Com o intuito de promover a inserção do artesanato no consumo local e ampliar espaços à população artesão, acontece neste final de semana uma ação integrada das secretarias municipais do Trabalho e Assistência Social (Semtas) e do Turismo,
“Nosso papel na Semtas é incentivar e fomentar o artesanato local e o empreendedorismo em todas as regiões da cidade. A Feira de Artesanato Itinerante é uma iniciativa que tem valor econômico, social e cultural”, destacou o titular da Semtas, Adjuto Dias.
O objetivo principal da feira é valorizar o trabalho dos artesãos locais da economia solidária com uma nova oportunidade de trabalho e renda, além de fomentar o turismo da região. Será um excelente ponto de encontro para as famílias natalenses e para turistas que buscam opções de lembranças exclusivas e criativas. Essa é a primeira vez que uma feira de artesanato é montada em uma das avenidas mais movimentadas por turistas do município.
Entre o consumo de artigos e peças estão bolsas, crochês, bordados, trabalhos em ferro, madeiras e pinturas, produzidos pelos 85 artesãos que integram a programação. A arte e a cultura nordestina estão refletidas em diversos produtos.
promovendo a primeira edição da Feira de Artesanato Itinerante de Natal. O evento acontece na avenida Praia de Ponta Negra, no bairro de mesmo nome, desde sexta (25). A programação finaliza neste domingo (27), às 20h.
A organização do Lollapalooza Brasil interrompeu a programação do festival neste domingo (27) por volta de 13h30 por um alerta de forte chuva e raios.
No local, bombeiros pedem que os visitantes fiquem longe dos palcos e o mais próximo possível das saídas de emergência.
No telão das estruturas, é possível ler um alerta meteorológico: “Por favor, mantenha-se longe das estruturas metálicas do evento.”
A administração também chegou a barrar a entrada pelo portão 6, por onde chega o maior fluxo de pessoas devido à ligação com a estação de trens da CPTM.
Pessoas se aglomeraram na entrada, por volta das 14h.
A organização não confirmou a interrupção das entradas, mas o fluxo estava interrompido no local, como confirmou a reportagem.
Vale ressaltar que as medidas são tomadas por precaução, já que, apesar de haver raios e trovões, ainda não chovia por volta desse horário.
O número de trabalhadores que se desligaram dos seus empregos porque morreram aumentou 73,2% entre 2019 e 2021 no Rio Grande do Norte. Segundo informações do Ministério do Trabalho e Previdência, em 2019, ano pré-pandemia, foram registrados 471 encerramentos de contratos formais (CLT) por razão de morte, sendo que, em 2021, o número pulou para 816. Em 2020, morreram 560 trabalhadores potiguares que estavam com a carteira assinada. A partida repentina desses trabalhadores afeta o mercado de trabalho e a economia, além da estrutura emocional e financeira de suas famílias.
No último ano pré-pandemia, em 2019, 471 pessoas foram desligadas de empregos formais por morte. No ano passado, o número saltou para 816 desligamentos.
“A grande maioria era de chefes de família que estavam empregados ou informais. Quando esses trabalhadores deixam de produzir, gera o desconforto na família porque a renda deixa de entrar, mas também há essa variável no contexto da produção e da renda”, avalia o economista Janduir Nóbrega, ex-presidente do Conselho Regional de Economia (Corecon-RN).
A mão-de-obra especializada que se perdeu com essas mortes é outro impacto que ele aponta para a economia. “As partidas repentinas e com frequência, como se viu na pandemia, além de desestruturar as famílias e a sobrevivência dos dependentes, afetam ainda as empresas que precisam refazer a mão-de-obra. Isso porque tem ainda os que ficaram encostados com sequelas, que se afastaram ou se aposentaram nesse período”, avaliou o economista.
Apesar de serem substituídos por outros, em muitos casos é difícil conseguir preencher a lacuna deixada com a mesma qualificação de uma hora para a outra. São profissionais de diferentes áreas, capacitados, experientes ou que executam a função há muito tempo. O primeiro a morrer no Rio Grande do Norte vítima da covid-19, por exemplo, foi um professor da Universidade Estadual (UERN). Luiz di Souza, de 61 anos, trabalhou durante mais de 20 anos na universidade, em setores como a graduação, iniciação científica, extensão e pós-graduação, mas faleceu no dia 28 de março de 2020, depois de dar entrada uma semana antes no hospital de uma rede privada de Mossoró.
