William Parreira, ex-prefeito de Ibirité Foto: Reprodução/Facebook William Parreira O agora ex-prefeito da cidade de Ibirité (MG), William Parreira (Avante), encerrou seu mandato no último dia 31 de dezembro sem pagar o salário de dezembro dos servidores do município, mas quitando os próprios vencimentos e os de seus secretários. A informação foi divulgada nas redes sociais pelo novo prefeito de Ibirité, Dinis Pinheiro (Republicanos).
– Estamos diante da mais grave crise financeira da história de Ibirité. O ex-prefeito, que irresponsabilidade, não pagou o salário dos servidores. Achou por bem pagar o seu próprio salário e o de todos os secretários. Deixou dívidas, não deixou centavo algum em caixa – disse Pinheiro.
Como estava em seu segundo mandato consecutivo, Parreira apoiou Chande Bernadão (PSD) na disputa pela Prefeitura de Ibirité, mas a dupla foi derrotada pelo ex-deputado estadual e ex-presidente da Assembleia Legislativa Dinis Pinheiro (Republicanos), que recebeu mais de 73% dos votos válidos.
Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Ibirité, Sarzedo e Mário Campos (Sindsp), Charles Drumond, a folha de pagamento mensal de Ibirité está em torno de R$ 14 milhões e o total de servidores da cidade é de cerca de 5.500. O pagamento deles deveria ter sido quitado até o dia 31 de dezembro.
De acordo com o novo prefeito, a quitação dos vencimentos atrasados será feita de forma gradativa, começando por aqueles que têm os menores salários. Nesta segunda-feira (6), por exemplo, os servidores públicos que ganham até R$ 1,5 mil receberão o pagamento de dezembro.
Segundo o secretário municipal de governo da nova administração, Fábio Gomes, a expectativa é de que toda a folha de dezembro seja paga ao longo de janeiro com a entrada de receitas como a do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Para que isso ocorra, porém, os pagamentos a fornecedores foram suspensos.
Procurado por veículos de imprensa locais, o ex-prefeito William Parreira ainda não se pronunciou sobre o caso.
Em 2024, os casos de denúncia de violência política contra mulher aumentaram 484,06% em relação ao ano de 2023. Segundo o Painel de Dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, em 2024 foram registrados 403 denúncias. Em 2023, foram 69.
Em setembro de 2024, a ministra Cármen Lúcia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), abordou o tema enquanto evidenciava o fato de que cinco candidatas mulheres sofreram tentativas de homicídio ou de feminicídio em um final de semana.
“Domingo, dia 15 de setembro, o mundo comemora o Dia da Democracia. E nós, mulheres brasileiras, temos pouco a comemorar. Não há democracia de gênero, de cores no Brasil. Há uma verdadeira guerra contra as mulheres. No TSE vivemos isso. Só nesse fim de semana foram cinco tentativas de morte de candidatas, contra mulheres. Uma intimidação violenta, feroz, cruel, que recrudesceu nos últimos dias”, afirmou a ministra.
Em 2024, o governo federal lançou algumas ações tanto em relação à participação feminina na política quanto sobre a questão específica da violência. O Ministério das Mulheres, por meio da Secretaria Nacional de Articulação Institucional, Ações Temáticas e Participação Política (Senatp), por exemplo, criou a campanha “Mais mulheres no poder, mais democracia”. O material buscou conscientizar e sensibilizar a população brasileira sobre a realidade da violência política que atinge de forma permanente as mulheres, especialmente as mulheres negras, indígenas e LBTs.
Mesmo sendo 51,5% da população e 53% do eleitorado brasileiro, as mulheres estão amplamente sub-representadas em todos os espaços de poder e de decisão. Na Câmara Federal, elas são apenas 17,7%, ou seja, 91 mulheres em um universo de 513 parlamentares. No Senado, são 15 mulheres entre 81 parlamentares, o que equivale a 12,3%.
No resultado das eleições municipais, apenas duas mulheres foram eleitas prefeitas entre as 26 capitais brasileiras.
O Metrópoles separou alguns casos que chamaram atenção ao longo do ano de eleições municipais.
Caso da prefeita de Quissamã
Fátima Pacheco (União Brasil), prefeita de Quissamã (RJ), registrou um boletim de ocorrência em agosto contra Glauber Poubel (Solidariedade), vereador de São Gonçalo. Poubel proferiu as palavra “ladra, bandida e vagabunda” contra a prefeita durante uma convenção.
Caso Fabinho Sapo
O ex-candidato para a prefeitura de Maricá (RJ), foi denunciado pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) após constranger e humilhar sua vice, Luana Gouvea, e a candidata à vereadora Ingrid Menendes, ambas do PL.
