27 de junho de 2025 às 09:00
27 de junho de 2025 às 05:33
FOTO: BRUNO SPADA
A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara aprovou, no dia 11 de junho, um projeto que prevê a inclusão de personalidades femininas e negras nas novas cédulas e moedas do Brasil. A proposta determina que o Banco Central busque homenagear figuras que tenham se destacado na luta pelos direitos das mulheres e contra o racismo.
O texto altera a Lei 4.595/64, que trata da política monetária do país e, para escolher as homenageadas, os nomes deverão ser apresentados e escolhidos com apoio das comissões de Direitos Humanos e da Mulher da própria Câmara.
A proposta foi apresentada pelo deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), mas recebeu mudanças da relatora, deputada Benedita da Silva (PT-RJ). Ela retirou a ideia de consulta pública por considerar o processo muito complexo.
– Em mais de 30 anos de circulação do real, a única imagem de mulher que figura nas notas atuais é a abstrata ideia da República, sempre representada por uma mulher, em vários países do mundo. Por essa razão, a ideia do projeto é muito oportuna e necessária – disse a deputada.
Sobre a alteração do projeto, Benedita disse que a ideia de Silva sobre ter uma consulta pública para escolher as personalidades seria dificultosa, pois “para coletar as ideias da população a respeito do tema, a serem expressas em cerca de 500 mil urnas eletrônicas” espalhadas pelo país.
Após aprovação na Comissão citada, a proposta ainda será analisada pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça. Para se tornar lei, precisa passar pelo plenário da Câmara e pelo Senado, seguindo então para sanção presidencial. As informações são da Agência Câmara de Notícias.
27 de junho de 2025 às 08:45
27 de junho de 2025 às 05:21
FOTO: REPRODUÇÃO
Presidente do PL em Natal e pré-candidato ao Senado, o coronel da reserva Hélio Oliveira afirmou ao Diário do RN que vem cumprindo um acordo de viabilidade firmado com o senador Rogério Marinho, principal liderança do partido no Estado. Com um discurso alinhado à direita ideológica e defensor da pauta da liberdade, Coronel Hélio avalia como legítimas as movimentações de outras lideranças, mas deixa claro que está trabalhando viabilidade eleitoral para momento de formação de chapas.
“Estou cumprindo um compromisso assumido entre ambas as partes, que é a viabilidade eleitoral. O senador Rogério Marinho, que é o líder do partido no estado e da oposição nacional no Senado, foi muito claro: vamos fazer uma pesquisa no fim do ano. Então eu não estou muito preocupado. Estou apenas fazendo o que foi combinado”, disse.
Coronel Hélio reconhece que outros nomes, com maior experiência, se colocam como opções para a chapa majoritária ao Senado pela oposição. Entre eles, o prefeito de Natal, Álvaro Dias (Republicanos), o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (UB), além de Styvenson Valentim (PSTU), tido como certo por ele, a partir de acordo que existe com Rogério, para disputar a primeira vaga na disputa.
Sobre a possível candidatura de Álvaro ao Senado, com apoio do PL e até do próprio Rogério Marinho, Coronel Hélio adota um tom diplomático. “Acho legítimo. Álvaro fez uma boa gestão em Natal, destravou muita coisa, e nós ajudamos muito também, na aprovação do plano diretor, do código de obras. Mas, na minha visão, Álvaro tem um perfil mais voltado ao Executivo. Ainda assim, é legítimo ele pleitear uma vaga no Senado. São duas cadeiras, afinal”, avaliou.
No entanto, ao pleitear o espaço para disputar uma das duas vagas, Coronel garante que tem recebido apoio de lideranças do próprio PL e da base bolsonarista no Estado. Entre os nomes citados, estão o deputado federal general Girão, a pré-candidata a estadual Ludmilla Oliveira, de Mossoró, e o Coronel Brilhante, pré-candidato a deputado federal.
“Agora é que está começando a chegar o apoio de alguns parlamentares. Meu projeto é coletivo. É o projeto da força democrática pela direita, a raiz, vamos dizer assim, do Estado. Eu pautei minha campanha conversando com o povo. Meu discurso é a coerência”, diz.
