O ex-secretário de Esportes de Natal e ex-diretor do Detran-RN, Luiz Eduardo Machado Pereira, foi nomeado nesta quarta-feira Diretor Setorial de Veículos do Detran-SP, na gestão de Tarcísio de Freitas.
Dudu Machado, 42 anos, é publicitário e foi braço direito do ex-deputado Wober Júnior. Em 2016, foi candidato a vereador pelo PPS, obteve 3.002 votos e ficou na primeira suplência.
Foi diretor do Detran-RN nos últimos 2 anos de mandato do ex-governador Robinson Faria, e, na campanha de 2022, foi coordenador da campanha do deputado estadual Gustavo Carvalho.
A frota de carros e motos em São Paulo ultrapassa o quantitativo de 24 milhões.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou nesta quarta-feira (15) a violência policial e disse que, em muitas situações, o único braço do Estado que está nas periferias é somente as forças de segurança pública. O petista também falou que os baixos salários da classe ‘não vai resolver os problemas de segurança pública no Brasil’.
Lula disse que a sociedade e a polícia tem medo uma da outra e que em muitas regiões do país, a PM é vista como “agressora”. A declaração ocorreu durante o relançamento do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), criado em 2007, no Palácio do Planalto com a presença de um público composto por políticos, representantes de movimentos sociais e de policiais militares e federais e diferentes regiões do Brasil.
“Quanto mais polícia você tem menos estado você vê”, disse o petista após criticar o desmonte do Pronasci nos últimos anos. Entre os eixos de recriação do programa está reformulação do Bolsa-Formação, destinado à qualificação profissional dos operadores da segurança pública dos Estados, Distrito Federal e Municípios.
O mandatário falou sobre a importância de se revisar os cursos de formação de policiais e se investir nos serviços de inteligência contra a criminalidade. “O estado, muitas vezes está presente na periferia com a polícia e, muitas vezes é para bater”.
O petista condenou a prisão de jovens negros no país ao dizer que existe uma questão estrutural no país e de desigualdade que precisa acabar. Lula afirmou que quem tem mais condições e a depender da cor da pele, a pessoa não fica presa.
“A sociedade não está precisando de mais polícia, mas de mais estado”.
Lula faz duras críticas à polícia, fala em “brutalidade policial” e defende capacitação; pic.twitter.com/E2V9AljzLP
O setor de inteligência do Governo do Estado chegou à conclusão que os ataques criminosos registrados no Rio Grande do Norte desde a madrugada de terça-feira (14) foram ordenados por detentos que exigem “regalias” dentro do sistema prisional. De acordo com o secretário de Segurança Pública do Estado, coronel Araújo Silva, os detentos pedem melhores condições dentro da cadeia, como instalação de aparelhos de TV nas celas e visitas íntimas.
“Pelo que foi levantado pela inteligência e investigações da Polícia Civil, Polícia Federal e Ministério Público, presos que estavam dentro do sistema prisional receberam visitas de pessoas e ordenaram ataques. Eles reclamam que o sistema não tem visita íntima e facilidade do uso de comunicação externa”, afirmou coronel Araújo, em entrevista nesta quarta-feira (15) em entrevista à GloboNews.
“Pelas reivindicações, eles querem televisão, querem sistema de iluminação, visita íntima, coisa que o sistema prisional não está atendendo porque está cumprindo a lei de execução penal”, afirmou em outra entrevista, ao G1.
O secretário afirmou que as reivindicações dos presos não estão sendo atendidas porque a Lei de Execuções Penais não prevê as regalias. “O Rio Grande do Norte está apenas cumprindo a Lei de Execução Penal no tocante à conduta dentro dos presídios, do regime disciplinar adotado”, afirma o secretário.
Coronel Araújo afirma que outra motivação para os ataques é uma retaliação de organizações criminosas a operações policiais realizadas nas últimas semanas. Nessas operações, suspeitos de integrarem facções foram presos e drogas e armas foram apreendidos. “Eles dizem que estão sendo oprimidos pelo Estado e, em retaliação, provocam essas ações”, complementa Araújo.
