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Categoria: abril 7, 2023

Governo estuda criar disque denúncia contra violência nas escolas

FOTO: DIVULGAÇÃO

A primeira reunião do grupo de trabalho interministerial criado para propor políticas públicas de prevenção e enfrentamento da violência nas escolas foi realizada na manhã dessa quinta-feira (6), na sede do Ministério da Educação (MEC).

A reunião ocorreu um dia após o ataque à creche privada Cantinho Bom Pastor, em Blumenau (SC), em que quatro crianças morreram.

Após a reunião do grupo, em Brasília, os ministros anunciaram, em coletiva à imprensa, que foram discutidas ações imediatas e outras a serem adotadas em médio e longo prazos para combater o problema.

Primeiras propostas

De acordo com o ministro da Educação, Camilo Santana, que coordena o grupo de trabalho, a primeira proposta é a criação de um disque denúncia – um canal telefônico direto e específico para relatos de casos suspeitos de ataques a instituições de ensino.

“É importante as pessoas se anteciparem, se notarem um episódio suspeito em relação a um colega de sala de aula, a alguma pessoa na rua, no bairro. Então, queremos ver a viabilidade de criar esse canal de denúncia de violências nas escolas o mais rápido possível e ter esse canal mais ágil”, destacou Camilo Santana.

A proposta é que o novo serviço funcione nos moldes de duas centrais telefônicas do governo federal: o Disque 100, coordenado pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, e o Ligue 180, coordenado pelo Ministério das Mulheres.

O governo federal também vai elaborar um protocolo de emergência para orientar as escolas públicas e privadas e os profissionais de educação sobre como agir em caso de novos ataques.

O ministro da Educação disse que, em outra frente, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, que já vinha fazendo um trabalho de combate ao ódio, à intolerância e à radicalização de grupos, agora, deve antecipar o relatório que que trata especificamente desta questão vivida no ambiente escolar.

Pelo MEC, o governo federal ainda pretende destinar recursos financeiros ao Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), gerido pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para repassar recursos para mediação de conflitos dentro das unidades escolares.

“Vamos repassar recursos às escolas para que construam ações e círculos de cultura de paz com os alunos. A gente pode formar e qualificar nossos diretores e professores”, disse o ministro.

O ministro da Educação vai encomendar um mapeamento nacional sobre violência nas escolas. Outra ação que deve ser lançada em breve pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva é a ampliação da oferta do ensino em tempo integral a crianças e jovens.

No campo da saúde, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, apontou que o Programa Saúde na Escola, de 2003, deve ser reforçado para melhorar a atenção psicossocial dentro do ambiente escolar, com prevenção e atenção à saúde mental de estudantes e profissionais da educação. “Queremos fortalecê-lo em uma visão abrangente de promoção, de prevenção [à violência] e trabalhar com foco na juventude”, disse a ministra, lembrando que a violência é considerada um problema de saúde pública desde a década de 1980.

Na área da cultura, editais devem ser lançados para promover a cultura da paz dentro das escolas. Outra proposta apresentada foi o lançamento de uma campanha de esclarecimento, ainda sem data definida. “A Secretaria de Comunicação Social [da Presidência da República] vai discutir o formato da campanha porque isso envolve questões das redes sociais”, explicou Camilo Santana.

A Secretaria Nacional de Juventude, da Secretaria-Geral da Presidência da República, pretende realizar caravanas pela paz em todo o território nacional para acolhimento dos jovens, em parceria com entidades estudantis.

No Ministério da Justiça e Segurança Pública, o trabalho de inteligência nas redes sociais, com foco na chamadas deep e dark web, deve monitorar discussões sobre planejamento de novos ataques criminosos.

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo, convidou a imprensa para aderir a pacto no sentido de não dar visibilidade a assassinos que atacam escolas para que estes não sejam cultuados como celebridades nas redes sociais.

“É importante que a imprensa ajude com protocolos, como tem em outros países, quando acontece esse tipo de situação. Que esse cidadão não sirva de exemplo de herói a outras pessoas na internet. Nós sabemos que tem grupos de pessoas que se alimentam desse tipo de situação. Então, vocês [da imprensa] podem também ajudar não dando visibilidade a esse cidadão para não influenciar outras pessoas a cometerem esse tipo de atrocidade.”

Próximos passos

O grupo de trabalho interministerial foi criado por decreto presidencial (nº 11.469), publicado em edição extra do Diário Oficial da União, nesta quarta-feira (5).

Pelo documento, o relatório final dos trabalhos do grupo interministerial dever ser apresentado em 180 dias, após a primeira reunião. Mas o prazo poderá ser prorrogado. O ministro Camilo Santana antecipou que um primeiro relatório com propostas será divulgado ao público em 90 dias.

Participaram deste primeiro encontro, no MEC, os ministros da Educação, Camilo Santana; da Saúde, Nísia Trindade; do Esporte, Ana Moser; dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida (este por videoconferência); além de representantes dos ministérios da Justiça; da Cultura; da Secretaria-Geral, Secretaria Nacional de Juventude; Secretaria de Comunicação Social; e da Secretaria Especial de Articulação e Monitoramento da Presidência da República.

