A Associação dos Cronistas Esportivos do RN (ACERN) se posicionou à respeito do episódio envolvendo o repórter Judson Araújo, da 96 FM, e o Diretor Executivo do ABC, Agnelo Gonçalves após entrevista coletiva no Frasqueirão, ocorrida depois da vitória do time alvinegro por 3 a 0 contra o Santa Cruz de Natal.
Segundo a ACERN, Agnelo Gonçalves “proferiu calúnias e agiu com atitude truculenta e grosseira ao segurar o braço do repórter na tentativa de intimidar e tolher o direito pétreo, garantido pela Constituição Federal de 1988, que permite o livre exercício da profissão e da expressão à todo cidadão brasileiro”.
A ACERN classificou a atitude do diretor executivo do ABC como “vergonhosa, truculenta e grosseira”. A entidade afirmou ainda que entrará em contato com a Federação Norteriograndense de Futebol e a Polícia Militar e “pedir garantias de que nenhum jornalista sofra mais retaliações dentro do estádio Maria Lamas Farache, pertencente ao ABC ou em qualquer outra praça desportiva do Rio Grande do Norte”.
Leia a íntegra da nota abaixo:
NOTA DE REPÚDIO
Natal, 19 de janeiro de 2025
É com muito pesar e tristeza que a Presidência da ACERN vem a público externar fatos de natureza vergonhosa cometidos pelo então Diretor Executivo do ABC Futebol Clube Sr. Agnelo Gonçalves contra o Cronista Esportivo Judson Araújo, atualmente repórter da 96 FM, onde em espaço confinado, sala de coletiva, proferiu calúnias e agiu com atitude truculenta e grosseira ao segurar o braço do repórter na tentativa de intimidar e tolher o direito pétreo, garantido pela Constituição Federal de 1988, que permite o livre exercício da profissão e da expressão à todo cidadão brasileiro.
Não obstante ao caso, outrora em gestões passadas do clube, já havíamos relatado problemas e dificuldades na sala de coletiva. Tal caso vem tornar público que precisamos de mudanças urgentes e a imprensa precisa ter os seus direitos garantidos. O Sr. Agnelo Gonçalves, naquele momento representava o clube e como tal deixou claro para todos que não somos bem-vindos a trabalhar com liberdade naquela Praça de Desporto.
Dado isso comunico de antemão que oficiarei nas próximas 24h a Federação Norteriograndense de Futebol e a Polícia Militar, a fim de pedir garantias de que nenhum jornalista sofra mais retaliações dentro do estádio Maria Lamas Farache, pertencente ao ABC ou em qualquer outra praça desportiva do Rio Grande do Norte.
Pediremos ainda que o Sr Agnelo Gonçalves jamais possa estar em salas de coletiva junto com profissionais de Imprensa, dado o seu já público e conhecido comportamento violento, o qual documentadamente, ele adotou contra nosso colega repórter profissional.
Outrossim aguardamos, no mínimo, um pedido público e formal de desculpas do ABC Futebol Clube ao repórter Judson Araújo e a toda classe de Cronistas Esportivos do RN.
Destaco que tal profissional sempre trabalhou de forma exemplar, possui conduta ilibada e diante de muitas situações de dificuldade sempre agiu com ética e retidão. Amplio a solicitação de pedidos de desculpas do Clube à 96 FM, empresa na qual o repórter trabalha e exerce sua profissão com dignidade e profissionalismo.
Pedro Vitorino de Oliveira Junior Presidente da ACERN Repórter Fotográfico | DRT-RN 2114
Há mais de três anos em prisão domiciliar e condenado a centenas de anos de prisão por crimes de estupro, o médium João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, de 82 anos, continua faturando com serviços espirituais. Ele ganha com a venda internacional de camas de cura de cristal que custam até R$ 15,6 mil.
O líder religioso mantém seguidores de diferentes nacionalidades, que ainda frequentam a Casa Dom Inácio de Loyola, seu centro espírita em Abadiânia (GO), embora o número de frequentadores tenha diminuído significativamente.
João de Deus foi condenado em 15 processos por violação sexual mediante fraude e estupro contra 66 vítimas. Outras 120 mulheres denunciaram o médium, mas os casos foram prescritos ou extintos. A soma das condenações é de 458 anos, 11 meses e 5 dias de reclusão.
