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Categoria: julho 16, 2021

Congresso aprova diretrizes do Orçamento para 2022 com quase R$ 6 bilhões para fundo eleitoral

FOTO: DIVULGAÇÃO/EBC

O Congresso Nacional aprovou, nessa quinta-feira (15), o substitutivo do deputado Juscelino Filho (DEM-MA), relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2022. O texto foi analisado pelos deputados e, em seguida, seguiu para votação no Senado. Mais cedo, ainda pela manhã, havia sido aprovado pela Comissão Mista do Orçamento (CMO). Agora, segue para sanção presidencial. Dentre os principais pontos está o aumento de recursos para o Fundo Especial de Financiamento de Campanha — fundo eleitoral destinado ao financiamento de campanhas políticas.

O texto aprovado traz a previsão do salário mínimo de R$ 1.147 em 2022. Atualmente, ele é de R$ 1.100. Já a estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) para o ano que vem ficou em 2,5% e taxa básica de juros média em 4,7%. No entanto, na visão do relator, Juscelino Filho, a estimativa é conservadora e existe a possibilidade de os números serem mais otimistas, a depender do crescimento da economia.

Fundo eleitoral

Um dos pontos polêmicos do texto situa-se no aumento da verba para o fundo eleitoral para o ano que vem, de cerca de R$ 2 bilhões para mais de R$ 5,7 bilhões. Os recursos do fundo, que são públicos, são divididos entre os partidos políticos para financiar as campanhas eleitorais. De acordo com o texto, a verba do fundo será vinculada ao orçamento do Tribunal Superior Eleitoral, prevendo 25% da soma dos orçamentos de 2021 e 2022.

Muitos parlamentares criticaram o aumento do Fundo Eleitoral em quase o triplo do valor anterior. Na mesma esteira, também reclamaram da redução do orçamento para a saúde e para as universidades, além da previsão de um salário mínimo com aumento abaixo da inflação. Os defensores do texto de Juscelino argumentam que o valor é importante para partidos e candidatos em suas campanhas, desde que seja usado de maneira transparente.

Na Câmara, a LDO foi aprovada sem o voto favorável dos partidos de oposição. Também votaram contra partidos como o Novo. Ainda assim, agremiações partidárias que criticaram o texto, como PCdoB e Rede, pouparam a presidente da comissão mista do Orçamento, senadora Rose de Freitas (MDB-ES) e o relator. Para líderes desses partidos, houve um esforço de melhora do texto em comparação com o que chegou ao Congresso Nacional.

Na Câmara, a LDO foi aprovada por 278 votos a 145. No Senado, o texto passou por por 40 votos a 33. Partidos de oposição, além do Podemos e senadores do MDB, também se colocaram contra o texto. Por isso, a votação no Senado foi apertada.

O relator da LDO destacou a priorização do orçamento ao programa Casa Verde e Amarela, que substitui o Minha Casa, Minha Vida, e ao Plano Nacional de Imunização (PNI). “Priorizamos a garantia de recurso e o não contingenciamento para o PNI, assim como para o atendimento aos que sofreram sequelas da covid-19”, explicou.

O parecer também prevê a realização do censo demográfico, excluído do Orçamento de 2021 por falta de recursos, ponto explorado pelo relator na defesa do seu texto. “Garantimos a realização do nosso censo demográfico. A Comissão de Orçamento tem o compromisso de garantir os recursos necessários para a realização do censo demográfico no próximo ano”, disse.

Vacinas e retomada de obras

O relator do texto também destacou a reserva de parte do orçamento – com ampliação de recursos – para o setor de pesquisa e desenvolvimento de insumos imunobiológicos. Para o deputado, o Brasil precisa estar preparado para o desenvolvimento de vacinas caso um novo vírus se espalhe, como ocorreu com o novo coronavírus, para não depender apenas de imunizantes importados.

O texto da LDO também dá atenção à retomada de obras paralisadas no país. “No nosso relatório garantimos a possibilidade de que todos os órgãos da esfera federal possam ter a oportunidade de fazer o reequilíbrio na planilha orçamentária para viabilizar a retomada e entrega de obras paralisadas”, disse Juscelino.