No encontro desta quinta-feira, foram definidas as equipes dos ministérios do grupo que vão participar das reuniões setoriais, a partir da próxima semana.

Pelo calendário de trabalho estabelecido, uma vez por mês, os ministros vão se reunir para tomar conhecimento das discussões em andamento.

Nos próximos encontros, o grupo vai abrir espaço a representantes de instituições de ensino superior e também quer ouvir entidades da sociedade civil, especialistas, representantes dos governos municipais e estaduais que contribuam para discutir a erradicação do ódio e intolerância nas instituições de ensino.

Para o ministro Márcio Macêdo, o envolvimento de todos é fundamental para ações conjuntas efetivas. “Nós, do governo federal, os governos dos estados, municipais, a sociedade civil. É importante também frisar que as instituições de ensino privado também precisam cumprir o seu papel. Assim como o Congresso Nacional, que precisa tratar do tema com legislação.”

Solidariedade a Blumenau

O ministro da Secretaria-Geral disse à imprensa que o presidente Lula está consternado com as mortes das quatro crianças, ocorridas na quarta-feira, em uma creche privada, em Blumenau. Segundo ele, o presidente acompanha pessoalmente a situação. “Queremos externar toda a nossa solidariedade às famílias que perderam suas crianças, seus amigos, aos habitantes de Blumenau que viveram essa tragédia. Da nossa parte, contem com a nossa solidariedade e o nosso tempo para que isso não aconteça mais, que a dor dessas famílias seja amenizada.”

Os ministros disseram que não há previsão de visitas de integrantes do governo federal à cidade catarinense, neste momento. “O governo federal está à disposição e respeita a situação das famílias [das vítimas]. Da nossa parte, vamos tomar as providências que estão sob jurisdição e missão do governo federal”, reforçou o ministro Márcio Macêdo.

O ministro Camilo Santana declarou que esteve em contato direto com as autoridades locais. “Liguei para o governador de Santa Catarina, estava ao lado do prefeito de Blumenau e coloquei à disposição não só o Ministério da Educação, mas o governo federal para apoio necessário nesse episódio.”

A tragédia também foi tratada como prioridade pela ministra da Saúde, Nísia Trindade. “Entramos em contato com a coordenação de Saúde Mental de Blumenau e também com a Secretaria de Saúde do Estado de Santa Catarina e vamos colocar essa pauta na reunião do Conselho Nacional de Saúde, na próxima semana”, informou. “O governo federal] quer contribuir para o acolhimento dos familiares das vítimas, da comunidade escolar e de toda a população da cidade de Blumenau”, disse a ministra.

No mesmo dia do massacre em Blumenau, o Ministério da Justiça e Segurança Pública anunciou a liberação de R$ 150 milhões para ampliar as patrulhas escolares em todo o país, em meio à onda de ataques a escolas e creches públicas e privadas.

Prisão preventiva

O autor do ataque à creche de Blumenau, que se entregou à polícia local, teve a prisão em flagrante delito convertida em preventiva, na tarde desta quinta-feira. Na decisão, o juiz plantonista considerou que a conversão se justifica pela “necessidade de manutenção da ordem pública e da reta aplicação da lei penal”. O magistrado ainda registrou que “Blumenau, Santa Catarina e o Brasil estão de luto”.

Na audiência de custódia, não houve interrogatório sobre os fatos, nem foram ouvidas outras partes. O preso esteve presente, bem como, a Promotoria de Justiça e a defesa do réu, representada pela Defensoria Pública.

O Tribunal de Justiça de Santa Catarina informou que o processo tramitará na 2ª Vara Criminal da comarca de Blumenau, sob sigilo, por envolver de menores de 18 anos.

Agência Brasil

Cinco motoristas alcoolizados são autuados em fiscalização na madrugada dessa Sexta Santa

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Uma operação deflagrada pelo Comando de Policiamento Rodoviário Estadual autuou cinco motoristas que dirigiam sob a influência de álcool na madrugada desta sexta-feira (7). A ação foi feita por meio da Seção Lei Seca, com os objetivos de coibir a acidentalidade e garantir a paz pública.

Pontos de bloqueio foram montados nos bairros de Candelária e Barro Vermelho, o que culminou na autuação dos cinco condutores. Um deles foi preso em flagrante, após o teste de alcoolemia apontar valor de 0.52mg/l.

O infrator foi encaminhado à Central de Flagrantes onde foi autuado com base no artigo 306 do CTB.

Chefe de facção criminosa preso no RJ chega ao RN para cumprir pena

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Um dos chefes de uma facção criminosa que ainda estava em liberdade chegou, na noite dessa quinta-feira (06), ao Rio Grande do Norte.  Após um trabalho integrado da Polícia Civil do RN e a Polícia Civil do RJ, Luiz Andemberg Virgílio Ferreira, conhecido como “Berg Curinga”, foi preso ontem (05) em uma comunidade do estado do Rio de Janeiro.

