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Categoria: janeiro 27, 2025

Saída dos EUA do Acordo de Paris será consumada em 2026

FOTO: EFE

Assim que tomou posse, na última segunda-feira (20), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto retirando o país do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas.

Imediatamente, o porta-voz do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Stephane Dujarric, divulgou uma declaração reconhecendo a relevância do país na liderança de questões ambientais e destacando a importância da continuidade dessa condução por estados e empresas norte-americanas.

Oficialmente, a decisão de Trump ainda não chegou às mãos do depositário do tratado internacional, secretário-geral da ONU, António Guterres, conforme prevê o artigo 28 do próprio Acordo de Paris.

“A qualquer momento após três anos da data em que este Acordo entrou em vigor para uma Parte, essa Parte pode se retirar deste Acordo mediante notificação por escrito ao Depositário”, diz o documento.

No caso dos Estados Unidos, os três anos começaram a contar em 4 de novembro de 2016, como para a maioria dos países signatários que aderiram ao tratado ainda em 12 de dezembro de 2015, quando o instrumento foi adotado oficialmente durante a COP21, em Paris.

Por essa razão, apesar de Trump anunciar a primeira saída do país, em 2017, o pedido oficial só foi enviado em novembro de 2019, para que tivesse validade.

Da mesma forma, o artigo 28 do Acordo de Paris, também determina que “qualquer retirada entrará em vigor no prazo de um ano a partir da data do recebimento pelo Depositário da notificação de retirada, ou em data posterior conforme especificado na notificação de retirada”.

Assim, a decisão só foi efetivada dois meses antes de Trump deixar a Casa Branca em seu primeiro mandato, quase não restando tempo para que o impacto fosse significativo antes do presidente, então eleito, Joe Biden revogar a medida.

Embora tenha manifestado uma série de medidas antiambientalistas antes mesmo de ser reeleito, Trump, como no mandato anterior, anunciou a saída apenas do Acordo de Paris e não da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC, na sigla em inglês), que teria como consequência a saída dos dois tratados.

Para a gerente sênior de ação climática da WRI Brasil, Míriam Garcia, quando a saída dos Estados Unidos for efetivada, o país permanecerá mantendo compromissos globais para enfrentamento da mudança do clima.

“Nas diferentes trilhas de negociação, você tem algumas trilhas que são referentes ao Acordo de Paris e a operacionalização do Acordo de Paris, e você tem algumas trilhas que são dadas à questão de orçamento da própria convenção ou de estrutura da convenção. Então, em todas essas esferas, os Estados Unidos ainda continuam”, avalia.

Desta vez, caso o documento seja recebido pela ONU ainda em 2025, o prazo de um ano começará a contar e a decisão terá efeito já no segundo ano de mandato de Trump, em 2026.

Na avaliação do especialista em política internacional do Instituto ClimaInfo, Bruno Toledo, além dessa nova saída dos EUA do tratado ter maior duração, a medida também ocorre hoje em outro contexto.

“Lá em 2017, era a recém-aprovação do Acordo de Paris, apenas dois anos depois de 2015. Então, de uma certa maneira, digamos que o humor público era muito mais otimista por conta daquele sucesso”, destaca.

Acordo de Paris

O Acordo de Paris é uma das ferramentas da UNFCCC, que foi o primeiro tratado multilateral sobre o tema assinado pelos países na Eco92, no Rio de Janeiro.

“O Acordo de Paris é como se fosse um sub acordo, porque ele está dentro de um guarda-chuva maior, que é o da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima”, explica Bruno Toledo.

O especialista recorda que, após a criação desse primeiro tratado, em 1997, houve a criação do Protocolo de Kyoto, que foi a primeira ferramenta desenhada para reduzir as emissões globais.

“No Protocolo de Kyoto, apenas os países desenvolvidos, aqueles industrializados, que tinham compromissos de redução de emissões de gases de efeito estufa, mas infelizmente, por conta de questões políticas, logo em seguida os Estados Unidos, que era parte do protocolo, sai, durante o governo do George W. Bush em 2001, e nisso o tratado acaba perdendo bastante força.”

O protocolo também não alcançava grandes emissores, classificados como países ainda em desenvolvimento.

“A China nos anos 90 não estava entre os grandes emissores de gases de efeito estufa, mas toda aquela explosão de crescimento econômico que eles tiveram entre o final dos anos 90 e a segunda metade dos anos 2000 colocaram os chineses como um dos principais emissores do planeta”, recorda.

Metas

Divergências e tensões políticas entre a China e os Estados Unidos, em 2009, no contexto da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP15) em Copenhague (Dinamarca), travaram um novo acordo. E somente em 2015, as negociações resultaram no Acordo de Paris.