Contingenciamento

Algumas áreas foram poupadas do contingenciamento (bloqueio) no próximo ano. Além do Censo Demográfico, fazem parte da lista a segurança pública, escolas de ensino em tempo integral e programas de expansão de internet e inclusão digital, além de pesquisas de desenvolvimento de tecnologias do setor agropecuário.

O relator manteve o déficit primário de R$ 170,47 bilhões para o ano que vem das contas públicas do Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central). O déficit primário representa o resultado das contas do governo, desconsiderando o pagamento dos juros da dívida pública. Com o déficit previsto para o próximo ano, esse será o nono ano seguido de contas públicas no negativo.

Agência Brasil

Documentos históricos do Teatro Alberto Maranhão serão recuperados pela UFRN

FOTO: DIVULGAÇÃO/FJA

O diretor do Teatro Alberto Maranhão Ronaldo Costa entregou na tarde desta quarta (15/07) documentos históricos ao Laboratório de Restauração e Conservação de Livros e Documentos Históricos (Labre) da UFRN. Os registros de pauta do teatro que datam desde 1904, serão recuperados, tratados e digitalizados para servirem a pesquisadores, estudantes e interessados na história do TAM.

Os documentos históricos estão sob guarda permanente da Fundação José Augusto, atualmente armazenados no Centro de Documentação do Solar João Galvão, no Bairro da Ribeira, aguardando sua realocação após a reabertura do Teatro Alberto Maranhão.

O trabalho de recuperação do acervo será conduzido pela professora Maria da Conceição Guilherme (Labre), por Iris Álvares Dantas, Coordenadora do Laboratório de Imagens da UFRN (LABIM) e pela professora Monize Moura, coordenadora do Projeto Memoria do Teatro Alberto Maranhão.

A história do Teatro Alberto Maranhão, fechado para reforma desde 2015, é de enorme relevância para a cultura do Rio Grande do Norte. A memória do edifício, que está preservada em um acervo composto de documentos diversos – em sua maioria recortes de jornais, fotografias e programas de espetáculo – que permitem retraçar e compreender diferentes aspectos da vida artística, cultural e da sociedade natalense e potiguar, constituindo uma das principais fontes para pesquisas acerca da História das Artes do Rio Grande do Norte, sobretudo do Teatro e da Dança. 

Destaque para a publicação “História do Teatro Alberto Maranhão (1980)”, escrita por Meira Pires, talvez o mais renomado diretor do Teatro Alberto Maranhão, teve como fonte de pesquisa o acervo histórico. A obra disponibiliza importantes informações sobre a inauguração do Teatro e sobre as ocupação das pautas na primeira metade do século XX.

Filho adotivo de Cid Moreira diz que após se assumir gay o pai mudou com ele

ROGER FELIPE MOREIRA E CID MOREIRA. FOTO: REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

Roger Felipe Moreira, filho adotivo de Cid Moreira, de 93 anos, voltou a falar sobre a conturbada relação com o pai famoso. Ao ser entrevistado pelo colunista Felipeh Campos numa live no Instagram, o cabeleireiro disse que Cid mudou de comportamento após ele se assumir gay e querer viver uma vida mais independente.

No bate-papo, Roger ainda contou que o veterano lhe impedia de estudar: “Na época que eu trabalhava com ele, indo para a TV Globo ou em outros projetos profissionais, ele não queria que eu estudasse, achando que eu iria me envolver com pessoas erradas e dizendo que eu era filho dele (uma pessoa conceituada)”.

Na terça-feira (13), Roger Felipe deu uma entrevista para o progama “Balanço Geral”, da Record TV, e revelou que foi ‘deserdado’ por Moreira, além de se sentir mal pelo pai dizer que foi “um engano adotá-lo”. No jornalístico, ele mostrou o documento enviado por Cid para avisá-lo de que não fazia mais parte de seu testamento.

Na mensagem, Cid recordou quando Roger ameaçou processá-lo na Justiça do Trabalho por conta da ajuda dada em seus trabalhos de locução. “Você continua sendo meu filho adotivo porque não consegui reverter a adoção (…). Eu fiz um documento e deserdei você. Escrevi de próprio punho e assinei. Juntei pareceres de profissionais da saúde para provar que não estou senil. Foi um engano te adotar. Fico feliz em saber que você está sendo capaz de se manter”, escreveu o artista num trecho do texto.

