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Categoria: janeiro 2, 2025

Fraudes na cota de gênero já cassaram o mandato de dez vereadores eleitos em 2024; ainda há mais de cem na mira

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De acordo com a legislação, 30% das vagas nas eleições devem ser destinadas a mulheres. A Justiça investiga se há irregularidades nas nominatas, como a presença de candidatas que não fizeram campanha, não tiveram recursos ou que pediram votos para concorrentes no pleito. Nesses casos, os partidos podem ser punidos, e os votos, anulados.

Até o momento, houve cinco condenações, nas cidades de Melgaço (PA), Vilhena (RO), Castro (PR), Varginha (MG) e Brejo da Madre de Deus (PE).

O impacto maior foi na chapa paraense, que registrou a cassação de quatro eleitos pelo MDB. A medida ocorreu devido a ação movida pelo Ministério Público após uma das candidatas inscritas ter sido impugnada por não ter apresentado suas contas eleitorais em um pleito que disputara anteriormente. A substituta sequer realizou atos de campanha e teve votação zerada.

— Há 20 anos os partidos alegam que não conseguem cumprir a lei por não haver mulheres interessadas na vida política. Os dirigentes não cumprem a legislação, não investem 5% do fundo partidário na formação de lideranças femininas e chegam às vésperas do pleito sem investir na base — avalia a especialista em gênero Ligia Fabris, professora visitante na Universidade de Yale.

Além das cinco condenações, possíveis laranjas são investigadas em casos que já tiveram repercussão. O GLOBO identificou ações em ao menos seis capitais — João Pessoa, Manaus, Recife, Porto Velho e São Paulo.

As denúncias impactam chapas de políticos de vulto nacional, a exemplo da ex-deputada Janaína Paschoal, eleita vereadora pelo Progressistas, partido alvo de uma ação após acionamento do PT. Fora das capitais, em Balneário Camboriú (SC), Jair Renan, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), pode ser afetado em processo similar. O PL, acusado de inscrever candidatas laranjas, elegeu seis vereadores no município.

Usualmente, as mulheres envolvidas nessas ações negam a possibilidade de terem sido usadas em candidaturas fictícias. Uma exceção, contudo, ocorre em São Luís, capital do Maranhão, onde dois candidatos do PL entraram com uma ação contra o Podemos, que elegeu três representantes.

Os processos afirmam que a candidata Brenda Carvalho recebeu R$ 300 mil de recursos partidários, mas não fez campanha. Ela teve 18 votos. Após ser derrotada nas urnas, ela registrou, em 14 de novembro, uma ocorrência na Polícia Federal na qual relatou ser vítima de ameaça por ter se recusado a assinar documentos sobre repasses financeiros da legenda.

Brenda admite não ter feito campanha, mas garante que não recebeu dinheiro do partido. “Basta ver para onde o dinheiro entrou e saiu da conta. Eu sou vítima. Se tivesse usado qualquer valor, no mínimo teria uns 700 votos”, afirmou.

A candidata de São Luís não é a única que admite não ter feito campanha nas eleições de outubro. Em Anápolis, no interior de Goiás, Soraya Mafra relatou, em testemunho ao cartório eleitoral, ter sido usada como laranja. Procurada pelo GLOBO, ela chegou a marcar uma entrevista, mas desistiu de falar.

A versão de Soraya Mafra é contestada pela defesa do Podemos, que afirma que ela teria mudado o comportamento após perder a eleição. Ela teve dez votos.

— Essa moça não é candidatura fictícia. Ela praticou atos de campanha, fez programas eleitorais, fez santinhos, gravou vídeo — diz o advogado do Podemos, Luciano Hanna.

Em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, o Ministério Público Eleitoral investiga possíveis irregularidades na chapa do PSDB/Cidadania. Além de não ter tido nenhum voto no pleito, uma das candidatas recebeu R$ 9,4 mil de recursos partidários, valor que transferiu via pix para a sua nora, que concorria à eleição por outro partido, o PSD. Procurada, a federação não se posicionou.

