‘Cabeça de juiz e traseira de burro não são confiáveis’, diz procurador
O procurador-geral de Justiça do Maranhão, Danilo José de Castro Ferreira, colocou em xeque a reputação de juízes e de representantes da Igreja Católica em uma só frase, durante sessão extraordinária do Colégio de Procuradores de Justiça, realizada na segunda-feira (27/1).
No encontro, ao falar sobre uma representação ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), o procurador-geral fez comparações duvidosas e negativas quanto a decisões de juízes e ainda sobre escândalos s3xuais envolvendo padres.
Já no término da sessão, após 2h29 de debates, o procurador-geral de Justiça do Maranhão afirmou: “É aquela velha história, depois que você vai para o Conselho Nacional, aí você perdeu o controle da coisa. O relator conselheiro é como se fosse um juiz: cabeça de juiz, dianteira de padre e traseira de burro não são confiáveis. Vamos aguardar e, se Deus quiser, eu tenho plena convicção de que está tudo certo. Mas vamos aguardar”, disse o procurador.
Após a declaração, a Associação dos Magistrados do Maranhão (AMMA), que congrega 427 associados, repudiou as afirmações. “Qual propósito há em tecer tal esdrúxula referência negativa à independência e ao livre convencimento motivado da magistratura, elementos essenciais ao pleno exercício da atividade judicante?”, questionou a associação em nota.
Na rede social oficial do Ministério Público do Maranhão, o procurador-Geral de Justiça publicou nota na qual diz que “jamais pretendeu causar qualquer atrito entre as respeitadas instituições republicanas”. Completou ainda: “E para afastar qualquer espécie de mal-estar, pede escusas para o caso de involuntariamente ter passado qualquer impressão negativa, pois, na verdade, quis expressar apenas que os juízes são independentes e imparciais e que suas decisões, naturalmente, com base nesses princípios, são imprevisíveis, como de fato devem ser”
Metrópoles
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