Entre seus projetos, destaca-se o grupo Fanáticos da Química, que utiliza a linguagem lúdica na popularização da Ciência. “Luiz foi um gigante. Sua vaidade era publicar, trabalhar, ensinar, ajudar e orientar seus alunos. Já fazia experimentos e publicava suas pesquisas em uma época em que não tínhamos um só reagente. Seu trabalho extrapolou a Universidade, que rende suas homenagens a este grande educador”, afirmou o então reitor Pedro Fernandes, ao indicar o nome de Luiz di Souza para receber o Título Honorífico “Doutor Honoris Causa“ na Assembleia Universitária dos 52 anos da UERN em setembro de 2020. Na área das artes o luto pelo falecimento do escritor, dramaturgo e poeta falecido em outubro de 2020, aos 60 anos, em decorrência da covid-19, Júnior Dalberto, também representou uma lacuna que não se preenche no campo dos saberes. Dalberto teve projetos interrompidos também mas que não ficaram para trás.
O primeiro exemplar de seu legado artístico que ele deixou foi o livro “O último Nephilim”, publicação póstuma e inédita pela editora CJA, com recursos da Lei Aldir Blanc. O livro celebrou no ano passado a memória de Dalberto no momento em que se completou 10 anos de lançamento de sua primeira obra literária.
“No dia que Júnior se internou, ele me enviou dois livros prontos, sendo um de contos e um de poesia. Ao todo, ele deixou cinco livros prontos para serem publicados. E tem outros escritos ainda por serem finalizados. Pretendemos ir publicando essas obras. Júnior era um dos maiores escritores da editora e um amigo querido, que sempre estava planejando algo novo. Vamos dar andamento ao legado dele”, disse Cleudivan Jânio, editor da CJA, na ocasião.
Não é possível afirmar com garantias que aumento dos óbitos que retiraram profissionais do mercado de trabalho foi causado pela covid-19 já que o levantamento não traz as causas das mortes e reflete apenas o mercado formal. Porém, os dados, baseados no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Previdência, coincidem com o período no qual morreram por 7.571 pessoas no Rio Grande do Norte, entre adultos e crianças – até 31 de dezembro de 2021 – vítimas do novo coronavírus. Além disso, se for comparar o número de desligamentos de trabalhadores falecidos nos anos anteriores, verifica-se que esse número ficou estável entre 2018 e 2019, com 475 e 471, respectivamente, registrando um acréscimo exorbitante nos anos da crise sanitária. Dessa forma, o aumento nos dois anos subsequentes indica a dimensão do impacto da pandemia do novo coronavírus no país no mercado de trabalho formal.
Óbitos de médicos aceleraram transição etária
Um dos setores que mais sofreu perdas de trabalhadores capacitados foi o que mais trabalhou para conter a pandemia: o setor da saúde, que perdeu profissionais das mais diferentes especialidades e serviços. No Rio Grande do Norte, somente de médicos foram 35 óbitos, segundo o Sindicatos dos Médicos do Estado (Sinmed). No Brasil, cerca de mil foram vitimados. Esse dado não inclui outros profissionais da saúde. A maioria trabalhava na linha de frente nos serviços de urgência e emergência, clínica médica, terapia intensiva, pediatria, UPAs, cirurgia, anestesiologia e faleceram, a maior parte, na primeira onda da doença, ainda em 2020, pela variante Delta.
“A doença realmente vitimou esse número de médicos entre 50 e 60 anos que tinham doenças crônicas leves. Claro que estevam no auge da vida profissional com cerca de 30 anos de carreira e tinham muito a contribuir por mais 15 ou 20 anos”, explica o presidente do Sinmed/RN, Geraldo Ferreira.
Dessa forma, avalia, essas mortes impactaram o setor ajudando a acelerar um processo de transição demográfica. Isso porque, aumentou o número de médicos mais jovens assumindo postos, especialmente nas especialidades mais afetadas com mortes de profissionais durante a pandemia.
“Temos dois fatores provocados pela pandemia: os óbitos e afastamento. O número de médicos que anteciparam suas aposentadorias para preservar suas vidas aumentou. Temos uma transição demográfica acentuada no setor. A maioria foi substituída por profissionais jovens que, claro, têm capacitação para a função, mas que levarão ainda algum tempo para atingir atingir o auge da potencialidade, o mesmo grau de experiência dos que se foram ou se aposentaram”, comenta o Ferreira. Atualmente o Rio Grande do Norte conta com 7 mil médicos em atuação, dentre os 10 mil inscritos no Conselho Regional de Medicina. Somente em Natal estão cerca de 4.5 mil.
