UFRN cassa título de doutorado da reitora da Ufersa por causa de plágio
A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) cassou o título de doutorado da professora Ludimlla Oliveira, atual reitora da Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa), por constatação de plágio na tese de conclusão da pós-graduação dela na área de arquitetura e urbanismo.
A professora foi nomeada para o cargo de reitora da Ufersa em agosto de 2020 pelo então presidente Jair Bolsonaro. O processo administrativo na UFRN foi aberto no mesmo ano, em novembro, após denúncia feita à ouvidoria da universidade.
Já a decisão sobre a cassação foi assinada pelo reitor da UFRN, José Daniel Diniz, nesta sexta-feira (2).
“A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) recebeu manifestação na Ouvidoria e realizou os encaminhamentos necessários. O processo foi finalizado com a decisão, que acompanha o relatório conclusivo da Comissão de Processo Administrativo, após parecer da Procuradoria Federal”, informou a instituição
Em nota, enviada ao g1, Ludimilla negou o plágio. “Nunca plagiei nada na minha vida, quiçá um doutorado em que fui primeiro lugar no ingresso, tirei nota A em todas as disciplinas e A sem ressalvas na tese. Então, a verdade será o caminho das veredas da justiça humana e de Deus. Afirmo que todas às providências foram tomadas e agora é aguardar”, declarou.
A tese de Ludimilla foi apresentada em 2011 ao Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo-PPGAU/UFRN.
Segundo a decisão do reitor, a comissão formada na universidade para apurar a denúncia identificou “pelo menos 30 fragmentos de textos transcritos de outros documentos sem menções a devida fonte, contendo também trechos textuais sendo apresentados como citações diretas e indiretas, mas sem a devida e correta citação no corpo do texto”.
A comissão considerou que Ludimilla incorreu na falta descrita no Regimento da UFRN como “prática de atos incompatíveis com o decoro ou a dignidade da vida universitária” e recomendou a cassação do título. A procuradoria federal também deu parecer favorável à medida.
A Ufersa ainda não se manisfestou sobre a continuidade da professora no cargo.
Com informações de G1 RN
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