Sobrinho da ex-esposa de Cid, Roger foi adotado pelo ex-apresentador do Jornal Nacional após passar um período de férias na casa dos tios.

IstoÉ

Em proposta de delação, viúva de Adriano aponta quem mandou matar Marielle

JULIA MELLO LOTUFO DETALHA UMA SÉRIE DE ASSASSINATOS ENVOLVENDO O SEU EX-MARIDO E LISTA AUTORIDADES QUE RECEBIAM SUBORNO PARA ACOBERTAR O CRIME ORGANIZADO. FOTO: REPRODUÇÃO

As circunstâncias das mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018, e do ex-capitão da PM Adriano Magalhães da Nóbrega, em fevereiro de 2020, ainda não foram totalmente esclarecidas. O Ministério Público (MP) do Rio de Janeiro não chegou até agora aos mandantes dos assassinatos de Marielle e de Anderson. Já o MP da Bahia tenta desvendar se Adriano foi morto numa troca de tiros com a polícia, conforme a versão oficial, ou torturado e executado, como alega a família dele. Não faz muito tempo esses personagens quase acabaram associados quando autoridades lançaram a suspeita de que o ex-capitão participou da morte da vereadora, hipótese que depois foi descartada pelos investigadores. Agora, no entanto, a sombra de Adriano está de volta ao caso. O motivo é o acordo de delação premiada que a viúva dele, Julia Mello Lotufo, está negociando. Em conversas com promotores do Rio, ela revelou quem foi o mandante da execução de Marielle e Anderson, detalhou a participação de Adriano em uma dezena de homicídios encomendados pela contravenção e listou agentes públicos que receberam propina para acobertar crimes.

Em regime de prisão domiciliar e obrigada a usar tornozeleira eletrônica, Julia propôs a colaboração com o objetivo de conseguir a revogação das medidas restritivas determinadas pela Justiça e, assim, recuperar a própria liberdade. O MP ainda não respondeu se aceita a delação. Alguns promotores demonstraram preocupação com o que consideram inconsistências e ausência de provas em alguns dos relatos recebidos. Os anexos de Julia estão sob sigilo, mas VEJA conseguiu reconstituir o que ela já disse sobre a ligação do ex-­marido com o caso Marielle.

As primeiras informações foram prestadas por ela numa conversa com outras seis pessoas, em Brasília, em fevereiro de 2020, poucos dias depois da morte do ex-capitão. Na ocasião, Julia contou que Adriano não teve participação alguma no assassinato da vereadora e chegou a cobrar satisfações de seus comparsas em Rio das Pedras, na Zona Oeste do Rio, para saber se algum deles tinha envolvimento com o caso. A viúva admitiu na conversa que Adriano não agiu por empatia. Longe disso. A preocupação dele era com a possibilidade de as investigações sobre o crime atrapalharem os negócios que ele tocava na região, que iam da grilagem de terras à exploração de máquinas caça-níquel.

De acordo com o relato de Julia, integrantes da milícia que atua na comunidade Gardênia Azul procuraram o ex-capitão para discutir a possibilidade de ele preparar um plano para assassinar Marielle. Ao fazer a sondagem, alegaram que a atuação da vereadora estaria colocando em risco os negócios da milícia não só em Gardênia Azul, mas em Rio das Pedras. Segundo a viúva contou às promotoras, Adriano teria considerado a ideia absurda e arriscada demais, especialmente por envolver uma parlamentar. Tempos depois, ele foi surpreendido com a notícia do crime. Ao cobrar satisfações de comparsas de Rio das Pedras, teria ouvido que a ordem partiu do alto-comando da Gardênia Azul. Nenhuma das fontes consultadas pela reportagem quis informar o nome da pessoa que, conforme o relato de Julia, ordenou a execução de Marielle e Anderson. Um dos chefes da milícia de Gardênia Azul é o ex-vereador Cristiano Girão. Em setembro do ano passado, a Polícia Civil e o MP realizaram busca e apreensão em endereços de Girão e de pessoas ligadas ao PM reformado Ronnie Lessa, preso por participar do assassinato de Marielle. Os dois são suspeitos de envolvimento na morte de um casal em 2014, num crime com “características muito peculiares e que se assemelham muito com o que vitimou a vereadora Marielle Franco e seu motorista” segundo o delegado Antônio Ricardo Nunes, na época chefe do Departamento Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa.

