Confusões e ameaças em unidades de saúde vão parar na delegacia em Natal
A Guarda Municipal de Natal precisou atuar em duas confusões em unidades básicas de saúde nas zonas Oeste e Sul da capital potiguar na manhã desta quarta-feira (11). O primeiro caso aconteceu na UBS Ronaldo Machado, no Planalto. Um homem foi preso após ameaçar funcionários e outros pacientes da unidade com duas facas peixeiras.
De acordo com a guarda, ele já tinha comparecido ao local nessa terça-feira (10). “Desde ontem ele comparece à UBS portando facas na cintura, ameaçando os funcionários e outros pacientes. Hoje, os funcionários, sem suportar a situação, detiveram ele no local e acionaram a viatura. Conduzimos ele para a Central de Flagrantes”, contou um agente da guarda.
O diretor da unidade deu mais detalhes do caso. “De fato, ele nos procurou para atendimento de oftalmologia. Foi informado que oftalmologia é no Walfredo. Esclarecemos, mas ele saiu dizendo que queria ser atendido de todas as formas. Ele saiu da unidade e riscou a parede e o portão com a faca”, relatou Sandro Soares.
Na delegacia, o delegado pontuou que o homem cometeu diversos crimes. “Dano ao patrimônio público, ameaça, desacato ao diretor chamando palavrões. Ele resistiu à prisão e teve de ser dominado. Dois funcionários caíram com ele no chão. Ele também cometeu o crime de desobediência, pois foi mandado ele entregar as facas e ele não entregou”, explicou.
Por causa dos diversos crimes, ele vai ficar preso na Central de Flagrantes e deve passar por audiência de custódia. “Devido à somatória dos crimes, não vai ser arbitrada a fiança. Vai dormir aqui, vai ser nosso convidada”, completou.
UBS Satélite
O segundo caso aconteceu na Unidade Pronto Atendimento (UPA) de Cidade Satélite, na zona Sul de Natal. Um paciente, de 29 anos, acabou preso. De acordo com a Guarda Municipal, o homem desacatou e danificou uma porta da sala de raio X da unidade. “A gente foi acionado pelo Ciosp, pelo 190. Um cidadão estava brigando, ameaçando funcionários, agrediu um funcionário e quebrou uma porta de zinco”, disse um agente da GMN.
Um funcionário da UPA, que foi agredido, falou sobre a situação. “Teve uma hora que ele surtou devido às dores e, infelizmente, chegou a me agredir. O pessoal da segurança fez a contenção enquanto a guarda chegava. Ele estava sendo atendido. Devido ao momento de estresse, de dor, perdeu a cabeça e quebrou uma das portas da unidade”, contou.
O suspeito negou as versões apresentadas pela Guarda Municipal e pelo trabalhador da UPA. “A história não foi bem como falaram. Eu fui tomar meu medicamento. Eu muito nervoso e alterado, aí chamaram o segurança para mim. Vieram quatro ou cinco camaradas para cima de mim desnecessariamente, com abuso de autoridade, me enforcando. Acabou quebrando uma porta. Foi aquele camarada que acabou de falar. Quando ele me deu o mata leão quebrou a porta. Foi só um pedacinho”, afirmou.
“Não era nem para a gente estar aqui. Ele vai ter que pagar meu celular. Ele quebrou meu celular. Eu não sou bandido, eu sou trabalhador. Eu ia tomar medicação para dor de cálculo renal. Cheguei com muita dor, quase morrendo. Eu reclamei e saí como errado”, encerrou.
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