Mercado perde qualificação, diz especialista
O administrador e especialista na área de finanças, Henrique Clementino de Souza, destacou que é preciso se considerar que as mortes causam impactos na economia por meio da qualificação dos trabalhadores formais, em razão de que isso afeta de forma macro no aspecto da produtividade, bem como de forma micro como é o caso das famílias.
“Esses trabalhadores quem vêm a óbito acumularam ao longo de suas vidas conhecimentos que não são repassados para outras pessoas de uma forma simples, como se possa imaginar, neste caso, por exemplo, em setores como saúde e indústria. Pessoas que venham a substituir aqueles trabalhadores formais que faleceram precisam ter acumulado conhecimentos, informações e pesquisas que os darão a experiência necessária para inserção e manutenção no mercado de trabalho”, pontua Henrique Clementino.
Ele acrescenta que, além do impacto de uma vida que se perdeu, a economia sente o efeito de os trabalhadores formais precisarem ser substituídos num processo que demanda tempo para o preenchimento dentro de um perfil com as competências requeridas pelo mercado de trabalho. “Também se representará como um custo não planejado pelas empresas para contratação e treinamento de novos funcionários que resultem nas substituições necessárias. Este trabalhador formal que falece resulta num impacto econômico com a perda de uma renda que passa a não mais existir no cenário econômico em vigor e, por sua vez, não há mais o processo de compra”, avalia.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu dois alertas de chuvas intensas em todo o Rio Grande do Norte deste domingo até 10h de segunda-feira (28).
Os dois alertas são de escalas diferentes. Um deles tem grau de severidade de “Perigo”, o segundo numa escala de três níveis, e atinge 147 cidades do estado. O outro é de “Perigo potencial” e atinge as outras 20 cidades.
Níveis de chuvas
Perigo potencial (amarelo) – Situação meteorológica potencialmente perigosa. Cuidado na prática de atividades sujeitas a riscos de caráter meteorológico. Mantenha-se informado sobre as condições meteorológicas previstas e não corra risco desnecessário.
Perigo (laranja) – Situação meteorológica perigosa. Mantenha-se muito vigilante e informe-se regularmente sobre as condições meteorológicas previstas. Inteire-se sobre os riscos que possam ser inevitáveis. Siga os conselhos das autotidades.
Grande perigo – Situação meteorológica de grande perigo. Estão previstos fenômenos meteorológicos de intensidade excepcional. Grande probabilidade de ocorrência de grandes danos e acidentes, com riscos para a integridade física ou mesmo à vida humana. Mantenha-se informado sobre as condições meteorológicas previstas e os possíveis riscos. Siga as instruções e conselhos das autoridades em todas as circunstâncias e prepare-se para medidas de emergência.
Cidades em alerta
A maioria das cidades do estado (as 147 que estão no alerta de perigo) podem sofrer chuvas entre 30 e 60 milímetros por hora ou até 100 milímetros por dia, além de ventos entre 60 e 100 km/h.
Já as outras 20 cidades (do risco de perigo potencial) têm chuvas de até 50 milímetros por dia e vento de até 60 km/h.
Cidades com chuvas de perigo potencial (as demais tem chuvas com risco de perigo):
Arez
Baía Formosa
Brejinho
Canguaretama
Espírito Santos
Goianinha
Jundiá
Lagoa D’Anta
Montanhas
Nísia Floresta
Nova Cruz
Passa e Fica
Passagem
Pedro Velho
Santo Antônio
São José de Mipibu
Senador Georgino Avelino
Tibau do Sul
Várzea
Vila Flor
Recomendações
O Inmet alerta ainda que as chuvas que vão atingir a maioria das cidades do estado podem causar risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas. Em caso de rajadas de vento, a recomendação é não se abrigar debaixo de árvores, pois há risco de queda e descargas elétricas e não estacionar veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda.
Se possível, o órgão recomenda ainda desligar aparelhos elétricos e quadro geral de energia. Qualquer orientação ou auxílio, devem ser contatados a Defesa Civil (telefone 199) e o Corpo de Bombeiros (telefone 193).
