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Categoria: janeiro 15, 2023

Município de Extremoz tem o 3º maior crescimento do Brasil

FOTO: DIVULGAÇÃO

“Garanta já o seu”, “agarre essa oportunidade” ou “primeiro bairro planejado da Grande Natal” são algumas das frases mais vistas em praticamente qualquer área das BR-101 que cruza a antes pequena cidade de Extremoz, a 23km de Natal. As frases se tornaram comuns nos últimos anos na cidade, que viveu uma espécie de “boom” imobiliário nos últimos 10 anos. O sonho da casa própria foi um dos que fez com que Extremoz saísse de 24.550  habitantes em 2010 para 61.381 habitantes em 2022, segundo dados do Censo do IBGE, tornando-se o 7º município mais populoso do Estado. Segundo a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), o aumento de Extremoz foi o terceiro maior crescimento populacional em todo o Brasil.

O crescimento foi considerado surpreendente para moradores, gestão pública, construtores civis, corretores de imóveis e moradores de diversas cidades,  que estimulados por vários fatores, resolveram construir suas casas na “Terra do Grude”. São vários loteamentos ainda disponíveis e bairros planejados com centenas de casas que atraem os novos moradores.

“Moro aqui por comodidade, o crédito foi aprovado e estou feliz. Aqui foi até mais caro, mas foi onde consegui comprar. Moro com meus dois filhos. Aqui tem segurança patrimonial, ficamos à vontade, diferentemente de outros bairros. Quem vem aqui se agrada, as ruas e casas são boas”, explica o vigilante Haroldo Bernardo da Silva, 39 anos, que mora com os dois filhos no bairro Sport Clube, inaugurado em 2021. Ele já mora em Extremoz há dois anos, após conseguir aprovação de crédito junto à Caixa.

Entre algumas das causas que explicam o crescimento é o fato de que o município de Extremoz está situado na intersecção de três cidades da região Metropolitana (Natal, São Gonçalo e Ceará-Mirim), ao passo que está a 20 minutos do Aeroporto Internacional Aluízio Alves. Aliado a isso, a cidade possui três lagoas e é cercada de cinco praias, que atraem turistas durante todo o ano.

“O que gerou tudo isso foram os preços dos imóveis e a proximidade, com a possibilidade de se morar na Grande Natal, com preço acessível, com bairros organizados e infraestrutura. O pessoal acabou vindo para cá”, explica a prefeita de Extremoz, Jussara Sales de Souza (PROS).

Com a migração populacional para Extremoz, são vários os empresários que também têm voltado suas energias e investimentos para a cidade nos mais diversos segmentos, como supermercados, padarias, postos de combustível, entre outros. “Antes em Extremoz só tínhamos um posto. Agora são nove”, explica o motorista João Maria de Souza, 43 anos.

Num dos bairros planejados de Extremoz, a enfermeira Jaqueline Ferreira, 50 anos, montou uma casa de rações e cuidados veterinários desde dezembro de 2019 para atender às demandas dos moradores. “Decidimos comprar uma casa justamente para trabalhar nela. O preço das casas e a facilidade atraiu. Em Natal seria mais caro. Quem não quer ter uma casa própria? O que ainda precisa ter aqui, apesar de ser um bairro novo, precisamos de uma escola e um posto de saúde, porque o que nos dá assistência é o de Vila de Fátima, que é bem longe”, explica.

Recentemente, um atacarejo foi inaugurado numa das novas ruas de Extremoz, além de terminal rodoviário e outros pequenos serviços. A procura da população agora é com relação à saúde e educação para não precisar se deslocar para grandes distâncias. Para quem mora num dos bairros Sport Club, por exemplo, a unidade de saúde mais próxima fica a pelo menos 30 minutos de distância.

Outras dificuldades relatadas por moradores são com relação a outros serviços básicos, como agências bancárias e transporte público: atualmente são cinco linhas da empresa Guanabara que fazem o translado pela cidade e por Natal. No tocante a bancos, são três: Caixa Econômica, Banco do Brasil e Bradesco, sendo apenas a Caixa uma agência propriamente dita.

“O valor das casas e o conjunto em si foram o que nos motivaram a vir para cá. Temos segurança. O preço aqui é bem mais em conta do que em Natal e a casa é nova. O que falta aqui é transporte, que é precário, é só o que as pessoas reclamam. Falta também um caixa eletrônico, que precisa ir no centro. Com relação a saúde, só temos um hospital e os postinhos de bairro. Se precisar de algo, corre pra Natal”, cita o casal Valquécia Lima, encarregada, 33 e Janeide Batista, 34, cabeleireira, que saíram de Natal para morar em Extremoz há um ano.

