeço a mãe de Eloá por ter permitido a doação dos órgãos da garota. Eu gosto de falar para as pessoas. Sempre gosto de dar força para as pessoas, falar que a gente tem que ter fé de que tudo vai dar certo e a importância da doação de órgãos.
Atualmente sou feliz. Casada com meu marido, Carlos Silva, de 31 anos. Ele é montador de andaimes. Não posso ter filhos, mas tenho uma enteada linda.
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