Após obter o direito à prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica em 2021, João de Deus coordenou diretamente a fabricação de novas camas de cristal, equipamento composto por uma haste com luzes coloridas, divulgado como recurso para alinhar energias do corpo e promover cura.
Essas camas de cristal são comercializadas em sites internacionais e podem custar até R$ 15,6 mil, sem incluir a taxa de entrega, que ultrapassa R$ 1 mil.
“As camas são as originais de Abadiânia, Brasil. Sua cama será enviada diretamente de lá”, afirmou ao Metrópoles o vendedor Bob Roemer, residente na Irlanda e que desde 2005 é seguidor de John of God, como o médium é conhecido no exterior. Ele disse que vende o produto para o mundo todo.
Os itens vendidos por Bob possuem o adesivo “Casa Dom Inácio”, atestando sua origem. “Cuidado com cópias, muitas vezes mais baratas porque usam quartzo comum não energizado e até mesmo cristais de vidro”, alerta o anúncio do produto.
A posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump (republicano), provocou uma mudança nas medidas de segurança em Washington, D.C.. O evento está marcado para esta 2ª feira (20.jan.2025).
A cidade foi cercada por 48 km de barreiras temporárias e mais de 25.000 agentes de segurança foram encarregados de assegurar a ordem durante a posse de Trump. As informações são da Reuters.
Os preparativos de segurança para posse de Trump envolvem pontos de controle para acomodar os espectadores esperados para a cerimônia de juramento e demais eventos previstos.
A implementação de um esquema de segurança reforçado responde a um “ambiente de ameaça mais elevado”, disse Matt McCool, agente especial do Serviço Secreto dos EUA, durante conversa com jornalistas.
Este cenário surge depois de uma campanha eleitoral conturbada, marcada por tentativas de ataques a Trump e incidentes “terroristas“ no Ano Novo, elevando as preocupações com a segurança.
A cerimônia de posse, este ano, será dentro do Capitólio dos EUA. Local de significado histórico por causa da invasão de 6 de janeiro de 2021, por apoiadores de Trump.
Além das medidas de segurança para a posse, Washington se prepara para protestos e comemorações. A ocupação hoteleira atingiu 70% das 34.500 unidades disponíveis.
Um homem morreu após médicos do hospital em que ele estava internado solicitarem autorização para desligar os aparelhos que o mantinham vivo para a família errada. O caso ocorreu em Vancouver, no estado de Washington, Estados Unidos.
O paciente, David Wells, foi confundido com seu colega de quarto no hospital, Mike Beehler, conforme o portal McClatchy News. Wells foi levado ao PeaceHealth Southwest Medical Center após engasgar com um pedaço de bife em agosto de 2021.
A equipe do centro de saúde tentou entrar em contato com a família de David para solicitar se deveria ou não retira-lo do suporte à vida. Porém, os profissionais ligaram para a irmã de Mike Beehler, dizendo que ele estava em estado grave.
À emissora KGW, Debbie Danielson disse que a equipe lhe informou que seu irmão estava “basicamente com morte cerebral”. “Você quer que o mantenhamos em suporte de vida ou quer desligar o aparelho?”, indagaram os médicos.
Ela preferiu então, desligar os aparelhos. Mas qual foi a surpresa de Debbie quando, dias depois, recebeu uma ligação do irmão que supostamente estava morto.
A boa notícia veio com uma dura revelação: a mulher havia mandado desligar os aparelhos de outro paciente e acabou com a vida dele. Debbie acionou imediatamente a polícia.
A família de David Wells, morto por acidente, e os irmãos Beehler processam o hospital pelo erro. O caso veio a público recentemente. O valor da indenização não foi revelado.
Para enfrentar a doença, que há 40 anos ameaça o país, a Pasta vem apostando nas novas tecnologias para reduzir os impactos das arboviroses. Niterói (RJ) foi a primeira cidade brasileira a ter 100% do território coberto pelo método e vem apresentando redução nos números da doença. Em 2021, quando a cidade tinha 75% do território coberto, o método apontou uma redução de 69,4% dos casos de dengue, 56,3% dos casos de chikungunya e 37% dos casos de Zika.
