O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), prevê para a
próxima terça-feira (10/8), a votação da proposta de adoção do voto impresso.
Com isso, Lira atende aos apelos tanto da oposição quanto do vice-presidente da
Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), que almejam retirar o assunto da pauta da Casa o
mais rápido possível, para que os deputados possam se preocupar com matérias
consideradas mais importantes.
O assunto será tratado em um almoço com lideres partidários
marcado para esta segunda-feira (9/8). A maioria dos líderes é a favor de que a
proposta possa ter uma definição, o mais rápido possível.
Ainda na sexta-feira (6/7), logo após o anúncio feito por
Lira de que levaria a proposta ao plenário, apesar de o parecer favorável ter
sido derrotado na comissão especial, Ramos fez um apelo público ao presidente
da Casa, pedindo pressa para que a votação aconteça.
Ramos acredita que a proposta será derrotada pelos deputados
e argumentou ser necessário que esse tema seja retirado do centro das
discussões do Legislativo o mais rapidamente possível para que o país volte a
debater assuntos relevantes.
O deputado prevê uma derrota acachapante para o governo nesse
item.
Líderes de vários partidos já vêm fechando posição contrária
à matéria que tem motivado, inclusive, ataques de Bolsonaro a membros do
Supremo Tribunal Federal (STF), em especial, ao ministro Luís Roberto Barroso,
que preside o Tribunal Superior Eleitoral e é um dos defensores do atual
sistema eletrônico de votação.
Para ser aprovada, a PEC, de autoria da deputada Bia Kicis (PSL-DF), terá que obter o apoio de três quintos dos parlamentares, ou seja, no mínimo 308 deputados, em dois turnos de votação. Depois disso, precisará ser apreciada pelo Senado e conseguir, no mínimo, 49 votos, também em dois turnos de votação.
Se você está pensando em se tornar um youtuber para ganhar
uma grana extra ou até mesmo atuar profissionalmente, deve estar se perguntando
quanto o YouTube paga de acordo com a quantidade de visualizações de seu
conteúdo. Trazendo essa resposta, o Business Insider entrevistou várias
personalidades do ramo, que contaram seus segredos.
Antes de qualquer coisa, é bom saber que, para monetizar seu
canal, são necessários ao menos mil inscritos e 4 mil horas assistidas no
último ano. Só então é possível aderir ao YouTube’s Partner Program, que
permite receber por anúncios, inscrições e financiamento coletivo (criando seu
próprio clube).
A partir disso, você pode solicitar uma avaliação para a
inserção de diversos tipos de materiais publicitários, ficando a cargo da
empresa liberá-los ou não. Por fim, o cálculo é baseado na taxa de CPM (custo
por mil impressões), que varia dependendo de fatores que vão desde tipo de
conteúdo até audiência.
E aí, preparado para começar sua jornada? Veja a variação de
rendimentos, ligue sua câmera e divulgue seu canal! Os números foram informados
por vários entrevistados, sendo que também não são fixos para cada um deles.
Mil visualizações: de US$ 2 a US$ 34
Os canais analisados pela Business Insider variam de 16 mil
e 1,4 milhão de inscritos, o que não determina o maior ou menor valor.
Abordando diversos assuntos, 14 criadores de conteúdo responderam a entrevista.
100 mil visualizações: de US$ 500 a US$ 2,5 mil
Os criadores ressaltaram que tudo depende do conteúdo
veiculado. No caso deles, a publicidade vem, principalmente, de bancos e afins,
dado o público-alvo. Número de visualizações é só um dos fatores, ainda que
seja realmente importante.
1 milhão de visualizações: de US$ 2 mil a US$ 4 mil dólares
Aí é estratégia pura. Um tutorial simples de uma empresa conhecida que traga muita atenção pode receber um valor bem alto, já que atrai o público. Uma grande produção pode render menos. Quatro criadores informaram esses dados.
Informações do Portal da Transparência do Estado do RN
mostram que o governo arrecadou o total de R$ 1.361.944.653,65 a mais quando
comparamos os primeiros sete meses de 2021 e 2020. Os dados são referentes
apenas a ICMS e FPE, excluindo os valores de adicionais de ICMS, Dívida Ativa
de ICMS, juros de mora da dívida ativa de ICMS e multas da Dívida Ativa de ICMS.
A informação foi divulgada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público
da Administração Direta do RN (Sinsp).