Segundo a denúncia o dandidato teria humilhado e constrangido ambas “utilizando de menosprezo à sua condição de mulher, com a finalidade de dificultar sua campanha eleitoral.”
Disputa Pablo Marçal x Tabata Amaral
As alfinetas entre os ex-candidatos à prefeitura de São Paulo, Tabata Amaral e Pablo Marçal, em um dado momento passou dos limites. Marçal teria dito que apesar “ter um bom garoto que ela namora”, Tabata não teria qualificação para assumir o cargo pois não sabe o problema de um casamento e nem do que é ter um filho. Tabata repudiou as falas machistas do candidato.
Ex-prefeito do Ceará
O ex-prefeito de Saboeiro (CE), Gotardo Martins (PSD), atacou a vice-prefeita Wylna de Castro (PT) com ofensas como ‘quenga’ e ‘rapariga’ durante seu discurso em uma convenção.
“O doutor Marcondes bota no seu lado uma quenga, uma rapariga, e entra na casa de vocês pedindo voto. Vocês deviam era fechar a porta de vocês”, disse o ex-prefeito.
Um outdoor instalado na capital goiana parabeniza o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. O painel viralizou nas redes sociais.
“Parabéns, amigo. Deus o abençoe! De sua amiga, Ismenia de A. Oliveira. Beijo, amo você! Obrigada…”, diz o cartaz com a foto de Trump. A mulher ainda deixa o e-mail no fim da mensagem.
“De sua amiga, Ismenia”, diz outdoor
O registro foi compartilhado pela vereadora Aava Santiago (PSDB) no último sábado (04/01), que alfinetou o projeto. Segundo ela, o anúncio foi fixado na Rua 10, setor Leste Universitário, em Goiânia.
Mesmo com a assinatura, até o momento ninguém reivindicou o recado para o presidente.
Entre os comentários, os seguidores se divertiam com o outdoor. “Não é possível, Ismenia. Não é possível”, escreveu um. “Será que o e-mail é a chave Pix e ela acha que o Trump vai mandar alguns reais?”, publicou outro. E ainda: “Espero que o Trump passe nessa rua todo dia, a caminho da Casa Branca, para ver essa bonita homenagem”.
Posteriormente, um segundo outdoor foi descoberto em outro ponto da cidade. Dessa vez, Trump aparece ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro e do bilionário Elon Musk. Donald Trump toma posse do cargo presidencial no próximo dia 20.
A Câmara e o Senado dos Estados Unidos realizam uma sessão conjunta nesta segunda-feira (6) para certificar a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais do país, realizadas em novembro de 2024.
A cerimônia acontece no Capitólio, sede do Congresso americano, em Washington D.C., a partir das 15h, no horário de Brasília. A segurança ao redor do local foi reforçada, por exemplo, com cercas no perímetro do edifício.
O Secretário de Segurança Interna dos EUA determinou que esse é um Evento Nacional de Segurança Especial — essa é a primeira vez que essa designação é concedida para a certificação, seguindo uma solicitação do prefeito de D.C..
Essa é a última etapa do processo eleitoral dos EUA antes da posse de Trump, que está marcada para o dia 20 de janeiro, também em Washington D.C..
A certificação será comandada por Kamala Harris, vice-presidente do país e candidata democrata derrotada pelo republicano no pleito.
O cantor Gusttavo Lima rebateu o comentarista da GloboNews Demétrio Magnoli. Durante um programa do canal, o jornalista afirmou que não conhecia e não sabia quem era o artista. O sertanejo foi às redes sociais e ironizou o caso.
A treta começou quando Demétrio Magnolli foi chamado a comentar a intenção de Gusttavo Lima de se candidatar à Presidência da República. A notícia foi revelada em primeira mão pelo Metrópoles, na coluna Grande Angular.
O jornalista, então, disparou: “Quem é Gusttavo Lima?”. Nos Stories, Gusttavo Lima decidiu rebater o comentário. “Alguém conta para ele”, escreveu.
“Eu sou o povo, sou o cidadão, pagador de impostos, que sustenta toda essa máquina chamada Brasil”, completou o artista.
Gusttavo Lima promete “bolsa cachaça” O cantor Gusttavo Lima começou a anunciar suas propostas durante show na sexta-feira (3/1).
Em cima do palco, o mineiro prometeu “bolsa cachaça” para todos os brasileiros.
“Quem votar em mim vai ganhar seis anos de cachaça para beber todo mês. Não terá desculpa para não beber”, disse Gusttavo Lima aos fãs.