Ele afirma que sua candidatura não nasceu por vaidade, mas por um chamado político-ideológico, como defensor da liberdade e da democracia nos moldes defendidos pela ala mais conservadora. Ele define seu papel como ideológico dentro das premissas do bolsonarismo.
“Sempre fui um apoiador de bastidor, só entro realmente quando eu sou chamado e quando, efetivamente, existe uma pauta ideológica muito forte, quando alguém ameaça a nossa democracia, quando alguém ameaça a nossa liberdade. Eu sou um ferrenho defensor da liberdade, um ferrenho defensor da democracia. Então, eu me preocupo muito com o futuro do Brasil”, garante.
27 de junho de 2025 às 08:30
27 de junho de 2025 às 05:13
FOTO: DIVULGAÇÃO
O conglomerado de luxo LVMH está enfrentando a maior crise de sua história, com os resultados da assembleia geral anual apresentando um cenário considerado desastroso. As ações da empresa caíram mais de 120 bilhões de euros do valor de mercado do grupo e perdendo o título de empresa mais bem-sucedida da França. Ao mesmo tempo, o mercado de luxo como um todo enfrenta quedas em níveis relevantes.
Dela, fazem parte grifes como a Louis Vuitton, Dior, Tiffany & Co e Bulgari. Nomes cuja reputação fazem da LVMH um conglomerado que se impõe dentro do mercado da moda mundial. O imaginário desse sucesso, contudo, tem perdido espaço para a clara queda no valor de mercado do grupo, a maior de sua história.
A fortuna do CEO da LVMH, Bernard Arnault, também foi significativamente impactada, caindo US$ 54 bilhões em seu patrimônio líquido. Apesar do cenário, o executivo parece não ter interesse em deixar o cargo, especialmente com a recente aprovação do conselho para estender a idade de aposentadoria do presidente e CEO de 75 para 80 anos.
As quedas não se limitam ao grupo francês, já que a crise no mercado de luxo é geral, agravada pela retirada de compradores chineses e pelas tarifas impostas nos Estados Unidos por Donald Trump. A Kering, conglomerado que inclui Gucci, Saint Laurent, Bottega Veneta e Balenciaga, também passa por momento de turbulência nos números. No entanto, a principal razão para a crise da LVMH é atribuída ao próprio grupo.
A tendência de Arnault para aquisições consideradas como “inúteis e contraproducentes”; investimentos dispersos em áreas como moda, beleza, restaurantes e hospitalidade que preocupam os investidores; e a falta de um plano de gestão claro são tidos pela NSS Magazine como principais causadores da desvalorização histórica.
O caso Dior
Um impacto visível no mercado da moda é o da Dior, antes vista como uma das marcas mais fortes e influentes do grupo. A grife fundada em 1946 passa por maus momentos no mercado, após série de aumentos de preços que afastaram clientes e acusações de exploração de trabalhadores sem documentos na Itália para cortar custos.
A chegada de Jonathan Anderson como diretor criativo é um bom sinal, mas é incerto se será suficiente para restaurar os danos. Seu primeiro trabalho para a maison foi divulgado na última terça-feira (24/6) e tem como protagonista da campanha o jogador de futebol Kylian Mbappé.
“Mbappé é a voz de uma geração e uma inspiração para muitas pessoas no mundo do esporte e além”, explica Anderson na publicação feita pelo Instagram.
Demissão em massa da Burberry
No mês de maio, a grife britânica Burberry revelou que irá cortar cerca de 1.700 postos de trabalho em todo o mundo até 2027. A decisão surge em um momento desafiador para a marca, que busca reduzir custos após uma queda acentuada nos lucros. A empresa registou um prejuízo de 66 milhões de libras (quase R$ 500 milhões) no último ano fiscal, refletindo o amplo cenário de crise que vive a indústria global da moda.
As reduções poderão afetar quase um quinto da força de trabalho da Burberry, que atua em diferentes continentes e conta com, aproximadamente, 9.300 funcionários. Joshua Schulman, CEO da marca, indicou que a maior parte dos cortes ocorrerá nos escritórios centrais do grupo em todo o mundo, com destaque para Londres.
Hermès resiste e ultrapassa LVMH
Qualidade, criatividade e savoir-faire: esses são os valores que a Hermès construiu em sua história bicentenária e que garantem sua hegemonia atemporal no mercado de luxo. Hoje, a grife parisiense vai na contramão da desvalorização na indústria e ultrapassou o valor de mercado da LVMH pela primeira vez na vida.
