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Categoria: fevereiro 14, 2023

RN registra quase 600 casos prováveis de dengue e investiga dois óbitos em 2023

FOTO: AGÊNCIA BRASIL

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), por meio do Programa Estadual de Controle das Arboviroses, divulgou nessa segunda-feira (13), o primeiro informe epidemiológico das arboviroses no Rio Grande do Norte, deste ano. O informe refere-se ao período compreendido entre a Semana Epidemiológica 1 até a 5, encerrada em 04 de fevereiro de 2023.

Segundo o informe, foram notificados 657 casos de dengue no estado. Desses, 78 casos foram confirmados, 597 casos considerados prováveis, 60 descartados, nenhum óbito confirmado e 2 em processo de investigação. A incidência apresentada foi de 16,77 casos prováveis por 100.000 habitantes.

Com relação à Chikungunya, foram notificados no RN, até a Semana Epidemiológica 5, 274 casos da doença, sendo confirmados 18 casos, 256 casos considerados prováveis, 13 descartados e nenhum óbito confirmado. A incidência foi de 7,20 casos prováveis por 100.000 habitantes.

Já no que diz respeito à Zika, até a Semana Epidemiológica 5, foram notificados 62 casos da doença, sendo confirmado apenas 1 caso, 59 casos considerados prováveis, 3 descartados e nenhum óbito confirmado. A incidência foi de 1,66 casos prováveis por 100.000 habitantes.

Prevenção

A Sesap reforça a importância de se reforçar os cuidados de prevenção, já que o RN se encontra no período de sazonalidade das arboviroses, compreendido entre os meses de novembro e maio, caracterizado por altas temperaturas e chuvas, o que tende a favorecer a reprodução do mosquito transmissor, o Aedes Aegypti.

Entre esses cuidados destacam-se:

• Mantenham os quintais livres de possíveis criadouros do mosquito;

• Esfreguem com bucha as vasilhas ou reservatórios de água de seus animais;

• Não coloquem lixo em terrenos baldios;

• Mantenham as caixas d´água sempre tampadas;

• Observem vasos e pratos de plantas que acumulam água parada;

• Observem locais que possam acumular água parada como: bandeja de bebedouros e de geladeiras, ralos, pias e vasos sanitários sem uso;

• Recebam a visita do agente de endemias, aproveitando a oportunidade para tirar possíveis dúvidas;

• Mantenham em local coberto, pneus inservíveis e outros objetos que possam acumular água.

Saiba como será o funcionamento dos trens de Natal durante o carnaval

FOTO: DIVULGAÇÃO

A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) anunciou como será o funcionamento dos trens que ligam Natal a outros municípios da Região Metropolitana durante o carnaval.

De acordo com o comunicado, haverá circulação dos trens até o sábado (18). A retomada da operação ocorrerá apenas na quarta-feira (22), por volta das 11h.

Confira o cronograma completo de funcionamento dos Trens Urbanos de Natal durante o Carnaval:

17/02 – Sexta-feira: Haverá trens para as linhas Norte (Natal/Ceará-Mirim) e Sul (Natal/São José de Mipibu), com o primeiro trem saindo de Ceará-Mirim com destino a Natal às 5h04 e o último sai de Natal com destino a Ceará-Mirim às 18h32. Na Linha Sul, o primeiro trem sai de Parnamirim com destino a Natal às 5h02 e o último sai de Natal com destino a Parnamirim às 18h35;

18/02 – Sábado: Haverá trens para as linhas Norte (Natal/Ceará-Mirim) e Sul (Natal/São José de Mipibu), onde o primeiro trem sai de Ceará-Mirim com destino a Natal às 5h04 e o último sai de Natal com destino a Ceará-Mirim às 15h15. Na Linha Sul, o primeiro trem sai de Parnamirim com destino a Natal às 5h02 e o último de Natal para Parnamirim sai às 15h;

19 a 21/02: O sistema não funcionará;

22/02 – Quarta-feira: O sistema funcionará a partir das 11h38 Na Linha Sul, com viagem partindo de Natal para São José de Mipibu e das 11h52 na Linha Norte, com viagem partindo de Natal para Ceará-Mirim.