Criada em 1997, a cota de gênero não gerava grandes complicações aos partidos até 2018, quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) endureceu as punições e passou a cassar toda a chapa em casos de descumprimento.

Apesar das punições do TSE, as siglas têm conseguido se reerguer, sobretudo finaceiramente, após a reprovação de suas contas, já que, geralmente, dois anos após cada pleito o Legislativo tem aprovado anistias que as isentam de devolverem o dinheiro destinado a campanhas de laranjas.

A última aprovação ocorreu em agosto, quando o Senado deu aval a uma Proposta de Emenda à Constituição que ficou conhecida como a PEC da Anistia. Quando esses textos são aprovados, as contas antes reprovadas pelos tribunais perdem o objeto a partir da mudança de legislação.

A PEC da Anistia criou outra regra para as eleições, mas relacionada à cota racial. A proposta estabeleceu que candidaturas de pretos e pardos recebam ao menos 30% de recursos públicos. A lei anterior estabelecia uma proporcionalidade direta em relação ao número de candidatos inscritos.

Os partidos entenderam que esta legislação já estaria vigente para o pleito deste ano, mas a lei só passa a valer para eleições um ano após a data da aprovação. Dados preliminares da Justiça Eleitoral apontam que a maior parte dos partidos não cumpriu o repasse proporcional para negros e pardos. Segundo informações apuradas pelo Ministério Público Eleitoral, a maior parte das siglas teve mais de 40% dos candidatos negros, mas destinou cerca de 30% dos recursos a eles.

O Globo

Governo Lula prioriza projetos econômicos e sociais em 2025 mirando eleições de 2026

FOTO: WILTON JUNIOR

O governo Lula inicia 2025 com a missão de aprovar projetos prioritários nas áreas econômica, social e de segurança pública, com o objetivo de fortalecer a avaliação da gestão petista e pavimentar o caminho para as eleições presidenciais de 2026. O Planalto, contudo, enfrentará um Congresso fragmentado, no qual a obtenção de apoio para matérias de interesse do Executivo será ainda mais desafiadora, especialmente em um ano pré-eleitoral, intensificando a necessidade de articulação política e de medidas como a reforma ministerial — considerada indispensável para ampliar a base aliada e assegurar respaldo às pautas governistas.

Em 2023 e 2024, com muito custo, o governo conseguiu avanços importantes no Congresso, incluindo a aprovação do novo marco fiscal, que estabelece regras para o controle de gastos públicos, e a reforma tributária, voltada para simplificar o sistema de impostos. O professor de ciência política do Insper, Leandro Consentino, ressalta que esses avanços foram conquistados por meio de intensas negociações e concessões, incluindo a liberação de emendas parlamentares às vésperas de votações cruciais para o governo. Como mostrou o Estadão, o governo desembolsou, por exemplo, R$ 7,1 bilhões em emendas em apenas dois dias para tentar destravar o pacote de corte de gastos no Congresso Nacional.

Consentino avalia que essas vitórias, embora significativas, revelam uma governabilidade frágil, exigindo do Planalto articulação política até os momentos finais de cada votação.

“Esse processo de negociação pauta a pauta, sem o suporte de uma base sólida e confiável no Legislativo, revelou a fragilidade da articulação política do governo, que em diversas ocasiões precisou ceder a pressões de aliados para garantir os votos necessários”, explica. Como exemplo, o professor cita o pacote fiscal, aprovado pelo Congresso, mas que enfrentou forte resistência e acabou sendo desidratado pela oposição.

No próximo ano, o professor de ciência política analisa que o governo enfrentará um cenário ainda mais desafiador, marcado por um Congresso fragmentado e uma polarização crescente às vésperas das eleições presidenciais de 2026. O professor destaca que, com parlamentares focados em suas bases eleitorais, a aprovação de projetos prioritários será mais difícil, sobretudo diante de interesses conflitantes e da resistência de uma oposição fortalecida.

