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Categoria: novembro 15, 2024

Novo avião de Lula custa R$ 1,5 bi e pode chegar em 1 ano e meio

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O comandante da Aeronáutica, Marcelo Kanitz Damasceno, apresentou ao governo o valor do novo avião presidencial: US$ 250 milhões (cerca de R$ 1,4 bilhão na conversão). Embora o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenha pedido urgência na compra de uma nova aeronave, a discussão sobre o corte de gastos no governo pode deixar a aquisição para um 2º momento.

Há duas opções na mesa, todas da Airbus (empresa formada com um consórcio de vários países europeus) e com o mesmo preço:

-um avião já em uso, fabricado em 2016 e que tem configurações semelhantes às que desejam Lula e a primeira-dama Janja Lula da Silva. Demoraria menos de 1 ano para ser totalmente adaptado e entregue ao governo brasileiro;

-um avião novo, produzido sob encomenda. Neste caso, o tempo de entrega seria de cerca de 1 ano e meio.

A exigência do Palácio do Planalto é que o avião tenha mais autonomia do que a do atual, que precisa fazer escalas técnicas em viagens para a Europa ou EUA, por exemplo. Também é preciso ter sala de reuniões ampla, internet de alta velocidade, possibilidade de ser reabastecido em voo, quarto de casal e banheiro com chuveiro.

A determinação do presidente para a compra se deu depois de o atual avião presidencial apresentar problemas na volta de uma viagem ao México no início de outubro.

Em 29 de outubro, o Ministério da Defesa conversou com representantes da Airbus em Brasília para avaliar as possibilidades. Inicialmente, a empresa havia informado que a entrega de um novo avião levaria cerca de 2 anos, mas as propostas avaliadas agora podem acelerar a aquisição. Caso contrário, Lula usaria os novos equipamentos apenas se fosse reeleito, a partir de 2027.

O petista já queria trocar de avião no início do seu governo, em 2023. Quando havia feito 10 viagens internacionais, em maio do ano passado, Lula pediu à Defesa que viabilizasse uma nova opção. Algumas das viagens duraram mais de 25 horas por causa de paradas necessárias durante o trajeto, quando foi, por exemplo, à China e ao Japão.

Inicialmente, cogitou-se adaptar um dos Airbus A330-200 comprados em 2022 pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL) por US$ 80 milhões (cerca de R$ 400 milhões pela taxa de câmbio atual), da Azul. A ideia foi deixada de lado por causa do alto custo para instalar o sistema de internet a bordo. O Planalto chegou à conclusão na época de que o timing era ruim, no momento em que a equipe econômica também falava em controle de gastos.

Em entrevista à emissora de televisão CNN Brasil, Janja disse ser uma irresponsabilidade colocar o presidente da República em um avião com “tantos problemas”.

“A gente acaba sendo irresponsável com a vida do presidente da República –não estou falando do presidente Lula, mas do presidente do Brasil. Então a gente acaba sendo irresponsável com isso, de colocar ele dentro de uma aeronave com tantos problemas. Precisamos ter mais responsabilidade com o cargo”, afirmou.

AEROLULA

O Airbus A319CJ, identificado pela FAB (Força Aérea Brasileira) como VC-1A, foi comprado em 2005 por US$ 56,7 milhões (US$ 91,7 milhões, em valores atualizados, o equivalente a R$ 500 milhões). Tem autonomia de voo de 8.500 km. Em entrevista à rádio O Povo/CBN em 11 de outubro de 2024, Lula disse ter superado o apelido que foi dado à aeronave de forma pejorativa: Aerolula.

“Quando comprei esse avião, era o mais pequeno (sic) da Airbus, comprei o mais barato e o menor. Mesmo assim o [Leonel] Brizola [ex-governador do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul] cunhou como o Aerolula. Como se o avião fosse um privilégio do presidente. Eu superei isso. Um presidente tem que se respeitar, uma instituição tem que se respeitar. Não precisa um presidente correr riscos”, disse.

