Categoria: fevereiro 19, 2025

Hospital do Seridó é alvo de acusações de negligência e violência obstétrica

O Hospital do Seridó, em Caicó, foi alvo de denúncias graves durante a sessão da Câmara Municipal. O vereador Diogo Silva (Solidariedade) trouxe à tribuna relatos de gestantes que afirmam ter sofrido maus-tratos e negligência médica na unidade de saúde. Segundo o parlamentar, uma das vítimas relatou que, aos sete meses de gestação e perdendo líquido amniótico, buscou atendimento no hospital, mas o médico responsável não estava presente. A enfermeira tentou contato diversas vezes até que o profissional atendeu a ligação. “No fundo dava para ouvir barulho de uma confraternização ou festa”, disse a paciente. O médico teria respondido: “Não é problema meu, mandem para Natal“, e a gestante foi mandada para casa sem acompanhamento ou medicação.

Outro relato apresentado pelo vereador destacou o atendimento negligente a uma paciente em crise asmática. “Eu estava me acabando de asma, o médico só atendeu o telefone, passou medicação e nem quis me escutar”, contou a vítima. Em outro caso, uma mulher afirmou ter sofrido violência obstétrica que resultou na morte de seu bebê. “Já sofri violência obstétrica e negligência médica, onde minha filha veio a falecer. Pior dor do mundo”, relatou.

Diogo Silva afirmou que as denúncias são recorrentes e que o médico em questão já foi alvo de reclamações anteriores. “Essa casa não pode ficar omissa diante de tantas denúncias e reclamações”, disse o vereador, pedindo a formação de uma comissão parlamentar para investigar os casos. Ele enfatizou a gravidade da situação: “Nós somos representantes do povo, independente de ser oposição, situação, de esquerda ou de direita. Temos que defender a vida das pessoas.”

Durante o debate, outros vereadores se manifestaram. Thales Rangel (PV) cobrou mais detalhes sobre a denúncia. “Vossa Excelência faz uma denúncia grave e não cita o nome do médico. Se está acontecendo isso, precisamos saber quem é”, afirmou. Mancuso (Republicanos) apoiou a iniciativa de investigação. “Se isso realmente está acontecendo, é grave. Essa Casa tem que fiscalizar”, disse.

O vereador Luiz da Samanaú (Podemos) também comentou sobre a situação. “A sua denúncia é gravíssima. Temos que saber o nome do médico e essa Câmara não pode ser omissa nesse caso”, declarou. Fabinho da Saúde (PSDB) sugeriu uma apuração detalhada. “Precisamos de uma denúncia bem fundamentada para poder trabalhar e fiscalizar. Estamos falando de uma casa de saúde referência materno-infantil”, afirmou.

Diogo Silva respondeu às críticas destacando que possui provas e depoimentos das gestantes. “Eu tenho prints das conversas com todas as gestantes que me procuraram. Podemos fazer um acompanhamento junto a essas gestantes no Hospital do Seridó e verificar a veracidade das denúncias”, afirmou o vereador, reiterando a necessidade de investigação.

As acusações geraram grande repercussão entre os vereadores, que concordaram sobre a necessidade de investigar os relatos. A Comissão de Saúde da Câmara, formada pelos vereadores Júlio César, Andinho Duarte e Fabinho da Saúde, foi acionada para acompanhar o caso. A proposta de Diogo Silva é que a comissão convoque as gestantes para depor e apure se houve negligência médica e violência obstétrica no hospital.

O presidente da Câmara, Ivanildo dos Santos (PSDB), destacou a importância da apuração. “O Hospital do Seridó tem uma história importante em Caicó, mas não podemos ignorar denúncias sérias como essas. A Câmara vai fazer seu papel e investigar”, afirmou.

Agora RN

MPRN firma acordo para regulamentar realização do Carnaval em Apodi

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), por meio da 1ª Promotoria de Justiça de Apodi, firmou um Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta (TAC) com a Prefeitura Municipal e demais órgãos envolvidos para regulamentar a realização de eventos públicos durante o Carnaval.

O objetivo do TAC é garantir a segurança, organização e o respeito aos direitos dos cidadãos durante as festividades carnavalescas. O documento estabelece diretrizes claras para a atuação dos órgãos públicos e define responsabilidades para a realização dos eventos.

O acordo prevê a presença de efetivo policial adequado durante os eventos, a implementação de um plano de evacuação de emergência validado pelo Corpo de Bombeiros e a contratação de empresas de segurança privada, se necessário.

As atividades sonoras deverão ser encerradas impreterivelmente às 5h. O descumprimento acarretará em sanções administrativas, interrupção imediata das atividades e multa de R$ 100 mil por infração.

A Prefeitura Municipal se comprometeu a instalar banheiros químicos em quantidade suficiente, garantir acessibilidade para pessoas com deficiência e proibir a instalação de mesas, cadeiras e outros mobiliários na área dos shows. Além disso, a Prefeitura deverá solicitar alvará judicial para a entrada e permanência de menores de idade nos eventos.

O acordo prevê a limpeza total do local do evento em até 4 horas após o término, a instalação de lixeiras para coleta seletiva e a responsabilidade dos vendedores ambulantes pelo descarte correto dos resíduos.

A venda de bebidas alcoólicas será restrita a maiores de 18 anos e será proibida a comercialização em recipientes de vidro. Equipes de saúde e ambulâncias estarão de plantão durante os eventos, com postos de atendimento médico em locais estratégicos.

O descumprimento de qualquer cláusula do acordo implicará em multa de R$ 10 mil por infração, revertida ao Fundo Municipal de Saúde. Em caso de reincidência ou infrações graves, o evento poderá ser suspenso.

