10 de julho de 2025 às 18:00
10 de julho de 2025 às 12:53
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Faltando mais de um ano para as eleições de 2026, líderes políticos começam a intensificar a movimentação no Rio Grande do Norte. Um dos destaques desse jogo está no lado oposicionista, que conta com alguns pretendentes ao cargo de governador, escancarando um potencial racha no grupo, especialmente no União Brasil, partido dos prefeitos das duas maiores cidades do estado: Paulinho Freire, de Natal e Allyson Bezerra, de Mossoró.
O líder mossoroense é, constantemente, citado como pré-candidato a governador nas eleições do próximo ano. Contudo, parece que o nome de Allyson não é o preferido de companheiros de sigla, como Paulinho Freire, que frequentemente está reunido com outro nome da oposição que almeja a cadeira do Palácio de Despachos de Lagoa Nova, o senador Rogério Marinho (PL).
A dupla – Paulinho e Rogério – não anda só, e conta ainda com o apoio de outro destaque da oposição, o também senador Styvenson Valentim (PSDB), que já demonstrou interesse no governo, mas tem se mantido mais discreto quando o assunto é o principal cargo do Estado, sendo objetivo ao dizer que ele, Rogério e Paulinho estão “juntos e alinhados”, como na foto publicada por ele há uma semana, em encontro realizado em Brasília.
A decisão de Paulinho ficar “junto e alinhado” com Rogério Marinho escancara uma cisão no União Brasil, um partido com grande representatividade no Rio Grande do Norte. Com essa mensagem ‘silenciosa’, Freire mostra que está disposto a contrariar os desejos do ex-governador e ex-senador José Agripino, que atualmente preside o União no RN.
Paralelo a isso, do outro lado do estado, Allyson Bezerra faz os seus movimento no famoso tabuleiro do xadrez político. O prefeito de Mossoró está costurando – há alguns meses – uma aliança com o deputado federal João Maia (PP), e com a senadora Zenaide Maia (PSD) e o grupo dela.
Na última semana, a jogada mais comentada de Allyson Bezerra foi a nomeação de Shirley Targino, ex-prefeita de Messias Targino, para o cargo de secretária municipal de Assistência Social. Shirley é esposa de João Maia, o segundo deputado federal mais votado do RN nas eleições de 2022, ultrapassando os 100 mil votos.
O PP de João Maia está alinhadíssimo ao União Brasil de Agripino e Allyson. Há pouco mais de dois meses as siglas oficializaram uma federação, que tem efeitos em todas as esferas, desde a nacional até as municipais. Isso significa que os partidos trabalharão juntos, como um só, durante quatro anos.
No mês de junho passado, José Agripino, presidente estadual do União Brasil, defendeu a união da oposição. “É tudo que eu prego há um ano”, disse Agripino durante uma entrevista à rádio CBN Natal, falando sobre a oposição trabalhar junta em torno de um único nome.
Apesar de Agripino se mostrar satisfeito com a ideia de Allyson Bezerra concorrer ao Governo em 2026, enquanto Paulinho Freire prefere Rogério Marinho na corrida, os dois têm mantido um bom diálogo, conforme se nota através das aparições dos dois juntos nas redes sociais, algumas ocorridas e registradas nas últimas duas semanas.
10 de julho de 2025 às 17:45
10 de julho de 2025 às 12:56
FOTO: DIVULGAÇÃO
Nesta quarta-feira (9), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, conversou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a crise aberta a partir da taxação de 50% imposta por Donald Trump ao Brasil. De acordo com o jornal O Estado de São Paulo, ficou combinado que os integrantes do STF não se manifestariam sobre o caso. A tarefa caberia ao Itamaraty.
Ainda assim, pouco depois do anúncio do governo dos Estados Unidos, o ministro Flávio Dino postou em sua conta pessoal no Instagram uma mensagem dizendo estar honrado de pertencer ao tribunal, sem citar a pressão dos EUA.
– Uma honra integrar o Supremo Tribunal Federal, que exerce com seriedade a função de proteger a soberania nacional, a democracia, os direitos e as liberdades, tudo nos termos da Constituição do Brasil e das nossas leis – declarou.