Atualmente, o Aerolula conta com uma cabine presidencial equipada com cama e um banheiro privativo para o presidente e a primeira-dama. Há também uma área reservada com duas mesas e 8 lugares. Ali, o chefe do Executivo pode ter conversas privadas durante o voo. Há ainda 16 poltronas para levar as principais autoridades que acompanham a comitiva.

Lula quer aumentar o número de convidados em viagens, especialmente deputados e senadores. O objetivo é se aproximar do Congresso e prestigiar aliados. Um avião maior seria útil para essa estratégia.

Há também reclamações sobre o desconforto da atual aeronave, que é considerada pequena por Janja. A primeira-dama também já demonstrou irritação com o número de escalas técnicas necessárias em longas viagens. O futuro avião já ganhou um apelido em Brasília. É tratado por políticos como “Aerojanja”.

Desde o início de seu 3º mandato, o presidente já fez 23 viagens internacionais. Para o governo, um avião com maior autonomia economizaria o tempo de deslocamento, já que precisaria fazer menos escalas. As paradas costumam ser mais demoradas do que em voos comerciais, em razão do abastecimento de combustível e da checagem de segurança.

Pane no Aerolula

O avião de Lula teve que dar voltas acima da Cidade do México por causa de um problema técnico logo depois da decolagem em 1º de outubro.

A FAB informou que o problema técnico no avião VC-1, um Airbus 319 CJ, foi resolvido “com sucesso”. Declarou também que os pilotos gastaram o combustível antes de retornar ao Aeroporto Internacional General Felipe Ángeles, na capital mexicana –onde trocaram de avião e voltaram a Brasília.

A manobra de queimar combustível antes de um pouso não previsto é comum. Normalmente, o peso do avião no momento da decolagem é superior ao máximo permitido no pouso –pousar com a aeronave pesada aumenta o risco de uma colisão com o chão.

O piloto do avião presidencial na visita ao México identificou um problema na aeronave assim que decolou. Em mensagem à torre de controle, o comandante usou o código “pan-pan, pan-pan, pan-pan” ao controlador, que significa um problema que necessita de ajuda em solo, mas que não representa risco de vida aos passageiros a bordo.

Segundo o Grupo Brasileiro de Segurança Operacional de Infraestrutura Aeroportuária, a expressão é usada em situações de urgência, sem perigo iminente. A partir dessa comunicação, o avião tem prioridade da torre, exceto se outro avião reportar o código “mayday, mayday, mayday”, que caracteriza situação de emergência, com perigo iminente.

O código “pan” vem da palavra pane –falha no funcionamento de algum equipamento elétrico ou hidráulico. Já o mayday vem do francês “m’aidez”, que significa “me ajude”.

“O pan-pan-pan é um aviso sonoro que o piloto emite falando que ele está com problema, o pan vem da palavra pane mesmo, mas não tem um perigo iminente às vidas que estão a bordo. Já o ‘mayday’ é uma declaração de emergência que todo mundo para e vai ajudar porque vai ter vítima”, declarou ao Poder360o presidente da Rima Aviação, comandante Gilberto Scheffer.

No áudio, o piloto diz “pan-pan, pan-pan, pan-pan” e comunica a necessidade de fazer uma curva à direita. O funcionário da torre pede para o piloto confirmar o código, o que o comandante do Aerolula faz em seguida.

Poder 360

Adriano Imperador detalha ida ao motel com 18 mulheres

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Adriano Imperador lançou, recentemente, a biografia Adriano – Meu Maior Medo, em que fala sobre diversos momentos de sua vida, inclusive polêmicas. Em uma passagem, o ex-jogador de futebol detalhou a ida a um motel acompanhado de alguns amigos e 18 mulheres.

