Ex-presidente de time da Série A é condenado por morte de radialista
Dez anos após o crime, quatro dos cinco réus pela morte do radialista e cronista esportivo Valério Luiz foram condenados por Tribunal do Júri em Goiás, no final da noite de quarta-feira (9/11). O dono de cartório Maurício Sampaio (de branco na foto em destaque), ex-presidente do Atlético Clube Goianiense, Urbano Malta, Ademá Figueredo e Marcus Vinícius Xavier tiveram a prisão imediata declarada.
Eles foram condenados pelo planejamento e execução do homicídio, praticado a tiros à luz do dia, logo após o cronista esportivo sair da rádio onde trabalhava, em Goiânia. O crime foi na tarde de 5 de julho de 2012, em região nobre da cidade.
Após três dias de sessão, o júri decidiu o seguinte:
- Maurício Sampaio, apontado como mandante, foi condenado a 16 anos de reclusão;
- Urbano de Carvalho Malta, acusado de contratar o policial militar Ademá Figueredo para executar o homicídio, foi condenado a 14 anos de reclusão;
- Ademá Figueredo Aguiar Filho, apontado como autor dos disparos, foi condenado a 16 anos de reclusão;
- Marcus Vinícius Pereira Xavier, que teria ajudado os demais a planejar o homicídio, foi condenado a 14 anos de reclusão.
- O réu Djalma Gomes da Silva, que foi acusado de ter ajudado no planejamento do assassinato e também atrapalhado as investigações, foi absolvido.
Tentativa em vão
Antes do início do julgamento, a defesa de Maurício Sampaio entrou com um habeas corpus preventivo e com um pedido para tirar o julgamento da capital goiana para o interior do estado de Goiás. Até ali, o júri já tinha sido adiado quatro vezes.
O crime teria sido motivado pelas críticas recorrentes que ele fazia à diretoria do Atlético Goianiense. Maurício Sampaio, que já foi presidente do clube, era vice-presidente à época.
O acusado seguia como dirigente da agremiação pelo menos até a última eleição, ocorrida em setembro deste ano.
Réus
Conforme as investigações, Sampaio foi o mandante do crime. Já o funcionário dele, Urbano de Carvalho Malta, teria auxiliado na contratação de outras pessoas para executar o crime. Ele inclusive teria monitorado os últimos passos do radialista e estava morando em uma casa de Sampaio perto da rádio em que a vítima trabalhava.
Metrópoles
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