Antes de Trump adotar as medidas fiscais contra o Brasil, sua gestão já tinha dado sinais de que estava disposta a aplicar sanções em relação ao STF. Em maio, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, anunciou que o país iria restringir a entrada de “funcionários estrangeiros e pessoas cúmplices na censura de americanos”, em recado ao ministro Alexandre de Moraes.
Também de acordo com o jornal O Estado de São Paulo, ministros do tribunal disseram em caráter reservado que não se impressionariam se novas medidas dos EUA contra o Brasil se intensificassem à medida que se aproxima o julgamento de Bolsonaro, previsto para acontecer entre o fim de agosto e o início de setembro. Segundo membros da Corte, esse tipo de pressão não deve impedir o julgamento de ser realizado.
10 de julho de 2025 às 17:30
10 de julho de 2025 às 12:51
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A deputada federal Natália Bonavides (PT) defendeu a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em uma publicação nas redes sociais nesta quarta-feira 9. A defesa ocorre após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar uma taxa de 50% sobre a importação de produtos brasileiros, como uma forma de punir o País pelo tratamento dado a Bolsonaro.
Para Natália, a taxação anunciada por Trump é o resultado de uma campanha contra o Brasil feita por personagens do bolsonarismo nos Estados Unidos. Em carta publicada nas redes sociais nesta quarta-feira, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos denunciando supostos abusos do Judiciário brasileiro e do Governo Lula, celebrou a tarifa e escreveu que “uma hora a conta chega”.
Em publicação no X, Natália Bonavides chamou esses bolsonaristas de “conspiradores”. “O bolsonarismo quer fazer o povo brasileiro sofrer ao articular sanção contra o Brasil. Tudo isso pra livrar Bolsonaro da cadeia! São traidores do país, sabotadores! Seguiremos em defesa da nossa soberania e responderemos a altura a esses canalhas”, escreveu a deputada federal. Em outro post, ela defendeu: “Bolsonaro preso!”.
10 de julho de 2025 às 17:15
10 de julho de 2025 às 12:59
FOTO: REPRODUÇÃO
Uma mortandade de peixes registrada em afluentes que abastecem a barragem de Poço Branco, o quarto maior reservatório do Rio Grande do Norte, tem preocupado trabalhadores que dependem do pescado como fonte de renda. De acordo com o presidente da Colônia de Pescadores do município, Davi Pinheiro, o problema tem sido frequente desde o início do ano, e os pescadores suspeitam que seja motivado pela pulverização com drones em uma fazenda próxima à barragem. A Polícia Civil do Estado (PCRN) investiga o caso.
Davi Pinheiro aponta que as últimas imagens que mostram peixes mortos próximo a barragem, além de um drone circulando na região, foram registradas por um pescador local há poucos dias. Após receber as denúncias, ele esclarece que a Colônia notificou a Secretaria de Turismo e Meio Ambiente de Poço Branco e aguarda que medidas sejam tomadas para resolver o problema.
Entre as principais reivindicações da entidade está a realização de uma análise da água da barragem, diante da suspeita de que esteja sendo contaminada por agrotóxicos usados por uma fazenda local, além do cumprimento das regras de distância entre o manancial e propriedades rurais. “Espero que pelo menos o fazendeiro afaste a pulverização da margem da barragem. O determinado é que [a distância] para o manancial para não abastecimento é de 250 metros, enquanto para abastecimento humano é de 500 metros”, afirma o presidente da Colônia.
Ainda segundo Davi Pinheiro, a fazenda em questão pertence a um fazendeiro que possui outras terras acompanhando o leito do rio por até 8 ou 10 quilômetros de distância da barragem. “Então a gente tem um receio que essa pulverização esteja sendo feita em toda a extensão das terras dele. Isso é prejudicial para o manancial de água da Barragem de Poço Branco”, comenta.
