O número de estupros disparou no Rio Grande do Norte e colocou o estado entre os três maiores aumentos percentuais do Brasil, conforme dados que estão no mapeamento do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta quinta-feira (20).
Segundo o levantamento, o índice no RN passou de 696 para 881, em 2022, o que significou um aumento de 26,2%. O estado potiguar fica atrás apenas do Amazonas, que aumentou de 603 para 836 (37,3%), e de Roraima, que cresceu de 553 para 726 (28,1%).
O estudo também analisou dados de tentativas de estupro. De 2021 para 2022, o número aumentou de 4.482 para 4.639, ou seja, 3% Casos de assédio sexual também tiveram acréscimo: 48,7%.
O mapeamento apontou que seis em cada dez vítimas têm entre 0 e 13 anos, e foram abusadas principalmente por familiares ou outros conhecidos. Um número chocante é que cerca de 8 a cada 10 vítimas de violência sexual eram menores de idade. Em, mais de 60% ds casos, a pessoa abusada tinha, no máximo, 13 anos.
Na faixa que vai de 14 a 17 anos, a maior parte dos estupros ainda é de vulnerável, em situações em que a vítima, por qualquer razão, não é capaz de oferecer resistência.
O Programa Estadual de Vigilância e Controle dos Acidentes por Animais Peçonhentos, da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) divulgou o Boletim Epidemiológico dos Acidentes por Animais Peçonhentos no Rio Grande do Norte. No Brasil são registrados mais de 100 mil acidentes e quase 200 óbitos por ano, decorrentes dos diferentes tipos de envenenamento.
Os acidentes com animais peçonhentos como serpentes, aranhas, escorpiões, lagartas e abelhas, são frequentes e podem resultar em quadros de saúde graves, podendo levar à morte, por isso o conhecimento sobre eles é de grande importância para a saúde pública.
No RN, nos seis primeiros meses de 2023 foram registrados 3.524 acidentes por animais peçonhentos, sendo 2.069 por escorpiões, 1.006 por abelhas, 270 por serpentes, 150 por aranhas e 29 envolvendo lagartas. Esse tipo de acidente representa o terceiro agravo em número de notificações no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) do Ministério da Saúde. Vale ressaltar que 71,42% aconteceram na zona urbana, sendo a maioria provocada por escorpiões. Na zona rural ocorreram 28% das notificações, com predominância dos acidentes por abelhas, escorpiões e serpentes.
A divulgação do boletim é importante para a população e profissionais de saúde, que terão conhecimento da realidade desses casos e terá, nas informações fornecidas, um referencial de como agir diante dessas ocorrências. A enfermeira e responsável técnica pelo Programa de Vigilância em Acidentes por Animais Peçonhentos, Hércia Mariz, explica que o boletim será uma ferramenta importante para o conhecimento da população e dos profissionais de saúde. “Pretendemos fazer uma divulgação em todas as Unidades Regionais de Saúde Pública (URSAP’s) com o objetivo de reduzir o número de ocorrências através da informação qualificada sobre como agir diante desses acidentes”, ressalta.
O documento está disponibilizado no site da Sesap (www.saude.rn.gov.br) e contém informações completas, com dados analisados de acordo com o grupo animal, a região de ocorrência, sexo e faixa etária dos pacientes. Apresenta a análise da utilização dos soros antivenenos no estado, além de orientações sobre o que fazer em caso de acidente. O boletim contém manuais de diagnóstico e tratamento, controle de escorpiões, e o Manual Educativo de Serpentes da Caatinga: Prevenir, sim; matar, não!