A Polícia Militar do Rio Grande do Norte (PMRN) iniciou na tarde desta quarta-feira (15) uma ação integrada com a Força Nacional em diversos locais da Grande Natal.
A operação integrada conta com apoio de policiais do Comando de Policiamento Rodoviário Estadual (CPRE), Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque), Ronda Ostensiva Com Apoio de Motocicletas (ROCAM), unidades operacionais dos Batalhões de área da Polícia Militar e agentes da tropa nacional.
Ao todo, quase 100 homens e mulheres somam esforços no combate à criminalidade no RN.
O presidente de Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, deputado Ezequiel Ferreira (PSDB), solicitou que seja realizado um estudo de necessidade das cidades atingidas pelas ações criminosas da última terça-feira (14), que tiveram viaturas, ambulâncias, ônibus escolares e carros pipas queimados e necessitam de soluções, ainda que mediante cessões temporárias, para suprir as demandas neste momento.
“Acompanhei com atenção as iniciativas e ações de Segurança Pública do Estado. Como deputado e presidente da Assembleia Legislativa, afirmo nosso total e irrestrito apoio às ações de combate ao crime organizado no RN. Entendemos que a população precisa e terá o seu direito de ir e vir, assim como a normalidade de suas atividades rotineiras de estudo, lazer e trabalho”, asseverou Ezequiel Ferreira
Segundo ele é preciso levar em consideração que os últimos acontecimentos de práticas criminosas têm grandes consequências para os municípios que tiveram prédios públicos, ônibus escolares, viaturas e demais veículos depredados, que atendem principalmente quem mais precisa. Estes atos criminosos atingem a sociedade que fica sem o ir e vir, sem os serviços essenciais e sem o funcionamento normal do comércio, escolas e universidades. Urge a união de todos os setores para um basta nesta situação de crise que aterrorizou a população”, reforçou.
Para o presidente do Legislativo Potiguar a confiança nas forças de Segurança Pública e nas ações empregadas estão mantidas. “Colocamos o Poder Legislativo à disposição para somar esforços e restabelecer a normalidade em nosso Estado. Estamos atentos e à disposição para somar forças nessa luta”, assegurou.
Mais de 20 cidades do RN foram alvos de bandidos e tiveram grandes prejuízos. Portanto, buscando reduzir esses danos e garantir que a vida da população possa retomar ao normal o mais breve possível, o deputado Ezequiel solicitou ao Governo do Estado, com apoio do Governo Federal, que realizem um estudo das necessidades de cada um dos seguintes municípios: Natal, Parnamirim, Santo Antônio, Campo Redondo, Jaçanã, Acari Caicó, Mossoró, Touros, Macau, Macaíba, Nova Cruz, Currais Novos, São Miguel do Gostoso, Lajes Pintadas, Boa Saúde, São Gonçalo do Amarante, Maxaranguape, Cerro Corá, Tibau do Sul, Lagoa D’Anta e Montanhas. “Estes diretamente atingidos. Mas o Estado como um todo precisa desta atenção”, observou Ezequiel Ferreira.
A onda de ataques criminosos no Rio Grande do Norte tem sido pauta recorrente nos últimos dias, na Assembleia Legislativa. Durante a sessão plenária desta quarta-feira (15), o deputado Hermano Morais (PV) repercutiu o cenário de insegurança vivido nas últimas 48h pela população potiguar e lamentou os prejuízos aos setores produtivos.
“Assim como as escolas, que se viu obrigada a paralisar as aulas, o comércio e a prestação de serviços também estão sendo afetados e penalizados por essa onda de terror instalada na capital e interior do Rio Grande do Norte. Os trabalhadores, por exemplo, estão sem transporte público. É lamentável os transtornos para a segurança da sociedade e os prejuízos para o setor produtivo”, destacou Hermano.
De acordo com o deputado, apesar das primeiras providências já terem sido tomadas pelo Governo, “não se pode permitir que a situação permaneça sem que haja uma reação à altura do Estado. Que a bandidagem seja contida e que ainda hoje seja a tranquilidade seja reestabelecida”, concluiu o parlamentar.