Atualmente, o método Wolbachia está presente em 11 cidades brasileiras: Niterói (RJ); Rio de Janeiro (RJ); Campo Grande (MS); Petrolina (PE); Joinville (SC); Foz do Iguaçu (PR); Londrina (PR); Uberlândia (MG); Presidente Prudente (SP); e Natal (RN). Além da ampliação do método para mais 40 municípios até o final do ano, o Ministério também está implementando novas tecnologias, como: as Estações Disseminadoras de Larvicida (EDLs), os Insetos Estéreis, ampliação da Borrifação Residual Intradomiciliar (BRI).
A Biofábrica do método Wolbachia iniciou os trabalhos em Foz do Iguaçu (PR) em julho de 2024. A primeira liberação dos mosquitos com a bactéria – os wolbitos – foi em agosto passado. Em torno de 1,3 milhão de wolbitos são liberados por semana no município, cobrindo uma área de aproximadamente 128 mil pessoas. O objetivo é cobrir 50% do território até abril de 2025.
No ano passado, foram registrados 15.469 casos de dengue e 10 óbitos no município. Já em 2023, o município registrou 46.559 casos e 21 óbitos por dengue, segundo o Painel de Monitoramento das Arboviroses. Em relação às outras arboviroses, em 2024: 2 casos e nenhum óbito por Zika, 8 casos e nenhum óbito por chikungunya, 1 caso e nenhum óbito por Oropouche.
Gestos que você faz enquanto tira uma foto, em qualquer lugar, hoje podem ser fatais. Postagens nas redes sociais podem estar causado mortes de inocentes em vários estados do Brasil. Nos últimos meses, assassinatos estão sendo atribuídos a facções, que deveriam “punir” pessoas por fazerem símbolos de rivais, seja por provocação ou mesmo por engano.
O tema tem ganhado força nas ruas e nas redes sociais, com internautas repercutindo e revelando o medo de postar fotos em seus perfis temendo ser alvo de retaliação.
Assassinatos após supostas fotos com símbolos de facções
Na Paraíba, um jovem pode ter sido morto a tiros após postar uma foto com suposto gesto relacionado a facção criminosa, em João Pessoa. O rapaz de 20 anos foi assassinado a tiros na sucata onde trabalhava no bairro Varadouro, em João Pessoa, na terça-feira (07). O pai dele afirmou que o filho não tinha nenhum envolvimento com a criminalidade.
Outro caso ocorreu na Bahia, quando Marcos Vinícius Alves Gonçalves, 20, foi morto a tiros em Feira de Santana (115 km de Salvador) logo após a publicação de uma foto nas redes sociais. Ele também não possuía antecedentes criminais e seu gesto foi associado a uma facção que atua na cidade.
Em dezembro do ano passado, o adolescente Henrique Marques de Jesus, 16, morto em Jericoacora, teria feito, sem saber, um gesto com as mãos que seria símbolo de uma facção criminosa da região. Segundo Danilo Martins de Jesus, pai do jovem, esse foi o motivo do assassinato.
Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, existem 72 facções criminosas “de base prisional” no Brasil. A quantidade de dedos nas fotos tem relação com dois grandes grupos de facções, “tudo com 3” e “tudo com 2”.
Pesquisadores classificam os grupos
Em artigo no Observatório de Segurança Pública e Relações Comunitárias, ligado à Universidade Estadual Paulista (Unesp), o pesquisador Eduardo Armando Medina Dyna lista facções do “tudo 2” e “tudo 3”.
Não são todas as facções brasileiras, nem a divisão é tão simples. Paraíba, Rio Grande do Sul e São Paulo, por exemplo, são realidades distintas. O cenário é complexo, com arranjos locais e facções menores.
Mais importante do que os sinais, que podem ser diferentes para a mesma facção, quantidade de dedos é determinante.