RN conta com unidades de referência para atendimento a vítimas de animais peçonhentos
Atualmente o RN dispõe de cinco hospitais de referência às vítimas desses acidentes, são eles: Hospital Giselda Trigueiro e Hospital Pediátrico Maria Alice Fernandes, em Natal; Hospital Regional Tarcísio de Vasconcelos Maia, em Mossoró; Hospital Regional do Seridó Telecila Freitas Fontes, em Caicó; e Hospital Regional Dr. Cleodon Carlos de Andrade, em Pau dos Ferros. Em 2023 já foram necessárias 60 ampolas de soro antiescorpiônico, 726 ampolas de soro antiofídico e 6 ampolas de soro antiaracnídico.
RN dispõe de Centro de Informação Toxicológica 24 horas
O Centro de Informação Toxicológica Grande do Norte – CEATOX/RN, atende frequentemente casos de intoxicações, incluindo aqueles ocasionados pelo veneno dos animais peçonhentos.
O serviço está disponível aos profissionais e serviços de saúde, bem como à população em geral, proporcionando orientações, via telefone, em qualquer situação de envenenamento, bem como direcionando o paciente para o hospital de referência mais próximo para prosseguir com o atendimento necessário e oportuno de cada caso. Este serviço funciona em regime de plantão permanente 24h por meio dos números: 0800 2817005 / 3232-4295 / 98125-1247 / 98803-4140 (WhatsApp).
A Justiça Federal determinou bloqueio judicial para garantir o pagamento dos serviços em leitos de UTIs prestados ao Estado no mês de abril de 2023. Três unidades hospitalares estavam sem receber o pagamento. A decisão judicial determinou o bloqueio das contas do Governo do Estado no valor total de R$ 3.120.406,61. O pedido foi feito através do Processo Nº 0802798-75.2019.4.05.8400.
A decisão foi assinada pela Juíza Federal, Gisele Leite, da 4ª Vara Federal, conforme previsto nos contratos assinados com o Hospital Wilson Rosado (Mossoró) e os Hospitais Memorial e Rio Grande (Natal).
A determinação judicial foi baseada no Protocolo de Pedido Incidental de Bloqueio de Valores, apresentado na Ação Civil Pública, movida pelo Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte – CREMERN, para garantia da manutenção dos leitos de UTIs no Estado. O protocolo permite aos prestadores dos serviços contratualizados o pedido de bloqueio de valores para pagamentos dos serviços em UTIs por força de decisão judicial proferida na ação, decisão essa registrada na ata da audiência realizada em dia 15 de março de 2019, no processo Nº 0004715-12.2012.4.05.8400.
Mais de 95% das pessoas que participaram do São João 2023 nos municípios de Assú e Mossoró pretendem voltar para as edições do ano que vem. A informação é resultado de pesquisa realizada pelo Instituto Fecomércio (IFC), que mapeou o perfil dos participantes e a percepção dos empresários. De acordo com o estudo, apresentações musicais e atrações gratuitas foram alguns dos aspectos que receberam avaliações positivas do público.
O movimento gerado pelos eventos também agradou a maior parte dos empresários, que declararam ter faturado mais do que nas edições de 2022. Para 78% dos negócios de Assú, o volume de vendas foi melhor ou igual ao de 2022. Em Mossoró, 74,7% dos empresários afirmaram que o evento junino teve um impacto positivo nos negócios.
Em Assú, foram movimentados R$ 84 milhões, um aumento de 16,2% em relação a 2022; já na capital do Oeste o montante chegou a R$ 291,8 milhões, 103,5% acima no valor do ano passado.
“Esse saldo positivo também se deve muito ao trabalho de planejamento dos comerciantes, que se prepararam bastante para aproveitar o movimento gerado pelos eventos relacionados ao São João. Em Mossoró, por exemplo, os negócios investiram 30% mais, principalmente em estoque, variedade de itens, funcionários e outras melhorias – em relação ao mesmo período do ano passado”, afirmou o presidente da Fecomércio RN, Marcelo Queiroz.
Em Assú, durante o mês de junho, o Instituto Fecomércio entrevistou um total de 200 empreendedores e 550 participantes. No mesmo período, em Mossoró, 253 empreendedores e 654 participantes foram ouvidos. O nível de confiança de ambas as pesquisas é de 95% com margem de erro de três pontos percentuais.