A tão aguardada Hemotion White 2025 já tem local confirmado: o evento será realizado no Di Trento, em Pium, no dia 24 de janeiro de 2025.
O cenário exclusivo e intimista é o ambiente perfeito para reviver a essência que fez a festa ser um ícone do verão potiguar. Os ingressos estão disponíveis no site e no app da Ingresse, e os fãs estão correndo para garantir seu lugar.
Com um formato mais exclusivo e focado na experiência única de seus participantes, a edição 2025 promete trazer a atmosfera das edições mais intimistas da Hemotion White, com um line-up selecionado, Open Bar Premium e a energia que sempre marcou o evento. Sob o tema “Like Old Times”, a festa será uma verdadeira celebração das memórias e da tradição, ao mesmo tempo em que inaugura uma nova fase de experiências inesquecíveis.
Os suecos são os primeiros no mundo a estarem livres do fumo, segundo a Smoke Free Sweden. Levantamento da entidade, a partir de dados oficiais da pesquisa nacional de saúde pública, mostra que a incidência de tabagismo para pessoas nascidas na Suécia atingiu a marca de 4,5% –índice abaixo do limite de 5% da OMS (Organização Mundial da Saúde) para uma nação ser classificada como livre de fumo, considerando adultos fumantes.
O resultado é atribuído a uma política implementada no país que incentiva os cidadãos a trocarem os cigarros comuns por produtos alternativos de nicotina como cigarros eletrônicos, snus –produto que contém nicotina, sem fumaça, feito de tabaco– e bolsas orais de nicotina. A pesquisa analisou as taxas de tabagismo entre 2022 e 2024.
Segundo Alessandra Bastos, farmacêutica, ex-diretora da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e consultora científica da BAT Brasil, o sucesso da Suécia é diretamente relacionado à política de saúde pública naquele país.
“O sucesso da Suécia tem a ver com a decisão do governo de considerar a necessidade de ajudar os fumantes e regulamentar os produtos alternativos de redução de danos, como os cigarros eletrônicos, que oferecem 95% menos riscos à saúde quando comparados ao cigarro convencional”, explicou.
Assim como a Suécia, a Nova Zelândia aposta em produtos alternativos de nicotina, como os cigarros eletrônicos, para reduzir as taxas de tabagismo, e já registra resultados positivos. Dados mais recentes mostram que a taxa de fumantes no país caiu pela metade, saindo de 13,3% em 2018 para 6,8% em 2023, segundo o relatório Smoke Free New Zealand, divulgado em 2024.
“A experiência da Nova Zelândia mostra que, com acesso a alternativas mais seguras, as pessoas podem parar de fumar, e de fato o fazem, em grande número. Este sucesso foi impulsionado por uma combinação de iniciativas lideradas pelo governo e apoio comunitário, em vez de guerras ideológicas contra a nicotina”, disse a autora principal do estudo, Marewa Glover.
Alessandra Bastos lembra que, no Brasil, os cigarros eletrônicos são proibidos pela Anvisa desde 2009. Os adultos fumantes que buscam consumir nicotina de uma forma mais segura só têm acesso a dispositivos ilegais e contrabandeados, fornecidos pelo comércio ilícito, explica a especialista.
“A proibição é absurda porque expõe consumidores a produtos sem qualquer controle sanitário e com procedência desconhecida. A falta de controle sobre o produto permite que o ‘fabricante’ ilegal utilize a composição que achar adequada, sem critérios para a quantidade de nicotina e outras substâncias, como solventes“, afirmou Bastos.
Um ano após o governo Lula anunciar que priorizaria a retomada de obras paradas, o país ainda tem 2.762 intervenções na Saúde com recursos federais inacabadas ou paralisadas, conforme dados do Ministério da Saúde. Ao todo, R$ 491,5 milhões já foram desembolsados. O número se refere apenas aos empreendimentos que estão elegíveis pare recomeçarem.
Existem, ainda, outras 670 obras canceladas em que não houve manifestação por parte do ente responsável sobre o interesse ou não pela retomada.
No fim de 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva firmou o compromisso de retomar as ações na área ao sancionar a lei que criou o pacto nacional pelo avanço de obras inacabadas. Na época, segundo o governo, o país somava 5.573 empreendimentos não finalizados na Saúde, a maioria deles unidades básicas (UBS).
De lá para cá, no entanto, poucas mudanças ocorreram. Em setembro do ano passado, depois de dez meses da instituição do pacto, o Ministério da Saúde anunciou que daria início à reativação e repactuação de mil obras que estavam paralisadas ou inacabadas em todo o país — 18% do total que estava parado e elegível para a retomada.
