Golpista do resort deixa família à deriva em Fernando de Noronha
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga mais um golpe aplicado pela agente de viagens Emanuelle Mendes Araújo, conhecida como a golpista do resort. A estelionatária costuma vender falsos pacotes de luxo para hotéis em praias paradisíacas. Desta vez, uma empresária de Águas Claras amargou prejuízo de R$ 10 mil ao comprar uma viagem para o arquipélago de Fernando de Noronha.
Em agosto, a coluna já havia publicado matéria mostrando o calote sofrido por uma família com 34 pessoas, que investiu mais de R$ 200 mil em uma viagem para um resort de luxo no Nordeste, mas nunca conseguiu embarcar. As vítimas acusaram a agente de vender os pacotes fictícios e não devolver o dinheiro.
No caso mais recente, a dona de um salão em Águas Claras, Patrícia Prolo Ruaro, 44 anos, contou ter negociado a viagem – entre os dias 28 de setembro e 4 de outubro – com Emanuelle. Para isso, a empresária desembolsou R$ 7 mil pela hospedagem em uma das pousadas que funciona na ilha.
Dor de cabeça
Toda a transação ocorreu por meio do WhatsApp. “Poucos dias antes de viajar, recebi um voucher da hospedagem com a descrição do hotel e as diárias. Saí de Brasília no dia 28 e, ao chegar em Fernando de Noronha, o transfer não foi me buscar”, lembrou. Desconfiada, Patrícia foi direto para o hotel. Ao chegar, apresentou o voucher recebido e foi informada por uma funcionária que não existia tal documento no sistema.
“Liguei imediatamente para Emanuelle e ela comunicou a troca de hotel, informando que o outro seria melhor. Quando chegou na outra pousada, disseram que estava tudo certo. No outro dia de manhã, fui chamada na recepção e informada que não houve pagamento de todas as diárias, apenas de uma e que se quisesse ficar teria que pagar todas as diárias”, disse.
Procurada novamente pela família, a agente de viagens disse que “resolveria” o problema. Nas horas seguintes, a golpista já não atendia as ligações da família. “Dessa forma, teve que pagar novamente o valor de R$ 9.904,13 referente ao restante da estadia. Passei por todo o constrangimento e problemas que não deveria. Eu paguei por uma viagens para passar momentos de lazer e não de dor de cabeça”, desabafou.
Metrópoles
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