TUDO 2:
Novo Okaida (Paraiba e Rio Grande do Norte)
Comando Vermelho (origem no Rio de Janeiro, presente em diversos UF do Brasil)
União do Crime do Amapá (Amapá)
Comando da Paz (Bahia)
Bonde do Ajeita (Bahia)
Comando Vermelho do Maranhão (Maranhão)
Comando Vermelho de Goiás (Goiás)
Primeiro Comando de Vitória (Espírito Santo)
Máfia Paranaense (Paraná)
Primeiro Grupo Catarinense (Santa Catarina),
Comando Vermelho de Santa Catarina (Santa Catarina)
Bala na Cara (Rio Grande do Sul)
TUDO 3:
Estados Unidos (Paraíba)
Primeiro Comando da Capital (origem em São Paulo, presente em quase todas UF do Brasil),
Deputados federais empurraram ao pagador de impostos uma fatura de mais de R$234,8 milhões para “ressarcimento de despesas” ou a tal “Cota para Exercício da Atividade Parlamentar”, o popular “cotão”. Isso só em 2024. Cabe quase tudo nessa montanha de dinheiro: propaganda dos deputados, aluguel de carrões, jatinhos e barcos para suas excelências, gasolina, uma infinidade de regalias. Quem lidera o ranking da gastança é Zé Haroldo Cathedral (PSD-RR): gastou R$628,7 mil.
Bom exemplo
Entre os deputados em exercício, Felipe Becari (União-SP) foi quem menos fez uso da regalia, usou apenas R$152,50 do cotão.
Diferença de milhões
A gastança em 2024 supera o registrado em 2023, R$229,9 milhões. Naquele ano, Pompeo de Mattos (PDT-RS) liderou: R$633,3 mil.
Torram sem dó
Este ano, os deputados ainda não bateram um prego no sabão em Brasília, mas o cotão não para: os nobres já torraram R$236,3 mil.
A alma do negócio
O gabinete que registrou maior gasto de 2025 foi de Silas Câmara (Rep-AM), torrou R$46.980,00 com “divulgação da atividade parlamentar”.
A palavra incerteza passou a ser uma constante entre brasileiros e outros imigrantes nos Estados Unidos às vésperas da posse de Donald Trump, que ocorre nesta segunda-feira (20).
O republicano foi eleito com a bandeira de fazer a maior deportação da história do país e de restringir alguns tipos de vistos a cidadãos estrangeiros. A promessa gera receio em quem está em situação irregular, mas também em quem está com os papéis em dia.
A Folha conversou na última semana com uma dúzia de imigrantes, além de pessoas que atuam em associações de apoio a refugiados e asilados. Os nomes citados na reportagem são fictícios, justamente porque eles temem o cancelamento de vistos e a deportação.
O medo de cruzar com o serviço de imigração também cresceu, e existem associações que estudam retomar serviços usados no passado para alertar em tempo real sobre a proximidade dos agentes do governo. A equipe de Trump planeja grandes operações pelo país para apreender imigrantes já na semana que vem.
“Tem gente dentro de casa que não quer abrir a porta porque tem medo de que seja o ICE [Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas, em inglês]. Eles pedem os documentos e, em vários casos, a pessoa é deportada”, conta Paula, 46, cabeleireira que mora em Maryland -segundo pesquisa da Pew Research, um dos estados com maior número de imigrantes em situação ilegal.
Ela embarcou de Maceió para os EUA há sete anos com o visto de turista e ficou no país. Hoje, vive com o marido Juan, 49, que saiu de El Salvador há 15 anos para cruzar a fronteira do México com os EUA numa tentativa de conseguir uma vida melhor.
Paula ficou anos em situação irregular, mas, há pouco tempo, deu entrada em um pedido de asilo político e aguarda a audiência na corte que definirá seu destino. Ela diz que sofria abusos do ex-marido e teme voltar a Alagoas por isso. O pedido garante que ela possa ficar no país. Uma autorização permanente, porém, poderá ser concedida só depois do julgamento de seu caso.
Em seu primeiro mandato, Trump dificultou a permanência temporária ao exigir que o imigrante apresentasse o pedido de asilo no país natal para ter acesso à categoria nos EUA. Esse tipo de visto continua na mira do republicano, que afirma haver abusos nas solicitações -embora não haja evidências que sustentem essa afirmação.
“Eu fico um pouco receosa, mas isso não tem me paralisado. Eu vim para cá porque eu era missionária, e o senhor falou ao meu coração”, afirma ela, que também é pastora.
