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Categoria: fevereiro 3, 2025

Lula não via sua rejeição ser maior que apoio desde o Mensalão

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Dados históricos das pesquisas opinião ajudam a dimensionar o atual desafio da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quando o assunto é popularidade. Se considerados os dois mandatos anteriores, com base em levantamentos feitos na época pelo Ibope, e a avaliação sobre o atual medida pela Genial/Quaest, o petista não via a desaprovação superar numericamente o apoio à sua gestão desde dezembro de 2005, quando ainda enfrentava os efeitos do escândalo do Mensalão.

O pontapé inicial do Mensalão ocorreu em junho daquele ano, com a denúncia do deputado Roberto Jefferson (PTB) sobre o esquema, mas o caso cresceu ao longo dos meses. O ápice do reflexo do episódio na avaliação do governo se deu em dezembro, com 42% dos entrevistados pelo Ibope dizendo que aprovavam o Planalto, 20 pontos a menos do que em novembro do ano anterior. No mesmo dezembro de 2005, 52% desaprovavam o trabalho de Lula.

— Isso nos conta que, se olhar para o passado, Lula já mostrou capacidade de recuperação. É algo assegurado? Não. O problema que Lula tinha em 2005 era o Mensalão, que era enorme, mas ele teve a favor uma bonança na economia — diz o cientista político e sociólogo Antonio Lavareda, presidente de honra da Associação Brasileira de Pesquisadores Eleitorais (Abrapel). — Agora os problemas dele surgem associados à economia. Não existe o Mensalão ou a Lava-Jato, mas é um problema ligado a uma variável estrutural, que é a economia.

A retomada de Lula pós-Mensalão foi expressiva. A partir do início de 2006, ano em que se reelegeria, o presidente reconquistou a avaliação positiva até alcançar o maior patamar da história nos meses finais do segundo mandato, em 2010, quando a aprovação ao seu governo passou de 80%.

— Ele também não conta hoje com a flexibilidade do eleitorado, que naquela época tinha mais plasticidade de opiniões. Hoje em dia as bolhas são mais enrijecidas — avalia Lavareda. — Mas, quando vemos a variação de uma pesquisa para outra da Quaest, o que teve de mais negativo foi o caso do Pix. Como é uma coisa mais conjuntural, isso abre espaço para ele se recuperar, por ter sido uma causa bem específica.

Na semana passada, a pesquisa Genial/Quaest mostrou um placar de 49% a 47% para os que reprovam a gestão. Os dois grupos ficaram empatados no limite da margem de erro, de um ponto percentual, mas houve redução da percepção positiva na comparação com a pesquisa anterior.

Apesar dos números em queda, Lula ainda conta com mais gente a favor do governo do que o percentual de brasileiros aptos a votar que o escolheram em 2022. Isso é constatado quando se analisam não os votos válidos, e sim quanto do total do eleitorado apertou o 13 nas urnas: 38,6%, quase dez pontos a menos do que os 47% que dizem aprovar a gestão.

Na coletiva de imprensa que promoveu na semana passada no Planalto, Lula abordou o recado das pesquisas. Ao relatar conversas que tinha com o ex-ministro Paulo Pimenta, que saiu da Secom para dar lugar ao publicitário Sidônio Palmeira, assumiu que o governo ainda não entregou à população as promessas de campanha, o que mexe com o humor da opinião pública.

— No primeiro ano de governo,o povo tem muita expectativa. No segundo ano, o povo começa a saber se as expectativas estão sendo cumpridas. Eu dizia para o Pimenta: não se preocupe com pesquisa, porque o povo tem razão. A gente não está entregando aquilo que a gente prometeu. Então como é que o povo vai falar bem do governo? — questionou o presidente.

Lula, no entanto, afirmou que “ainda é muito cedo” para projetar a eleição de 2026 e cravar se o governo é bom ou ruim.

— Tenho consciência do que estamos fazendo. Muita consciência. Cada coisa que eu falar, nós vamos entregar — assegurou.

Neste mandato, a série histórica da Quaest tem como melhor momento para Lula o mês de agosto de 2023, quando registrou 60% de aprovação, ante 35% de reprovação. Em todas as 11 pesquisas anteriores à divulgada na semana passada, o presidente manteve mais de 50% de aprovação.

Além da crise do Pix, que colocou o governo nas cordas, outro dado que preocupa o Planalto é a inflação dos alimentos. Para 83% dos entrevistados, o preço da comida piorou de dezembro para janeiro. O poder de compra é considerado uma variável decisiva na hora do voto.