Além dos impactos à fauna e à flora local, o presidente da Colônia de Poço Branco teme que o problema traga consequências econômicas para os pescadores. Atualmente, o município conta com 160 pescadores cadastrados na entidade e mais de 300 que não possuem cadastro. “O impacto na cadeia alimentar aqui é grande. A gente tem receio que o pescado e a água estejam contaminados com algum produto. A população em geral e os pescadores dependem muito dessa barragem”, aponta.
Procurada pela reportagem da Tribuna do Norte, a Secretaria de Turismo e Meio Ambiente de Poço Branco informou que realiza nesta quinta-feira (10) uma vistoria no local junto ao Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Estado (Idema). A reportagem aguarda retorno sobre os próximos passos após a fiscalização e informações sobre a propriedade que estaria sendo responsável pela pulverização perto da barragem de Poço Branco.
A Polícia Civil, por sua vez, informou que equipes já se deslocaram até a propriedade às margens da barragem. O objetivo inicial é verificar a veracidade das informações e entender como surgiram os relatos iniciais. Questionada sobre os prazos para finalização das investigações e sobre possíveis suspeitas ligadas à fazenda local, o órgão não respondeu.
10 de julho de 2025 às 17:00
10 de julho de 2025 às 15:02
FOTO: REPRODUÇÃO
Policiais civis da 85ª Delegacia de Polícia de João Câmara (85ª DP), com apoio da 91ª Delegacia de Polícia de Poço Branco (91ª DP), do 14º Batalhão da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, da Guarda Municipal e do Instituto Técnico-Científico de Perícia (ITEP), deflagraram, nesta quinta-feira (10), a “Operação Cabrito”, com o objetivo de desarticular um grupo criminoso especializado na comercialização de motocicletas adulteradas, produtos de roubo e furto.
As investigações, iniciadas há cerca de um ano, partiram do registro de dezenas de boletins de ocorrência de vítimas que adquiriram motocicletas nas lojas dos investigados e, posteriormente, tiveram os veículos apreendidos em fiscalizações de trânsito, diante de suspeitas de adulteração dos sinais identificadores ou de origem ilícita. A maior parte das negociações fraudulentas acontecia em João Câmara, gerando prejuízos financeiros expressivos às vítimas, que acreditavam estar adquirindo veículos em situação regular.
Durante a operação, foram cumpridos três mandados de prisão e quatro mandados de busca e apreensão nos municípios de João Câmara e Natal. Entre os presos estão pai e filho, empresários do ramo de veículos, apontados como principais responsáveis pelo esquema criminoso. Um deles atuava no comércio de veículos há mais de 20 anos. Os investigados possuíam lojas no município e estavam em processo de expansão, comercializando veículos por valores abaixo do mercado e desrespeitando os protocolos legais de aquisição e revenda.
Ao longo da ação, 18 veículos foram apreendidos — entre motocicletas e automóveis —, muitos deles com sinais de adulteração. Também foram recolhidos celulares, notebooks e outros aparelhos eletrônicos, que serão submetidos à perícia para aprofundamento das investigações.
A Polícia Civil destaca que os suspeitos agiam de forma contínua, fazendo diversas vítimas, e agora responderão criminalmente pelos prejuízos causados — que envolvem tanto perdas patrimoniais quanto a exposição das vítimas a riscos penais e administrativos.
O nome da operação faz referência ao termo popular “cabrito”, utilizado para designar veículos com sinais identificadores adulterados, prática comum para ocultar a origem criminosa — geralmente proveniente de roubo ou furto — e reinserir esses bens de forma fraudulenta no mercado.
As investigações seguem em andamento, com o objetivo de identificar outros envolvidos e garantir a responsabilização completa dos autores.
A Polícia Civil reforça seu compromisso com a repressão qualificada ao crime e solicita que a população continue colaborando com informações por meio do Disque Denúncia 181. O sigilo é garantido.
10 de julho de 2025 às 16:45
10 de julho de 2025 às 13:16
FOTO: JOSÉ ALDENIR
O presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern), Roberto Serquiz, defendeu nesta quinta-feira 10 a busca de uma solução diplomática para reverter as tarifas de 50% anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a importação de produtos brasileiros. Ele alertou que a medida ameaça postos de trabalho no Estado e pode gerar inflação.