Entre janeiro e julho de 2021, todos os meses os recursos de
ICMS e FPE foram superiores ao arrecadado no mesmo período do ano anterior. Em
relação ao Fundo de Participação dos Estados o arrecadado nos sete primeiros
meses de 2020 foi de R$ 2,2 bi, enquanto em 2021, no mesmo período, o valor de
foi R$ 2,9 bi.
Com esses valores seria possível pagar com tranquilidade todos os salários atrasados referentes ao mês de dezembro de 2018 e 13° salário de 2018, e ainda sobraria bastante dinheiro para o Estado do RN.
Já no ICMS a diferença foi ainda maior. Em 2020, o Estado arrecadou até julho o total de 2,9 bi, enquanto em 2021 o número foi bem superior: R$ 3,5 bi.
Quando somamos o valor extra arrecadado pelo governo apenas nos primeiros sete meses de 2021 com ICMS e FPE chegamos ao incrível número de R$ 1.361.944.653,65. Valores que o Estado pode escolher como utilizar, podendo inclusive investir em recursos humanos, pagando os salários atrasados dos servidores públicos.
O concurso de número 2.397 da Mega-Sena não teve nenhum
acertador das 6 dezenas sorteadas na noite deste sábado (24), em São Paulo. O
prêmio acumulou e a estimativa é de que o próximo sorteio pague R$ 65 milhões.
As dezenas sorteadas foram:
06 – 14 – 20 – 39 – 46 – 48
Setenta e nove apostas acertaram a quina (cinco das seis
dezenas sorteadas) e vão receber prêmio de R$ 60.862,18 cada uma. Já a quadra –
quando o apostador acerta quatro, das seis dezenas sorteadas -, teve 6.058
apostas ganhadoras, que receberão prêmio de R$ 1.133,82.
O próximo sorteio será na quarta-feira (11), e está
programado para as 20h. O evento tem transmissão ao vivo pelo YouTube, e pode
ser acessado no canal da Caixa.
Com a pandemia de Covid-19, o número de nascimentos no País
em 2020 foi o menor desde 1994, segundo dados do Sistema de Informações de
Nascidos Vivos (Sinasc), do Ministério da Saúde, tabulados pelo Estadão. Foram
2.687.651 recém-nascidos no ano passado, ante 2.849.146 em 2019, queda de
5,66%.
Os nascimentos já estavam em queda ou estabilidade nos
últimos anos, mas em ritmo menos acelerado. Entre 2018 e 2019, por exemplo, a
diminuição no número de novos recém-nascidos havia sido de 3,2%. Já entre 2017
e 2018, o País tinha registrado leve alta de 0,7% nos nascimentos.
O impacto da pandemia no número de recém-nascidos foi maior
até mesmo que o do surto de zika e microcefalia que afetou o País entre 2015 e
2016. Naquele período, em que muitos casais adiaram a gravidez por medo das
sequelas deixadas pelo zika em algumas crianças, a queda de nascimentos foi de
5,3%. A última vez que o Brasil registrou um número menor de nascimentos do que
em 2020 foi há 26 anos, quando, em 1994, 2.571.571 bebês nasceram.
Os dados de 2020 analisados mês a mês demonstram que as
maiores quedas porcentuais ocorreram em novembro e dezembro, justamente nove e
dez meses depois de o coronavírus ser confirmado no Brasil. Nesses meses, a
queda foi de 9%, quase o dobro da média do ano.
A queda de nascimentos é algo que costuma ocorrer em
períodos críticos, mas não significa que ela se manterá constante com o passar
dos anos, explica Joice Melo Vieira, professora do Departamento de Demografia
(DD/IFCH) e pesquisadora do Núcleo de Estudos de População Elza Berquó (NEPO)
da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). “Se nos voltarmos para
casos semelhantes ao longo da história humana, é esperado que o número de
nascimentos decline durante pandemias, mas há certa recuperação depois que esse
período crítico terminar”, observa. “É claro que sempre existem os
casos de mulheres que atravessam períodos de crise já nos anos finais de seu
período reprodutivo e podem ter vivenciado dois abalos grandes – o zika e agora
a covid-19 – e que terão menores chances de recuperação da fecundidade
desejada.”