Operação sugere pastor do RN como número 2 do PCC em esquema de compra de imóveis e uso de igrejas para lavagem de dinheiro do tráfico

FOTO: DIVULGAÇÃO

Uma operação deflagrada na manhã desta terça-feira (14) apura suposta lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas e por integrantes de facção criminosa. A suspeita é de que o grupo criminoso tenha lavado mais de R$ 23 milhões com a compra de imóveis, fazendas, rebanhos bovinos e até com o uso de igrejas.

A operação Plata cumpre sete mandados de prisão e outros 43 de busca e apreensão nos Estados do Rio Grande do Norte, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Bahia, Ceará e Paraíba, e ainda no Distrito Federal.

Tribuna do Norte

Bloco de senadores se articula para fixar tempo de mandato para ministros do STF

FOTO: FÁBIO POZZEBOM

Um bloco de senadores de oposição, entre os quais Sergio Moro (União-PR); Rogério Marinho (PL-RN) e Eduardo Girão (Novo-CE), se articula para limitar o tempo dos mandatos dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

A ação é baseada em uma Proposta de Emenda à Constituição(PEC) de 2019, do senador Plínio Valério (PSDB-AM), que prever que os mandato dos ministros do STF sejam de oito anos, sem recondução. Atualmente, os mandatos são vitalício, com aposentadoria compulsória aos 75 anos.

Neste terceiro mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá duas indicações a fazer, para as vagas que serão abertas pelas aposentadorias compulsórias de Ricardo Lewandowisk e Rosa Weber.

Com informações de Raul Holderf Nascimento – Conexão Política

Após rompimento, ‘Lagartão’ e ‘Lagartixa’ terão encontro

FOTO: REPRODUÇÃO/FACEBOOK

A parceria entre o deputado federal Sargento Gonçalves (PL) e o policial reformado Wendel Fagner Cortez, o Lagartixa, está encerrada. Foi o que disse Lagartixa, que somou a maior votação da história para deputado estadual, mas que não assumiu o cargo devido decisão limitar da Justiça Eleitoral. Em vídeos publicados (e já apagados) em suas redes sociais, Lagartixa chamou Sargento Gonçalves de mentiroso e mau caráter. O deputado federal, por sua vez, disse que se sentiu traído por Lagartixa. Os dois terão uma conversa após a quinta-feira (16).

O estremecimento da relação entre Lagartixa e “Lagartão”, como se auto-denominava Gonçalves, tornou-se público por volta das 22h50 do sábado (11), quando Wendel Lagartixa reproduziu conversas através de áudios com o deputado Gonçalves e um assessor chamado Marcelo. O motivo era uma suposta falta de transparência sobre as ações que o deputado federal pretendia tomar em seu mandato e também qual função que Lagartixa teria no gabinete de Gonçalves. “Seu problema é que você mente muito.

“Se o cara depender de vocês para saber alguma com relação às coisas está difícil. Tu mente demais, não tem compromisso e a gente não sabe de nada. Se puderem comunicar a gente o que é que vai ser feito, como vão se posicionar, marcar uma reunião com todo mundo, a gente agradece. Se não, eu vou pular fora disso aí. ‘Tá’ eu e um bocado de gente sem saber o que vai fazer. Vocês estão trabalhando parecendo que só tem vocês”, disse Lagartixa em áudio encaminhado a Marcelo, mas que inicialmente se pensava ser de Gonçalves. O PM reformado disse ainda que não estava preocupado com dinheiro. Ele encaminhou documentação para assumir o mais alto cargo no gabinete do deputado.