O TAC foi firmado em conjunto pelo MPRN, Prefeitura Municipal de Apodi, Secretaria de Turismo de Apodi, Polícia Militar, Polícia Rodoviária Estadual, Polícia Rodoviária Federal e Corpo de Bombeiros. A iniciativa visa garantir a realização de um Carnaval seguro, organizado e que respeite os direitos de todos os cidadãos.

Prefeitura e Polícias Civil e Militar definem estratégias de segurança para o Carnaval de Assú 2025

A cidade de Assú se prepara para o Carnaval 2025 com muito mais segurança, alegria e respeito à cultura local. Na manhã desta terça-feira (18), foi realizada reunião entre os principais órgãos envolvidos na organização e segurança do evento, incluindo a Prefeitura do Assú, a Polícia Civil e a Polícia Militar. O Prefeito Lula Soares enfatizou a importância da colaboração entre as forças de segurança e o município para que o evento aconteça de forma tranquila e sem incidentes, preservando o bem-estar da população e dos turistas.

O Carnaval deste ano tem como slogan “Valorizar nossa cultura é nossa festa”, reforçando a importância de preservar as tradições da cidade e garantir uma festa tranquila para todos os foliões. Também foi definido que será realizada uma nova reunião com o Comandante Geral da Polícia Militar do Estado do Rio Grande do Norte, Coronel Alarico, para alinhar detalhes adicionais da operação.

O encontro contou com a presença do prefeito Lula Soares, da vice-prefeita Isabela Morais, da secretária de Eventos, Delkiza Cavalcante, do Secretário de Serviços Públicos, Alderlan Lenilson e da chefe de Gabinete, Alana Michelle, que discutiram as ações necessárias para assegurar um ambiente seguro e organizado durante o reinado de Momo, além do chefe da Polícia Civil da Regional de Assú, Amaury Silva, e o comandante do 10° Batalhão da Polícia Militar, Coronel Henrique, que destacaram as ações estratégicas para garantir a segurança nas ruas da cidade.

O Carnaval de Assú promete ser um dos mais seguros e animados da história, com uma forte parceria entre os órgãos responsáveis, para que todos possam aproveitar a festa com tranquilidade e sem preocupações.

Vereador rebate acusações de prostituição e ilícitos ligados a paredões no Carnaval de Caicó

O vereador Artur Maynard (PSDB) rebateu as acusações que ligam os paredões de som no Carnaval de Caicó ao aumento de prostituição e atividades ilícitas. A declaração foi dada após audiência pública realizada em seu mandato para discutir os pontos de paredões permitidos durante a festa. No debate, que contou com a presença de autoridades, órgãos de segurança pública, empresários e foliões, o vereador criticou a tentativa de associar os paredões a problemas sociais e questionou o posicionamento do secretário de Turismo, George Victor, sobre o tema.

“Sobre mencionar que o paredão aumentou a prostituição e outras coisas ilícitas, se eles têm esse relatório, precisamos discutir as fiscalizações. Temos que ter mais agentes, prevenções e trabalhos educativos”, afirmou Artur.

O vereador também destacou o investimento do Governo do Estado em segurança pública para o Carnaval deste ano, mencionando que foram disponibilizadas 3 mil diárias extras para agentes em Caicó. “Temos um dos carnavais mais seguros do Rio Grande do Norte e do Nordeste. Se há relatórios apontando problemas, cabe às autoridades fiscalizar e combater, e nós vamos estar aqui para isso”, completou.

A audiência pública foi marcada por divergências entre os setores envolvidos. Enquanto a rede de proteção sugeriu reduzir os pontos de paredões de seis para três, o vereador e outros membros da Câmara defenderam a manutenção dos seis pontos tradicionais.

Artur lamentou a ausência do secretário de Turismo no debate e criticou sua postura diante do impasse. “A audiência foi pública, divulgada em redes sociais e aberta a todos. O secretário alegou que não foi oficializado diretamente, mas recebeu o link e não participou. Isso me entristece, porque o Carnaval precisa de decisões claras e rápidas”, disse.

O vereador acusou o secretário de adiar decisões importantes e transferir responsabilidades para outras entidades. “Ele foi levando com a barriga, jogando o problema para o Ministério Público, para a segurança pública e para a rede de proteção. Mas a audiência deixou claro que a decisão é do município”, afirmou.

Artur destacou ainda que, se houver redução nos pontos de paredão e isso gerar aglomerações ou outros problemas, a responsabilidade será do secretário de Turismo. “Ele precisa assumir as consequências das decisões. Não dá para fugir dessa responsabilidade”, declarou.

Outro ponto polêmico levantado foi o suposto relatório da segurança pública recomendando a diminuição dos pontos de paredão. Artur questionou a existência do documento e criticou os argumentos usados. “Fomos a alguns órgãos de segurança e muitos nem sabiam desse relatório. O paredão é um equipamento sonoro, como os trios elétricos e camarotes. Se há problemas nos locais onde eles estão instalados, o caminho não é eliminar os paredões, mas fiscalizar melhor e coibir o que está errado”, afirmou.

Com o Carnaval se aproximando e faltando menos de dez dias para o início da festa, o vereador cobrou pressa na definição sobre o número de pontos de paredão. “A população precisa saber se serão três ou seis pontos. Os donos de paredões também precisam se programar. Essa indefinição prejudica todo mundo”, disse. Artur informou que uma comissão será criada para dialogar diretamente com o secretário de Turismo e tentar resolver o impasse. “Queremos uma decisão clara, para que o Carnaval de Caicó ocorra sem maiores problemas”, concluiu.

A polêmica sobre os paredões segue sem solução definitiva. O vereador reforçou que continuará pressionando o Executivo Municipal para garantir que o debate seja resolvido antes do início do Carnaval.

Agora RN