O tratado reúne em 29 artigos os objetivos, regras e metodologias para alcançar as metas de manter o aumento da temperatura média global bem abaixo de 2°C em relação aos níveis pré-industriais, aumentar a capacidade de adaptação aos impactos negativos da mudança do clima e tornar os fluxos financeiros compatíveis com uma trajetória rumo a um desenvolvimento de baixa emissão de gases de efeito estufa e resiliente à mudança do clima.

Também prevê avaliações periódicas, como no artigo 14, que estabelece a elaboração de um Balanço Global para “avaliar o progresso coletivo em direção ao objetivo do Acordo e suas metas de longo prazo”. O primeiro documento foi entregue em Dubai, durante a COP28, em 2023.

Entre as avaliações, estão as estimativas para os esforços globais de mitigação das emissões, o avanço da capacidade de adaptação e os meios de implementação, como financiamento, por exemplo.

Diante dos primeiros resultados, os países partes do Acordo de Paris, terão até fevereiro de 2025 para a entrega da terceira geração da Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC na sigla em inglês), que define as ambições para a redução de emissões de gases do efeito estufa. O Brasil se antecipou ao prazo, e assumiu o compromisso de diminuir o problema em seu território de 59% até 67%, em 2035.

Para a gerente da WRI Brasil, um bom termômetro para avaliar o engajamento dos países será as ambições apresentadas até a COP30, no Brasil, em novembro.

“Há uma expectativa de que uma boa parte dessas NDCs venham até setembro. E é mais importante ter boas NDCs do que ambições que não estejam tão boas no prazo. Então, é trabalhar para que a gente possa ver retratado nos compromissos que os países colocam para a comunidade internacional uma maior escala das ações de mitigação, um maior reconhecimento sobre a importância de adaptação e o papel do financiamento que cada um desses países colocará”, conclui.

Com Agência Brasil

DANOU-SE: Milícia carioca fabrica cigarro próprio e ameaça matar quem fumar outra marca

FOTO: REPRODUÇÃO

Enquanto facções criminosas incrustadas nas comunidades do Rio de Janeiro (RJ) movimentam cifras milionárias com o tráfico de drogas e travam batalhas sangrentas com as milícias pelo domínio territorial, os grupos paramilitares, formados por ex-policiais, estipulam uma série de diretrizes dentro de suas “quebradas”.

Rentável, a venda de cigarros falsificados se tornou um dos principais braços financeiros dos milicianos. Para moradores que comprarem outra marca que não seja a vendida pela milícia, por exemplo, a morte pode ser a punição.

Quando começaram a avançar pelo controle das comunidades em pontos estratégicos, antes controlados pelo Comando Vermelho (CV), os milicianos passaram a explorar, de forma ilegal, a venda de gás de cozinha e o transporte alternativo.

Com isso, os grupos armados cresceram e se tornaram organizações criminosas estruturadas, com dinâmicas próprias e um único objetivo: o lucro voltado para a prestação de serviços atrelada a ameaças e extorsões.

Os milicianos abocanharam uma importante fatia de um mercado onde, a cada 100 cigarros vendidos, 32 são ilegais, segundo os órgãos de controle.

Os criminosos ainda passaram a falsificar uma marca paraguaia e transformaram o produto na “falsificação da falsificação”, com alto índice de impurezas. Mesmo com a baixa qualidade do produto, comerciantes locais são coagidos a vender a “marca do crime”.

Movimentação bilionária

A organizações criminosas que exploram a venda do cigarro falsificado, entre elas as milícias cariocas, movimentaram 34 bilhões de unidades de cigarro falso no Brasil, durante todo o ano passado. O montante é avaliado em R$ 9 bilhões. Vale destacar que três das 10 marcas mais vendidas de cigarro no país são ilegais.

Presidente do Fórum Nacional contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP), Edson Vismona afirmou que as forças policiais têm identificado a participação de milícias e facções na produção de cigarro falsificado no Brasil. “Eles não só contrabandeiam como têm produzido isso em território nacional. E ainda contam com uma facilidade logística, por ocupar espaço no monopólio do crime”, analisou.

Edson Vismona acrescentou que investigações conduzidas pelas forças de segurança apontam uma proibição pelos milicianos sobre a venda de qualquer outra marca de cigarro, senão a comercializada por eles. “Essas organizações vão ocupando espaços nas comunidades, e os moradores só podem comprar o produto liberado pela milícia”, ressaltou.

