11 de agosto de 2025 às 16:00
11 de agosto de 2025 às 10:30
FOTO: DIVULGAÇÃO
O criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay — que atuou como advogado do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, condenado e preso na Operação Lava Jato — afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro deve receber, no mínimo, 30 anos de prisão se for condenado nos processos que enfrenta no Supremo Tribunal Federal (STF). Em entrevista ao podcast Direito & Justiça, Kakay disse que, por ser apontado como líder de organização criminosa, a dosimetria de pena no caso de Bolsonaro “será muito alta”.
O ex-mandatário atualmente se encontra em prisão domiciliar após decisão do ministro Alexandre de Moraes, no dia 4 de agosto. O magistrado argumentou que o ex-presidente violou a restrição, imposta em julho, de usar as redes sociais, inclusive por meio de terceiros, nas manifestações ocorridas em 3 de agosto.
“Não tem como ser menos do que isso, porque, como líder da organização criminosa, a pena deve ser agravada. A dosimetria será muito alta”, afirmou o advogado, explicando que as penas podem ser somadas de acordo com o regime de concurso material. O Ministério Público Federal denunciou Bolsonaro por cinco crimes, que juntos já somariam cerca de 14 ou 15 anos na soma das penas mínimas, mas que, segundo ele, podem ultrapassar 30 anos.
Kakay também avaliou que uma eventual prisão de Bolsonaro não provocaria comoção nacional. Para sustentar a análise, citou o caso do general Braga Netto, ex-vice-presidente, preso desde dezembro, cuja situação, segundo ele, “foi esquecida” pela opinião pública.
O criminalista ainda comparou o processo de Bolsonaro com a operação Lava Jato, ressaltando que não vê paralelo entre os casos. Para ele, enquanto a Lava Jato teve uma suposto “conluio” entre juízes e procuradores com fins políticos, o julgamento dos atos de 8 de janeiro representa, segundo sua visão, o Judiciário atuando em defesa da democracia contra um Executivo autoritário e um Legislativo cooptado.
“Na Lava Jato, havia um juiz em conluio com os procuradores, com um objetivo político claro. Já no processo do 8 de janeiro, vivíamos um governo de perfil fascista e um Legislativo cooptado. Por mais paradoxal que pareça, o único poder que se colocou, de fato, contra essa tentativa de golpe foi justamente o mais conservador, patrimonialista, machista e racista: o Poder Judiciário”, afirmou.
11 de agosto de 2025 às 15:45
11 de agosto de 2025 às 13:17
FOTO: EFE
José Antonio Kast, do Partido Republicano, principal nome da direita na disputa pelo cargo de presidente do Chile, desponta com larga vantagem nas pesquisas para um eventual segundo turno no país sul-americano. O primeiro turno do pleito está marcado para acontecer no dia 16 de novembro, ou seja, em pouco mais de três meses. Caso ocorra uma segunda rodada, ela será realizada em 14 de dezembro.
A principal concorrente de Kast na corrida presidencial é Jeannette Jara, do Partido Comunista. No primeiro turno, os dois aparecem tecnicamente empatados, com um levantamento da consultoria Cadem apontando Jara com 31% das intenções de voto e Kast com 29%. No segundo turno, porém, o nome da direita venceria por 49% a 37%.
A diferença se explica pelo alinhamento previsto entre as forças de direita. Outros três candidatos do campo conservador — Evelyn Matthei (Chile Vamos), Johannes Maximilian Kaiser (Partido Nacional Libertário) e Franco Parisi (Partido do Povo) — não passam de 15% cada nas sondagens, mas a tendência é que eles apoiem Kast contra a esquerda.
Com um discurso de “tolerância zero” à imigração ilegal e defesa rígida da segurança pública, Kast se apresenta como aliado ideológico de líderes como Donald Trump e Javier Milei. O tema migratório é sensível no país: hoje, cerca de 670 mil venezuelanos vivem no Chile, representando mais de 40% da população estrangeira. Em 2002, eles eram menos de 5 mil.