“Coloquei meu roupão, pedi o meu uísque e comecei a relaxar. Virei para a rapaziada e decretei: ‘Hoje eu vou levar todo mundo. Hoje vai ser festival do Adriano no Vips’”, relatou. O estabelecimento fica localizado na Avenida Niemeyer, em São Conrado.

Didico declarou que enviou mensagens para conhecidos e organizou a “zona”. “Não estou exagerando. Chamei 18 garotas. ‘Pode vir que eu tô pagando. A festa vai ser boa’. Chegamos no motel com 18 meninas e três caras”, declarou.

Ele explicou que ficou com quase todas as mulheres. “Um dos guerreiros se apaixonou e ficou com uma mina a noite toda. Sobraram 17 para dois, mas eu sempre gostei de jogo grande. Nunca me intimidei com os desafios da vida”, completou.

O Imperador explicou que hoje está seguindo uma vida bem mais tranquila. “Não consigo namorar mais. Até de putaria eu me aposentei, mano. Já fiz de tudo, não tenho por que esconder”, encerrou.

Metrópoles

Sonâmbula do sexo: mulher precisa trancar porta para não ‘atacar’ à noite

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Lauren Spencer, uma inglesa de 50 anos, moradora da cidade de Devon, foi diagnosticada recentemente com uma rara condição de sono que a obriga a se trancar em seu quarto à noite para não se tornar uma sonâmbula do sexo. Ela assume uma personalidade totalmente diferente depois de dormir à noite.

“Se eu visitasse a casa de uma amiga e acabasse na cama com o parceiro dela, tenho certeza de que não seria muito bom”, brinca a mãe de duas filhas e casada com Charlie, de 52. “Como sou caseira, então não é um problema, felizmente.”

“Eu moro sozinha com meu marido e ele não reclama. Minhas filhas têm 25 e 30 anos e nenhuma delas mora comigo atualmente. Não tenho lembranças ou consciência depois de um episódio, então pode ser confuso. A falta de controle é constrangedora, mas felizmente não é algo que acontece com tanta frequência”, diz Lauren.

“Charlie, é claro, aproveita a oportunidade e às vezes as coisas progridem (risos) Nós discutimos minha condição longamente e eu decidi que estou feliz em fazer sexo quando isso acontece, é completamente consensual”, completa.

Lauren, que trabalha como criadora de conteúdo e modelo, inicialmente ficou preocupada, já que suspeitava de um problema neurológico, pois ela também teve problemas com sonambulismo e quedas da cama.

Sua maior precaução, no entanto, é passar um cadeado na porta do quarto antes de dormir para que não ‘ataque’ alguém. “Eu ponho um cadeado de cabo para enrolar na maçaneta da porta se eu passar a noite fora. Então eu não consigo abrir a porta dormindo e entrar no quarto de outra pessoa”, revela

Lauren diz que os episódios são mais prováveis de acontecer se ela estiver estressada, mas ainda não encontrou o fator desencadeador. Além de iniciar o sexo, Lauren também afirma que saiu da cama para faxinar a casa, enviar mensagens de texto, e tudo isso sem nenhuma lembrança na manhã seguinte.

Como é relativamente inédito, ela frequentemente mantém silêncio sobre sua condição; mas despertou o interesse de seus amigos. “Eu geralmente não conto às pessoas sobre minha condição, porque eu não gostaria que elas pensassem que eu sou louca, e é algo que a maioria das pessoas nem sequer ouviu falar”, afirma.

“Eu mencionei isso a uma amiga, e o marido dela concordou dizendo que não se importaria se ela tivesse esse problema. Acho que seria fascinante me ver fazendo algo que não conheço”, brinca Lauren.

Polêmica Paraíba

Rogério Marinho defende pacificação e retorno à normalidade

FOTO: AGÊNCIA SENADO

“Eu quero expressar todo o meu horror, toda a minha perplexidade e, ao mesmo tempo, repudiar veementemente ao que ocorreu ontem, 13 de novembro, na Praça dos Três Poderes em Brasília”, foi a reação iniciado do líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN).