— Não tem sentido fazer um sacrifício enorme para fazer políticas públicas, para o dinheiro chegar na conta, e depois esse dinheiro ser comido pela inflação — reconheceu Lula à imprensa.

O Globo

Quaest para presidente: Lula tem 30%; Tarcísio, 13%; e Gusttavo Lima, 12%

FOTO: REPRODUÇÃO

A pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta segunda-feira (3), mostra o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à frente de Tarcísio de Freitas (Republicanos), atual governador de São Paulo, do cantor Gusttavo Lima e do empresário Pablo Marçal (PRTB) na disputa para a Presidência em 2026.

O levantamento apresenta quatro cenários. Os candidatos seriam: Lula (PT), Tarcísio de Freitas (Republicanos), Gusttavo Lima (Sem Partido), Pablo Marçal (PRTB), Eduardo Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT), Romeu Zema (Novo) e Ronaldo Caiado (União).

Em um contexto de primeiro turno, Lula teria 30%, Tarcísio, 13%, Gusttavo Lima, 12%, e Marçal, 11%. Ciro Gomes alcaçaria 9%, Romeu Zema e Ronaldo Caiado, 3% cada. Os indecisos somam 5% e os brancos, nulos ou que não vão votar, são 14%, segundo a pesquisa.

O primeiro cenário não conta com o deputado federal Eduardo Bolsonaro na disputa. Já o segundo exclui Tarcísio. O terceiro não tem o governador de São Paulo nem o parlamentar. E o quarto cenário não conta com Tarcísio, Eduardo e Pablo Marçal. Todos contam com Lula na corrida presidencial.

CNN

STF mantém investigação sobre cartão de vacina de Bolsonaro

FOTO: SECOM/TSE

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou um pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para anular a investigação sobre suposta fraude no cartão de vacina. A decisão foi publicada no sábado (1º).

No documento, Cármen Lúcia afirmou que os advogados do ex-chefe do Executivo nacional não comprovaram nenhuma irregularidade na decisão do ministro Alexandre de Moraes, que determinou a investigação.

– Ausentes os requisitos legais autorizadores desta impetração, na esteira da consolidada jurisprudência deste Supremo Tribunal, indefiro o presente mandado de segurança – diz parte da decisão.

A investigação foi aberta em 2022 para analisar a quebra do sigilo telemático de Mauro Cid, que era ajudante de ordens de Bolsonaro. No fim daquele ano, surgiram as primeiras suspeitas de fraude no cartão de vacina.

Em 2023, a PF realizou uma operação que prendeu Cid e outras cinco pessoas. Também houve busca e apreensão na casa do líder da direita brasileira. A apuração sobre os cartões de vacina originou investigações sobre um suposto plano de golpe e o desvio de presentes do acervo presidencial. Bolsonaro foi indiciado pela Polícia Federal (PF) nos três casos e nega as acusações.

As informações são do O Globo

Lula recebe presidentes eleitos do Legislativo e vai à abertura do ano judiciário nesta segunda

FOTO: JOSÉ CRUZ

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu na manhã desta segunda-feira (3) os novos presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), eleitos no sábado (1º) para o biênio 2025-2027. A expectativa é que o petista debata com os parlamentares, no Palácio do Planalto, as prioridades do governo no Legislativo para 2025. De tarde, Lula deve ir à sessão de abertura do ano judiciário, no STF (Supremo Tribunal Federal).

A participação de Motta e Alcolumbre no evento do STF também está prevista. Eles devem ficar ao lado do presidente da República na mesa de honra da cerimônia.

Os novos condutores do Congresso Nacional foram cumprimentados por Lula depois da vitória. “Parabéns ao senador Davi Alcolumbre pelo novo mandato na Presidência do Senado e do Congresso Nacional. Um país cresce quando as instituições trabalham em harmonia. Caminharemos juntos na defesa da democracia e na construção de um Brasil mais desenvolvido e menos desigual, com oportunidades para todo o povo brasileiro”, escreveu o petista a Alcolumbre.

“Parabenizo o deputado Hugo Motta pela sua eleição para a Presidência da Câmara dos Deputados. Estou certo de que avançaremos ainda mais nessa parceria exitosa entre Executivo e Legislativo, para a construção de um Brasil cada vez mais desenvolvido e mais justo, com responsabilidade fiscal, social e ambiental”, destacou Lula, em nota direcionada a Motta.