“Por isso, a reforma ministerial é considerada inevitável, com o objetivo de abrir espaço para partidos do Centrão ou aliados, garantindo que o governo consiga, ao menos, aprovar suas pautas — algo crucial para 2026″, pontua, lembrando que os favoritos para assumir as duas Casas, Hugo Motta (Republicanos-PB), na Câmara, e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), no Senado, não figuram entre os aliados de primeira hora do governo, o que adiciona uma camada extra de complexidade às articulações políticas.

Projetos econômicos e sociais devem prevalecer

Para o professor de ciência política do IDP, Vinicius Alves, entre as prioridades do governo para o próximo ano estarão temas nas áreas social, de segurança pública e econômica, como a reforma do Imposto de Renda (IR), que prevê a ampliação da isenção para quem ganha até R$ 5 mil — um projeto que ficou para 2025. Alves explica que esses projetos têm o potencial de melhorar a qualidade de vida dos brasileiros, ao gerar impacto positivo nos indicadores econômicos e sociais, criando condições favoráveis para a reeleição de Lula.

“Entendo que, entre as prioridades do governo para o próximo ano estarão temas relacionados à economia e políticas sociais, com o objetivo de melhorar os indicadores econômicos e reduzir a pobreza”, explica, destacando que o grande desafio será equilibrar condições fiscais menos onerosas para as faixas de renda mais baixa, a oferta de políticas sociais ampliadas e o controle das contas públicas.

O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), atual vice-líder do governo no Congresso e futuro líder da base governista na Câmara em 2025, também aposta na aprovação de projetos econômicos como estratégia para melhorar a avaliação do governo.

“O presidente falou que é hora de consolidar o governo. A economia é muito importante. Acho que vai continuar sendo a principal questão do governo aqui. A questão do governo aqui é dar tranquilidade, consolidar os números, os resultados do governo. Terá uma turma nova que vai estar na ‘frequência’. Vejo, com bons olhos, também esse novo momento no Parlamento”, disse.

Na mesma linha, o vice-líder do governo na Câmara, deputado Rogério Correia (PT-MG), destaca a importância das matérias econômicas e sociais, afirmando que 2025 será um “ano de entrega” para o governo, considerado essencial para as pretensões da sigla em 2026. O parlamentar menciona o projeto de lei que propõe a alteração das regras para a aposentadoria de militares, com o objetivo de equilibrar as contas públicas, além da proposta de redução da renúncia fiscal, que busca diminuir os benefícios tributários concedidos a determinados setores da economia, aumentando a arrecadação e possibilitando a destinação de mais recursos para áreas prioritárias, como saúde, educação e programas sociais.

“Agora, precisamos de alguns programas para acertar a economia, que promovam a divisão de renda — uma marca que o PT busca estabelecer e que o governo do presidente Lula tem como compromisso”, resume.

O também vice-líder do governo na Câmara, Rubens Pereira Júnior (PT-MA), concorda com os temas prioritários, mas ressalta que pautas de costume não terão tanto espaço na Casa, especialmente em ano pré-eleitoral. “Menos assuntos polêmicos, com a proximidade da eleição”, afirma.

No Senado, a expectativa é semelhante à da Câmara. A senadora Teresa Leitão (PT-PE) destaca que a base governista na Casa dará prioridade tanto aos projetos econômicos quanto aos sociais, incluindo o Plano Nacional de Educação (PNE), que estabelece diretrizes para o desenvolvimento da educação no Brasil.

Além das pautas sociais e econômicas, Vinicius Alves pontua que os temas de segurança pública, em especial a possibilidade de avanços nos esforços de coordenação liderados pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública no enfrentamento ao crime organizado, podem se tornar arenas de disputa entre governo e oposição no próximo ano, com potencial de impactar diretamente a aprovação do governo.

“Considero que o termômetro decisivo será o patamar de aprovação ou rejeição do presidente Lula, que está diretamente ligado ao desempenho e à avaliação de sua gestão. A percepção e avaliação sobre o governo passa pela aprovação desses projetos em 2025. Por isso, garantir a aprovação é crucial, mesmo em um cenário de dificuldades no Congresso”, conclui.

Estadão

Sine RN inicia 2025 com oferta de 124 vagas para área da hotelaria

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O Sine RN oferece 124 vagas de emprego em parceria com o Hotel Costeira Palace Beach Resort, a partir do dia 8 de janeiro.