A portaria, assinada pela ministra Nísia Trindade (Saúde), previa um investimento de R$ 353 milhões. A lista inclui obras de reativação, ou seja, aquelas que já foram concluídas, mas não houve atualização no Sismob — é necessário, assim, regularizar a situação no sistema, para que o gestor não tenha que devolver os recursos federais empregados. Também há obras de repactuação, o que significa a celebração de compromisso entre municípios e estados com o ministério, com o objetivo de retomar a execução.
O prazo para os entes assinarem o termo de repactuação terminou na sexta-feira. Pelo cronograma inicial essa etapa deveria ter sido cumprida em setembro de 2024.
No início do ano passado, o ministério entrou em contato com os municípios nos quais estavam as 5,5 mil obras inacabadas e houve manifestação de interesse para retomada de 3.594 empreendimentos. Do total, só houve apresentação de documentação em relação a 2.504 obras e apenas mil foram aprovadas e publicadas em portaria pela pasta até agora.
Segundo o Ministério da Saúde, no caso dos municípios elegíveis para retomada de obra que informaram não ter interesse em retomar as construções ou não manifestaram interesse no prazo, haverá necessidade de devolução do recurso. A pasta afirmou, ainda, que esse movimento de retomada “é crucial para transformar a infraestrutura de saúde do país, oferecendo aos gestores a oportunidade de revisão e conclusão dos projetos interrompidos ou paralisados, bem como regularizar a situação de obras no Sistema de Monitoramento de Obras (Sismob)”. O ministério acrescentou que avalia dar novos prazos para que governadores e prefeitos apresentem a documentação referente aos projetos interrompidos ou paralisados.
Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Pará e Maranhão são os estados que aparecem com mais obras paralisadas ou inacabadas. No Maranhão, por exemplo, uma das obras inacabadas após 30% de execução é uma academia de saúde em Amapá do Maranhão. Houve apenas um repasse de R$ 20 mil para a obra em 2012, de um total previsto de R$ 100 mil. O empreendimento faz parte do Programa Academia da Saúde (PAS), lançado em 2011 pelo governo federal.
Já em São Paulo, uma das obras com status de cancelada fica na cidade de Mairiporã. Trata-se da construção de uma UBS cadastrada em setembro de 2015, parte de outro programa do governo federal, o Requalifica UBS, instituído em 2011. A previsão de investimento era de R$ 512 mil — houve um repasse de R$ 102,4 mil, mas a obra não chegou a ser executada. O município não manifestou ao ministério se tem interesse em retomar o empreendimento.
As unidades básicas de saúde são centros de atendimento primário que prestam serviços de prevenção diagnóstico e tratamento, sendo a principal porta de entrada para o Sistema Único de Saúde (SUS). Existem, ainda, obras voltadas para saúde mental, centros de reabilitação, construção de centros de partos em hospitais (parte do programa Rede Cegonha) e de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).
Um exemplo é uma UPA orçada em R$ 2,2 milhões que seria construída em Atalaia, em Alagoas. No painel, a obra consta como paralisada e sem interesse do município em retomá-la. Um repasse de R$ 220 mil chegou a ser feito para a obra em 2012.
Presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski afirma que a cada mudança de governo são criados programas para a construção de empreendimentos de saúde e educação, mas a burocracia na liberação de recursos atrapalha a execução.
— Nem tem como retomar a maioria dessas obras. O governo cria programas, não libera o dinheiro e a obra fica paralisada. E depois, se a obra não for concluída, a culpa passa a ser do prefeito — afirma.
A portaria do Ministério da Saúde de janeiro do ano passado que trata das reativações e repactuações de obras define que as modificações de projeto de obras inacabadas cujos valores excedam os limites legais de financiamento federal previstos na lei sancionada em 2023 “poderão ser custeadas com recursos dos estados, Distrito Federal ou municípios na parte excedente, mediante fundamentação técnica”.
Cerca de um terço dos municípios com obras elegíveis para retomada informaram ao ministério não ter interesse ou não se manifestaram, sendo necessária a devolução do recurso repassado.
Integrante da Comissão de Saúde da Câmara, o deputado federal Célio Silveira (MDB-GO) afirma que o Congresso e a comissão, após retorno do recesso, precisam discutir a situação das obras inacabadas e canceladas na área da saúde de forma mais aprofundada.
— É um grande prejuízo ao país. As emendas de comissão poderiam ser direcionadas a essas obras inacabadas, por exemplo. Seria uma boa solução. A pior coisa que existe para uma nação é começar uma obra e não acabar. Isso gera problema para o gestor.
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