Inclusão social é o pior indicador do RN em índice nacional de progresso social

O relatório Índice de Progresso Social Brasil 2025, divulgado pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), revelou que o Rio Grande do Norte apresenta seu pior desempenho na dimensão “Oportunidades”, com destaque negativo para o componente “Inclusão Social”, que mede se todos os indivíduos têm acesso equitativo a oportunidades e recursos, independentemente de sua origem, raça ou gênero. O estado ocupa a 13ª colocação entre as 27 unidades federativas do país, com 60,04 pontos no índice geral, abaixo da média nacional, que foi de 61,96 pontos.
Para isso, são considerados indicadores como a paridade de gênero e racial nas câmaras municipais, a ocorrência de violência contra mulheres, negros e indígenas, e a presença de famílias em situação de rua. A média nacional para esse componente foi de 47,21 pontos, uma das mais baixas entre os 12 avaliados pelo índice, refletindo um cenário nacional de exclusão social persistente.
O Índice de Progresso Social utiliza 57 indicadores sociais e ambientais de fontes públicas, como IBGE, DataSUS, CNJ, Inep, Anatel, entre outros. Esses indicadores estão organizados em três dimensões principais: Necessidades Humanas Básicas, Fundamentos do Bem-estar e Oportunidades, cada uma subdividida em quatro componentes. A nota final de cada localidade varia de 0 a 100, sendo calculada a partir da média simples entre essas dimensões.
No caso do Rio Grande do Norte, a dimensão Oportunidades, onde está inserido o componente Inclusão Social, foi a pior avaliada. Essa dimensão também inclui temas como acesso à educação superior, direitos individuais e liberdade de escolha. O estado obteve 60,04 pontos no índice geral, ocupando a 13ª posição entre os 27 estados brasileiros, desempenho próximo da média nacional, que foi de 61,96 pontos.
Em contraste, o melhor resultado do estado foi registrado no componente Moradia, que integra a dimensão Necessidades Humanas Básicas. Esse componente avalia aspectos como coleta de resíduos, iluminação elétrica e qualidade da construção das moradias.
A média nacional foi de 87,74 pontos, a mais alta entre todos os componentes, refletindo avanços significativos em infraestrutura residencial no país, inclusive no Rio Grande do Norte. Ainda que Natal esteja entre as 15 capitais com melhor desempenho geral, o relatório mostra que a capital potiguar também enfrenta desafios nas áreas ligadas à inclusão e oportunidades, repetindo o padrão observado no restante do estado.
Portal 98 FM








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