Ainda nos áudios, Gonçalves responde Lagartixa em tentativa de apaziguar os ânimos, garantindo que ele será nomeado para uma função e que o trâmite de diversas ações administrativas não dependiam do parlamentar. Além disso, Gonçalves disse que não tinha porquê passar todas as informações sobre o trabalho como deputado a Lagartixa. “O que é pertinente dizer e passar a você eu passo, agora nem tudo o que acontece no mandato eu tenho necessidade de passar para você. O que tem necessidade eu passo. E tem coisas que a gente ainda não definiu, e não tem como eu passar para você coisas que eu ainda não defini”, disse Gonçalves, afirmando que não havia recebido recursos como deputado. Ainda na postagem, Lagartixa reafirma que sua intenção era saber sobre o trabalho.

O conteúdo dos áudios foi apagado do perfil de Lagartixa no Instagram já nas primeiras horas do domingo (12). Em seguida, o policial reformado fez outra postagem dizendo que errou ao fazer a exposição da conversa. Porém, por volta das 5h da segunda-feira (13), Lagartixa fez um vídeo anunciando o rompimento com Gonçalves, negando que os dois fossem amigos e falando que o deputado era mau caráter. “Sempre tive minhas desconfianças e meu coração sempre teve um pé atrás com o senhor. Quando eu peguei na sua mãe e disse que eu estava eleito e bati no peito dizendo que você seria eleito também”, disse Wendel Lagartixa. “Eu rompi com o senhor. Estou rompendo por causa do seu mau caratismo como homem político”, acusou Lagartixa. O vídeo também foi apagado no início da tarde da segunda-feira.

Após as declarações de Lagartixa, Sargento Gonçalves disse que foi pego de surpresa com a postura do policial, a quem definiu como amigo. Para o deputado, a atitude de Lagartixa em expor uma conversa entre ele, o assessor e o policial foi uma traição. “Nem contra um inimigo eu faria isso, pegar áudios de uma conversa do Whatsapp e divulgar, ainda mais de maneira distorcida”, disse Gonçalves.

De acordo com o deputado, não havia acordo prévio com Lagartixa para ocupar qualquer cargo dentro de seu gabinete, mas que ele tomou a decisão em nomear o PM reformado porque viu que ainda poderia demorar a Lagartixa conseguir a diplomação na Assembleia Legislativa, para cargo onde recebeu mais de 88 mil votos. A reação de Lagartixa surpreendeu Gonçalves. “Da minha parte, não houve desentendimento. Fiquei frustrado e muito triste. Amanheci o dia parecendo que tinha perdido alguém que eu amava. Me senti traído, foi algo que eu não faria. Ele me pediu perdão e eu disse que ele estava perdoado, mas que não agiria dessa forma. Ali apenas confirmava que eu tinha razão de não compartilhar tudo devido ao descontrole dele. Não posso passar tudo para uma pessoa que, de supetão, pode jogar algo nas redes sociais”, disse Gonçalves. “Era alguém que eu tinha uma relação de amizade e muito amor. Só pode estar destemperado”, disse o deputado em um programa de rádio.

Ainda à Tribuna do Norte, Gonçalves disse que teve contato com Lagartixa na tarde de ontem e marcaram de conversar depois do retorno do deputado de Brasília, previsto para a tarde da quinta-feira. “Ele já apagou as postagens e quer uma conversa. No retorno de Brasília, a teremos”, confirmou o deputado.

Tribuna do Norte

Sargento Gonçalves afirma que se sentiu traído por Lagartixa: “Foi desleal a atitude dele”

FOTO: REPRODUÇÃO

O deputado federal Sargento Gonçalves (PL) afirmou nesta segunda-feira (13) que o policial militar reformado Wendel Lagartixa (PL) foi “desleal” por ter divulgado nas redes sociais trechos de uma conversa privada entre os dois pelo WhatsApp. Em entrevista à 96 FM, o deputado federal disse ter se sentido traído pela divulgação dos áudios – que, segundo ele, foram apresentados fora de contexto.

“Fiquei frustrado, muito triste. No outro dia que eu vi o áudio montado nas redes sociais, eu amanheci o dia, parecia que eu estava de luto. Parecia que eu tinha perdido alguém que amava. Eu me senti traído, foi desleal a atitude dele comigo. Eu jamais faria com ele ou qualquer outra pessoa”, afirmou Sargento Gonçalves.