Todas as categorias de produtos da Hermès, exceto a dos relógios, apresentaram crescimento no último ano. Artigos de couro e selaria, vestuário e acessórios, joias e produtos para o lar tiveram um desempenho positivo, o que ajudou nas porcentagens finais de crescimento da marca.
Ao fim de 2024, com o bom desempenho da empresa, a Hermès recompensou seus 25 mil funcionários com um bônus de aproximadamente US$ 4.700, demonstrando seu compromisso e gratidão com seus colaboradores.
27 de junho de 2025 às 08:15
27 de junho de 2025 às 08:07
FOTO: REPRODUÇÃO
A Justiça do Rio Grande do Norte determinou, nesta quinta-feira (26), a soltura do motorista de 27 anos envolvido no acidente que resultou na morte de três pessoas de uma mesma família no último domingo (23), no município de Senador Elói de Souza, no interior do estado.
O homem havia sido preso em flagrante pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) após a colisão, por apresentar sinais de embriaguez e por ter registrado 1,14 mg/L no teste do bafômetro — valor que configura crime de trânsito, segundo a legislação brasileira.
Após audiência de custódia realizada na segunda-feira (24), a prisão em flagrante havia sido convertida em prisão preventiva. No entanto, uma nova decisão judicial determinou a revogação da prisão, argumentando que o caso se enquadra como homicídio culposo na condução de veículo automotor, mesmo em razão da embriaguez ao volante — o que, segundo o magistrado, é incompatível com a manutenção da prisão preventiva.
De acordo com o juiz relator do caso, a prisão preventiva só pode ser aplicada em crimes dolosos com pena superior a quatro anos, em casos de reincidência dolosa ou violência doméstica e familiar.
A prisão foi substituída por medidas cautelares, entre elas:
Comparecimento periódico em juízo para justificar atividades;
Proibição de ausentar-se da comarca por mais de três dias sem autorização judicial.
O acidente ocorreu na BR-226, por volta das 6h do domingo (23). Segundo a PRF, o veículo conduzido pelo motorista investigado invadiu a contramão e colidiu frontalmente com o carro em que viajava uma família que seguia de São Paulo do Potengi para Tangará. As vítimas fatais foram identificadas como Fernando Venâncio da Silva, Ana Paula Venâncio e o filho do casal, Rafael Venâncio, de 2 anos de idade.
A criança estava no colo da mãe no banco dianteiro no momento da colisão. Outras quatro crianças também estavam no carro, mas sobreviveram. O motorista investigado seguia sozinho no veículo e teve apenas ferimentos leves. Ele chegou a ser levado para a Delegacia de Santa Cruz, onde foi autuado por homicídio culposo, lesão corporal e embriaguez ao volante. Depois, foi transferido para a Cadeia Pública de Nova Cruz.
A PRF destaca que o limite legal para o teste do bafômetro é de até 0,04 mg/L. Resultados entre 0,05 mg/L e 0,33 mg/L são considerados infração gravíssima. Acima disso, como no caso em questão, configura crime de trânsito.
27 de junho de 2025 às 08:00
27 de junho de 2025 às 07:47
FOTO: DIVULGAÇÃO
A deputada federal Carla Dickson (União Brasil-RN) foi designada como relatora do Projeto de Lei 3338/2015. O texto dispõe sobre a gratuidade do translado de cadáveres ou restos mortais de brasileiros natos ou naturalizados, falecidos no exterior e que não tenham condições financeiras de arcar com os custos. Ela foi indicada nesta quarta-feira (25) pelo deputado Filipe Barros, presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara.
A proposta visa garantir dignidade e apoio às famílias brasileiras que enfrentam, além da dor da perda, os altos custos e a burocracia para trazer de volta seus entes queridos falecidos fora do país.
A indicação se deu após o governo federal, por meio do Itamaraty, divulgar nota informando não ter dotação orçamentária para custear o translado da brasileira Juliana Marins, de 26 anos. Ela foi encontrada morta depois de se perder em uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia. A posição só foi revista nesta quinta-feira, quando o presidente Lula anunciou que o Governo vai arcar com os custos.