De acordo com as investigações da Divisão Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado (DEICOR), “Berg Curinga” é apontado como um dos responsáveis pelos ataques ocorridos no RN, além de ser o principal líder que ainda estava em liberdade de uma facção criminosa. Ainda segundo informações, ele herdou o posto de liderança após a morte de José Wilson da Silva Filho, conhecido como “Argentino”, que no dia 15 de março trocou tiros com a Polícia Civil, em João Pessoal, na Paraíba.

Contra ele, ainda existem seis processos criminais por causa de homicídios, roubos e organização criminosa, além de mandados de prisão. “Berg Curinga” ficará à disposição da Justiça.

Com informações da Tribuna do Norte

Prefeito de Natal anuncia normalização das linhas de ônibus que circulam nas Rocas

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O prefeito de Natal, Álvaro Dias, anunciou na noite desta quinta-feira, em suas redes sociais, que a partir da próxima segunda-feira, 10, as cinco linhas que atendem o bairro das Rocas voltarão a circular normalmente.

“Esse foi um compromisso assumido pelos operadores do sistema comigo e com a STTU, em reunião realizada hoje. As linhas em questão são: 51, 52, 46, 54 e 56”, afirmou.

Os usuários de transporte público que residem nas Rocas vêm sofrendo com a falta de transporte público desde os ataques criminosos de 14 de março, quando algumas linhas deixaram de passar pelo bairro, localizado na Zona Leste de Natal.

Tribuna do Norte

Após ataques, rede hoteleira potiguar prevê ocupação de 47%

FOTO: CANINDÉ SOARES

As perspectivas da ocupação hoteleira do Rio Grande do Norte para o feriado de Semana Santa é de 47%, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do RN (ABIH-RN). O número é 27% inferior ao que foi registrado pela associação no ano de 2022, quando houve 65% da ocupação média da rede hoteleira potiguar. Para se ter noção, em 2019, no período pré-pandemia no RN, a ocupação média foi de 69.8%.

Por conta da pandemia e as limitações impostas pelo vírus, o setor operou no vermelho, com cerca de 50% do funcionamento. A recuperação ocorreu no ano passado. De acordo com o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hoteis (ABIH), Abdon Gosson, o regresso a um patamar abaixo do esperado coincide com a situação de insegurança no estado. “Normalmente, na semana santa a ocupação é muito alta. Estamos com dificuldades de vender bem. O brasileiro já se acostumou a fazer viagem no Brasil. Então durante os acontecimentos que ocorreram no Estado ao invés dos turistas estarem comprando, começou aqueles atos terroristas, os atentados. Aquilo afugentou os turistas e viajantes”, lamentou o presidente.

A onda de ataques do Rio Grande do Norte começou no dia 14 de março e durou dez dias, gerando um efeito negativo para o setor do turismo. Cerca de 45% a 50% de potenciais turistas cancelaram suas reservas já planejadas e marcadas com antecedência. “O reflexo está acontecendo agora. Exatamente o que nós prevíamos. O nosso medo não era de imediato, nossa preocupação sempre foi com as vendas futuras. Como elas estarão? A previsão não é boa”, declarou Abdon. 

Sendo o turismo o carro-chefe econômico do RN, a imagem manchada em meio à onda de violência e terror que aconteceram no mês de março precisou ser reparada. Por conta disso, todas as entidades empresariais junto com o Governo estadual tiveram que investir na publicidade.

“Eles estão fazendo uma campanha de publicidade a nível nacional. Nós precisamos para ontem”, cobrou o empresário.

A partir da chegada do turista, toda uma cadeia de atividades se desenvolve no estado. Entre os locais que mais chamam atenção está o setor dos bares e restaurantes que sofre o impacto com a redução de turistas circulando.

Com a expectativa de 47% da ocupação média da rede de hotéis, o reflexo, estimado pelo Sindicato dos Hotéis, Restaurantes Bares e Similares do Estado do Rio Grande do Norte (SHRBS-RN) também é um dos piores, como explica o presidente da entidade, Habib Chalita.

“Isso reflete no consumo da cadeia econômica. Nós poderíamos ter um movimento muito maior no setor de alimentação, caso estivéssemos com um número de ocupação bem maior. Então, com os hotéis estando cheios, os restaurantes também estariam com um consumo bem maior”, explicou o presidente.

A preocupação gerada serve de um sinal de alerta para quem vive do ramo de restaurantes e bares, já que, durante o período da Semana Santa, os turistas costumam conhecer e se divertir diante da culinária regional e dos drinks bem preparados.

Com a visitação mais baixa, o lucro, que antes era esperado, se desvaloriza. O que acaba prejudicando empresários e colaboradores do meio. Em 2022, com 65% de ocupação, os restaurantes foram beneficiados. “Quanto mais turistas, mais consumos. Quanto mais consumos, mais os restaurantes são também beneficiados diretamente com a presença aqui dos turistas”.

Tribuna do Norte