O deputado federal disse, ainda, ter estranhado a postura do aliado. “Não sei se é um surto psicótico ou do que está se tratando. O que foi feito nem contra um inimigo eu faria. Pegar áudios pessoais numa conversa pelo WhatsApp e expor na rede social, inclusive montar…”, afirmou Gonçalves, acrescentando que o amigo foi “destemperado”.

A conversa privada entre os dois foi vazada no fim de semana por Wendel. Nas mensagens, Lagartixa aparece cobrando de Sargento Gonçalves um direcionamento para as ações de mandato – já que Wendel foi chamado para trabalhar no gabinete do aliado. Lagartixa reclama do distanciamento do aliado político e reclama após Gonçalves relatar que não compartilha com ele todas as informações sobre o mandato.

Dobradinha e rompimento

Lagartixa e Sargento Gonçalves fizeram uma dobradinha nas eleições. O primeiro obteve a maior votação da história do Rio Grande do Norte para deputado estadual – 88 mil votos –, mas não pode tomar posse por uma decisão judicial. Já Gonçalves foi eleito deputado federal beneficiado pela parceria política.

Nesta segunda-feira (13) pela manhã, depois da repercussão dos áudios, Lagartixa anunciou o rompimento político. O motivo do rompimento não foi detalhado por Wendel, mas, em um vídeo publicado no Instagram, ele reclama do distanciamento do deputado federal após a eleição que os dois venceram juntos.

“Eu rompi com o senhor. Estou rompendo por causa do seu mau-caratismo como político. Não tenho o que falar do senhor em viatura, mas, como político tenho certeza que o senhor vai ter a mesma desenvoltura que os políticos do Rio Grande do Norte têm, em sua maioria. Do jeito que eu usei a rede social para lhe elogiar, eu uso para falar o que eu penso do senhor”, afirmou Lagartixa no vídeo.

Relação entre os dois

Segundo Gonçalves, a postura de Wendel justifica a postura dele. “Ali apenas confirmava que eu tinha razão de não compartilhar nem tudo com ele, pelo descontrole dele. Não pode pegar temas importantes, sensíveis, eu passar para uma pessoa que, daqui a 10 minutos, vai jogar nua rede social. A política é feita de conversas, arrumações de estratégia”, enfatizou o deputado federal.

Durante a entrevista, o deputado federal citou a relação de amizade entre ele e Lagartixa. Indiretamente, Gonçalves fez também referência ao atentado que os dois sofreram em 28 de setembro do ano passado, três dias antes da eleição. O evento catapultou a votação histórica de Lagartixa e a eleição de Gonçalves como deputado federal. Na ocasião, Gonçalves reagiu e matou um bandido.

“Minha relação com Wendel não é política. Tenho uma relação de amizade. Tenho um carinho grande. Já dei provas do amor que tenho por ele. Coloquei minha vida à disposição para proteger a vida dele. Eu tenho 18 anos que conheço da atividade policial. Tenho responsabilidade espiritual com ele”, afirmou Gonçalves.

O deputado citou, ainda, o episódio em que uma filha de Wendel Lagartixa foi morta, durante o dia dos pais de 2021. “Quando eu cheguei, eu tive uma proximidade, fui muito sensibilizado. Ali eu me vi no sofrimento dele. E criei essa responsabilidade espiritual com ele. de lá para cá eu tive esse envolvimento de amizade e irmandade”, afirmou o deputado federal.

Contratação na Câmara

Durante a entrevista, Sargento Gonçalves completou que reafirma o que disse nos áudios a Lagartixa. O deputado federal disse que já indicou Lagartixa para um cargo no gabinete dele na Câmara dos Deputados, enquanto ele não puder assumir o mandato na Assembleia Legislativa, mas que a contratação ainda aguarda trâmites burocráticos.

“Eu falei que era preciso ter paciência, o que estava acontecendo. Falei que a contratação na Câmara não dependia de mim. Wendel irá ocupar, se quiser, o cargo mais alto que existe. Eu nunca fiz compromisso nem ele comigo. Eu, entendendo, me coloquei à disposição e disse que estaria com a gente. E coloquei o cargo mais elevado que há. Indiquei Wendel. Está lá no sistema no cargo”, acrescentou.