Controle total

Uma onda de mortes violentas, desaparecimentos, tentativas de homicídio e dívidas resolvidas à bala. Propinas, lavagem de dinheiro, contrabando e sonegação fiscal. Essa é uma parte da lista de crimes da máfia do cigarro ilegal comandada pelas milícias, que tem crescido nos últimos anos no Rio de Janeiro e já controla ao menos 45 dos 92 municípios do estado.

Investigações das polícias Civil (PCRJ) e Federal (PF) mostraram que o chefe por trás do monopólio da venda de cigarro ilegal no RJ é Adilson Oliveira Coutinho Filho, o Adilsinho.

O nome dele ou de pessoas ligadas ao bicheiro aparecem nas apurações da maioria dos homicídios investigados na capital e na Baixada Fluminense, cometidos em decorrência da disputa pelo cigarro.

Os detalhes de como age a quadrilha que ele foi acusado de chefiar foram revelados por meio de duas investigações recentes do Ministério Público no Rio de Janeiro (MPRJ) e da PF.

Nas operações Smoke Free, de novembro de 2022, e Fumus, no ano anterior, quase 70 mandados de prisão foram expedidos pela Justiça. Entre os alvos, estavam Adilsinho e o irmão dele Cláudio Coutinho de Oliveira.

Metrópoles

Robinson Faria e ex-secretário são inocentados em caso dos consignados dos servidores estaduais

FOTO: JOSÉ ALDENIR

O ex-governador Robinson Faria e o o ex-secretário de Planejamento, Gustavo Nogueira foram inocentados pela Justiça em ação movida pelo Ministério Público que pedia condenação por improbidade administrativa no caso de empréstimos consignados dos servidores públicos que ao final do então governo deixaram de ser repassados aos bancos.

O MP alegação que o então governador tria causado um prejuízo de cerca de R$ 830 mil aos cofres públicos. Na defesa, foi alegado que o cenário econômico do Governo entre os anos de 2015 e 2016 foi de profunda crise econômica, com atraso de salários e repasses aos Poderes devido a frustração de receitas.

Na análise do caso, o juiz Arthur Bonifácio descreveu que, “no caso em tela, não se constatam os elementos necessários à caracterização da responsabilidade civil dos Réus. Isso porque não subsiste dolo ou erro grosseiro na conduta destes, haja vista que a decisão tomada por eles dependeu de fatores externos e alheios à vontade de ambos, porquanto diz respeito à situação econômica e fiscal em que se encontrava o Estado do Rio Grande do Norte, no período em que os fatos ocorreram, e que os levaram às trágicas, mas razoáveis escolhas, as quais, já anotei, têm seus custos”.

Por fim, indeferiu o pedido do MP. Confira decisão clicando aqui.

Justiça Potiguar

ROCAM prende dois homens com 72 quilos de maconha em Pirangi do Norte

FOTO: DIVULGAÇÃO

Nesse domingo (26), a Polícia Militar, através da ROCAM, efetuou a prisão de dois homens por tráfico de drogas, em Pirangi do Norte, Parnamirim/RN.

Por volta das 15h, a equipe estava em patrulhamento quando visualizou a dupla em frente a uma residência. Os suspeitos fugiram adentrando o matagal ao notar a presença dos policiais. Na busca aos indivíduos foi apreendido com eles cerca de 72kg de maconha, 500g de cocaína, porções de crack, 03L de Loló, dinheiro, balanças de precisão, capa tática de colete e relógios de marcas famosas. Todo material estava dentro de uma bolsa grande.

Os infratores e todo material apreendido foi conduzido e apresentado na Delegacia de Polícia Civil, para adoção das medidas cabíveis.

Polícia apreende drogas e rojões com membros de torcida organizada que se deslocavam para Natal

FOTO: DIVULGAÇÃO

Neste domingo, 26, o 10º Batalhão da Polícia Militar do Rio Grande do Norte realizou abordagens preventivas nos municípios de Itajá e Fernando Pedroza, com o objetivo de coibir conflitos e práticas ilícitas durante o deslocamento de torcidas organizadas do Baraúnas e Potiguar para um jogo em Natal.

Durante as ações, as guarnições apreenderam rojões, estiletes e material para consumo de drogas. Também foram encontrados drogas, incluindo loló e maconha, resultando na lavratura de dois Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCOs) por posse desses materiais.

Empresário Claudiomiro Dalpian, ex-gerente da Sal&Brasa é encontrado morto em Ponta Negra

FOTO: REPRODUÇÃO

O empresário Claudiomiro Dalpian, de 55 anos, que estava desaparecido desde terça-feira passada (21) foi encontrado morto nesta segunda-feira (27), em seu flat, no bairro de Ponta Negra.

