Ex-PM João Grandão é suspeito de escoltar carga de cigarros contrabandeados, diz delegado da Receita Federal
João Maria da Costa Peixoto, conhecido como João Grandão, é suspeito de participar da escolta de uma carga de cigarros contrabandeados apreendida em uma operação conjunta da Polícia Civil e da Receita Federal em Monte Alegre, no interior do Rio Grande do Norte, na quarta-feira (18).
O delegado da Receita Federal, Wyllo Marques, informou que João Grandão teria atirado contra os agentes de segurança durante a operação.
João Grandão foi detido após buscar atendimento no Pronto-socorro Clóvis Sarinho, no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, na mesma quarta-feira, após ter sido baleado. Ele era considerado foragido da Justiça.
A operação para apreender a carga resultou em um tiroteio, que deixou um agente da Receita Federal e um policial civil feridos, mas ambos não correm risco de morte, segundo o delegado.
Wyllo Marques explicou que o foco da Receita Federal era monitorar a carga, e não realizar uma abordagem, a qual, conforme ele, será investigada pela Polícia Civil. “É mais vantajoso para os órgãos de segurança quando conseguimos apreender um volume maior de cigarros, já que isso causa um impacto significativo ao tráfico”, destacou, mencionando que a carga apreendida valia mais de R$ 1 milhão.
RN é rota no contrabando de cigarros internacional
De acordo com o delegado, 75% dos cigarros vendidos no Rio Grande do Norte em 2023 foram contrabandeados do Paraguai. O estado é parte de uma rota internacional de tráfico. “Esses dados são baseados em estimativas seguras da indústria de cigarros no Brasil”, enfatizou.
O trajeto dos cigarros contrabandeados inicia no Paraguai, seguindo por uma rota marítima pelo Oceano Pacífico, passando pelo Canal do Panamá e chegando ao Suriname, antes de serem distribuídos para diversos estados do Nordeste.
g1 RN
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