“Se você olhar por baixo, se arrepia”, afirma superintendente do DNIT sobre Ponte de Igapó
As obras de restauração da Ponte de Igapó, em Natal, já eram necessárias muito antes da explosão de uma bomba durante os ataques criminosos de março. Tanto é verdade que a licitação para escolher a empresa responsável pela elaboração dos projetos e execução dos serviços ocorreu em 2021. É o que afirmou Getúlio Batista, superintendente do DNIT, em entrevista à 98 FM na noite desta quinta-feira (14).
Segundo Getúlio, há pelo menos dois anos o DNIT tem a avaliação de que uma ampla intervenção é necessária na Ponte de Igapó. Ele diz que a ponte está na classificação de risco 2 – em uma escala de 4 a 1, na qual quanto menor o número, maior o grau de comprometimento da estrutura.
“Para quem não sabe, existem graus de risco. Estamos no 2. Se chegasse no 1, eu ia ter que abrir uma emergencial. É decrescente (a escala). Hoje é 2”, afirmou o superintendente.
Ao defender a realização das obras, Getúlio afirmou, ainda, que a ponte está muito deteriorada. “Se você olhar as fotos por baixo da ponte, você se arrepia e diz que não vai passar mais lá, por cima daquela ponte”, destacou.
Desde terça-feira (12), a ponte está interditada no sentido da Zona Norte para o Centro, para a primeira etapa das obras de restauração. O sentido oposto está funcionando como mão dupla.
Ao todo, a obra está orçada em R$ 20,8 milhões e prevê a restauração completa da ponte. A empresa vencedora da licitação foi a Jatobeton Engenharia Ltda., sediada em Recife (PE). A contratação aconteceu no modelo de Regime Diferenciado de Contratação Integrada (RDC-I). Nesse modelo, uma empresa vence a licitação tanto para elaborar o projeto quanto para executar a obra propriamente dita.
Portal 98 FM
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