“Esse posicionamento foi vergonhoso. Alegar não ter recursos pra um gesto humanitário é absurdo, principalmente depois desse governo ter usado aviões da FAB pra trazer ao Brasil a ex-primeira dama do Peru, condenada por corrupção. Ou seja, para políticos corruptos de esquerda tem dinheiro, mas pra os brasileiros comuns e de bem não tem. E o presidente só mudou a posição após pressão popular, então para isso não se repetir, precisamos tornar lei.”, disse a deputada.
O projeto será analisado nas comissões permanentes da Câmara dos Deputados antes de seguir para votação em plenário. A expectativa da relatora é que o tema tenha amplo apoio dos parlamentares, dada sua relevância social e humanitária.
27 de junho de 2025 às 05:47
27 de junho de 2025 às 05:47
FOTO: DIVULGAÇÃO
A empresa Schalk divulgou uma nota oficial nesta semana para esclarecer os fatos relacionados à Operação Amicis, deflagrada pelas autoridades policiais. Segundo o comunicado, o empresário Marcelo Spyrides Cunha, fundador da marca, reconhece que está sendo investigado, mas nega veementemente qualquer envolvimento com práticas ilícitas.
Na nota, a empresa afirma que o foco da investigação é um franqueado da rede, cujas ações, se confirmadas, teriam ocorrido de forma autônoma, sem qualquer vínculo com a administração central da empresa. “A Schalk não compactua com nenhuma prática irregular”, diz a nota, ressaltando que todas as operações da marca seguem normalmente e dentro da legalidade.
A Operação Amicis, apura um esquema de sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e fraudes estruturadas, com movimentação estimada em R$ 150 milhões.
Confira a nota de esclarecimento completa:
Nota de esclarecimento
A Schalk vem a público manifestar-se sobre os fatos relacionados à Operação Amicis.
O empresário Marcelo Spyrides Cunha, fundador da empresa, tem conhecimento de que é objeto de investigação policial. Ele confia plenamente na Justiça brasileira e no devido processo legal para o esclarecimento da verdade.
Marcelo Spyrides Cunha nega veementemente qualquer prática de atividade ilícita. Ao longo de sua trajetória, tanto pessoal quanto profissional, sempre se pautou pelos mais rigorosos padrões éticos e legais. Desde o início das apurações, reafirma seu total compromisso com a transparência e assegura que sempre estará à disposição das autoridades para colaborar com a Justiça.
A investigação tem como foco um franqueado da rede, cujas eventuais condutas foram praticadas de forma autônoma e sem qualquer relação com a gestão administrativa da Schalk.
A empresa esclarece que não compactua com qualquer prática irregular e reitera que todas as suas operações estão funcionando normalmente e seguem estritamente a legislação vigente.
Em 20 anos de atuação no mercado, a Schalk nunca atuou como pessoa jurídica “fantasma”, nem, muito menos, com “rede de laranjas”. A empresa sempre prezou pela integridade e transparência em todas as suas atividades empresariais.
Reafirmando seu compromisso histórico com a legalidade e a transparência, Marcelo Spyrides Cunha mantém confiança absoluta de que a verdade será estabelecida por meio do sistema de Justiça.
A empresa segue aguardando serenamente o desenrolar dos procedimentos legais, certa de que a Justiça fará prevalecer a verdade e a inocência de seu fundador.
27 de junho de 2025 às 04:50
27 de junho de 2025 às 04:57
FOTO: WHITE HOUSE
O governo de Donald Trump teria um candidato favorito para enfrentar o presidente Lula (PT) nas eleições de 2026. De acordo com o colunista Paulo Cappelli, do Metrópoles, o presidente dos Estados Unidos teria o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) como uma opção para o pleito.
O bom relacionamento entre Eduardo e o governo Trump seria uma das razões para que os EUA apostem no parlamentar, ainda mais depois de ter acesso à pesquisa que mostra Lula com 41,6% das intenções de voto e Eduardo logo atrás, com 39,1%.
A proximidade do deputado com autoridades americanas também chama atenção. Ele tem sido visto com frequência em gabinetes do Executivo e do Legislativo dos EUA, onde é bem recebido por suas posições alinhadas com Washington.
Segundo interlocutores da Casa Branca ouvidos por Cappelli, os números da pesquisa reforçaram a percepção de que Eduardo é um nome competitivo. O parlamentar tem apoio em temas como relações bilaterais, geopolítica e sanções ao ministro Alexandre de Moraes (STF).