Por conta do mau cheiro, vizinhos acionaram a Polícia Militar que ao chegar no local encontrou o corpo em estado de decomposição. A causa da morte será investigada pelo Itep.

O gaúcho Claudiomiro Dalpian era uma pessoa conhecida em Natal. Por muitos anos trabalhou como gerente da churrascaria Sal&Brasa e atualmente era o proprietário do 388 Steak Bar, na marginal da avenida Prudente de Morais, em frente à Arena das Dunas.

Ponta Negra News

Papa Francisco diz que Igreja Católica está pronta para escolher uma data fixa para a Páscoa

FOTO: AFP

O papa Francisco disse que a Igreja Católica está disposta a aceitar uma data fixa para a Páscoa, visto que o feriado religioso é celebrado em datas diferentes, segundo o calendário religioso usado. “A Igreja Católica está disposta a aceitar a data que todos desejarem, uma data de união”, disse Francisco, na missa que encerrou a semana de oração pela união dos cristãos, no sábado (25).

“De forma providencial, a Páscoa será celebrada neste ano no mesmo dia nos calendários gregoriano e juliano, durante este aniversário ecumênico”, destacou o papa, referindo-se ao Concílio de Niceia, que ocorreu há 1.700 anos e é considerado o primeiro concílio destinado a resolver os problemas entre as Igrejas.

“Renovo meu chamado para que essa coincidência sirva de lembrete a todos os cristãos para darem um passo decisivo rumo à união, e isso em torno de uma data comum para a Páscoa”, concluiu Francisco. A data da celebração da Páscoa é calculada, dependendo da Igreja, segundo o calendário juliano ou gregoriano, o que pode provocar uma diferença de semanas.

Jovem Pan com AFP

Após recesso, Câmara e Senado voltam nesta semana com eleição de novos presidentes

FOTO: LEONARDO SÁ

Após recesso de pouco mais de um mês, o Congresso Nacional retomará as atividades nesta semana, com a indicação de novos nomes para a presidência da Câmara e do Senado. A eleição será no sábado (1º), e também vai confirmar o restante da composição diretora das duas Casas.

Desta vez, o processo eleitoral indica ser sem surpresas, com dois candidatos que receberam apoio quase unânime entre parlamentares. No Senado, a expectativa é de eleição de Davi Alcolumbre (União-AP), enquanto na Câmara, o favorito é o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB).

Alcolumbre presidiu o Senado anteriormente, tendo sido eleito em 2019. Desta vez, ele conta com apoio de praticamente todos os partidos e soma, em tese, 79 votos entre os 81 congressistas. O número leva em conta todas as legendas que anunciaram voto no amapaense. Mas o placar final pode passar por mudanças, dada as possíveis mudanças de última hora.

Na Câmara, Hugo Motta ganhou apoio do atual presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), além do endosso de grande maioria das legendas, em projeções que se aproximam aos 500 votos. Entre todos os 513 deputados, apenas dois partidos – o PSOL e o Novo – não confirmaram apoio à candidatura de Motta. Juntas, as legendas reúnem 17 deputados.

A confirmação dos dois nomes é a maior previsão para a semana dos parlamentares. Deputados e senadores também definirão a mesa diretora – que dá apoio administrativo em cada uma das Casas, além de eventuais substituições nas ausências dos presidentes.

Eleição e próximos passos

A escolha de presidentes é necessária para um início oficial do ano no Legislativo. Passada a eleição, os presidentes definirão os comandos de comissões (grupos de trabalho) das respectivas Casas, além de pautar votações. A prioridade para o Congresso é a conclusão do Orçamento, que deveria ter sido finalizado ainda em 2024, mas acabou adiado para este ano.

Entre as etapas, o primeiro passo será a análise na CMO (Comissão Mista de Orçamento) e no próprio plenário do Congresso. Para votar o projeto, no entanto, será necessária uma análise dos vetos presidenciais, conforme indicaram parlamentares ao R7.

Na prática, os parlamentares avaliarão as decisões do presidente Lula ligadas às regras do Orçamento. Entre trechos de mudanças, o presidente decidiu retirar a ampliação prevista para o fundo partidário e um empecilho no bloqueio de emendas parlamentares.

Em outros destaques para o ano, há expectativa de votação do segundo projeto que trata das regras da reforma tributária, debates ligados às emendas parlamentares, que foram destaque por cobranças do ministro Flávio Dino, do STF (Supremo Tribunal Federal), além do possível aumento na isenção do Imposto de Renda, e regras para apostas esportivas também devem entrar na agenda dos parlamentares.

R7