Em uma entrevista concedida ao BLOG DO CÉSAR SANTOS, colunista do Jornal de Fato, o vice-governador Antenor Roberto (PCdoB), disse que “O PSDB está dividido, mas Ezequiel integra o nosso governo’. Antenor falou ainda que acredita em uma aliança com o MDB na atual conjuntura.
Confira parte da entrevista
O governo, hoje, considera o presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira de Souza, um companheiro ou um adversário de oposição?
A governadora Fátima assumiu, como não poderia deixar de ser, a sua própria sucessão. Então, o que a gente tem que colocar é o seguinte: a reeleição da governadora não é uma reeleição do vice-governador, não é reeleição de senador. A partida é a reeleição da governadora e, com isso, ela procura para além da aliança que nós temos constituído desde 2018, buscando forças que podem agregar para o segundo mandato. Fomos buscar no campo da oposição a pretensa candidatura que eles tinham e que poderiam unir o ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo (PDT) e o atual prefeito Álvaro Dias (PSDB) e fomos bem-sucedidos nessa missão. Carlos Eduardo vem para o nosso projeto. Então você deixa de ter a possibilidade concreta do atual prefeito da capital, por exemplo, se tornar o candidato que juntaria a oposição. A oposição continuou com solidão de só ter candidato ao senado.
Mas, sobre Ezequiel, insisto, ele continua um companheiro do governo ou um provável adversário?
É fato que surgiu agora essa possibilidade de o presidente da Assembleia Legislativa ser candidato a governador. O que sei é que a governadora está se esforçando para o MDB compor a chapa. Ou seja, se o MDB ficar com o nosso projeto, o PSDB não terá candidatura ao governo, uma vez que eles se apresentaram locados, MDB com PSDB, com propósito de construção de uma superchapa proporcional (para deputado estadual) que, inclusive, está em curso com filiações ao PSDB. As definições ainda não aconteceram e o que sei é que o diálogo continua. O PSDB está dividido, a gente sabe disso, mas Ezequiel integra o nosso governo desde o primeiro momento e até hoje participa da administração.
O senhor fala muito em desmobilizar a oposição para fragilizar o adversário. Essa desmobilização passa pela estratégia de inviabilizar uma eventual candidatura de Ezequiel Ferreira ao governo?
A força que a governadora Fátima precisaria trazer para uma coalização à sucessão estadual é o MDB. Inclusive, isso foi conversado desde a visita de Lula ao Rio Grande do Norte, quando teve aquela reunião que toda a imprensa noticiou. Foi formulado o convite junto a Garibaldi Filho (ex-senador e vice-presidente do MDB do RN), no sentido de ele trazer o partido para essa nova coalização da sucessão da professora Fátima Bezerra. A desmobilização da oposição, da qual nós falamos, passa por essa arrumação natural.
O senhor acredita em uma coalização com o MDB?
Sim. A governadora insiste nesse movimento, inclusive apresentando alternativas de filiações de deputados ao MDB. Isso foi conversado, a própria imprensa veiculou a notícia. Esses movimentos aconteceram. Então, as possibilidades existem e a governadora está dialogando.
O deputado Ezequiel Ferreira, presidente da Assembleia Legislativa, está há meses em uma grande articulação para montar uma nominata que pode ocupar 14, das 24 cadeiras na casa legislativa do estado pelo PSDB, partido que ele comanda no Rio Grande do Norte.
Ezequiel Ferreira, deverá se pronunciar sobre sua candidatura ou não ao Governo do estado, na próxima quarta-feira (30) conforme adiantou o BLOG DO FM, caso ele seja candidato e consiga chegar a sede do Governo, já começa com mais da metade dos deputados ao seu lado. Ou seja, com apoio suficiente para aprovar o que quiser no legislativo.
Caso ele não seja candidato ao Governo, certamente irá concorrer para estadual o que é pouco provável. se for para estadual, vai angariar votos para continuar comandando a Assembleia Legislativa.
Ezequiel tem um perfil municipalista e está conversando com todo mundo. Vem caindo na graça do povo, e pode ser uma grande ameaça a Governadora Fátima Bezerra, na corrida governamental.
A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) lançou o Guia sobre a Covid-19 e suas manifestações cutâneas, destinado a esclarecer a população sobre a relação entre a pandemia e lesões de pele. Ele pode ser acessado no site da SBD.