As vagas disponíveis são para o setor de serviços em hotelaria e a seleção será feita de imediato no Sine RN, que fica na rua Nossa Senhora da Candelária, bairro Candelária, zona Sul de Natal, ao lado da sede da OAB-RN.

As vagas disponíveis para o dia 8 de janeiro de 2025 são para:

barman,
confeiteiros,
auxiliar de padeiros,
camareira,
chefe de partida (responsável por uma área específica de produção em um restaurante),
auxiliar de serviços gerais,
cozinheiro,
cumin,
maitre de hotel,
pizzaiolo,
garçom,
stewart.

O Feirão da Empregabilidade é uma ação do SINE RN, executado pela Subsecretaria do Trabalho, Emprego, Renda e da Economia Solidária (SETRAB) da SETHAS, e tem como objetivo principal proporcionar oportunidades de trabalho a pessoas desempregadas ou que estejam em busca de melhores oportunidades de ocupação.

No dia 23 de dezembro foi realizado o último Feirão da Empregabilidade de 2024 em parceria com o Hotel Costeira Palace Beach Resort, e os 30 inscritos na seleção foram admitidos imediatamente.

G1RN

Tailândia: Médica alagoana tentou fugir, mas entrou no quarto errado

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De acordo com informações da Polícia Metropolitana de Bangkok, divulgadas nesta terça-feira (31), a médica brasileira Carolina Canales, 24 anos, tentou fugir das chamas que destruíram um hotel na Tailândia no último domingo (29), mas acabou entrando no quarto onde o fogo teria se iniciado. Ela ficou presa no local e morreu por inalação de fumaça.

Carolina estava hospedada no The Ember Hotel, em Bangkok, junto com o noivo, Fernando Lages da Ressurreição. O incêndio começou no quinto andar do edifício, localizado na movimentada Rua Khao San Road. A fumaça se espalhou rapidamente, dificultando a evacuação dos hóspedes. O noivo conseguiu escapar ao pular de uma janela no terceiro andar, mas sofreu uma fratura no pé.

O incêndio também vitimou dois turistas, um ucraniano e um norte-americano, e deixou outras quatro pessoas hospitalizadas em estado grave. As causas do fogo ainda estão sendo investigadas pelas autoridades locais.

Carolina era natural de Alagoas e atuava no Hospital Geral do Estado (HGE). Segundo nota publicada pela Secretaria de Saúde de Alagoas, ela era “uma profissional reconhecida pela competência e dedicação”.

Pleno News

Elon Musk afirma que explosão de Cybertruck nos EUA parece ‘ato de terrorismo’

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O fundador e CEO da Tesla, Elon Musk, publicou nesta quarta, 1º, na rede social X que a explosão de um Cybertruck da Tesla ocorrida hoje em Las Vegas foi causada por fogos de artifício e/ou uma bomba transportada na caçamba do veículo, em um aparente “ato de terrorismo” e que não teria sido motivado pelo veículo em si.

O veículo pegou fogo e explodiu do lado de fora do saguão do hotel do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, matou uma pessoa e deixou ao menos sete feridos.

“Toda a telemetria do veículo estava positiva no momento da explosão”, afirmou Musk. Em outra publicação, o CEO da Tesla afirma que “parece ser provável ter sido um ato de terrorismo”.

Segundo Musk, “tanto este Cybertruck quanto a bomba suicida no F-150 em Nova Orleans foram alugados pela Turo. Talvez eles estejam relacionados de alguma forma”.

Estadão Conteúdo

Prefeitura do Natal publica exoneração de cargos comissionados no Diário Oficial

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O prefeito de Natal, Paulinho Freire (União Brasil), publicou o Decreto N.º 13.299, que determina a exoneração de todos os ocupantes de cargos de provimento em comissão da Administração Direta e Indireta da capital potiguar, com algumas exceções específicas.