Laci Marinho de Araújo, ex-sargento que em 2008 foi preso pelo Exército depois de contar que vivia um relacionamento homossexual com um colega de farda, o também ex-sargento Fernando Figueiredo, levará para o Supremo Tribunal Federal a velha guerra que trava com a corporação.
Primeiro casal de militares gays do Brasil a se assumir publicamente, os dois serviam juntos em Brasília e também denunciaram suspeitas de desvios de verba envolvendo oficiais graduados. O episódio os colocou em choque direto com a cúpula militar.
Fernando Alcântara pediu desligamento do Exército. Laci respondeu a um processo interno por deserção que poderia resultar em sua expulsão, mas diante das evidências de que a perseguição lhe causou transtornos psicológicos, acabou aposentado — só que com direito a apenas uma parte do salário.
Desde então, ele briga na Justiça para receber os vencimentos integrais. Apesar de demonstrar a existência de farta jurisprudência que garante esse direito a militares que deixam a carreira em razão de problemas de saúde relacionados ao serviço, sofreu sucessivas derrotas, inclusive no Superior Tribunal de Justiça, que se apegou a uma minúcia técnica para rejeitar a ação. O Exército é representado no processo pela AGU, a Advocacia Geral da União.
Nesta quarta-feira, o STJ deverá julgar o último recurso do ex-sargento contra a decisão. Como as chances de reversão do veredicto são mínimas, ele já tem pronto um novo recurso, desta vez ao STF. “Eu tenho esperança de que o Supremo reconheça meu pedido”, diz o ex-sargento.
Formado em Direito depois de deixar o quartel, Fernando Alcântara, companheiro de Laci até hoje, é o advogado da causa.
Tortura e pedido de ajuda ao governo
Em uma espécie de resumo do processo enviado a ministros do STJ, Alcântara relembra passagens do período em que Laci esteve preso, sob acusação de transgressão disciplinar. Ele sustenta que o companheiro sofreu, nas dependências do Exército, sessões de tortura que incluíam sufocamento com saco plástico e socos na base do estômago.
Em paralelo ao processo judicial, Laci Marinho, que também é cantor e ficou conhecido na noite de Brasília se apresentando como cover de Cássia Eller, pedirá ao governo Lula que reconheça formalmente a perseguição e a tortura.
O pleito será apresentado ao ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, e tem potencial para criar novas rusgas entre a administração petista e os chefes militares.
A Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Norte (PCRN), através da Delegacia Especializada em Furtos e Roubos da cidade de Caicó, com apoio da 3ª DRP Caicó, DEAM CAICÓ e 46ª DP Caicó, deflagrou, na manhã desta quarta-feira (15), a “Operação Olho Mágico”, que deu cumprimento a três mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão provisória contra líderes de uma organização criminosa com atuação no estado do Rio Grande do Norte. Os três homens, presos, são suspeitos de articularem os atentados ocorridos em Caicó e região desde a última segunda-feira (13).
Natanael Kennedy Sousa, de 27 anos, foi preso em flagrante com um revólver calibre 38 municiado, além de material relacionado ao tráfico de drogas, tais como crack, maconha, cocaína, dinheiro fracionado e balança de precisão.
Daniel Batista Almeida, conhecido como “Daniel Assado”, de 28 anos, é suspeito de planejar os atentados ocorridos em Caicó desde a última segunda-feira (13).
José Antônio Freire da Silva, conhecido como “Zé da Brahma”, foi preso em 2020 por integrar o crime organizado. De acordo com as investigações, ele também é apontado como um dos principais articuladores dos atentados na região. Uma arma de fogo calibre 32 também foi apreeendida.
Daniel Batista e José Antônio Freire da Silva serão levados ao Sistema Penitenciário Federal, após regular trâmite perante o DEPEN (Departamento Penitenciário Nacional).
A Operação
“A Operação Olho Mágico” tem como objetivo a identificação dos líderes locais que estavam ordenando ataques contra a sociedade, com apoio de unidades e órgãos da Segurança Pública, da Força Tarefa de combate ao crime organizado do Sistema Único de Segurança Pública (FT-Susp/RN e Mossoró), que é composta pela Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Militar, Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN), Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP) e Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social do RN (SESED).
Comentários