O coordenador do Departamento de Medicina Interna da SBD, Paulo Criado, disse à Agência Brasil que manifestações que ocorrem na covid-19 não são exclusivas desse vírus. Elas são observadas em outras doenças dermatológicas ou doenças sistêmicas.
“Mas, com a infecção pelo SARS-CoV-2, algumas delas têm sido mais comuns”, afirmou. Acrescentou que a estimativa é que a frequência dessas manifestações na covid-19, excluindo a queda de cabelo após a doença, varia de país para país.
Em média, quase 8% das pessoas infectadas apresentam manifestações cutâneas. “Quando eu falo infectadas não significa que sejam necessariamente sintomáticas. Porque há casos descritos de pacientes assintomáticos, da parte dos sintomas clássicos da covid-19, que tiveram [teste] PCR positivo nasofaríngeo, e podem ter lesões de pele do tipo exantema [erupção geralmente avermelhada que aparece na pele], que são manchas na pele extensas, geralmente sem relevo, ou do tipo similar à urticária, que dá aquele empolamento na pele”, explicou o médico.
Observou que há outras manifestações menos comuns, que ocorrem em pacientes mais graves, que estão com a chamada coagulopatia [doença hemorrágica] associada à covid-19, onde há formação de trombos de pequenos ou grandes vasos sanguíneos, que podem apresentar púrpuras e até gangrena de dedos dos pés e mãos.
O guia pretende responder indagações da sociedade, com base em embasamento científico, porque há muitas perguntas na internet sobre as manifestações de pele, grande parte com notícias de origem duvidosa, disse Paulo Criado.
Ele se referiu aos chamados “dedos da covid-19”, uma manifestação que ocorre frequentemente em pacientes com boa imunidade ao vírus e que nem chegam a ter o PCR positivo. Graças à imunidade inata, essas pessoas já conseguiram eliminar o vírus e podem apresentar a proteção de proteínas inflamatórias em quantidade elevada que geram inflamação nos vasos de sangue bem pequenos na pele, em geral nos dedos, na palma da mão e planta dos pés. Essas lesões meio avermelhadas têm um pouco de sensibilidade dolorosa.
O médico informou, ainda, que essa lesão, na verdade, é o eritema pérnio, conhecido como frieira, que já era visto em várias situações na dermatologia e veio se somar como uma das manifestações em pessoas que tiveram contato com o vírus e, muitas vezes, não mostraram sintomas, porque a imunidade foi tão boa que logo eliminaram o vírus e o PCR foi negativo. Em geral, isso ocorre com crianças e jovens que foram contactantes de membros da família que tiveram covid sintomática, em sua maioria.
A recomendação da SBD é que as pessoas que comecem a apresentar manifestações cutâneas procurem um especialista, porque podem fazer parte do espectro de manifestações da covid-19, como também podem não ter relação. As exantemas, que são as manchas avermelhadas sem relevo, ocorrem também no sarampo e na rubéola, e nas reações alérgicas a antibióticos e outras medicações.
Por isso, o guia recomenda buscar um dermatologista, infectologista ou pediatra para auxiliar no reconhecimento e verificar se as lesões cutâneas podem fazer parte ou não de uma manifestação de covid. As exantemas surgem nos primeiros dias da doença e podem coçar e descamar. A melhora ocorre de forma espontânea, com a recuperação do quadro clínico.
Os especialistas da SBD salientam que, embora os principais sintomas da covid-19 sejam respiratórios, estima-se que seis em cada grupo de 100 pacientes com a doença apresentam alguma manifestação na pele. A identificação de quadros nessa situação ajuda no diagnóstico precoce da covid e no acompanhamento dos casos.
De acordo com o guia, a covid-19 pode desencadear, ainda, queda capilar intensa, também chamada de eflúvio telógeno. Esse sintoma se inicia de um a três meses após a infecção viral e a duração é variável.
Os médicos frisam que medidas como alimentação adequada e lavagem dos cabelos na frequência recomendada podem ajudar. Em alguns casos, o tratamento específico com suplementação de nutrientes e medicações pode ser necessário, mas deve ser orientado por dermatologistas.
A publicação se refere ainda a reações cutâneas que podem ocorrer após o uso de qualquer vacina, sendo mais comum a reação no local da aplicação, tanto imediata como tardia. Nessas situações, podem ocorrer edema, vermelhidão e dor local e exigir, inclusive, tratamento com medicamentos. O guia ressalta, entretanto, que, até o momento, não existe reação cutânea à vacina que impeça a aplicação da segunda dose ou dose de reforço, quando indicada.