A reclamação pela demora nos ônibus e até a distância em algumas ruas nos bairros planejados motivou Luiz Pereira, 43 anos, morador da comunidade Murici, a abrir uma barraca de mototaxi ao lado do terminal de ônibus. Os preços variam entre R$ 5 e R$ 25 para trânsito na cidade, mas pode chegar a R$ 50 em viagens mais distantes e até para Natal.

“Eu observei uma demanda aqui, às vezes o ônibus atrasa, é demorado, pega um ônibus errado e desce aqui, e acaba tendo uma opção para se deslocar ao centro, para sua residência. Então a gente pega aqui no terminal e vai deixar em casa”, explica. Com ele, são mais três mototaxistas.

Tribuna do Norte

Hospital Walfredo Gurgel deve demorar 30 dias para zerar corredores

FOTO: ALEX RÉGIS

Com o retorno dos anestesistas que tinham paralisado suas atividades há quase um mês, a diretoria do Hospital Walfredo Gurgel, maior hospital público do Rio Grande do Norte, prevê que nesse fim de semana o atendimento deve ser regularizado para que a fila de pacientes à espera de cirurgias em macas pelos corredores se normalize em até um mês. Isso deve ocorrer a partir de uma força-tarefa  com o auxílio do Hospital Deoclécio Marques, em Parnamirim, que deve dobrar sua capacidade interna de procedimentos. Os anestesistas prometem cooperar, intensificando o trabalho nos próximos dias.

A paralisação desses profissionais cessou com o pagamento do débito do governo do Estado à Cooperativa do Anestesiologistas do Rio Grande do Norte (Coopanest-RN). De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap/RN), o pagamento foi efetivado na tarde da quinta-feira (12), seguindo o mesmo padrão rotineiro. Foi exigido que os anestesistas retomassem os serviços de maneira urgente e imediata.

“O retorno é imediato e trabalharão em alta produtividade para agilizar as cirurgias. O Hospital Walfredo Gurgel continuou realizando as cirurgias, tendo ficado sem a retaguarda dos hospitais parceiros que atuam com os anestesiologistas da Coopanest, o que ocasionou a superlotação”, explicou o médico  Tadeu Alencar, diretor do Walfredo.

Segundo ele, o hospital recebe uma média de 50 a 60 pacientes diários politraumatizados, vindos de acidentes, principalmente de motos. Ontem (13), o pronto-socorro estava com 119 pacientes, sendo 52 no corredor. “A situação é atípica devido à questão da greve dos anestesiologistas. A Sesap tem uma força-tarefa para melhorar os serviços de cirurgias e transferências, tendo ficado com os corredores vazios por vários períodos”, disse.

Apesar de prever que o atendimento vai ser equacionado durante esse final de semana, o prazo para acabar com a demanda reprimida é maior. “A previsão de normalização é de 20 a 30 dias”, avalia o diretor.

O médico Vinícius Luz, presidente da cooperativa dos anestesistas, informou que o retorno foi obedecido. “Desde o final da manhã (de ontem) voltamos às atividades normais. Estamos muito contentes de termos retomado os serviços e podermos voltar a realizar os procedimentos. Os pacientes estavam em uma situação muito ruim desde dezembro sem uma resolução da questão”, disse ele.

Para fazer a fila de procedimentos andar, os anestesistas já concordaram em intensificar o trabalho, ficando disponíveis, seja em forma de mutirão ou escalas ampliadas, para intensificar a realização de procedimentos. “Ficou acordado a disponibilidade de reforço das equipes nos próximos dias, na tentativa de diminuir as filas nos hospitais públicos e conveniados ao SUS”, informou a Coopanest-RN  em nota.

Os anestesistas resolveram paralisar o serviço devido o atraso no pagamento de faturas referentes aos meses de julho e agosto de 2022, o que representaria R$ 2.063.559,90 na amortização da dívida; e um débito em torno de R$ 600 mil da Prefeitura do Natal, relacionada à alta e média complexidade, mas já houve acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, de modo que a cooperativa não caracteriza como atraso.

A situação, no entanto, não foi resolvida por completo. De acordo com a entidade, o Governo do Estado pagou a parcela do mês de  agosto/2022 que estava prevista para ser quitada até dezembro passado. Falta ainda a parcela do mês de julho/2022, num montante de aproximadamente R$ 1 milhão.