São João de Assú
O levantamento do Instituto Fecomércio (IFC) constatou que mais da metade (57,1%) das pessoas que aproveitaram da programação do São João de Assú não é residente do município. Os turistas que participaram do São João mais antigo do mundo viajaram de outras cidades do Rio Grande do Norte, principalmente Assú (42,9%) e Natal (12,9%). Também foi registrada a presença de visitantes de outros 16 estados.
Além disso, de acordo com a pesquisa, a maior parte das 407 mil pessoas que participaram do São João de Assú se informaram sobre o evento através das redes sociais (66,5%) e decidiram participar por causa da programação de atrações gratuitas (44,5%) – como festas e shows musicais, por exemplo.
O movimento de moradores e turistas teve uma influência positiva para pelo menos 68,5% dos empresários da região Oeste, principalmente de setores como hotelaria (100%) e vestuário (95,7%). Mais de 70% dos negócios locais não sentiram a necessidade de aumentar o quadro de funcionários, mas se prepararam para o evento investindo na variedade de itens oferecidos (49%) e na ampliação do estoque (46,5%).
Os números foram apresentadas pelo diretor de Inovação e Competitividade da Fecomércio RN, Luciano Kleiber, ao prefeito Gustavo Soares, com a presença do presidente do Sindivarejo Assú, Francisco de Assis Barbosa, na terça-feira (18).
Mossoró Cidade Junina
Diferente do que foi apurado em Assú, a maior parte das pessoas que participaram da programação do São João de Mossoró mora no munícipio (50,8%). A maioria pertence ao sexo masculino (56,1%), possui ensino superior completo (55,8%), recebe de 2 a 5 salários mínimos por mês (53,2%); e decidiu participar por já conhecer a festa (33,8%) e para aproveitar as atividades gratuitas e atrações musicais (32,4%).
O evento atraiu um total de quase 1,3 milhão de pessoas, das quais 49,8% eram visitantes de outros estados ou municípios. Os turistas saíram principalmente da cidade de Fortaleza (19,3%), que levou mais pessoas para o São João de Mossoró do que Natal (12,4%).
De acordo com os dados do levantamento, os turistas gastaram uma média de R$ 333,59 por dia – um aumento de 40,6% em relação ao valor registrado no evento de 2022, quando o gasto médio individual foi de R$ 237,29. Esse aumento também foi percebido no faturamento dos empresários locais, que venderam mais no São João deste ano (55%) e afirmaram que o movimento gerado pela festa atendeu ou superou as expectativas (94,9%).
O prefeito Alysson Bezerra recebeu os números da pesquisa nesta quarta-feira (19), em reunião no Palácio da Resistência, com a presença do presidente do Sindilojas Mossoró, Michelson Frota. O levantamento também foi apresentado pelo diretor Luciano Kleiber.
O Comando de Policiamento Rodoviário Estadual (CPRE), por meio da Seção Lei Seca, realizou, na noite de quarta-feira e início da madrugada desta quinta-feira (20), mais uma operação com os objetivos de coibir a sinistralidade, como também de garantir a paz pública.
As barreiras foram montadas na Avenida Hermes da Fonseca, como também nos bairros do Alecrim e Petrópolis, culminando com a autuação de 22 (vinte e dois) condutores por dirigir sob a influência de álcool.
Os infratores pagarão multa no valor de R$ 2.934,70, além da suspensão do direito de dirigir por um período de 01(um) ano.
O Instituto Técnico-Científico de Perícia (ITEP) ainda não tem confirmação se o incêndio que atingiu um galpão de veículos em Parnamirim, na Grande Natal, é criminoso. De acordo com a assessoria, ainda deve demorar aproximadamente 10 dias para emissão do laudo que trará luz sobre o que exatamente provocou o incêndio. Enquanto isso, o instituto deve retornar ao local para fazer mais análises. A Polícia Civil também não concluiu o inquérito e não tem novas notícias sobre o caso no momento.