“Nós começamos a entender que essa preocupação é assistida por dois campos: aumento de inflação e empregabilidade. Então, isso diretamente é alcançado”, afirmou Serquiz, durante coletiva à imprensa.
Segundo ele, os setores de petróleo, fruticultura, pesca e sal estão entre os mais ameaçados pelas tarifas, afetando a arrecadação estadual e a economia local. O dirigente destacou que os Estados Unidos são o principal mercado para alguns produtos potiguares, como o sal, que tem 95% da produção nacional concentrada no RN e gera em torno de 4,5 mil empregos formais com carteira assinada no estado, e o pescado, cuja exportação é feita exclusivamente para o mercado americano.
Diante do risco de demissões, Serquiz defendeu articulação imediata com o governo federal e as entidades empresariais nacionais. “Eu acho que, com um diálogo inteligente, uma atuação diplomática racional, a gente consiga realmente reverter essa situação e é essa a grande esperança que nós temos”, disse.
O presidente da Fiern também ressaltou que a federação seguirá monitorando o impacto do anúncio em articulação com a Confederação Nacional da Indústria (CNI). “Nós estamos levantando dados, conversando com as lideranças, conversando com a indústria, em permanente diálogo com a confederação nacional”, reforçou.
A tarifa entra em vigor no dia 1º de agosto, e a expectativa da Fiern é de que o governo brasileiro busque reverter a decisão antes do início da vigência, para evitar prejuízos para a indústria potiguar.
Serquiz destacou que a tarifa de 50% coloca o Brasil em desvantagem clara diante de outros países exportadores, que continuam pagando apenas 10% para acessar o mesmo mercado. “O sal, por exemplo, perde completamente a competitividade, porque nossos competidores ficariam com 10%. Então, esse cenário é exatamente o cenário de preocupação”, alertou. Segundo ele, com esse novo patamar tarifário, o Brasil – e especialmente o RN – seria praticamente excluído do radar comercial americano. E continuou: “Quando você tem uma diferença tão grande de tributação, não há como competir”.
Exportações em alta
As exportações de produtos do Rio Grande do Norte para os Estados Unidos mais que dobraram no primeiro semestre de 2025, em relação ao mesmo período do ano passado. Enquanto de janeiro a junho de 2024, o Estado exportou US$ 30,5 milhões, neste ano o valor subiu para US$ 67,1 milhões. O aumento foi exatamente de 120%.
Considerando o valor atual do câmbio (R$ 5,50), isso significa que as exportações do Rio Grande do Norte para os Estados Unidos alcançaram neste ano, nos seis primeiros meses, a marca de R$ 369 milhões. No ano passado, foram R$ 167 milhões, aproximadamente.
Segundo a Fiern, os produtos mais exportados no 1º semestre deste ano do RN para os EUA foram: óleos de petróleo, peixes frescos ou refrigerados, produtos de origem animal, pedras de cantaria ou de construção e produtos de confeitaria sem cacau.
Enquanto as exportações subiram, as importações caíram 35%. Saíram de US$ 41,8 milhões (R$ 230 milhões) em 2024 para US$ 26,9 milhões (R$ 148 milhões) em 2025. Considerando exportações e importações, a balança comercial do Rio Grande do Norte com os Estados Unidos passou de negativa para positiva em um ano. Em 2024, estava negativa em US$ 11,2 milhões. Agora em 2025, ficou positiva em US$ 40,1 milhões.
10 de julho de 2025 às 16:30
10 de julho de 2025 às 12:46
FOTO: REPRODUÇÃO
O Instituto Paraná Pesquisas divulgou nesta quinta-feira (10) um levantamento sobre a preferência do eleitorado paulista ao executivo federal em 2026, e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) lidera um dos cenários, tendo vantagem sobre o atual presidente Lula (PT).
A pesquisa divulga os dados com cenários onde o petista enfrenta o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Também são citados outras lideranças políticas como o nome de Ciro Gomes (PDT), o governador de Goiás Ronaldo Caiado (União Brasil), o governador do Paraná Ratinho Jr (PSD) e do ministro Renan Filho (MDB).