R7

MUDANÇAS À VISTA: Padilha deve assumir Saúde e Pacheco pode ficar com Indústria

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A possível ida do ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) para o Ministério da Saúde ganhou força em Brasília nos últimos dias. Responsável pela articulação política do governo, Padilha substituiria a ministra Nísia Trindade.

Outra mudança que tem chances de ser definida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é a indicação do agora ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, no lugar do vice-presidente Geraldo Alckmin.

As eleições para o comando da Câmara e no Senado no sábado (1º.fev.2025) voltaram a movimentar a bolsa de apostas da reforma ministerial. Há incertezas entre os principais aliados de Lula sobre quando as mudanças deverão ser anunciadas, mas o Congresso cobra a definição da nova Esplanada para votar o Orçamento de 2025.

A exigência tem caráter pragmático. Os partidos precisam saber como fica a divisão de poder antes de definir o orçamento de cada ministério. O Planalto, porém, tem pressa para liberar os recursos.

Sem ter a peça orçamentária aprovada, o governo só pode gastar 1/12 do que consta da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) por mês até que a lei orçamentária seja aprovada e sancionada. Ainda assim, o relator da LOA (Lei Orçamentária Anual), o senador Angelo Coronel (PSD-BA), disse acreditar que a votação da proposta fique para depois do Carnaval, em março.

Poder 360

Governo Lula contratou empresa suspeita de fraude por R$ 321 milhões; Firma já prestou serviços no presídio federal de Mossoró

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No governo Lula, o Ministério da Gestão e da Inovação (MGI) está realizando a contratação de uma empresa por R$ 321 milhões. A firma pertence a um suposto laranja da periferia de Brasília. A Controladoria-Geral da União (CGU) investiga o caso por suspeitas de uso de declarações falsas e fraude em licitações.

A R7 Facilities venceu a licitação aberta pelo ministério, sob a gestão de Esther Dweck. O contrato prevê o fornecimento de 1,2 mil funcionários terceirizados a 12 ministérios durante três anos. Esse certame, um dos maiores do setor nos últimos anos, segue em fase de análise de recursos.

O MGI declarou que a R7 não possui condenações que impeçam sua participação na licitação. Informou que o processo atende a requisitos técnicos, operacionais e financeiros, e garante transparência e igualdade entre os concorrentes. A empresa nega envolvimento com laranjas e afirma possuir um histórico sólido no mercado. Sustenta que presta serviços de qualidade em contratos conquistados regularmente.

O governo previa gastar até R$ 383,1 milhões com os serviços licitados. A R7 ofereceu o menor preço, R$ 321 milhões, e superou outras 40 concorrentes. No dia 8 de janeiro, o ministério classificou a empresa como “aceita e habilitada”.

A CGU iniciou uma investigação

Em março de 2024, reportagens do jornal O Estado de S. Paulo abordaram a R7 e o grupo econômico ao qual pertence. A CGU iniciou uma investigação preliminar. No dia 23 de janeiro, o ministro Vinícius Marques de Carvalho determinou a instauração de um Processo Administrativo de Responsabilização (PAR). O objetivo é apurar possíveis violações às leis anticorrupção e de licitações. O processo pode levar a uma multa de até 20% do faturamento bruto de 2024 ou a restrições para contratar com a administração pública.

“As suspeitas recaem sobre provável utilização de declarações com conteúdo falso e possível combinação em certames licitatórios, bem como possível utilização de interpostas pessoas no quadro societário”, afirmou a CGU.

Quatro empresas recorreram contra a permanência da R7 no certame. Alegam que a proposta da empresa se baseia em benefícios fiscais indevidos. O ministério ainda não analisou esses recursos.

As investigações revelam que a R7 pode estar registrada em nome de um laranja. Também sugerem que opera em conjunto com outras empresas para simular concorrência e inflacionar balanços financeiros. A firma prestou serviços de manutenção no presídio federal de Mossoró (RN). De lá, dois detentos ligados ao Comando Vermelho fugiram em fevereiro de 2024. Diante disso, o Ministério da Justiça solicitou que a Polícia Federal e a Receita Federal investigassem a empresa.