Portal 98 FM

“Lula faz afirmações como se estivesse em mesa de bar”, aponta Rogério Marinho

FOTO: DIVULGAÇÃO

O senador Rogério Marinho (PL) quer evitar o desmanche de avanços importantes realizados nos últimos anos. Para isso, o líder da oposição no Senado faz alerta para os demais parlamentares e sociedade sobre a postura que vem sendo adotada nos dois primeiros meses de gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em entrevista ao Sistema Tribuna, Rogério Marinho falou sobre a disputa pelo comando do Senado, papel da oposição e quais os principais temores dos oposicionistas. Confira:

Como o senhor avalia a responsabilidade e o seu papel de protagonismo já neste primeiro mandato de senador?

Primeiro é uma responsabilidade e uma tarefa importante no momento em que o país está passando. Nós somos procurados pelos nossos pares depois do processo de eleição da mesa do Senado e fomos indicados pelos 22 partidos que compõe o bloco da oposição – o Republicanos, o Progressistas, o Novo e o Partido Liberal e já estamos montando a nossa estratégia e o nosso plano de trabalho terá que ser apresentado aos senadores que fazem parte desse bloco de oposição, na primeira semana após o Carnaval.  A nossa ideia é contribuirmos pra que nós tenhamos um uma boa administração no país, porque nós temos que defender esse legado virtuoso do ponto de vista da economia e vista social, é impedir retrocessos e eu teria até evitar algumas incongruências que, certamente, caso sejam aprovadas vão impactar de forma muito negativa na sociedade brasileira.

Que retrocessos já ocorreram por determinação do presidente Lula ou aprovados no Congresso Nacional?

Eu diria que o o governo que se instala do Lula tem sido pródigo em em bater cabeças. É um governo confuso e me parece que claramente que falta um norte. O que um ministro diz pela manhã, um outro ministro se encarrega de desmentir à tarde. Esse padrão se repete inclusive com o presidente da República. Não sabemos muito bem qual é a direção real, mas se houver a repetição do padrão e como estiveram as administrações do PT, principalmente nos últimos anos do presidente Lula e o da ex-presidente Dilma Rousseff, é um padrão que nós vamos ter dificuldade. Nós temos o histórico de desastre econômico e desastre social como consequência. Nós temos um país em que em 2016, foi o último ano do governo do PT e tivemos um prejuízo, por exemplo, nas nossas estatais que eram aparelhadas pelos apaniguados políticos em mais de R$ 30 bilhões por ano.  Essa mudança começa a acontecer com a profissionalização da gestão das estatais, dos bancos públicos, a partir da lei das estatais que está em risco. Esse é um aceno é um dos acenos negativos que esse governo faz.

O senhor acha que há ilegalidade nas indicações de Aloizio Mercadante para o BNDES e Jean Paul Prates para a Petrobras?

É evidente que (a Lei das Estatais) foi desrespeita por um governo que acredita que pode tudo. Não estou falando nem no mérito das suas indicações se são ou não competentes, até porque no caso do Jean Paul, que é aqui do Rio Grande do Norte, para nós é até importante como norteriograndense ter um presidente da Petrobras, porque é um cargo importante, mas nós não podemos acreditar que existem pessoas, indivíduos ou partidos acima da lei. Ninguém pode estar acima da lei, se ela não vale só para um seguimento político.

Isso já foi questionado?

Já foi questionada por deputados, sociedade civil e certamente, em breve, nós teremos aí um posicionamento no Judiciário e por parlamentares no Congresso Nacional.

Que outros outros pontos o senhor considera retrocessos e que podem podem impactar na economia?