Jara, por sua vez, tenta capitalizar o apoio de toda a coalizão governista do presidente Gabriel Boric e da Democracia Cristã, mas enfrenta a rejeição elevada ao atual governo e críticas ligadas à sua postura nos protestos de 2019, quando ela se colocou contra a polícia chilena. Como a maior parte da população atualmente defende uma política linha dura contra o crime, isso leva a uma perda de votos da esquerda.
11 de agosto de 2025 às 15:30
11 de agosto de 2025 às 12:39
FOTO: RICARDO STUCKERT
Em meio ao tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, Brasil e China trabalham na criação de um protocolo bilateral para certificação e rastreabilidade de produtos agropecuários, com foco central na exportação de carne e soja para o país asiático.
A reportagem teve acesso a detalhes do plano que está em andamento. A ideia é estabelecer um mecanismo de reconhecimento entre os dois países para certificações ambientais e sistemas de rastreamento, permitindo que a venda de produtos brasileiros seja feita com selos de sustentabilidade – como “carne carbono neutro” e “soja de baixo carbono” – reconhecidos formalmente pelas autoridades e empresas chinesas.
O protocolo bilateral prevê que os dois países alinhem metodologias para mensurar emissões, uso de solo, manejo ambiental e bem-estar animal. A intenção é que certificados brasileiros, como os desenvolvidos pela Embrapa – a exemplo dos selos Carne Carbono Neutro (CCN) e Carne Baixo Carbono (CBC) -, passem a ser aceitos pelas autoridades e empresas chinesas como prova válida de sustentabilidade.
Uma vez que isso esteja validado, o que se espera é a abertura para novos tipos de acordos comerciais, facilitação de exportações, valorização de produtos e redução de barreiras não tarifárias.
As medidas previstas incluem a integração entre sistemas digitais de rastreabilidade, uso de QR codes com dados ambientais e compartilhamento de bases de dados.
A proposta foi tratada durante a missão oficial do Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária) à China, realizada em junho, em discussões que envolveram os principais produtos da pauta exportadora brasileira ao país asiático. O grupo brasileiro também incluiu representantes da Embrapa e da ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos).
O assunto foi tema de reuniões realizadas com órgãos como o Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais da China e a Academia Chinesa de Ciências Agrárias, para estabelecer uma agenda técnica e de cooperação sobre sustentabilidade agrícola.
O governo brasileiro também discutiu a iniciativa com membros da Universidade Agrícola da China, que tem foco em políticas públicas de incentivo à agricultura de baixo carbono, além de empresas como Syngenta China e Tencent, que usam tecnologias para rastreabilidade e medição de carbono.
A estatal Cofco Meat Investment, um dos maiores grupos do setor alimentício na China, sinalizou interesse em estabelecer rotas de fornecimento de carne brasileira certificada como sustentável, com base nas metodologias da Embrapa e em sistemas de rastreabilidade ambiental já usados por frigoríficos no Brasil. Questionada pela reportagem, a Embrapa informou que o porta-voz sobre o tema seria o Ministério da Agricultura, que não havia respondido ao pedido de entrevista até a publicação deste texto.
O Brasil é o maior exportador de alimentos no mundo. A China, o maior consumidor. A carne bovina ocupa posição central nas negociações bilaterais, tanto pelo protagonismo nas exportações quanto pela preocupação ambiental com emissões de metano e uso da terra.
Em 2024, os chineses compraram 51,3% da carne exportada pelo Brasil, enquanto os Estados Unidos, segundo maior comprador, ficaram com uma fatia de 8,1%. Em julho deste ano, pré-tarifaço americano, a participação chinesa saltou para 57%, enquanto a americana caiu para 4,7%, sendo passada pelo México (4,8%), conforme dados do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio).
Em sua passagem pela China, a comitiva brasileira viu que algumas redes de supermercados chinesas já começaram a exigir que produtos de origem animal sejam obrigados a apresentar QR codes com dados de rastreabilidade ambiental e pegada de carbono. Há o entendimento de que esse modelo tende a se tornar padrão na China, pressionando seus exportadores a se adaptar.
A soja também é discutida como produto estratégico para o protocolo. Principal item da pauta de exportação brasileira à China, o grão está no centro das preocupações sobre segurança alimentar. Além do uso como ração animal, produtos processados à base de soja, como óleos e proteínas vegetais, já começam a ser submetidos à exigência de rastreabilidade ambiental.