A R7 permanece registrada em nome de Gildenilson Braz Torres, técnico em contabilidade. Ele morava em uma casa simples na periferia do Distrito Federal. Durante a pandemia, recebeu auxílio emergencial e possuía apenas R$ 523,64 em suas contas. Essa informação consta em uma ação de execução fiscal de fevereiro de 2022. No Núcleo Bandeirante, mantinha um escritório onde se apresentava como responsável pela empresa Mega Batatas. Não havia nenhuma menção à R7.

A empresa já acumulou R$ 696,8 milhões em contratos com o governo federal desde 2019
A R7 já acumulou R$ 696,8 milhões em contratos com o governo federal desde 2019. A partir de 2023, expandiu significativamente sua atuação. A CGU também abriu um PAR contra outras duas empresas suspeitas de participação em fraudes ao lado da R7.

As investigações revelam que a empresa integra um grupo com pelo menos dez outras firmas registradas em nome de beneficiários de programas sociais. Esses indivíduos desconhecem os negócios.

O advogado da R7, Murilo Jacoby Fernandes, afirmou que a empresa vence licitações de maneira regular. Declarou desconhecer as acusações da CGU e classificou as denúncias como ataques de concorrentes e afirmou que todos os esclarecimentos já foram prestados. Sobre as suspeitas relacionadas a Gildenilson, reiterou a posição da R7. Negou as acusações e sustentou que cumpre todas as exigências legais.

O MGI informou que o pregão segue em fase de análise de recursos administrativos. Explicou que a contratação dos terceirizados ocorre de forma centralizada, mas atende diversos setores do Executivo federal.

“No presente caso, foi realizada consulta ao Ceis e não foi identificada nenhuma condenação que inviabilize a participação da empresa no certame”, disse a pasta. “Em relação à consulta à Polícia Federal, a legislação que rege os procedimentos licitatórios não estabelece essa exigência como critério legal de habilitação.”

Revista Oeste

Morre em Natal, aos 90 anos, o ginecologista peruano Edgardo Benavides

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Peruano de Huancabamb, o médico ginecologista Edgardo Benavides, 90 anos, partiu na madrugada desta segunda-feira (3), em Natal, onde estava internado em decorrência de uma infecção. Pai de Adriana e Cyrus Benavides.

Edgardo era radicado em Mossoró, onde atuou em seu consultório médico. Foi homenageado em vida com os títulos de cidadão mossoroense, cidadão norte-rio-grandense e cidadão natalense.

Edgardo chegou ao Brasil em 1957, após cursar o segundo período do curso de Medicina na Universidade Nacional Maior de São Marcos (UNMSM), em Lima. Primeiro, morou em Curitiba (PR). No ano seguinte, desembarcou em Natal e concluiu Medicina na UFRN.

Morou na Casa do Estudante de Natal. Com a esposa acariense Maria da Guia, teve quatro filhos – Jânia, Adriana, Edgardo Filho e Cyrus Benavides. Será velado em Natal e sepultado em Acari.

Em Mossoró, segundo César Santos, do jornal DeFato, Edgardo “ensinou escoteiros a auxiliar na aplicação de vacinas nas ruas, treinou parteiras leigas a fazer parto normal, protegendo o feto, e encaminhar para maternidade quando necessário. Também dirigiu o centro de saúde de Mossoró e a Regional de Saúde, além de ter atuado em Areia Branca”.

Com informações de BZNoticias

União Brasil e MDB disputam indicação do substituto do presidente dos Correios

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Com a gestão que catapultou prejuízo dos Correios, saindo de lucro de R$3,7 bilhões (2021) a prejuízo de R$2 bilhões (2024), o presidente da estatal, Fabiano Silva dos Santos, deve ser um dos demitidos na esteira da reforma ministerial que vai mexer em postos estratégicos do governo Lula. A avaliação é que não tem como contornar o prejuízo somado ao escândalo do confisco do 13º de parte dos funcionários. Desde então, Fabiano tem se encontrado com políticos em Brasília tentando se manter.

Nomes ao vento

Um dos cotados para suceder a Fabiano é Paulo Penha, que virou diretor de operações com a simpatia de deputados do União Brasil.

Jantar em Brasília

Nos grupos do zap de funcionários, eles garantem que Fabiano foi à casa do presidente do União, Antonio Rueda, na última semana.

Outro foco

A Lula, o MDB tem dito que não precisa de mais ministérios na reforma. Mas o partido se mexe para crescer no segundo escalão do governo.

Melhor que ministério

Os Correios contam com orçamento bilionário (cerca de R$20 bilhões em 2024) e está em todo o País, uma capilaridade que interessa ao MDB.

Diário do Poder