Quando nós fazemos uma retrospectiva do que foi o governo do PT nos últimos anos e o que está acontecendo agora, estamos vendo um filme em que o padrão é absolutamente nítido, não deixa dúvida de que o atual governo pretende repetir. Por exemplo, a entrada do Mercadante no BNDES, no anúncio feito pelo presidente e pelo próprio Mercadante, é que vai voltar a emprestar recursos do trabalhador brasileiro, do cidadão brasileiro a países que sequer pagaram os empréstimos que contraíram nos governos do PT e o único e mais consistente argumento é de que esses países são amigos do Brasil, ou seja, vamos traduzir: são países que tem afinidade ideológica de esquerda com o governante de ocasião. Isso é muito ruim, porque está abrindo mão de um critério técnico e objetivo e aí eu pergunto ao cidadão que eventualmente vai ler a nossa entrevista. Você consegue um empréstimo no banco se estiver inadimplente com empréstimo no banco? Nem com agiota se estiver negativado, por que que é que o Lula  vai usar o nosso dinheiro para ajudar aos seus amigos? Essa é uma sinalização muito ruim. Nós vimos o ministro da Previdência praticamente, no seu discurso de posse, afirmar que não há déficit na Previdência. Parece um primarismo tão atroz, que ao mesmo tempo que espanta, o que nos deixa perplexos, mostra qualidade dos ministros que estão assumindo o governo no Brasil. Alguém que tenha responsabilidade sobre o sistema previdenciário brasileiro, que tem 36 milhões de beneficiários, que teve a necessidade de fazer ao longo dos últimos anos uma série de ajustes, inclusive no governo do PT, para permitir que esse sistema não quebrasse. É um problema do mundo inteiro, o envelhecimento da sua população, o que é muito bom, dada a questão da melhoria das condições de saúde, de insalubridade nas cidades, isso é positivo. Por outro lado, temos o financiamento dos sistemas previdenciários, que é um problema mundial e aí ver assumir o presidente e o ministro afirmarem que não existe problema. Em seguida ver o ministro do Trabalho dizer que as principais prioridades da sua pasta é acabar com a reforma trabalhista, com a lei da liberdade econômica e as especializações. E agora no campo trabalhista a questão dos aplicativos. Nós temos 4,5 milhões de pessoas no Brasil inteiro que vivem em função desse empreendedorismo e que precisam realmente de alguma segurança e regulamentação, mas não dessa maneira agressiva, eu diria, extremamente arbitrária, de quem afirma que não precisa do Uber, que ele pode sair.

E sobre a possibilidade de revisão dos marcos legais, como o senhor tem acompanhado?

O ministro dos Transportes, Renan Filho, afirma que vai rever os marcos legais. O Brasil tem ao longo de 170 anos de história, 30 mil quilômetros de ferrovias. O marco ferroviário aprovado em 2020, já nos proporcionou mais de 20 mil novos quilômetros de ferrovias contratados Esse sucesso evidente, bilhões de reais de recursos privados vão gerar emprego, renda e oportunidades. Parece que não está sendo visto pelo ministro Renan. A questão da privatização do Porto de Santos, capitalização da Eletrobras, o presidente Lula faz afirmações como se ele estivesse sentado numa mesa de bar. Não está entendendo que ele é presidente da República e qualquer manifestação da sua parte impacta na segurança jurídica na perspectiva de quem vai investir no país, gera problema de toda sorte e não se espantem, se começarmos a cair o ritmo da empregabilidade no Brasil. Nos últimos dois anos mais de 4 milhões de novos empregos foram gerados de forma positiva no Brasil. E hoje por essas essas afirmações do governo desencontradas, há um clima de apreensão em quem empresta recurso do Brasil e em quem investe no Brasil. Isso vai significar a manutenção do juro de longo prazo, o encarecimento do custo do dinheiro pra investimento e por via de consequência a diminuição da empregabilidade e a volta da inflação. Então isso é um circulo vicioso e parece que Lula, depois de 17 anos como presidente ou como condutor  do PT, não aprendeu ainda como é que funciona a economia na vida real. Não é com retórica, não é por decreto, é com atos receptivos, as ações que ele está empreendendo, eu acho que estão muito mais na linha de justificar o fracasso econômico do primeiro ano de governo, do que efetivamente se colocar de forma  a administrar o país.