O Brasil possui iniciativas como o Selo ABC+ e o programa Soja Plus, que poderiam ser reconhecidas pelo protocolo bilateral.
Assim como no caso da carne, a expectativa do governo brasileiro é que esses protocolos passem a ser usados como instrumento de integração regulatória, antecipando exigências ambientais que possam se tornar mandatórias nos próximos anos. Uma visita técnica de autoridades chinesas ao Brasil está prevista para este ano, para verificar in loco as tecnologias e sistemas locais, para fechar o acordo.
O fortalecimento dos negócios entre o Brasil e a China, além de outros parceiros dos Brics -bloco formado por 11 países, como Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul–, está no centro das queixas do presidente americano Donald Trump.
O presidente Lula (PT) anunciou que está em contato com os presidentes de países do Brics para conversar sobre os diferentes apoios que eles podem dar em meio aos ataques e chantagens dos EUA contra o Brasil. A China anunciou no dia 2 ter aprovado a habilitação de 183 novas empresas brasileiras de café para exportação ao mercado chinês, em decisão da Administração Aduaneira Geral.
A despeito das medidas para ampliação do comércio sino-brasileiro, corre uma investigação na China sobre os efeitos internos na indústria de carnes. No dia 6, o governo da China anunciou a prorrogação de uma investigação de salvaguarda sobre a importação de carne bovina, estendendo seu prazo final de 27 de agosto para 26 de novembro. A prorrogação indica que o processo é considerado complexo e que ainda há pontos a serem esclarecidos antes de uma decisão final.
Essa investigação foi aberta em dezembro de 2024, para apurar se o aumento das compras externas de carne estaria prejudicando os produtores chineses. Caso o governo chinês conclua que houve dano à indústria local, pode adotar medidas de proteção, como tarifas extras ou cotas de importação. Até lá, nada muda para os exportadores, incluindo o Brasil. Continuam a valer as mesmas regras e tarifas em vigor.
11 de agosto de 2025 às 15:15
11 de agosto de 2025 às 14:11
FOTO: DIVULGAÇÃO
O prefeito de Assú, Lula Soares, iniciou a segunda-feira (11) em Natal, na sede da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (CAERN), em reunião com o novo presidente da instituição, Sérgio Rodrigues, que assumiu o cargo na semana passada e teve sua posse acompanhada pelo gestor municipal.
O encontro tratou de demandas prioritárias para o município, como o abastecimento de água no Sítio Campo de Aviação, a instalação de um chafariz na comunidade de Santa Clara, que ajudará a reduzir o raio da rota dos carros-pipa e agilizar o acesso à água para a população, e a ampliação da rede de esgotamento sanitário.
“Seguimos firmes, acompanhando cada passo e cobrando as ações necessárias para garantir mais qualidade de vida e melhores serviços para a população assuense”, afirmou o prefeito Lula Soares.
11 de agosto de 2025 às 15:00
11 de agosto de 2025 às 12:41
FOTO: GETTY
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu, nesse domingo (10), às pessoas em situação de rua que deixassem Washington “imediatamente”, garantindo que o governo oferecesse abrigo “longe” da capital.
Trump planeja realizar uma coletiva de imprensa na segunda-feira para apresentar seu plano para tornar a cidade “mais segura e bonita do que nunca”.
“As pessoas sem-teto devem sair, IMEDIATAMENTE. Nós lhes daremos abrigo, mas LONGE da capital”, escreveu ele em sua plataforma Truth Social.
Dirigindo-se aos “criminosos”, ele alertou em seguida: “Vocês não precisam ir embora. Nós vamos colocá-los na prisão, onde pertencem”.
De acordo com o relatório anual do Departamento de Habitação, em 2024, Washington tinha mais de 5.600 pessoas em situação de rua, ocupando o 15º lugar entre as principais cidades dos Estados Unidos nesse aspecto.
Desde que voltou à Casa Branca, em janeiro, Trump ameaçou várias vezes colocar Washington, que possui um estatuto especial, sob controle federal.