Paula relata, no entanto, que viu crescer o sentimento de incerteza desde a eleição de Trump. Segundo ela, já houve situações, sobretudo no primeiro mandato do republicano, em que agentes do ICE chegaram a locais de trabalho com imigrantes para fazerem detenções e, depois, deportações. “Eles levaram pessoas que faziam coisas erradas, mas gente de bem também”, diz.
O marido dela trabalha em restaurantes e permanece sem nenhum tipo de documento. Diferentemente da esposa, Juan teme ser deportado por Trump. Nenhum dos dois quer voltar ao país de origem.
Pesquisa da Pew Research Center divulgada em julho passado aponta que, em 2022, eram cerca de 11 milhões os imigrantes em situação irregular no país. Desse total, 230 mil saíram do Brasil -um salto em relação à década passada. Em 2012, havia por volta de 100 mil brasileiros em situação irregular nos EUA.
A grande maioria dos imigrantes não legalizados é proveniente do México: 4 milhões. Há um volume alto de pessoas que saem de países das Américas do Sul e Central em busca do sonho americano. El Salvador, país de origem de Juan, tinha 730 mil imigrantes em situação irregular nos EUA em 2022.
Mesmo com a insegurança, Clara, 32, não quer sair do país de Donald Trump. Ela chegou há dois anos com o então namorado, Mehmet, de origem turca -eles depois se casaram em solo americano, e hoje têm um restaurante na Califórnia.
O marido precisou viajar à Turquia quatro vezes no período e, na última delas, acabou detido na imigração do aeroporto por cinco dias acusado de abusar do visto de turista. À beira de ser deportado, solicitou asilo. Hoje, Clara e a filha estão listadas como dependentes no visto do asilo de Mehmet.
O maior receio dela é uma eventual decisão de Trump de dificultar o acesso ao asilo. Por isso, ela agora diz preferir que a audiência na Justiça demore para acontecer, o que significaria mais tempo de permanência garantido. “No dia que ele ganhou a eleição, nós consideramos tudo: até divórcio e casamento com um americano”, diz.
Associações e igrejas que trabalham com refugiados e asilados têm promovido palestras na tentativa de combater o medo com informação. Uma dirigente da Liga dos Cidadãos Latino-Americanos Unidos (Lulac, na sigla em inglês), por exemplo, tem atuado para informar haitianos em Ohio sobre as garantias que eles têm caso sejam refugiados -status da maior parte deles.
O advogado Felipe Alexandre, sócio da ALFA Alexandre Law Firm & Associates, tem sido acionado para dar palestras e explicar como os imigrantes devem proceder para tentar se regularizar. “A eleição trouxe uma certa ansiedade para as pessoas. Quem vai ter que estar bem preocupada é a pessoa completamente ilegal, que nunca fez nenhuma solicitação e que tem antecedentes criminais ou ordem de deportação”, explica.
Apesar do clima, há também um grupo de brasileiros mais esperançosos, que apoiam Trump e acreditam que ele vai mirar apenas imigrantes que tenham cometido crimes, deixando de fora outros que estão em situação irregular.
O sonho americano e a expectativa de mudar de vida foi o que atraiu o catarinense Décio Dassoler, 44, aos EUA. Ele desembarcou em Pittsburgh, na Pensilvânia, há dez anos e depois se mudou para Maryland. Formado em administração, ele aprendeu técnicas de construção nos EUA e abriu uma empresa na área, mesmo sem documentos que o autorizassem a trabalhar ou a permanecer de maneira legal no país.
“Os impostos eu pago normalmente e sigo nessa luta para tentar conseguir o green card [que autoriza a permanência no país]”, conta.
Ao contrário do temor pela promessa de deportações de Trump, ele diz que está otimista. “A economia no mandato dele foi ótima e beneficiou a área de construção.”
Agora, diz esperar situação semelhante. “Zero medo. Eu já vi muita gente deportada, mas alguma coisa errada fizeram. É sempre gente que tem antecedentes criminais. Na minha cabeça, eles vão atrás desse povo primeiro, e é muita gente. Estou tranquilo em relação a isso porque eles [os americanos] precisam da gente. E não é pouco”, diz.
Segundo o American Immigration Council, um grupo de defesa dos imigrantes, custaria US$ 315 bilhões (R$ 1,8 trilhão) para prender, deter e deportar todos os 13,3 milhões que vivem nos EUA ilegalmente ou sob um status temporário revogável.
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