Veja

TV Jovem Pan será o sonhado canal antiGlobo de bolsonaristas

FOTO: SALA DE TV

O empresário Antônio Augusto Amaral de Carvalho Filho, o Tutinha, CEO do Grupo Jovem Pan, tem se dedicado aos detalhes finais – burocráticos, técnicos e financeiros – para colocar no ar a TV Jovem Pan na sintonia ocupada anteriormente pelos canais Loading e Ideal TV, e no qual a MTV Brasil operou até 2013.

A expectativa é lançar a emissora em setembro ou outubro, com 45 retransmissoras de sinal aberto em todas as regiões do País e acesso por operadoras de TV paga. Equipes de jornalistas trabalham na montagem da grade de programação. Várias produções disponíveis na plataforma de conteúdo da Jovem Pan, a Panflix, serão adaptadas para a televisão.

“Trazer de volta a TV à família Carvalho, que um dia foi dona da TV Record, é um desejo de muitos anos”, escreveu Tutinha em uma rede social. O empresário de 65 anos se inspira no avô, Paulo Machado de Carvalho (que dá nome ao Estádio do Pacaembu), fundador da Record. Tutinha foi cocriador do ‘Pânico’ no rádio e responsável por levá-lo à RedeTV! e depois Band.

Nos últimos anos, a Jovem Pan se tornou uma marca associada à direita no espectro político. O canal do grupo deve ser a TV declaradamente pró-Bolsonaro tão desejada por assessores e seguidores do presidente. Algumas das estrelas da Pan no rádio e na internet são defensoras contumazes do bolsonarismo, como o âncora Augusto Nunes e os comentaristas Rodrigo Constantino e Ana Paula Henkel.

Desde a posse de Bolsonaro, em janeiro de 2019, especula-se qual emissora seria a grande aliada do presidente em oposição às ‘inimigas’ Globo e GloboNews. A primeira candidata foi a RecordTV, por conta do apoio de seu dono, o bispo Edir Macedo, ao ocupante do Palácio do Planalto. Mas, estranhamente, Bolsonaro nunca deu atenção especial ao canal ligado à Igreja Universal do Reino de Deus. O jornalismo da Record às vezes suaviza pautas problemáticas sobre o presidente, porém, não chega a defendê-lo abertamente.

O SBT seria uma opção. Silvio Santos é tão simpático a Bolsonaro que já o recebeu duas vezes em sua mansão no Morumbi, em São Paulo. Contudo, o jornalismo desprestigiado de sua emissora não tem força para ser porta-voz do governo federal. Com vice-presidente, Marcelo de Carvalho, ‘bolsonarista roxo’, a RedeTV! bem que gostaria de se projetar nessa função. Falta audiência: registra média diária de audiência inferior a 1 ponto.

Terra

Governo do RN sanciona Lei de microrregiões de Águas e Esgotos

PROJETO APROVADO PELA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO RN ATENDE REGRA DO MARCO LEGAL DO SANEAMENTO. FOTO: SANDRO MENEZES

A governadora Fátima Bezerra sancionou nesta quinta-feira (15) Lei Complementar n⁰682 que institui as microrregiões de Águas e Esgotos do Centro-Oeste e do Litoral-Seridó do estado. O Projeto de Lei foi aprovado pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte (ALRN) nessa quarta-feira (14). “O novo marco legal do saneamento é imprescindível para que municípios pequenos tenham tanto direito ao acesso de recursos federais, quanto os municípios maiores. Saneamento básico é um serviço essencial e, sobretudo, é saúde pública. E nós faremos o que for preciso para viabilizar aporte de recursos para os 139 municípios do Estado que, sem essa lei, corriam o risco de ficar de fora, caso não tivéssemos feito esse trabalho de microrregionalização”, afirmou a governadora.