Segundo Joice, a retomada dos planos para ter filhos, quando
a pandemia passar, vai depender de políticas que vão além do controle da
circulação do vírus. “As pessoas, especialmente as mulheres, vão querer
ter filhos se e quando se sentirem confortáveis para tê-los, se encontrarem
condições propícias para isso. Políticas de redução de desigualdades e que
proporcionem maior estabilidade financeira às famílias, políticas que promovam
equidade de gênero no âmbito público e privado, políticas que favoreçam melhor
gestão do tempo dedicado à vida laboral e pessoal, tudo isso favorece a
recuperação da fecundidade”, destaca.
Para Raquel Zanatta Coutinho, professora adjunta no
Departamento de Demografia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG),
ainda não é possível saber se as pessoas vão desistir do plano de ter filhos ou
se isso terá um efeito inverso. “Pode ser que uma pandemia desse porte
mude para sempre o desejo por crianças. Diante das inseguranças do mundo, pode
ser que quem já estivesse tentado a não ter filhos decida de uma vez que a
maternidade não é um bom caminho”, diz Raquel. “Por outro lado, a
pandemia pode aumentar a fecundidade na medida em que as mulheres perdem o pouco
acesso que tem aos métodos de controle. Talvez tenha um baby
boom para alguns grupos.”
A emergência do zika vírus, de acordo com a professora da
UFMG, teve seu impacto e afetou principalmente as mulheres em situação de
vulnerabilidade. “Em nível nacional, o efeito foi pequeno, mas importante,
cerca de 5% menor do que no ano anterior. Para alguns Estados, como Pernambuco,
onde os casos de microcefalia se concentraram, a redução foi de 23% em 2016.
Isso mostra que o medo da microcefalia e sua proximidade geográfica foram
cruciais para despertar respostas reprodutivas. Mas o que mais chama atenção na
zika é o fato de que mulheres mais jovens, com menos de 25 anos, apresentaram
maior probabilidade de postergar, enquanto as mais velhas mantiveram os planos,
muito por medo de não terem tempo biológico para engravidar”, explica
Raquel. “Além disso, as mais escolarizadas e as mais estáveis
financeiramente conseguiam manter seus planos. Não tenho a menor dúvida de que
as piores consequências da covid-19 serão sentidas pelas mulheres,
especialmente as de baixa escolaridade e menor renda.”
A pandemia teve diferentes efeitos sobre o número de
nascimentos ao redor do mundo. Uma análise feita pela The Economist em outubro
observou uma tendência de queda nos nascimentos nos países de renda mais
elevada, como Cingapura, enquanto o número estava em alta em regiões de renda
mais reduzida, como Uganda.
Congelamento de óvulos. No ano passado, em relação a 2019,
chegou a ocorrer um movimento de queda de congelamento de óvulos, porque muitas
clínicas interromperam atendimentos ou focaram em pacientes que tinham mais
urgência em preservar a fertilidade, caso das mulheres com câncer.
Depois, ocorreu a retomada. “Toda vez que restringe,
cria-se uma demanda reprimida, a procura para as clínicas aumentou
bastante”, diz Emerson Cordts, médico ginecologista e membro da Sociedade
Brasileira de Rerodução Assistida (SBRA).
Em clínicas de fertilização, o movimento de mulheres buscando o congelamento de óvulos cresceu até 25%, segundo especialistas. O principal perfil é o de mulheres que não estão em um relacionamento estável. “A pandemia intensificou esse processo por causa da insegurança quanto ao futuro reprodutivo”, diz Daniel Suslik Zylbersztejn, urologista e coordenador médico do Fleury Fertilidade.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Próximo de completar 40 anos, o cantor Xand Avião ficou
ainda mais próximo dos filhos na pandemia. Em entrevista ao É Hit, canal de música
do Diário do Nordeste, o forrozeiro disse ter percebido um avanço na maturidade
de Enzo Temoteo e Isabella Temoteo, dois dos quatro filhos com quem convive.
Morador de Fortaleza há cerca de 16 anos, Xand Avião dividia
a agenda de shows com o acompanhamento dos filhos antes da pandemia. Com a
proibição de eventos, o tempo com os herdeiros aumentou. Na relação, ele deixa
evidente a parceria nos cuidados com a mulher — a influenciadora digital
Isabele Temoteo.
A herança genética musical é vista em pelo menos um dos
filhos de Xand Avião. Enzo Temoteo deve seguir os passos do pai. O comandante
do Aviões conta que prepara o lançamento do primeiro EP do herdeiro para
outubro deste ano.
Xand Avião explicou que ficou abismado com as temáticas das
letras do garoto. “Vocês vão se assustar com o EP. Umas letras que não sei
de onde tirou aquilo. O que me assustou mais foram as melodias, perfeitas. Ele
quer ser cantor. Não tem como segurar”.