O que o senhor quis dizer quando acusou PT de querer criar narrativa de “herança maldita”?

A taxa de desemprego no Brasil chegou a mais 14% ao ano. No final do ano chegou a 8%. Nós temos superavit nas três esferas do governo, há nove anos isso não acontecia, o Brasil terminou o ano com a inflação menor do que a dos Estados Unidos e da Europa, há 40 anos não acontecia, o Brasil está crescendo mais do que a China, há 42 anos que não acontecia, nós geramos um saldo de mais de quatro milhões novos empregos em dois anos, mesmo com guerra da Ucrânia e com pandemia. Então, olhar para essa herança e dizer que é herança maldita, parece uma forçação de barra e um processo de narrativas que é típico do PT, é a forma de como o PT assumiu em 2023, acusando Fernando Henrique Cardoso de ter feito um governo temerário e essa narrativa se alimenta dessa luta diária das redes sociais e nessa forma deselegante como tem tratado, por exemplo, o presidente do Banco Central, nas declarações que Lula e seus ministros tem dados no sentido de destruir todo esse marco regulatório, toda essa modernização das políticas macroeconômicas que ocorreram no Brasil nos últimos seis anos.  Nós estamos preocupados, porque em apenas 30 dias, há um claro desmonte de um processo que durou mais de seis anos, foi discutido e extremamente conversado e exposto a toda sociedade e de repente em 30 dias faz voltar ao marco temporal de 2014/2015, que nós todos sabemos o que aconteceu, o aparelhamento do estado, eleição dos campeões nacionais que foram privilegiados por empréstimos, entrega dos nossos capitais e dos bancos oficiais para políticos, sabe-se qual foi o resultado, intervenção estatal na economia para beneficiar este ou aquele segmento em relação aos demais, ocasionando desequilíbrio na economia. Sabemos o que aconteceu, está voltando tudo de novo.

Na disputa pela presidência do Senado Federal, algum senador do Estado se comprometeu com o senhor na votação e não cumpriu?

Não. Eu tive a oportunidade de conversar, praticamente, com todo colegiado. Eu só não pedi voto ao Rodrigo Pacheco, até por respeito a ao fato dele ser candidato abertamente, mas conversei possivelmente com 90% dos senadores. E a todos eu tive a oportunidade de expor a minha preocupação com a imagem do Congresso Nacional e em especial o Senado da República. Eu não cheguei no Senado com a pretensão de ser candidato a presidente, estou chegando agora, evidente que eu preciso ter a humildade e a compreensão que aquela é uma casa complexa, é uma casa que tem todas as suas especifidades, que quem está lá há mais tempo tem uma vantagem por conhecer o funcionamento da máquina e da instituição, mas as circunstâncias é que me fizeram candidato a presidente e uma observação simples da imagem do Senado da República pode ser constatada pelo resultado eleitoral. Vinte e sete senadores buscaram recondução, cinco voltaram. Talvez seja a menor taxa de renovação de mandato da história da República. A Comissão de Constituição e Justiça no ano passado, eu disse isso no nosso discurso e falei também com os senadores, realizou seis reuniões no ano contra 61 na Câmara dos Deputados. A CCJ foi capturada por interesses pessoais e não interesses da sociedade brasileira. A hipertrofia do Poder Judiciário diante do Poder Legislativo é evidente, não precisa fazer uma discussão a respeito desse tema, há omissão clara da Mesa Diretora, poder não admite vácuo para ocupá-lo. Então, o que dissemos aos nossos pares, olha, não pretendo fazer uma política de enfrentamento a ninguém, quero que a casa seja de fato a casa do diálogo institucional. Defendi o tempo todo o equilíbrio do processo democrático, o reequilíbrio dos três pilares da República, e que cada músculo deles voltasse a fazer a sua atividade originária específica. Cabe ao parlamento fiscalizar o Executivo, cabe ao Executivo executar a sua ação, o seu programa, os seus ideais que defendeu em praça pública e cabe ao Judiciário dirimir os eventuais conflitos que a sociedade apresenta. Então foi isso que eu preguei. O resultado da eleição é evidente. Não somos ingênuos. Não refletiu apenas a vontade dos senhores parlamentares. Há todo um processo que faz parte da regra do jogo, não estou aqui com choro de perdedor.

