Justina Iva lança dia 12 o livro “Estudante e Política: Estudo de Um Movimento”, que aborda o movimento estudantil no Brasil e no RN
Está confirmado para a próxima terça-feira, dia 12, o lançamento da segunda edição do livro “Estudante e Política: Estudo de Um Movimento” , que tem como autora a ex-secretária de Educação de Natal, professora Justina Iva. O evento literário acontecerá no HD Hall, em Lagoa Nova, das 16 às 20 horas.
A motivação para a concepção do livro nasceu da própria vivência de Justina no movimento estudantil secundarista e universitário dos anos 1960, uma época de efervescência política e transformação social.
“É fruto de sua pesquisa de Mestrado, defendido em 1988, buscando iluminar um período crucial da história brasileira, muitas vezes ignorado ou mal compreendido pelas gerações atuais. O livro aborda o movimento estudantil no Brasil e especificamente no Rio Grande do Norte, destacando a importância desses movimentos na construção de um país democrático”, explica a professora Daisy Vasconcelos, no prefácio da obra.
A obra de Justina também reverencia a memória de personagens que marcaram época no movimento estudantil. Entre os homenageados destacam-se:
Luiz Inácio Maranhão Filho, jornalista, professor, intelectual brilhante, sobretudo político incansável e dedicado defensor das causas do povo. Morto pela ditadura militar, foi dado como desaparecido.
Emanuel Bezerra dos Santos, ex-presidente da Casa do Estudante do RN. Altivo combatente pela liberdade, igualmente assassinado nas masmorras do regime militar:
José Silton Pinheiro Soares, líder estudantil do Atheneu Norte-rio-grandense, que encontrou a morte no DOI-CODI por se insurgir contra a brutal exploração do povo brasileiro.
Jaime Ariston de Araújo Sobrinho, lider estudantil. Participou ativa- mente no movimento estudantil no início da ditadura militar. Foi um dos líderes do movimento em prol do Restaurante Universitá- rio. Morto nos porões do DOI-CODI.
Dermi Azevedo, ex-presidente do diretório acadêmico D. Helder Câmara, do curso de Serviço Social. Após a sua prisão, em 1974, sofreu uma das piores torturas que alguém pode presenciar: viu o seu filho de apenas um ano oito meses ser torturado pelos agentes do regime militar. Jornalista e cientista político, Dermi faleceu aos 72 anos, em 2021.
O livro tem a marca da editora “Zeditora”. A revisão técnica e informações históricas são assinadas pela professora Daisy Vasconcelos, que já foi assessora de Justina e colaborou com a implementação do do “Geração Cidadã”, um programa de alfabetização de adultos.
“Tive a honra de ser sua assessora e continuamos a trabalhar juntas até 2012. Revisar e atualizar esta obra foi um prazer e um grande aprendizado para mim e, hoje, é um privilégio estar entre seus amigos mais próximos. Espero que este livro forneça aos leitores um conhecimento profundo sobre a história recente do Brasil e o papel vital dos estudantes na construção de uma nação democrática”, ressalta Dayse.
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