No primeiro cenário, Bolsonaro (PL) soma 41,8% das intenções, Lula (PT) vem logo em seguida com 29,3%.
Cenário 1
Jair Bolsonaro: 41,8% Lula: 29,3% Ciro Gomes: 8,9% Ratinho Jr: 6% Ronaldo Caiado: 2,4% Renan Filho: 0,5% Não sabem/não responderam: 4,4% Branco/Nulo: 6,7% O segundo cenário o confronto é com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) com 33,6% e Lula (PT) com 29,8%.
Cenário 2
Michelle Bolsonaro: 33,6% Lula: 29,8% Ciro Gomes: 10,5% Ratinho Jr: 8,5% Ronaldo Caiado: 4,0% Renan Filho: 0,7% Não sabem/não responderam: 5,1% Branco/Nulo: 7,9% O terceiro cenário mostra a preferência em Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) com 37,1% contra 29,1% de Lula (PT).
Cenário 3
Tarcísio de Freitas: 37,1% Lula: 29,1% Ciro Gomes: 9,2% Ratinho Jr: 6,7% Ronaldo Caiado: 2,7% Renan Filho: 1% Não sabem/não responderam: 5,4% Branco/Nulo: 8,6%
Em um quarto e último cenário, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho de Jair Bolsonaro (PL), tem um empate técnico com o pestista.
10 de julho de 2025 às 16:15
10 de julho de 2025 às 13:11
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O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) emitiu uma nota se manifestando sobre a tarifa de 50% imposta pelo governo dos Estados Unidos ao Brasil, apelidada pelo parlamentar de “Tarifa-Moraes”. No comunicado, o congressista afirma que “uma hora a conta chega” e descreve a taxa como uma resposta “clara, direta e inequívoca” do presidente Donald Trump ao “afastamento” brasileiro “dos valores e compromissos que compartilha com o mundo livre”.
– Há décadas o Brasil está inserido na comunidade internacional democrática, liderada pelos Estados Unidos. Essa inserção traz privilégios, mas exige compromissos civilizatórios mínimos: respeito aos direitos humanos, ao devido processo legal, à liberdade de expressão, de imprensa e à realização de eleições transparentes, com ampla participação da oposição – inicia o texto.
Eduardo afirma que manteve intenso diálogo com autoridades estadunidenses nos últimos meses visando apresentar com documentos e precisão a realidade que o Brasil vive atualmente. O congressista relata que buscou evitar o pior, “priorizando que sanções fossem aplicadas de forma individualizada”, mais precisamente contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Entretanto, Donald Trump teria a compreensão de que o magistrado brasileiro age com respaldo do “establishment político, empresarial e institucional”, e por isso, seria necessário que todo o sistema arcasse com o “custo” da escalada autoritária.
– Essa é uma oportunidade de escolha: seguiremos o caminho da liberdade, prosperidade e soberania, como os Estados Unidos, ou nos tornaremos uma sociedade controlada e submissa, à semelhança da China, tão admirada pelo STF? Apelamos para que as autoridades brasileiras evitem escalar o conflito e adotem uma saída institucional que restaure as liberdades. Cabe ao Congresso liderar esse processo, começando com uma anistia ampla, geral e irrestrita, seguida de uma nova legislação que garanta a liberdade de expressão, especialmente online, e a responsabilização dos agentes públicos que abusaram do poder – instou.
A nota é assinada pelo parlamentar, que se apresenta como “deputado federal em exílio”, e pelo jornalista Paulo Figueiredo, que também se identifica como exilado.
Leia o comunicado completo a seguir: Nota conjunta à imprensa
Uma hora a conta chega
A carta do presidente Donald J. Trump ao presidente brasileiro é clara, direta e inequívoca. E reflete aquilo que nós, há muito tempo, temos denunciado: o Brasil está se afastando, de forma deliberada, dos valores e compromissos que compartilha com o mundo livre.