Apesar da simpatia, o entorno de Trump avalia que uma manifestação pública de apoio pode acabar beneficiando Lula. Por isso, os Estados Unidos devem agir com cautela no cenário político brasileiro.
27 de junho de 2025 às 04:40
27 de junho de 2025 às 04:46
FOTO: KAYO MAGALHÃES
O Congresso Nacional ainda depende da sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para confirmar o aumento do número de cadeiras nas bancadas da Câmara dos Deputados. O petista terá até segunda-feira (30) para sancionar a proposta votada e aprovada por deputados e senadores nessa quarta-feira (25), atendendo à exigência do Supremo Tribunal Federal (STF), que impôs o dia 30 como prazo para o Congresso corrigir as distorções na representação dos Estados na Câmara.
Lula pode vetar trechos do Projeto de Lei Complementar (PLP) que prevê aumentar o número de deputados ou até cortá-lo integralmente. Essas hipóteses são tratadas como inviáveis diante do prejuízo político que poderiam acarretar para o presidente.
A perspectiva é que ele dê sanção ainda na validade fixada pelo STF, principalmente porque Câmara e Senado construíram acordos e articularam meios para uma aprovação célere, ignorando as festividades de São João, que geralmente paralisam por completo as atividades no legislativo.
Os presidentes de Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), atuaram entre os principais patrocinadores da proposta para ampliar de 513 para 531 o número de deputados.
A aprovação do texto dependeu, inclusive, de uma manobra política de Alcolumbre, que, em sessão nessa quarta-feira, abdicou de ocupar a presidência por minutos para poder votar favoravelmente à proposta. A opção feita por ele foi decisiva; eram necessários 41 votos, pelo menos, para aprovar o aumento de deputados. O placar terminou com 41 votos pela aprovação e 33 pela rejeição.
A proposta sofreu alterações no Senado e retornou em tempo recorde para a Câmara dos Deputados, que, imediatamente, a colocou para votação. A redação final com os ajustes do Senado foi à publicação ainda na noite de quarta-feira, e, agora, aguarda apenas a sanção do presidente Lula.
Por que o prazo termina na segunda-feira?
A partir dos resultados do último Censo Demográfico, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) identificou que Estados com aumento populacional não estão representados com o número adequado de deputados na Câmara.
A solução óbvia era redistribuir as 513 cadeiras hoje existentes para corrigir as distorções. O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, então, que o Congresso teria até o dia 30 de junho para resolver o problema. Do contrário, a Corte designaria o TSE para a tarefa.
A sugestão de redistribuir as cadeiras não vingou na Câmara porque implicaria diretamente na perda de deputados por Estados para que outros ganhassem. Entre os que perderiam, estão bancadas com muita força política, como Rio de Janeiro, Alagoas e Paraíba.
A solução foi encontrada, então, em um Projeto de Lei Complementar (PLP) apresentado pela deputada Dani Cunha (União Brasil-RJ), filha do deputado cassado Eduardo Cunha. A proposta previa a hipótese de aumentar o número de deputados na Câmara. O relator, Damião Feliciano (União Brasil-PB), propôs, então, a criação de 18 vagas, que, segundo ele, são suficientes para corrigir a falta de representação.
Motta e líderes das principais bancadas, como MDB e PP, embarcaram nessa versão alternativa. Apesar disso, o aumento no número de deputados foi aprovado com placar apertado: 270 votaram a favor no plenário da Câmara diante de 207 votos contrários.
A versão ajustada pelo Senado recebeu 41 votos favoráveis e 33 contrários em um universo de 81 senadores. Essa proposta incluiu uma emenda que proíbe o aumento de despesa decorrente da ampliação do número de deputados.
Os gastos, entretanto, são incontestáveis ainda que caibam no orçamento hoje disponível. A direção-geral da Câmara constatou que cada deputado a mais custará R$ 3,6 milhões por ano a partir de 2027; o impacto geral das 18 vagas é de R$ 64,9 milhões.
Quais Estados vão ganhar deputados com a mudança?
Pela proposta, nove Estados ganham deputados, são eles: Amazonas, Ceará, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio Grande do Norte e Santa Catarina.
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