Os filhos mais novos de Xand Avião estão crescendo e logo
devem ir para as festas com apresentações do pai. Os herdeiros mais velhos,
Águida e Adrian, já curtem eventos quando estão juntos.
“Não sei como vai ser cantar em um show e ver a Bebela com namorado no camarote. Vai me desconcentrar, viu? Eu sou um pai coruja. A minha afilhada já namora. Eu não me acostumei. O Adrian eu já vi com a namorada. Bateu ciúme, não só das meninas, como dos meninos. Vou mandar e cantar para eles”, comenta rindo o cantor.
Em meio aos trâmites para as eleições de 2022, o presidente
Jair Bolsonaro (sem partido) tem intensificado as viagens ao Nordeste. Do ano
passado para cá, o chefe do Executivo nacional aumentou em 26,6% seus
compromissos na região.
Levantamento feito pelo Metrópoles com base na agenda
presidencial mostra que Bolsonaro esteve em todos os nove estados da região em
2021. No total, o mandatário do país participou de 19 eventos no Nordeste. Em
2020, de março — mês em que foi decretada a pandemia de coronavírus — a
dezembro, foram 15 compromissos na região.
O estado mais visitado por Bolsonaro em 2021 foi a Bahia,
com cinco eventos. Na sequência, aparecem Ceará, com três agendas, e Maranhão,
Piauí e Rio Grande do Norte, com dois eventos em cada unidade federativa.
De março de 2020 a dezembro do mesmo ano, o estado do Ceará aparece como o mais prestigiado pelo presidente: foram quatro agendas.
“Cabras da peste”
O Nordeste é a única região em que Bolsonaro foi derrotado por Fernando Haddad (PT) no segundo turno das eleições de 2018. Na ocasião, o militar conquistou 30% dos votos, enquanto o petista teve 69%. Em campanha pela reeleição, o titular do Planalto busca conseguir mais apoio na localidade, reduto eleitoral do ex-presidente Lula.
Mais de dez instituições de educação superior anunciaram
neste mês de julho que tiveram seus pedidos de criação de cursos de Direito na
modalidade a distância aprovados pelo Ministério da Educação, por meio do
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep),
responsável por analisar os projetos.
Desde 2009, diversas instituições buscavam o credenciamento
junto ao MEC de cursos de Direito feitos de forma 100% virtual. Os pedidos
ficaram parados durante anos, mas de acordo com o Sindicato das Mantenedoras do
Ensino Superior (Semesp), cerca de 90% das instituições com pedidos de
autorização relataram movimentações recentes em seus processos.
Um dos motivos relatados para o rápido andamento e as
autorizações recebidas pelas instituições foi o fato de que, a partir de abril
de 2021, em decorrência da pandemia de Covid-19, o Inep começou a fazer as
visitas de forma virtual. Os avaliadores fazem entrevistas online e verificam
as instalações das faculdades por meio de câmeras, o que dispensa viagens.
Foi nesse contexto que instituições particulares anunciaram
que receberam avaliações positivas do MEC, alcançado uma etapa mais adiantada
do processo de credenciamento, algo inédito para o curso de Direito.
A liberação para que as instituições abram processo seletivo
e façam matrícula de estudantes ainda depende de autorização final do MEC, com
publicação no Diário Oficial da União.
A questão gera muitas dúvidas e questionamentos sobre o
futuro do ensino jurídico no país, pois a demanda pelo ensino a distância
cresceu muito nos últimos anos, especialmente durante a pandemia. Segundo o
Mapa do Ensino Superior no Brasil do Semesp, a rede privada registrou um
aumento de 9,8% nas matrículas em cursos EaD durante o primeiro semestre de
2021.
Para o diretor da Faculdade de Direito da USP, Floriano de
Azevedo Marques, a implantação de cursos de Direito na modalidade a distância é
“altamente temerária”. Diz acreditar que a medida é um desserviço
tanto para o ensino jurídico quanto para o direito do consumidor.
O diretor ressaltou
que a experiência do ensino na forma remota, ocasionada pela pandemia,
demonstrou quanto é difícil a promoção de um bom curso de direito em ambiente
virtual. A universidade fez o possível para continuar com as mesmas atividades,
mas, de toda forma, o ensino a distância trouxe perdas relevante ao processo de
aprendizagem. “Tornar perene o ensino remoto pode eternizar a precariedade
do ensino jurídico”, pontuou.