Há décadas o Brasil está inserido na comunidade internacional democrática, liderada pelos Estados Unidos. Essa inserção traz privilégios, mas exige compromissos civilizatórios mínimos: respeito aos direitos humanos, ao devido processo legal, à liberdade de expressão, de imprensa e à realização de eleições transparentes, com ampla participação da oposição.
Nos últimos meses, temos mantido intenso diálogo com autoridades do governo do governo do presidente Trump – sempre com o objetivo de apresentar, com precisão e documentos, a realidade que o Brasil vive hoje. A carta do presidente dos Estados Unidos apenas confirma o sucesso na transmissão daquilo que viemos apresentando com seriedade e responsabilidade.
Ao Brasil, todos os avisos foram dados. Por vias diplomáticas, declarações públicas, cartas, audiências no Congresso e reuniões privadas. A resposta das autoridades brasileiras foi o escárnio. Risos, ironias — e, ainda mais grave, a escolha de dobrar a aposta.
Enquanto o Supremo Tribunal Federal e o ministro Alexandre de Moraes colecionavam violações de direitos humanos contra jornalistas, contra cidadãos e residentes dos Estados Unidos, também avançavam sobre o líder maior da oposição, o ex-presidente Jair Bolsonaro, negando-lhe garantias mínimas de legalidade, defesa e presunção de inocência na forma da farsa de um julgamento quase sumário em um tribunal de exceção.
Em reação às restrições de vistos para violadores da liberdade de expressão anunciadas pelo governo americano recentemente, o Supremo resolveu retaliar. Já na semana seguinte à medida, a corte pautou — e decidiu – por uma revogação parcial do Marco Civil da Internet, medida que inviabiliza o funcionamento regular das redes sociais americanas no Brasil. Um ataque direto à liberdade de expressão com consequências globais.
Enquanto isso, Lula aprofundou-se em uma sequência de desastres diplomáticos antiamericanos — com declarações raivosas suas, de ministros e até da primeira-dama, além de aproximações deliberadas com regimes autoritários como China e Irã. Ignorando os alertas da administração Trump, insistiu na expansão dos BRICS e chegou a criticar os EUA por neutralizarem o programa nuclear iraniano, uma ameaça global. Nada disso teria ocorrido sob a presidência de Jair Bolsonaro.
A decisão do presidente Trump é clara: o relacionamento comercial, diplomático e institucional com o Brasil deixou de ser equilibrado e benéfico aos EUA. E precisa ser reavaliado à luz dos abusos cometidos por seus dirigentes.
Desde o início da nossa atuação internacional, buscamos evitar o pior, priorizando que sanções fossem aplicadas de forma individualizada, com foco no principal responsável pelos abusos: Alexandre de Moraes. Sanções que muito possivelmente ainda serão adicionalmente implementadas, sem prejuízo da sua expansão também contra os seus apoiadores diretos.
No entanto, recentemente, o presidente Trump, corretamente, entendeu que Alexandre de Moraes só pode agir com o respaldo de um establishment político, empresarial e institucional que compactua com sua escalada autoritária. O presidente americano entendeu que esse establishment também precisa arcar com o custo desta aventura.
Por isso, a partir de 1° de agosto, empresas brasileiras que desejarem acessar o maior mercado consumidor do planeta estarão sujeitas ao que se pode chamar de “Tarifa-Moraes”. Essa é uma oportunidade de escolha: seguiremos o caminho da liberdade, prosperidade e soberania, como os Estados Unidos, ou nos tornaremos uma sociedade controlada e submissa, à semelhança da China, tão admirada pelo STF?
Apelamos para que as autoridades brasileiras evitem escalar o conflito e adotem uma saída institucional que restaure as liberdades. Cabe ao Congresso liderar esse processo, começando com uma anistia ampla, geral e irrestrita, seguida de uma nova legislação que garanta a liberdade de expressão — especialmente online — e a responsabilização dos agentes públicos que abusaram do poder.
Sem essas medidas urgentes, a situação tende a se agravar – especialmente para certos indivíduos e seus sustentadores. Restam três semanas para evitar um desastre. É hora dos responsáveis colocarem fim a essa aventura autoritária.
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