Quem influenciou o resultado da eleição para presidente do Senado?

Toda uma conjuntura que eu diria de interferência da sociedade. Vários senadores foram procurados através das suas redes sociais por eleitores, que de uma forma absolutamente tranquila procuraram seus parlamentares para que votassem em A ou B, natural. O Executivo sempre participou dos processos de discussão no legislativo, isso não é novidade, esse ano por exemplo, nós tivemos seguramente em torno de oito a dez ministros, que eram senadores e estavam licenciados e já foram senadores da legislatura passada, que estavam dentro do plenário no dia da eleição, conversando com seus pares. Nós achávamos ganharíamos a eleição, que teriam sucesso, mas não tivemos. Eu vou ficar no lugar em que as eleições me colocaram, na oposição, mas eu não sou oposição nem ao país e nem à Casa.

Muitos senadores foram eleitos pela oposição e a gente tem visto uma migração significativa para o governo. Lula disse que aprovar projeto está cada vez mais caro. Queria uma avaliação sobre essa situação.

Não é o meu caso. Eu estou claramente na posição. Se o presidente Lula tem essa percepção deve ser pelos interlocutores que ele tem, porque não sou eu. Eu tenho histórico no Estado de mais de 30 anos. Eu sempre fiquei no lugar em que os eleitores me colocaram, eu nunca aderir a nenhum governo, pelo contrário, eu saí de governo. Meu histórico está na contramão, mas a minha posição é essa muito claramente. Agora eu não tenho procuração e nem tenho pretensão de julgar meus pares ou as pessoas que fazem política pelo Brasil.

Como líder, que avaliação o senhor faz da união da oposição?

Eu acredito que a oposição no Senado vai fazer o seu papel de uma forma muito consistente. Porque apesar de sermos 23 senadores, nós temos o PSDB que tem três senadores e que não aderiram ao governo. Nós temos o Podemos que tem quatro senadores que também não aderiram. Têm uma postura  independente, já seriam 30 e existem senadores tanto no União Brasil como no MDB, como no PSD, que apesar de estarem nessas agremiações, têm uma postura mais convergente com as nossas pautas. Existem senadores que mesmo estando afinados com o governo, em determinadas pautas vão convergir numa postura de oposição. Se o governo propuser e retroagir a questão do Banco Central, eu não tenho dúvida de que não terá condições de passar dentro do Senado. Essa questão do voto de qualidade do COAF, acho muito pouco provável que consigam passar. Algumas algumas pautas que dizem respeito a costumes como abortos eu não vejo nenhuma facilidade, então vamos aguardar a posição do Governo Federal, quem é governo tem a iniciativa de mandar projetos de leis para a Casa Legislativa. Em relação ao senador Styvenson Valentim, eu acredito, o voto é secreto, não tenho porque duvidar de que ele nao votou em mim.  O fato de ele ter ido para a Mesa Diretora é uma é uma questão de pluralidade, inclusive acho que não foi contemplada na sua integralidade. O Podemos participar da mesa diretora é absolutamente normal, como seria normal o PL através de sua bancada, assim como o Republicanos e o Progressista, é uma questão que a ocorre pós embate eleitoral.

Tribuna do Norte

Operação do MPRN em oito Estados e no DF apura lavagem de dinheiro proveniente de facção criminosa

FOTO: DIVULGAÇÃO

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) deflagrou nesta terça-feira (14) a operação Plata.

O objetivo é apurar a lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas e por integrantes de facção criminosa. A suspeita é de que o grupo criminoso tenha lavado dinheiro com a compra de imóveis, fazendas, rebanhos bovinos e até com o uso de igrejas.

A operação Plata cumpre sete mandados de prisão e outros 43 de busca e apreensão nos Estados do Rio Grande do Norte, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Bahia, Ceará e Paraíba, e ainda no Distrito Federal.