Segundo Floriano, a aula presencial é insubstituível, tanto
pela interação do professor com o aluno, quanto pela interação entre os alunos,
pois o Direito é uma ciência social e não deve se transformar em “!pílulas
de conhecimento”.
“Há uma série de atividades interativas que demandam a
participação do aluno, e algumas abordagens de ensino que são incompatíveis com
o ensino remoto. O curso de direito virtual não vai formar um jurista.”
Além disso, na opinião do professor, recrutar consumidores
para cursos 100% online vende a falsa ilusão de que essas pessoas terão uma
experiência adequada, mas acaba sendo vendida uma ilusão.
José Rogério Cruz e Tucci, sócio do escritório Tucci
Advogados Associados e professore de Direito da USP, não concorda com esse
modelo de curso para ensino do Direito. Na sua opinião, como o MEC já
considerou que diversos cursos de pós-graduação não tinham qualidade suficiente
na forma virtual, disse acreditar que a graduação também não atinge os padrões
de qualidade necessários para uma boa formação.
Engels Rêgo, diretor da Unyleya, uma das instituições
aprovadas pelo MEC, ressaltou que o curso 100% digital possibilita o acesso de
pessoas que têm dificuldade de frequentar um determinado local físico ou que
necessitem de total flexibilidade de tempo e ritmo.
“O advento da pandemia da Covid-19 fez com que os
cursos passassem a ser oferecidos de maneira remota, mas isso é diferente de
conceber um programa realmente a distância, com toda a metodologia e tecnologia
que a modalidade requer. Com a autorização do MEC, o mercado poderá ter um
curso efetivamente digital, concebido para os dias atuais e formando
profissionais para o presente e o futuro da prática do Direito”, afirmou.
Em publicação no site da Uninter, a coordenadora e
organizadora da grade curricular do curso de Direito EaD, Tiemi Saito, afirmou
que a proposta não é apenas transportar a matriz curricular do Direito
presencial e projetar as aulas expositivas de forma gravada.
Segundo ela, foi preciso estruturar um novo curso de
Direito, o que comprova que é possível otimizar a aprendizagem das ciências
jurídicas pelo ensino a distância e utilizando-se de ferramentas tecnológicas
não como meros aparatos, mas como ferramentas efetivas no processo de ensino e
aprendizagem.
Tiemi ressaltou que o ensino a distância torna possível o
sonho de diversos brasileiros que, por razões circunstanciais, culturais e
econômicas, não conseguiam antes se formar em Direito. “É democratizar o
acesso à justiça e o acesso ao ensino jurídico de qualidade.”
A opinião da OAB
Quando surgiram os primeiros pedidos de credenciamento de
cursos de Direito EaD, a Ordem dos Advogados do Brasil fez pressão política
contra os andamentos desses processos.
Com a retomada de alguns processos de autorização, no final
de 2019, a Ordem entrou com um pedido liminar na 7ª Vara Federal do Distrito
Federal requerendo o reconhecimento da inviabilidade da oferta de cursos de
Direito a distância.
Foram apresentados dois argumentos principais: inexistência
de regulamentação específica que autorize a oferta de cursos de Direito a
distância e a incompatibilidade entre as diretrizes curriculares da graduação
jurídica, que tem a prática como eixo nuclear.
A OAB também sustentou que o Brasil não comporta mais cursos
na área de Direito e que as novas vagas não atendem aos padrões de qualidade.
Atualmente, já há mais de 1,8 mil cursos de Direito, com
cerca de 350 mil vagas anuais. O Brasil está entre os países com mais advogados
no mundo: são 1,2 milhão de profissionais do ramo, ou seja, um advogado a cada
174 habitantes. Já o “estoque de bacharéis” em Direito, aqueles que
se formaram, mas não passaram no exame da Ordem, é de 2,5 milhões, que é um
indicativo da baixa qualidade de alguns cursos, segundo a entidade.
A Ordem acabou derrotada sob o argumento de que a
fiscalização dos cursos não cabe às entidades representativas de classe, mas ao
MEC.
Em 2020, a OAB ainda ajuizou uma arguição de descumprimento de preceito fundamental no Supremo Tribunal Federal, com objetivo de suspender a autorização de novos cursos e a expansão de vagas, tanto no ensino presencial quanto no EaD. O pedido foi negado pelo ministro Ricardo Lewandowski.
Comentários