O caso aconteceu na manhã desta quarta-feira (19), em que um incêndio destruiu 26 veículos off road. Conforme noticiado anteriormente pela TRIBUNAD DO NORTE, a Polícia Civil está apurando o fato e um ex-funcionário é suspeito de causar a destruição, que tem prejuízo estimado em pelo menos R$ 3,5 milhões.
O incêndio no galpão começou às 6h30, de acordo com o Corpo de Bombeiros. O caso aconteceu na rua Eliza Branco, próximo ao Parque das Nações. As informações preliminares são de que nem o proprietário do pátio nem os veículos possuíam seguro contra esse tipo de sinistro.
Ao menos três brasileiros foram vítimas de golpe a cada minuto em 2022, ano em que o País apresentou aumento de 37,9% nos casos de estelionato. Ao todo, 1,82 milhão de registros foram feitos em todo o Brasil. Proporcionalmente, o maior salto foi entre os golpes por meio eletrônico: mais de 200 mil registros de vítimas desse tipo de crime no País, aumento de 65,2% ante o ano anterior. Seis Estados não disponibilizaram esses dados: Bahia, Ceará, Rio, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e São Paulo.
Os dados fazem parte do Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), e se baseiam em números oficiais de secretarias estaduais e de outros órgãos de segurança. O levantamento foi divulgado nesta quinta-feira, 20.
Para especialistas, o aumento de usuários de plataformas digitais, como as de bancos e de aplicativos de mensagem, e a facilidade na prática desses crimes têm impulsionado esses casos nos últimos anos. A tendência ganhou força na pandemia. Esses delitos, afirmam, são mais vantajosos para os bandidos do que roubos, por exemplo, uma vez que não precisam envolver violência.
Os Estados do Rio de Janeiro e de São Paulo foram os que apresentaram os maiores crescimentos. No Rio, o total de golpes saiu de 71.145 casos em 2021, para 123.841 no ano passado, o que representa aumento de 74%. São Paulo, por sua vez, viu o índice aumentar 66,1% de um ano para outro. No Estado, 638.629 pessoas foram alvos de estelionato em 2022.
Quando são considerados os crimes de estelionato em relação ao total da população, a maior incidência de golpes foi registrada no Distrito Federal, em São Paulo e em Santa Catarina. Já os Estados da Paraíba, do Maranhão e do Amazonas têm as menores taxas do País.
Estelionato Maiores taxas por 100 mil habitantes
Distrito Federal – 1.832,3 São Paulo – 1.437,7 Santa Catarina – 1.249,7 Paraná – 1.172,3 Amapá – 1.035,6
Para Samira Bueno, diretora executiva do Fórum, um ponto que chama atenção é que os roubos, de modo geral, têm apresentado queda. “Roubo a transeunte, a residência, de carga, a estabelecimento comercial: estão todos caindo. Houve crescimento de roubos de veículo e de celular, mas são crimes que estão voltando a tendências pré-pandemia”, diz.
Segundo ela, tem ocorrido uma substituição dos crimes patrimoniais, com a explosão de estelionatos. “É visto como aquele ‘crime que compensa’, pois é visto como muito fácil, uma vez que, em tese, não supõe violência.”
A pesquisadora aponta ainda que houve uma espécie de “profissionalização do estelionato” nos últimos anos, com os criminosos mapeando quem são as vítimas mais vulneráveis (idosos, por exemplo) e diversificando as narrativas para enganá-las.
“Além disso, é muito difícil para a polícia investigar. Em grande medida, não há nem preparo das forças policiais para lidar, inclusive por conta da velocidade com que esses crimes estão crescendo. As habilidades que você espera para um policial trabalhar com esse tipo de crime não são as mesmas que, em geral, repassadas nas academias de polícia.”