O senador potiguar se refere a explosão que ocorreu no anexo 4 da Câmara dos Deputados, no veículo, e o suicídio através de uma explosão de um artefato de um cidadão que aparentemente protestava contra a situação política que o Brasil tem hoje, ao lado de uma estátua na mesma praça.

“Eu não tenho dúvida de que esse é um momento em que o Brasil precisa se desarmar, o Brasil precisa se pacificar. Nós precisamos voltar a ter normalidade democrática. E isso não vai acontecer sem que haja uma reconciliação”, pontuou.

Existe, segundo Rogério Marinho, na Câmara dos Deputados, um projeto que trata da anistia. “As penas que estão sendo colocadas são penas desproporcionais. A amnistia é uma ação política e cabe ao Congresso Nacional, através da ação política, se debruçar sobre esse tema. Cabe ao Judiciário julgar as eventuais diferenças e querelas que são gestadas pela nossa sociedade”.

Anistia

Uma eventual anistia aos envolvidos nos atos do 8 de janeiro de 2023 está em discussão na Câmara, onde uma comissão foi criada há duas semanas pelo presidente Arthur Lira para debater o tema. A leitura na Casa, no entanto, é que a explosão na Praça dos Três Poderes pode prejudicar as discussões sobre a criação de uma lei que conceda a anistia, já que reforça a necessidade de se combater atos antidemocráticos.

Rogério Marinho enfatiza que “Nós não temos nenhuma dúvida que esse incidente, esse trágico acontecimento, só reforça a necessidade de que todos nós juntos façamos o esforço necessário para que a discussão política aconteça no terreno adequado, na instituição adequada, que é o Congresso Nacional, através dos seus representantes e através da discussão da sociedade civil organizada, sem interferência de outros poderes que têm outras atribuições”.

Bolsonaro pede ‘pacificação’

O ataque de um homem de 59 anos na praça dos Três Poderes, que resultou em sua própria morte e na explosão de duas bombas nos arredores, repercutiu imediatamente no meio político. Nesta quinta-feira, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fala em “pacificação” após o caso em Brasília, enquanto ministros e deputados aliados do governo aproveitaram para criticar a PL da Anistia, em discussão na Câmara dos Deputados.

“Já passou da hora de o Brasil voltar a cultivar um ambiente adequado para que as diferentes ideias possam se confrontar pacificamente, e que a força dos argumentos valha mais que o argumento da força”, postou o ex-presidente.

Filho do ex-presidente, o senador Flávio Bolsonaro (PL_RJ) compartilhou a mesma mensagem do pai em suas redes sociais. Já o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-RJ) optou por não comentar o incidente.

Com informações da Tribuna do Norte

STF recebe e-mails anônimos que chamam o homem-bomba de “mártir”

FOTO: DIVULGAÇÃO

Nas últimas 24 horas, desde o atentado desta quarta-feira (14/11), no qual um homem se explodiu em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), a Corte recebeu e-mails anônimos enaltecendo o ataque de Francisco Wanderley Luiz, 59 anos. O homem era dono de um carro que explodiu no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados, mantinha bombas em uma casa alugada em Ceilândia (DF) e se matou vestindo uma roupa com naipes de baralho em suposta alusão ao Coringa.

Os e-mails são, em sua maioria, da plataforma Proton Mail, que tem como promessa o anonimato do usuário. Em um dos 8 e-mails recebidos, o homem-bomba é colocado como mártir.

“Esclarecemos que Francisco Luiz, agora no céu junto com o pai, foi apenas um dos inúmeros mártires de nossa luta contra vós, a escória satânica do STF”, diz um dos e-mails mandados para o Supremo.

