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Categoria: julho 24, 2021

Prédio da nova Central do Cidadão de São Miguel já está concluído

GOVERNADORA FÁTIMA BEZERRA VISTORIOU LOCAL QUE RECEBEU R$ 1,7 MILHÃO EM INVESTIMENTOS DO GOVERNO DO ESTADO, VIA PROJETO GOVERNO CIDADÃO. FOTO: ELISA ELSIE

Em São Miguel, no Alto Oeste potiguar, a governadora Fátima Bezerra realizou uma vistoria no prédio construído para abrigar a nova Central do Cidadão do município. A construção, que recebeu R$ 1.795.745,36 em obras e equipamentos, foi recebida pela atual gestão com 0% de execução, mas agora está concluída.

O evento ocorreu nessa sexta-feira, 23, e teve a participação de grande parte do secretariado estadual. A governadora disse, na ocasião, que “o novo prédio aproxima a gestão estadual da população do Alto Oeste, levando serviços diretos e de grande importância para os cidadãos”.

O secretário estadual Fernando Mineiro (Gestão de Projetos e Metas), coordenador do Projeto Governo Cidadão, órgão responsável pela obra viabilizada com recursos do empréstimo junto ao Banco Mundial, lembrou: “a atual gestão teve que solucionar diversos problemas e inconsistências nos contratos de construção desta e de outras centrais, deixados pela gestão passada, para que chegássemos ao fim das obras.”

Sede própria

Luis Renato Nogueira, coordenador de Atendimento ao Servidor e ao Cidadão da Secretaria de Estado da Administração (Sead), órgão responsável pela operação das centrais, destacou que o prédio foi construído em terreno próprio do Estado, o que vai eliminar gastos com aluguel e, como foi construído com a finalidade de abrigar uma central, trará mais conforto e funcionalidade a usuários e servidores. O local precisa apenas de alguns ajustes para entrar em funcionamento.

Os serviços oferecidos na unidade beneficiarão a população local de pouco mais de 23 mil habitantes e moradores das cidades vizinhas como Doutor Severiano, Venha-Ver, Coronel João Pessoa e Encanto. Pela proximidade com a divisa com o Ceará, também pode vir a contemplar moradores das cidades cearenses de Icó e Pereiro. Alguns dos serviços que devem ser disponibilizados na unidade são emissões de carteiras de identidade (ITEP), de trabalho e CPF, bem como serviços oferecidos pelo DETRAN.

Centrais: mais de R$ 50 milhões investidos

O Governo do Estado está investindo R$ 51.585.575,86 milhões na construção, ampliação e/ou reforma de 22 prédios das Centrais do Cidadão pelo Rio Grande do Norte. Dezoito já foram concluídas por meio do Governo Cidadão (Alexandria, Apodi, Assú, Caicó, Caraúbas, Ceará-Mirim, Currais Novos, João Câmara, Macau, Mossoró, Parelhas, Parnamirim, Pau dos Ferros, Santa Cruz, São José de Mipibu, São Miguel, São Paulo do Potengi e Nova Cruz).

As obras da Zona Norte, Macaíba e Zona Sul de Natal estão em execução, enquanto na Zona Oeste, que funcionará na rodoviária da capital, a fase é de contratação. Somados, só os investimentos nas centrais em Natal (Zonas Norte, Zona Sul, Zona Oeste e Macaíba) atingem a cifra de R$ 9.407.055,67.

Além dos já citados, participaram do evento o deputado estadual Raimundo Fernandes; o prefeito de São Miguel, Célio Gonçalves; os secretários estaduais Aldemir Freire (Seplan), Alexandre Lima (Sedraf) e Jaime Calado (Sedec), Socorro Batista (secretária adjunta do GAC), Gilton Sampaio (diretor presidente da FAPERN), Aparecida Vieira (Diretora da 15ª Dired – Pau dos Ferros), Flaubert Torquato (chefe de gabinete da Seplan) e Benaldo Medeiros (assessor do GAC).

Em São Miguel, o Governo do Estado investe, por meio do Projeto Governo Cidadão, R$ 2,5 milhões em 4 ações no município que incluem, ainda, 3 Subprojetos de obras hidroambientais e de sistemas de abastecimento e tratamento de água que totalizam R$ 407 mil.

Ao todo, os investimentos do Governo do Rio Grande do Norte, via Projeto Governo Cidadão, contemplam 25 dos 30 municípios do território do Alto Oeste e somam, até agora, R$ 51,4 milhões.  Até dezembro de 2018, foram concluídas ações no valor de apenas R$ 12,2 milhões. E a partir de 2019, as ações concluídas e em execução já somam R$ 39,2 milhões.

Presidente da FIERN endossa posicionamento da CNI em defesa do Sistema S

FOTO: DIVULGAÇÃO

O presidente do Sistema FIERN, Amaro Sales de Araújo, endossou a manifestação pública feita pelo presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, que lamentou as declarações do secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, ao Jornal Valor Econômico, nessa quinta-feira (23).

Para o presidente Amaro Sales, a fala do secretário ao insinuar que deveria haver cortes no orçamento do Sistema S, demonstra total falta de conhecimento sobre o papel e a atuação das entidades que integram o Sistema S – como o Serviço Social da Indústria (SESI) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) – importantes aliadas do Brasil na promoção de educação básica e profissional, inovação, tecnologia, saúde e segurança no trabalho.