A lei institui duas microrregiões: a Central-Oeste e Litoral-Seridó. Com estas estruturas será possível assegurar recursos da União para investimentos em abastecimento de água e esgotamento sanitário. A microrregião terá natureza jurídica de autarquia governamental de regime especial, com caráter deliberativo e normativo, e personalidade jurídica de Direito Público.

“A aprovação dessa lei é fundamental para o Estado, que tem 80% de seus municípios no semiárido, e que somente 28 deles tem mais de 20 mil habitantes. Ou seja, somente 28 cidades têm viabilidade econômico-financeira para instalação de sistemas de esgotamento sanitário e de distribuição de água, os outros 139 do RN são inviáveis, e ainda dos 28 alguns não são viáveis sozinhos, daí a importância das microrregiões”, explica o diretor presidente da Caern, Roberto Linhares. “Quem quiser investir nas cidades lucrativas precisa levar junto outras cidades pequenas, protegendo os municípios de menor condição econômico-financeira”, complementou.

Os blocos foram pensados de forma a serem viáveis para todos os municípios, não trazendo privilégios para alguns específicos. As microrregiões poderão licitar os serviços e escolher as suas agências reguladoras observando as questões legais. A regionalização possibilitará, também, que o Estado trabalhe nas metas de universalização definidas no Marco.

Regionalização no RN

No processo de criação das microrregiões de água e esgoto, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), considerou critérios como: viabilidade econômico/financeira dos blocos, integração entre os componentes de cada região, delimitação das bacias hidrográficas, divisão da infraestrutura operacional dos serviços de água e esgotamento sanitário, Integração da infraestrutura hídrica, tendo como base a infraestrutura existente e projetada, as Macrorregiões de Planejamento do Estado e os estudos de regionalização já realizados como o estabelecido no Plano Estadual de Resíduos Sólidos. “A formação de unidades regionais, que são as microrregiões, garante o atingimento de metas de universalização dos serviços de água e esgoto até 2023, estabelecidas no Marco Regulatório do Saneamento. Como também resolve os problemas do saneamento básico de uma maneira articulada com os municípios, em forma de ganho de escala”, disse o secretário João Maria Cavalcanti.

Antes de seguir para a análise e deliberação da Assembleia Legislativa, a própria Assembleia e a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh) realizaram audiências públicas acerca das microrregiões.

Histórico

O processo de regionalização segue determinação da Lei 14.026/2020, o novo Marco Legal do Saneamento, que destaca a prestação de serviço regionalizada. Essa etapa é indispensável para acesso aos recursos federais para o setor. O prazo determinado em Lei para aprovação termina hoje (15), e caso as microrregiões não fossem criadas pelo Estado, seriam definidas pelo Governo Federal.  Assim, é importante destacar que a esfera estadual tem um melhor conhecimento da realidade potiguar para definição destas.

Dos deputados federais do RN, só Rafael Motta e Natália Bonavides votaram contra projeto que quase triplica fundão eleitoral

FOTO: REPRODUÇÃO

O Congresso Nacional aprovou nessa quinta-feira (15) o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2022. Com a decisão, deputados e senadores saem de recesso na próxima segunda e só voltam ao trabalho no dia 3 de agosto.

O placar foi de 278 votos contra 145 a favor e 1 abstenção. O texto seguirá para sanção presidencial.

Depois da Câmara, o Senado aprovou a LDO, por 40 votos a favor e 33 votos contrários. O placar apertado reflete a insatisfação de senadores com a proposta de aumentar o fundo eleitoral para R$5,7 bilhões durante o ano eleitoral. O valor representa quase o triplo do previsto para a eleição passada.

Horas antes, em sessão na Câmara, os deputados já haviam votado a proposta de manter o fundo eleitoral, e vetaram um destaque do partido Novo, que buscava reduzir o montante para R$ 2 bilhões.

Orientaram sim à proposta (e portanto na prática a favor do novo fundão): PSL, PL, PP, PSD, MDB, PSDB, DEM, Solidariedade, Pros, PSC, PTB e Cidadania. Já os partidos que orientaram “não” ao projeto foram PT, PSB, PDT, Podemos, PSOL, Novo, PV, Rede e a liderança da Oposição.