Metrópoles

STF recebeu mil ameaças desde o 8 de janeiro até atentado à bomba

FOTO: BRUNO PERES

Desde o dia 8 de janeiro de 2023, até o atentado à bomba que levou um homem-bomba a se explodir em frente à estátua da Justiça, na quarta-feira (14/11), o Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu 1 mil ameaças por diversos meios, um total de três intimidações por dia. As ameaças contra ministros e atentando contra a integridade da Corte chegaram via e-mail, carta ou telefone.

Para receber cartas ou malotes, o STF já tem um protocolo severo de aceitação, com uso de raio-x e triagem dos profissionais. As ameaças levam a segurança do Supremo a manter em um banco de dados pessoas que possam ser potenciais autores de ataques.

O monitoramento dessas pessoas leva em conta premissas como: ter arma de fogo; ser ativa nas redes sociais com discurso antidemocrático ou explicitamente contra o STF; ter muitos seguidores; poder aquisitivo para viajar e orquestrar atos, entre outros.

Nas últimas 24 horas, desde o atentado de quarta, no qual um homem se explodiu em frente ao STF, a Corte recebeu número atípico de mensagens para um curto espaço de tempo. Foram oito e-mails anônimos enaltecendo o ataque de Francisco Wanderley Luiz, 59 anos.

O homem era dono de um carro que explodiu no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados, mantinha bombas em uma casa alugada em Ceilândia (DF) e se matou vestindo uma roupa com naipes de baralho em suposta alusão ao personagem Coringa.

Metrópoles

Comércio: 13º em 2024 deve fazer circular R$ 3,6 bilhões na economia do RN e aquecer vendas

FOTO: MARCELLO CASAL JR

A economia potiguar deverá receber até o final de 2024, a título de 13° salário, pouco mais de R$ 3,6 bilhões, representando 1,1% do total do Brasil e 7,2% da região Nordeste. Esse valor corresponde a cerca de 3,5% do PIB estadual, com uma média estimada de R$ 2.416 por pessoa.

O pagamento do 13º salário aos trabalhadores deve injetar mais de R$ 3,6 bilhões na economia do Estado até 20 de dezembro deste ano, data limite para que todos os brasileiros do setor público e privado recebam o pagamento. Esse montante representa 1,1% do total nacional e 7,2% da região Nordeste, equivalendo a aproximadamente 3,5% do PIB estadual.

Segundo o Dieese, cerca de 1,261 milhão de pessoas devem receber o 13º no Rio Grande do Norte. O emprego doméstico com carteira assinada responde por 1,1%. A distribuição por segmento é a seguinte: empregados formalizados com 62,3% (R$ 2,2 bilhões), beneficiários do INSS com 21,2% (R$ 773 milhões), aposentados e pensionistas do Regime Próprio do estado com 12,5% (R$ 454 milhões) e do Regime Próprio dos municípios com 4,0% (R$ 145 milhões).

Esses valores não animam apenas os consumidores, mas também os setores de comércio e serviços, que absorvem grande parte desse montante nas compras de fim de ano, quitação de dívidas e recuperação de crédito.

“O pagamento do 13º salário é um momento crucial para a economia, especialmente para o comércio de Natal. Este salário extra traz um alívio financeiro para muitas famílias e, consequentemente, um aumento no poder de compra. Para nós comerciantes, representa uma oportunidade significativa de alavancar as vendas de fim de ano, nosso melhor período em vendas”, afirmou José Lucena, presidente da CDL Natal.

O empresário destacou que muitos consumidores utilizam parte do 13º para quitar dívidas, o que também ajuda a economia. “O pagamento do 13º ajuda a movimentar a economia. O fato de muitos consumidores optarem por negociar débitos e voltar a crédito também impulsiona e movimenta a nossa economia, essencial para que possamos terminar o ano com um resultado positivo para empresários e consumidores”, finalizou José Lucena.