Entre janeiro e fevereiro deste ano, as vendas do etanol hidratado subiram 26,20%. Os dados são da Associação Brasileira da Indústria da Cana de Açúcar (Unica). Na avaliação do diretor técnico da Unica, Antonio de Padua Rodrigues, isso “É um indicativo da recuperação do consumo do biocombustível”.
Com o recente reajuste no preço da gasolina de 18,57%, o etanol pode ser uma alternativa para o abastecimento. A troca, no entanto, pode não ser vantajosa. É o que afirma o professor de Engenharia de Transporte do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), Márcio D’Agosto.
D’Agosto explica que a quantidade de energia existente em um litro de etanol é diferente da quantidade em um litro de gasolina. “Aí, tem a famosa relação dos 70%. Significa que um litro de etanol equivale a cerca de 70% do litro da gasolina em termos de conteúdo energético”. Portanto, o preço do etanol tem que ser menor ou igual a 70% do preço da gasolina. Caso contrário, o custo-benefício entre os combustíveis não será atrativo para os consumidores, explicou.
Para calcular, basta dividir o preço do álcool pelo valor da gasolina. Caso o resultado seja inferior a 0,7, o etanol será uma alternativa economicamente viável. Por exemplo: caso a gasolina esteja avaliada em R$ 7,40 e o etanol em R$ 5,20, o resultado é de 0,702. Neste cenário (5.2 dividido por 7.4), o etanol é vantajoso.
O levantamento de preços efetuado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) apurou, na semana compreendida entre os dias 13 e 19 deste mês, preços máximos de R$ 8,399 para o litro da gasolina comum e de R$ 7,989 para o litro do etanol hidratado nos postos. “Não vale a pena”, disse o professor da Coppe. “Não dá 70%”.
Márcio D’Agosto afirmou que não tem vantagem alguma para o motorista comprar etanol. “Porque ele vai rodar menos quilômetros com um litro de etanol, vai ter que abastecer com mais frequência e vai acabar gastando mais. O tanque dele vai acabar mais rápido”. Esse preço do etanol é totalmente não competitivo com a gasolina, afirmou.
Na semana analisada pela ANP, foram encontrados preços máximos para o litro da gasolina por estados. No Rio de Janeiro, o valor atingiu até R$ 8.399; no Maranhão, R$ 8.390; em São Paulo, R$ 8.299; no Piauí, de R$ 8.297.
O preço mínimo, que chegou a R$ 5.899, foi registrado em São Paulo.
Em relação ao litro de etanol hidratado, os preços máximos de R$ 7,989 e de R$ 7,899 foram achados no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul, respectivamente. Já o preço mínimo por litro do produto ocorreu no Mato Grosso e em São Paulo, de R$ 3,979 em ambas as unidades da Federação.
O jornalista Romildo Guerrante usa gasolina no seu automóvel. Mas, diante do elevado preço do combustível, a saída que encontrou para amenizar os gastos no atual cenário foi viajar menos. “Eu costumava sair e dar uma volta até Petrópolis ou Nova Friburgo. Não vou. Não estou indo mais”. Guerrante disse que não usa etanol porque não vale a pena. “Não há vantagem”, argumentou.
O microempresário Rômulo Cipriani Costa também prefere a gasolina ao etanol em seus carros. Para diminuir os gastos, ele deixou de fazer algumas ações cotidianas, como levar os filhos para a escola de automóvel. “Estamos indo de bicicleta”. Ele também cortou praticamente todos os passeios. “Só [ficaram] os que dão para ir de bike”, relatou.
José Paulo Zymmerman é gerente de banco e tem automóvel movido a gasolina, mas só usa nos fins de semana. Nos dias úteis, anda de metrô. Para reduzir os gastos com combustíveis, procura “fazer uma direção mais calma, sem acelerar fundo, pois quando aceleramos muito, o gasto é maior. Mas se o percurso que tenho que fazer tiver metrô perto, eu sempre dou preferência ao metrô”.
O aposentado Gilson Munhoz Ribeiro também só usa gasolina. “O etanol aqui no Rio de Janeiro não compensa, mesmo em tempos normais”. Confessou que não está fazendo nada diferente para compensar o aumento da gasolina, a não ser evitar passeios desnecessários. “Mas o resto não mudou”, destacou.
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