11 de agosto de 2025 às 14:45
11 de agosto de 2025 às 14:13
FOTO: DIVULGAÇÃO
A deputada federal Carla Dickson (União Brasil-RN) deu entrada, na manhã desta segunda-feira (11) em um pedido de instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a crescente adultização e erotização de crianças nas redes sociais. A iniciativa busca apurar responsabilidades e propor medidas de proteção à infância diante de conteúdos e práticas que expõem menores de idade a riscos psicológicos, morais e até físicos.
Segundo a parlamentar, a proliferação de vídeos, imagens e desafios online que sexualizam crianças representa uma grave ameaça ao desenvolvimento saudável e seguro da nova geração. “Não podemos permitir que a internet, que deveria ser um espaço de aprendizado e convivência, se torne um terreno fértil para a exploração e o abuso infantil. Nosso dever é agir com urgência”, declarou.
O pedido da deputada está na fase da coleta das 171 assinaturas necessárias para que o requerimento seja protocolado na mesa diretora. Em sendo instalada, a CPI vai ouvir especialistas, autoridades, empresas de tecnologia, órgãos de proteção e familiares, além de analisar casos concretos que ganharam repercussão nacional. O objetivo é identificar falhas na legislação, responsabilizar envolvidos e criar instrumentos mais eficazes para prevenir e punir abusos.
“Estamos falando do futuro das nossas crianças. É preciso garantir que a liberdade digital não seja confundida com a liberdade de abusar da inocência e da vulnerabilidade infantil”, concluiu Carla Dickson.
DENÚNCIA
O tema voltou à tona após o youtuber e humorista Felca ter publicado um vídeo no último dia 6 com denúncias sobre exploração de menores de idade na criação de conteúdo na internet. Uma delas é contra o influenciador Hytalo Santos, que inclusive teve a conta no Instagram desativada dois dias depois. Desde 2024, Hytalo é investigado pelo Ministério Público da Paraíba sobre possível exploração de menores nas redes sociais. Ao todo, ele tem mais de 20 milhões de seguidores.
Felca, que tem mais de 4 milhões de inscritos no YouTube, citou Hytalo Santos como alguém que cria e reproduz conteúdos com base na utilização de menores de idade na frente das câmeras. Entre os exemplos utilizados por ele, está o de Kamylla Santos, jovem de 17 anos, que segundo Felca, tem a imagem explorada de forma sensual nos vídeos.
11 de agosto de 2025 às 14:30
11 de agosto de 2025 às 12:42
FOTO: REPRODUÇÃO
Josimar, árbitro conhecido no futebol amador de Currais Novos, faleceu na noite deste domingo (10) após passar mal enquanto apitava uma partida do Ruralzão.
Durante o jogo, Josimar caiu no gramado e foi socorrido rapidamente ao Hospital Regional Mariano Coelho, porém não resistiu aos cuidados médicos.
Testemunhas relataram que o árbitro havia chegado ao local com queixas de dor na perna antes do início da partida, tendo tomado um medicamento e decidido entrar em campo. A suspeita inicial é de que a causa da morte tenha sido um ataque cardíaco fulminante.
11 de agosto de 2025 às 14:00
11 de agosto de 2025 às 12:43
FOTO: DIVULGAÇÃO
O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) obteve a condenação por improbidade administrativa de Gerinaldo Moura da Silva e Ramom Murilo Alves, em decisão da 1ª Vara da Comarca de Ceará-Mirim. Ambos foram considerados culpados de enriquecimento ilícito em razão de irregularidades na nomeação de Ramom Murilo para o cargo de conselheiro tutelar do município.
Segundo as investigações, Ramom Murilo foi nomeado para a função sem ter sido eleito, contrariando o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Na época, Gerinaldo Moura ocupava a presidência do Conselho de Direitos da Criança e do Adolescente e teria feito o convite para o cargo, mesmo sem a efetiva atuação de Ramom.
Sentença confirma nomeação irregular O MPRN demonstrou que Ramom Murilo nunca atuou como conselheiro tutelar, embora tenha recebido salários referentes ao cargo. A sentença concluiu que os réus agiram de forma dolosa, caracterizando improbidade administrativa e causando prejuízo ao erário municipal.
Ramom Murilo Alves foi condenado a restituir os valores indevidamente recebidos e a pagar uma multa civil. Gerinaldo Moura da Silva também foi condenado a pagar uma multa civil equivalente ao valor do dano.
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