“O senhor Adolfo não conhece o Sistema Indústria. Um desinformado querendo aparecer, já que o trabalho que o SESI e o SENAI entregam à sociedade industrial é, sem sombra de dúvidas, incomparável”, afirmou.

Ele lembra que esta não é a primeira vez que tal ameaça é feita e que o Sistema vem sofrendo reduções no orçamento, de forma sistemática, nos últimos anos. E explica que os recursos do Sistema S são de natureza privada, previsto constitucionalmente, de que serão arrecadados para financiamento da qualificação profissional e formação e defesa dos interesses do trabalhador, da mão de obra. 

“Na longa caminhada do Sistema, sempre sofremos estes ataques. O dinheiro é privado. Precisamos acabar com esta sanha, em busca de um recurso que não é do governo. E R$ 6 bilhões no caixa do governo, só serviria para tapar o sol com a peneira. É inadmissível. Vamos enfrentá-los. No Congresso ou na Justiça”, garantiu o presidente da FIERN.

Confira abaixo, na íntegra, o posicionamento do presidente da CNI:

SESI e SENAI trabalham há 80 anos pela inserção dos jovens menos favorecidos no Brasil, dando formação e cidadania

O Serviço Social da Indústria (SESI) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) lamentam as declarações do secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida. Suas falas demonstram profundo desconhecimento de como as instituições já contribuem, de forma efetiva e permanente, com a inserção de jovens brasileiros no mercado de trabalho, sobretudo os de classes menos favorecidas. 

“Querer desestruturar o trabalho já realizado pelo SESI e pelo SENAI por meio de uma ‘facada’, na tentativa de enfraquecer duas das principais instituições com capacidade para contribuir com os esforços de reduzir a informalidade e o desemprego no país, isso sim, é condenar uma parcela da população à pobreza”, afirma Robson Braga de Andrade, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI). 

O SENAI é a principal instituição de ensino técnico e profissional do país, com mais de 80 milhões de trabalhadores formados em oito décadas de atuação. Seu modelo de formação mantém o currículo sempre alinhada à evolução tecnológica da indústria, o que se traduz em inclusão e empregabilidade para os jovens capacitados em diversos setores da indústria.

Tanto é que 7 em cada 10 de seus egressos – cuja renda média é de 1,54 salário-mínimo (a renda média do país é de 2,54 SM) – encontram-se empregados um ano após a conclusão da formação técnica, resultado de uma metodologia eficaz e em constante atualização, reconhecida pela OIT e pela Unesco e replicada em mais de 20 países.

O SESI oferece educação básica focada na formação para o futuro do trabalho a mais de 900 mil jovens. Sua metodologia é de reconhecida excelência e seus alunos têm elevado desempenho no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). Em 2020, a Educação de Jovens e Adultos (EJA) beneficiou 36,7 mil trabalhadores já fora da idade escolar, permitindo a conclusão dos estudos e maior possibilidade de inserção no mercado de trabalho e crescimento profissional. 

Em 2020, o SESI e o SENAI formaram a primeira turma do Novo Ensino Médio, numa experiência pioneira no Brasil. São 198 jovens, dos quais 13% da classe C e 87% da classe D, que chegam ao mercado de trabalho com um diploma técnico.

Além disso, em 2020, 4,3 milhões de trabalhadores foram beneficiados com serviços de saúde e segurança do trabalho e 869 mil vacinas contra a gripe foram aplicadas. Em 2021, o SESI já apoiou o poder público na vacinação de mais de 730 mil brasileiros contra a Covid-19, reforçando o compromisso de acelerar a imunização dos trabalhadores, sem a qual o Brasil não retomará uma rota firme e consistente de crescimento econômico.

Durante os meses mais agudos da pandemia, em 2020, o SENAI ofereceu mais de 1.570.148 matrículas gratuitas em cursos de educação técnica e profissional para contribuir com a continuidade da formação e qualificação do trabalhador brasileiros. Em parceria com mais de 20 empresas e instituições – entra as quais o Ministério da Economia – o SENAI liderou a iniciativa que resultou no conserto de mais 2,5 mil respiradores mecânicos que foram devolvidos a hospitais das redes pública e privadas, contribuindo para salvar as vidas de milhares de pacientes infectados pelo coronavírus.

Três programas com o Ministério da Economia

Embora o secretário do Ministério da Economia demonstre não saber, o SENAI já participa de três programas iniciados em 2020 justamente com foco na inserção de jovens no mercado de trabalho e no aumento da produtividade de empresas: o Emprega Mais, o Brasil Mais e o Aprendizagem 4.0, sendo que esta busca formar uma nova mão de obra para a indústria brasileira e tem como premissa inserir a juventude nas tecnologias digitais tão requeridas no processo de transformação digital das empresas.

Também é importante lembrar que o SESI e o SENAI estavam negociando com o Ministério da Economia a participação nos novos programas de inclusão de jovens no mercado de trabalho, via oferta de vagas gratuitas para qualificação profissional.

Para essa parcela da população, o SESI e o SENAI já representam uma oportunidade de conquistar condições mais sólidas de empregabilidade e mobilidade social, um passaporte para a cidadania para milhares de jovens carentes.

Robson Braga de Andrade, presidente da CNI