Novo Notícias

Petróleo e energia renovável impulsionaram PIB do RN em 2024, diz Fiern

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A projeção do Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Norte é de expandir 6,2% em 2024, o maior índice entre as unidades federativas do país, superando a previsão anterior divulgada em setembro, quando estava em 4,4%, segundo estudo do Banco do Brasil (BB) intitulado “Resenha Regional de Assessoramento Econômico” e atualizado neste mês de novembro. Nesse cenário, a taxa de crescimento da economia norte-riograndense será mais que o dobro do país neste ano (3%) e também superior à região Nordeste (3,3%). A revisão do índice é puxada especialmente pelo agro e pela indústria.

No ranking da projeção do PIB aparecem em seguida o Tocantins (6%), Paraíba (5,8%), Amapá (5,1%), Pará (4,9%) e Distrito Federal (4,4%). O Mato Grosso do Sul foi o único estado cuja projeção ficou negativa (-0,5%) e o Mato Grosso teve expectativa positiva mais baixa (0,2%) dentre as unidades da federação.

Pelo levantamento, o PIB da indústria potiguar deverá ser destaque, crescendo 20,8% e seguido pelo setor agropecuário (9,8%) e de Serviços (3,6%). Segundo o documento, no acumulado do ano, a indústria nacional apresentou uma variação positiva de 3% e a do Rio Grande do Norte manteve o melhor desempenho do país, com um crescimento de 13,7%, sendo o único estado a apresentar crescimento de dois dígitos.

Esse resultado foi impulsionado pelo bom desempenho na fabricação de coque – ingrediente chave na produção de aço -, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (33,6%), além da confecção de artigos do vestuário e acessórios (28,3%).

O Ceará ocupa o segundo lugar, com um crescimento de 8,9%, beneficiado pelo bom desempenho na fabricação de produtos de metal, máquinas e equipamentos (32,4%), preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (26,9%), e confecção de artigos do vestuário e acessórios (26,1%). “Estimamos que a indústria seja o setor mais dinâmico na economia brasileira neste ano, com crescimento esperado na ordem de 3,4% no PIB Industrial”, diz relatório.

O presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern), Roberto Serquiz, afirma que a projeção de crescimento acima do esperado do PIB da indústria, pelos bancos oficiais, se dá em função do grande avanço da produção do petróleo e de energias renováveis no Rio Grande do Norte, que hoje é o maior produtor de petróleo e maior gerador de energia eólica em terra.

“A descoberta do novo potencial do Campo de Pitu, na margem equatorial do RN, associado à perspectiva da geração de energia eólica off-shore, assim como a planta piloto de produção do hidrogênio verde, também contribuem para esse otimismo em relação aos resultados econômicos do RN”, afirma o presidente da Federação.

Serquiz analisa ainda a questão dos empregos. “No que se refere ao saldo de empregos formais, temos o destaque da construção civil, que está novamente aquecida. É um retrato desses setores mencionados, principalmente, que impacta nos números e nas boas expectativas para o nosso Estado”, analisa.

O economista Helder Cavalcanti, do Conselho Regional de Economia (Corecon RN), relembra que o RN também vive um bom momento em outro segmento industrial. “Temos um momento muito interessante da indústria de energias renováveis, a energia solar, da energia eólica. A indústria teve uma elevação bem expressiva e com a agricultura está incrementando a economia”, avalia.

Esses dois setores colocam o estado em posição de destaque na recuperação econômica do Nordeste. Entre os principais produtos apontados na “Resenha Regional de Assessoramento Econômico”, do Banco do Brasil, aparecem a produção da cana de açúcar com um crescimento de 29.7% na safra de 2024, o que representa 0,5% da produção nacional.

Já o setor de serviços, que no mês de agosto voltou a recuar no país, após dois meses consecutivos de alta, cresceu 1.4% nos últimos doze meses no RN e 1.1% no acumulado do ano, mas ainda é o terceiro menor desempenho do Nordeste. “Vamos entrar num período que o turismo poderá dar uma resposta bem expressiva e é preciso que se tenha um olhar para essa atividade e incentive as empresas, profissionalize cada vez mais”, aponta o economista.

