Governo do RN anuncia que vai pagar reajuste para professores no sábado, mesmo com categoria ainda em greve
O Governo do Rio Grande do Norte vai iniciar no próximo sábado (15) a implantação do reajuste salarial de 2023 para professores da rede estadual de ensino, apesar de a categoria ainda não ter aceitado a proposta da gestão estadual para o aumento e permanecer em greve.
No sábado, vão receber o reajuste todos os professores que ganham abaixo de R$ 4.420,55 (valor do novo piso salarial, definido pelo Ministério da Educação). Serão feitos reajustes em valores variados, de acordo com a faixa salarial, de modo que nenhum professor vai ganhar abaixo desse valor. Também será pago – para esses educadores – o retroativo a janeiro.
Os professores estão em greve desde 7 de março, para cobrar a implantação do novo piso e reajuste de 14,95% para quem ganha acima desse valor. Nesta terça-feira (11), a categoria fez um protesto nas imediações do shopping Midway Mall e depois saiu em caminhada até o Centro Administrativo, em Natal. No local, eles receberam um ofício da secretária de Educação, Socorro Batista, informando do início da implantação do aumento no sábado.
Em assembleia no último dia 4 de abril, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte-RN) propôs ao governo que o pagamento do reajuste seja feito em no máximo três parcelas até setembro. Além disso, a categoria exige que o retroativo a janeiro seja pago ainda dentro de 2023, para toda a classe. Essa proposta foi rejeitada pelo governo nesta terça-feira.
Já o governo apresentou sua última proposta em 28 de março e diz que é o máximo que pode pagar. O governo propõe pagar o reajuste de maneira fracionada ao longo de 2023. A primeira parcela, de 7,21%, seria paga em maio; depois 3,61% em novembro; e 3,49% em dezembro. Quanto ao retroativo, a proposta segue sendo pagar em oito parcelas em 2024. Em abril, só receberiam o aumento aqueles que recebem abaixo do novo piso.
Uma nova assembleia do Sinte-RN será realizada nesta quarta-feira 12, no clube Albatroz, perto da Praça Cívica, para avaliar se a greve continua ou não.
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