Desde o dia 15 de dezembro, somente os serviços contratados de urgência e emergência estavam  sendo realizados, além das escalas de plantão, enquanto que os de procedimentos eletivos ficaram suspensos pela rede pública.

O Sindicado dos Servidores da Saúde (Sindisaúde/RN), classificou a situação como “caótica”, apontando a lotação de pacientes que aguardavam procedimentos de urgência no centro cirúrgico, em macas nos corredores e no pronto-socorro, alguns com mais de 24 horas de espera. A situação chegou a aproximadamente dez pacientes para cada técnico, dificultando um atendimento adequado.

Anestesistas suspenderam eletivas dia 15 de dezembro

A paralisação dos profissionais da Cooperativa do Anestesiologistas do Rio Grande do Norte  (Coopanest/RN) começou no dia 15 de dezembro do ano passado. Os anestesiologistas cooperados reivindicavam o pagamento de parcelas em atraso do Governo do Estado e da Prefeitura do Natal.

A Coopanest informou que as parcelas do governo estadual referentes aos meses de julho e agosto, o que representaria R$ 2.063.559,90 na amortização da dívida, estavam atrasadas. Já a Prefeitura do Natal, desde o início da suspensão dos atendimentos, fez dois depósitos no valor total de R$ 1.424.186,67, referentes a dois meses do contrato. Segundo a Coopanest foi deixado em aberto o repasse dos procedimentos de média e alta complexidade, que são de responsabilidade do governo federal no valor de R$ 1.259.392,89.

De acordo com estimativa da cooperativa, a média mensal é de 5,2 mil procedimentos atendidos no contrato. Nas unidades com profissionais da cooperativa, também ficaram suspensos os exames eletivos que necessitam de aplicação de anestesia nos pacientes. Com isso, as filas nas unidades de saúde começaram a crescer com pacientes à espera dos procedimentos. No Hospital Walfredo Gurgel a situação se tornou caótica com pacientes em macas pelos corredores da unidade.

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) e o Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel informaram no início da semana que a fila de cirurgias seguia comprometida pela situação junto aos anestesiologistas. A Sesap acertou junto à cooperativa um acordo para a retomada dos serviços, que são operacionalizados através do contrato firmado entre a prefeitura de Natal e os médicos.

A entidade respondeu à proposta condicionando a retomada das atividades ao pagamento da parte do contrato que é operada pela gestão municipal.

Tribuna do Norte

Lula proíbe ministros de entrar com celular no gabinete presidencial

FOTO: RICARDO STUCKERT

O presidente Lula tem proibido ministros e assessores de entrarem com o celular em seu gabinete, localizado no terceiro andar do Palácio do Planalto.

Segundo auxiliares presidenciais, ministros e assessores palacianos precisam deixar o aparelho na antessala antes de adentrar no gabinete de Lula para despachar.

Por conta da proibição, auxiliares que se reúnem com o presidente no gabinete do Planalto costumam levar impressos documentos que apresentarão a Lula.

Por conta da proibição, auxiliares que se reúnem com o presidente no gabinete do Planalto costumam levar impressos documentos que apresentarão a Lula.

Interlocutores dizem que, além de evitar gravações indesejadas, Lula veta celulares nesses encontros para evitar que seus auxiliares se distraiam. O presidente não tem celular próprio.

Diferente de Lula, Jair Bolsonaro costumava permitir que alguns de seus ministros e assessores mais próximos entrassem com o celular no gabinete presidencial.

Igor Gadelha – Metrópoles

Americanas desvaloriza R$ 8 bilhões em 2 dias

FOTO: DIVULGAÇÃO

A Americanas recuperou parte do valor de mercado perdido quinta-feira (12.jan.2023), mas acumula uma desvalorização de R$ 7,98 bilhões nos últimos 2 dias. As ações da companhia subiram 15,81% nesta 6ª feira (13.jan.2023) na B3 (Bolsa de Valores de São Paulo). Na véspera, caíram 77,3%.

Com a queda no valor de mercado, a empresa puxou para baixo as companhias de varejo listadas no mercado de ações brasileiro. Somadas, o grupo perdeu R$ 7,5 bilhões em valor de mercado. Passaram de R$ 86,87 bilhões em 10 de janeiro para R$ 79,34 bilhões nesta 6ª feira (13.jan.2023).

Destas empresas, só a Magazine Luiza registrou valorização significativa nos 2 dias, de R$ 2,67 bilhões. Outras 16 empresas perderam R$ 2,2 bilhões em valor de mercado.

Poder 360