Resultado reflete recuperação econômica, dizem entidades

As entidades representativas do setor produtivo potiguar comemoraram a elevação da projeção do PIB no estado e destacaram que reflete a recuperação econômica. Para a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio/RN), isso demonstra ainda a capacidade de adaptação da economia potiguar. “Esse desempenho robusto foi impulsionado pelo aumento da renda, a queda do desemprego e pelo ciclo de redução de juros, que durou de agosto de 2023 a junho de 2024, beneficiando setores como comércio, serviços e indústria”, ressalta o presidente da entidade, Marcelo Queiroz.

Ele aponta que o comércio varejista do estado, que em 2023 havia caído 0,8%, registrou até setembro deste ano um crescimento de 5,3%. “Mostra uma reversão de cenário, o que evidencia a recuperação da confiança dos consumidores e a expansão das atividades comerciais”, acrescenta o presidente da Fecomércio.

As perspectivas da Fecomércio para 2025 também são positivas com a projeção de crescimento do PIB do estado para 1,8%, impulsionado principalmente pelos setores de serviços e comércio, que devem crescer 1,7%. Apesar dessas perspectivas promissoras, a Fecomércio RN alerta para um risco que pode comprometer esse cenário positivo: a proposta de majoração da alíquota modal de ICMS, que está em discussão na Assembleia Legislativa do RN. Segundo a entidade, a elevação do ICMS pode aumentar os custos de produção e consumo, o que afetaria diretamente a competitividade do comércio e de outros setores da economia potiguar, impactando sobretudo os consumidores.

“Por isso, a Fecomércio RN reforça a importância de políticas fiscais prudentes e que incentivem o crescimento sustentável, sem onerar ainda mais a sociedade. É essencial que as políticas públicas sejam orientadas para garantir a continuidade desse crescimento, assegurando um ambiente de negócios estável, previsível e favorável ao desenvolvimento do estado”, diz ele.

A agropecuária também se destaca com um crescimento projetado de 9,8%. José Álvares Vieira, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do RN (Faern), diz que é fruto da combinação de fatores que criam um ambiente propício para o crescimento da agropecuária no RN. “O setor sucroalcooleiro tem apresentado um desempenho que merece ser destacado, com crescimento da produção de cana de mais de 20% nesse ano. Além disso, o RN também passou a produzir outros produtos, com a região de Touros se consolidando como um polo de produção de frutas, batata e outros. Em termos de novas culturas, os citros e a cebola estão ganhando importância”, aponta José Vieira.

RN gerou 31.488 empregos formais até setembro

No quesito empregabilidade, o Rio Grande do Norte gerou 31.488 empregos formais até setembro. O dado marca um crescimento de 60% em relação ao mesmo período de 2023, quando foram contabilizados 19.739 novos postos de trabalho em todos os segmentos. “O nosso entendimento é que quanto mais a economia gira, mais riqueza acontece e repercute na taxa de emprego”, avalia o economista Helder Cavalcanti.

Do total, 63% das vagas foram no setor terciário. O setor de serviços foi o que mais impulsionou a geração de empregos com um saldo de 16.422. A indústria também teve um desempenho considerável com 4.624 postos, mais que duplicando o resultado do ano passado e, junto com a construção civil (5.590), figura entre os três setores que mais geraram novos postos de trabalho de janeiro a setembro.

O estado registra a menor taxa de desemprego (9,1%) para o 2° trimestre na série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), ficando também abaixo da taxa do Nordeste (9,4%). Contudo, essa taxa está acima da média nacional para o período (6,9%) e é a terceira maior dentre os estados nordestinos, junto com Sergipe, superando apenas a Bahia (11,1%) e Pernambuco (11,5%).

Tribuna do Norte