As habilidades que você espera para um policial trabalhar com esse tipo de crime não são as mesmas que, em geral, são repassadas nas academias de polícia.
Segundo ela, além dos obstáculos de investigação, também há dificuldades para a punição. “Os estelionatos, especialmente aqueles que se dão através de redes sociais, aplicativos e afins, são um dos grandes desafios do mundo, não só do Brasil”, diz.
Ela destaca que, de 2018 para cá, houve 326% de crescimento desse tipo de crime. Em 15 anos acompanhando índices de criminalidade no Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a pesquisadora diz ser um movimento inédito.
“Nunca vi nenhum crime com uma tendência parecida. Quando se olha a curva de crescimento, não há crime que tenhamos monitorado com uma tendência parecida. Realmente é algo que precisamos entender, estudar melhor e preparar melhor as forças policiais e o sistema de Justiça. É um crime que veio para ficar.”
Quando se olha a curva de crescimento, não há nenhum crime que a gente tenha monitorado que tenha tendência parecida com essa.
Crime eletrônico
Segundo o Anuário, estelionatos por meio eletrônico aumentaram em quase dois terços no Brasil. Em 2021, um total de 120.470 brasileiros foi vítima desse tipo de crime. No ano passado, os registros chegaram a 200.322.
Dois Estados contribuíram de forma alarmante para o aumento. Em Roraima, os registros de estelionato por meio eletrônico se multiplicarem mais de dez vezes – alta de 1.155,1% em 2022 ante o ano anterior. Goiás veio logo atrás, com 1.207,2% a mais de um ano para outro.
Estelionato eletrônico Maiores taxas por 100 mil habitantes
Santa Catarina – 844,1 Distrito Federal – 553,1 Espírito Santo – 398,5 Rondônia – 375,2 Mato Grosso – 252,9 Menores taxas por 100 mil habitantes
A comparação, porém, só pode ser feita entre 21 das 27 unidades da federação. Isso porque seis Estados não disponibilizaram esses dados: Bahia, Ceará, Rio, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e São Paulo. A fraude eletrônica passou a ser tipificada no Código Penal só em 2021.
A servidora pública aposentada Olga Soares, de Belo Horizonte, foi uma das vítimas de golpe. Em maio, transferiu R$ 3.250 a pedido da filha, médica, que havia solicitado a ajuda supostamente para pagar o aluguel do consultório. “Mãe, salva o meu novo número de trabalho”, apontava a mensagem.
Só horas depois, a mãe perceberia que a mensagem, típica de golpes dessa natureza, não vinha realmente de quem dizia ser. “Ela me questionou por que eu estava perguntando isso (da transferência), foi quando comecei a perceber. Eu tinha caído num golpe. Alguém hackeou o celular da minha filha e se passou por ela. E ainda viu o histórico de mensagens para conversar comigo como se fosse ela realmente, abordando o assunto do aluguel”, relembra.
“Eu me senti invadida, deprimida e revoltada. Como tem pessoas usando a inteligência para o mal!. E isso continua acontecendo com frequência, todo mundo tem um caso para contar”, lamenta ela.
Como se proteger
Ao longo dos últimos meses, o Estadão tem mostrado que fraudes eletrônicas se tornaram cada vez mais sofisticadas, o que ajuda a explicar a disparada de casos de estelionato. A conta não inclui o ‘golpe do amor’ ou parte dos ‘golpes do pix’, que por vezes são tipificados como roubo convencional ou até mesmo sequestro.
Entre os crimes de estelionato eletrônico está o que a Polícia Federal e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) chamam de ‘golpe da mão fantasma’. Nele, os criminosos induzem a vítima a instalar um software que dá acesso ao celular. A partir daí, os fraudadores vasculham o aparelho, encontram senhas e utilizam o próprio aplicativo do banco para transferir valores ou fazer pagamentos.
