O presidente Luiz Inácio Lula da Silva saiu em defesa do ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, alvo de ataques do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Ao discursar em evento no Mato Grosso do Sul, Lula disse que Padilha permanecerá no cargo.
“Só de teimosia, o Padilha vai ficar muito tempo nesse ministério, porque não tem ninguém melhor preparado para lidar com a diversidade dentro do Congresso Nacional que o companheiro Padilha”, disse Lula.
Na última quinta-feira, Lira havia criticado a conduta do ministro da articulação política da gestão petista. Segundo o presidente da Câmara, Padilha é seu “desafeto pessoal” e “incompetente”.
“É lamentável que integrantes do governo interessados na estabilidade da relação harmônica entre os Poderes fiquem plantando essas mentiras, essas notícias falsas que incomodam o Parlamento. E, depois, quando o Parlamento reage, acham ruim”, disse Lira na quinta-feira, 11. Lira se referia à informação de que Lira e seu aliado Elmar Nascimento, candidato à sucessão na Câmara, teriam saído enfraquecidos após o plenário da Casa manter a prisão do deputado Chiquinho Brazão (Sem partido), apontado como mandante do assassinato de Marielle Franco em 2018.
Fernando Gurgel se define como um ser urbano, um observador da vida cotidiana nas cidades. Em sua mais nova exposição, ele apresenta esse olhar apurado em uma série de 14 quadros, produzidos em acrílica sobre tela, que compõem a exposição “Corpocidade”, realizada com apoio do Governo do RN, por meio da Secretária Extraordinária de Cultura e da Fundação José Augusto (FJA). Neste sábado, na Pinacoteca do Estado, a partir das 10h, será realizada a abertura da mostra, que permanecerá em cartaz até o dia 28 de abril. A curadoria é assinada pelo crítico de arte e colecionador Manoel Onofre Neto
Aos 66 anos recém-completos, Fernando Gurgel retoma sua rotina de produção e aulas no atelier, após passar um tempo em repouso, devido a problemas de saúde. Conhecido por seu jeito reservado, ele aceita o convite da reportagem e concede entrevistas em vídeo e posa para fotos, enquanto conversa acerca do significado da exposição, sobre o seu olhar “daltônico”, como faz questão de citar.
“A série ‘Corpocidade’ reflete sobre o tempo presente, sobre o urbano, sobre o ser humano enquanto figura central desse espaço. São imagens cotidianas, extraídas das ruas, do ir e vir solitário das multidões anônimas guiadas por horas e distâncias. São cidades que residem em nós, corpo urbano habitado por mapas, arquitetura, tecnologia e tempo, a conduzir-nos a outros espaços, ao outro ou ao nada”, argumenta Fernando. Ele morou em grandes centros urbanos, como Rio de Janeiro e São Paulo, onde estudou artes e comunicação, e sempre traz consigo essas vivências.
Com DNA de artista, Fernando é filho do folclorista Deífilo Gurgel e conviveu desde cedo com grandes nomes da cultura potiguar, tendo realizado sua primeira exposição ainda criança, aos 10 anos de idade, sob as bênçãos de Newton Navarro. Desde então, tem buscado por meio da arte reafirmar sua percepção da vida urbana e do cotidiano. “As pessoas se identificam muito com esse trabalho, inclusive crianças. Elas me dizem que se veem nos quadros. Eu acho que para o artista isso é muito importante. Essa integração que o espectador faz com a obra para o artista é a finalização de um trabalho”, disse.
Fernando Gurgel participou de mostras individuais em Natal/RN, Recife/PE, Maceió/AL, Rio de Janeiro/RJ e Brasília/DF; e coletivas em diversas cidades brasileiras e no Exterior (Alemanha, Itália, Estados Unidos, Espanha e Portugal). Premiado, tem obras em importantes coleções públicas e privadas, brasileiras e internacionais.
CURADORIA – “Corpocidade foi pensada e construída por meio das linhas de um desenho formal, gráfico, estruturado em planos de cor carregados de movimentos sonoros em contraste com outros silenciosos, que relaxam o olhar e o espírito”, descreveu o crítico de arte e colecionador Manoel Onofre Neto sobre a nova série produzida por Fernando Gurgel.
Segundo ele, “o eu-lírico de Fernando se revela mais aguçadamente e reflexiona acerca da existência, do autoconhecimento e do recomeço, sem descurar de aspectos recorrentes, na contemporaneidade, como a liquidez das relações, os (des)encontros e as trajetórias efêmeras. Corpocidade é uma mostra com forte apelo autobiográfico e visceralidade poética tocante”, completa.
O presidente Lula cumpriu agenda nessa sexta-feira (12) em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul. Durante seu discurso Lula afirmou: “Eu, se pudesse, ia fazer um decreto: ‘É proibido mentir’. Quem mentir, vai ser preso”, disse Lula.
Lula seguiu e complementou: “A gente não pode viver subordinado à mentira. A gente não pode viver subordinado à maldade. A gente não pode viver subordinado à intriga”.
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