Conforme o texto oficial, todos os cargos comissionados da Administração Direta e Indireta estão sujeitos à exoneração, exceto: Companhia de Serviços Urbanos de Natal (URBANA); Equipe responsável pelo Diário Oficial do Município (DOM); Encarregados de Serviços (ES) da Secretaria Municipal do Trabalho e Assistência Social (SEMTAS).

Além disso, o decreto também abrange os servidores da Agência Reguladora de Serviços de Saneamento Básico do Município de Natal (ARSBAN), com exceção dos membros da diretoria que possuem mandato.

A decisão foi publicada oficialmente no Diário Oficial do Município e entrou em vigor imediatamente.

Tribuna do Norte

Jaime Calado é empossado como prefeito de São Gonçalo do Amarante pela 3ª vez

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O novo prefeito de São Gonçalo do Amarante, Jaime Calado (PSD), foi empossado no cargo na noite dessa quarta-feira (1º) no plenário da Câmara Municipal. Será a terceira vez que ele vai administrar a cidade.

A cerimônia, que empossou também o vice-prefeito Flávio Henrique (Solidariedade), foi conduzida pelo novo presidente da Câmara, vereador Nonato Queiroz (PSD), eleito para comandar a casa pelo biênio 2025-2026.

Na mesma noite, em sessão solene, tomaram posse os 17 vereadores que vão ocupar os assentos na Câmara Municipal pelos próximos quatro anos.

Estiveram presentes na cerimônia a senadora Zenaide Maia (PSD); a deputada estadual Terezinha Maia (PL), viúva do ex-prefeito Paulo Emídio de Medeiros; o superintendente estadual do Ministério da Saúde no RN, ex-secretário Jalmir Simões; o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Sílvio Torquato (representando o Governo do Estado); o pároco de São Gonçalo João Gabriel; familiares; líderes políticos locais e populares.

“Vocês, que confiaram em nós e nos ideais que representamos, renovaram em nós a convicção de que juntos podemos transformar nossa realidade. Vocês são os verdadeiros protagonistas deste momento. Esta vitória não é apenas eleitoral; é a reafirmação de um sonho comum: tornar São Gonçalo em um lugar melhor e mais feliz”, afirmou o prefeito.

Ele complementou: “Que sejamos corajosos, determinados e inspirados por Deus. Que o trabalho nos una e a esperança nos mova. São Gonçalo será, mais do que nunca, a terra de todos nós”.

Portal 98 FM

POLÊMICA: Prefeito investigado por envolvimento com facção criminosa é preso antes da posse no CE

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O prefeito reeleito de Santa Quitéria, José Braga Barrozo (PSB), foi preso pela Polícia Federal e pela Polícia Civil do Ceará na tarde da última quarta-feira (1º) pouco antes de tomar posse para seu segundo mandato.

Braguinha, como é conhecido no município, é investigado por suspeita de envolvimento com uma facção criminosa de origem carioca, que teria atuado em favor da sua chapa nas eleições municipais de 2024.

Após a prisão do prefeito, a Câmara de Vereadores elegeu, por 7 votos a 6, a chapa presidida pelo vereador Joel Barroso para compor a nova Mesa Diretora. Joel é filho de Braguinha e, como presidente da Câmara, foi empossado prefeito interino do município.

O mandato de prisão de Braguinha foi expedido pelo Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) e cumprido pelos policiais federais enquanto os vereadores da Câmara Municipal de Santa Quitéria se preparavam para eleger a nova Mesa Diretora, que por sua vez daria posse ao prefeito.

O vice-prefeito do município, Francisco Gardel Mesquita Ribeiro (PSB), conhecido como Gardel Padeiro, também é investigado no mesmo processo por envolvimento com uma facção criminosa. Ele não chegou a ser preso, mas foi impedido de tomar posse no lugar de Braguinha.

Em nota, a Polícia Federal informou que a investigação contra esquemas criminosos nas eleições deste ano em Santa Quitéria revelou práticas ilícitas como coação eleitoral, compra de votos e intimidação violenta contra eleitores e candidatos adversários, comprometendo a integridade do pleito.

Além do mandado de prisão de Braguinha, foram cumpridos mandados de busca e apreensão, bem como o afastamento de servidores municipais.

G1