Sequestro de contas de WhatsApp, clonagem de números e outras fraudes utilizando aplicativos de trocas de mensagens também são cada vez mais comuns.
Saiba como se proteger:
Nunca passe dados pessoais ou clique em links suspeitos; Nunca forneça acesso ao seu celular ou instale aplicativos que você não conheça. Além disso, baixe apps somente de lojas oficiais; Altere senhas de sites, aplicativos de bancos, e-mails e outros com frequência; Utilize sempre que possível a autenticação em dois fatores.
Adepta do forró pé-de-serra autêntico, a cantora seridoense Deusa Nordestina do Forró está indo cada vez mais longe com sua música de raiz: ela vai representar o Rio Grande do Norte no 21º Festival Nacional de Forró de Itaúnas (Fenfit), nos dias 20 e 21 de julho, no Espírito Santo. Deusa integrará o projeto “Maria Forrozeira”, que reunirá nomes estrelados do gênero, como Lucy Alves, Falamansa, Assisão, Trio Dona Zefa, entre outros. O Fenfit é considerado o maior evento de forró fora do Nordeste, sendo uma vitrine nacional para os artistas.
Deusa foi convidada para o evento pela cantora Thaís Nogueira, irmã do sanfoneiro Mestrinho. “Eu estou honrada com o convite, e também muito ansiosa para me apresentar. Esse vai ser um show diferente pra mim, pois Itaúnas virou o epicentro forrozeiro do sudeste, e é uma cidade turística. Vai ter músico de todo Brasil, e eu poderei participar com minha presença nordestina real”, afirma.
A artista nascida em Acari, com 35 anos de estrada dedicada ao forró, ressalta que, no palco, vai além do canto. “Além de cantar as músicas, eu também tento transmitir as vivências do povo nordestino. Minha voz é meu documento”, diz. Deusa despontou na cena forrozeira como integrante do grupo As Potiguaras, composto apenas por mulheres, o que chamava bastante atenção na época.
Em 2009, Deusa formou seu próprio grupo feminino de forró, As Nordestinas. E a partir de 2018 iniciou sua carreira solo, com uma banda mais enxuta, e mais liberdade para fazer as coisas do seu jeito. No palco, a artista canta, dança e toca triângulo, um dos instrumentos mais difíceis do forró pé-de-serra. Deusa acredita que sua performance é um diferencial importante enquanto forrozeira.
Tradicional e moderna
Apesar de ser uma defensora ferrenha do forró tradicional, Deusa afirma que não gosta de estereótipos. “Eu não curto me fantasiar de Maria Bonita nos shows. Minhas referências visuais são outras, como Elba Ramalho, Ivete Sangalo e até a Beyoncé. A gente precisa lembrar que está no século 21, não em 1950. Eu canto pé-de-serra sim, mas de uma forma diferenciada”, afirma.
Nascida Iranilda Albuquerque, Deusa já tem três discos lançados – “Diferentes das iguais”, “Apego ao sertão” e “Bulir com tu” – nos quais faz questão de exaltar suas influências de Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Jackson do Pandeiro, Jorge de Altinho, entre outros. Em 2022 Deusa lançou o EP “Gente de Marinês”, produzido pelo filho da própria Marinês (1935-2007).
Graças à tecnologia, a cantora potiguar pôde dividir uma música com a musa pernambucana. “Eu fiquei maravilhada com o resultado. Realizei um sonho, mesmo que não tenha acontecido de verdade”, diz. Deusa conta que já recebeu propostas para “modernizar” sua música, mas recusou todas elas. “Não sei se por isso me apresento mais fora que dentro do meu estado, mas nunca abrirei mão do meu jeito de fazer forró”, conclui.
Em agosto, nos dias 11 e 12, em Brasília, Deusa participará de shows na cidade, incluindo o Arraial do Sinpro, do Sindicato dos Professores do Distrito Federal, cuja programação terá Geraldo Azevedo, entre outros.
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