Da bancada federal do Rio Grande do Norte, cinco dos oito deputados votaram a favor do projeto que triplica o fundão eleitoral: Beto Rosado (PP), Benes Leocádio (Republicanos), João Maia (PL), Carla Dickson (PROS) e general Girão (PSL). Apenas Rafael Motta (PSB) e Natália Bonavides (PT) foram contra a proposta. Walter Alves (MDB) não participou da sessão.

Pelo twitter, Rafael Motta classificou como “inaceitável” o reajuste:

Também pelas redes sociais, o general Girão Monteiro (PSL), que votou “sim” ao projeto, afirmou que a posição dele foi pela aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias. Embora não tenha havia votação em separado, ele disse ser contra o reajuste no fundo eleitoral:

– Ao contrário do que diz a velha e a nova esquerda, não votaram contra o aumento do Fundo Partidário e Fundo Eleitoral. Votaram contra a Lei de Diretrizes Orçamentárias. Ou seja, contra o governo e as diversas emendas benéficas para o país. Votei Sim ao PLN 3 por entender a necessidade de aprovar as metas para o ano de 2022 para saúde, segurança pública e muito mais. Porém, registro meu voto contrário ao aumento do Fundo para R$ 6 bilhões. Repudio totalmente o aumento do Fundão”, tentou justificar.

Senado

Como houve a derrubada do destaque pelos deputados, não cabia ao Senado abrir novas discussões ao texto já aprovado. Os senadores só podiam, portanto, votar o texto principal da LDO. Os três senadores do RN – Jean Paul Prates (PT), Styvenson Valentim (Podemos) e Zenaide Maia (PROS) votaram “não”.

Ainda assim, o senador Jean Paul Prates (PT/RN) justificou o reajuste no fundo para financiar a democracia e fornecer a candidatos pobres as condições para fazer suas campanhas:

– Com todo respeito a quem estreita o argumento a essa questão de realocar recursos. Pelo amor de Deus! Nós estamos aqui reduzindo da saúde R$ 34 bilhões e estamos reclamando de R$ 5 bilhões que vão financiar a democracia de forma igual, propiciando que candidatos pobres possam ter condição de percorrer as favelas, os igarapés, as ruas e os roçados do país? Isso é completamente desproporcional”, afirmou.

Já o senador Styvenson Valentim (Podemos-RN) criticou a proposta:

– A população brasileira não suporta mais assistir tudo isso, ter serviços públicos cada vez piores e disponibilizar para o fundo bilhões, dos quais dois partidos políticos vão levar uma boa e grande fatia. Seriam o PT e o PSL — disse o parlamentar.

Com informções da Agência Saiba Mais

Emendas de Rafael Motta na LDO incentivam investimentos em turismo, energias renováveis e educação

TRÊS EMENDAS APRESENTADAS PELO DEPUTADO FEDERAL RAFAEL MOTTA (PSB) NA LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS (LDO) 2022 E APROVADAS PELO CONGRESSO NACIONAL, NESTA QUINTA-FEIRA (15), BENEFICIAM DIRETAMENTE O RIO GRANDE DO NORTE. FOTO: DIVULGAÇÃO

A primeira inclui como meta e prioridade do Orçamento do próximo ano o apoio a projetos de infraestrutura turística no Estado, um dos destinos mais procurados do país. Já a segunda trata da priorização de políticas públicas para estimular a produção de energias limpas. A terceira emenda foca no fortalecimento da educação básica.

“O turismo foi duramente impactado pela pandemia e terá grandes desafios nos próximos anos. Com a aprovação da prioridade na LDO, vamos lutar agora para garantir recursos no Orçamento da União e permitir que o RN tenha condições de se fortalecer enquanto destino no contexto subsequente à crise sanitária”, afirmou Rafael sobre a emenda voltada para o setor que mais emprega no Estado.

Quanto à emenda com foco nas energias renováveis, o parlamentar usou como justificativa o fato de o Rio Grande do Norte ser o principal gerador de energia eólica no país, tendo ultrapassado a marca de 5 gigawatts de capacidade de produção em maio deste ano. Ele argumentou ainda que o Brasil enfrenta uma crise hídrica e a geração de energia eólica corresponde a apenas 13,6% da matriz energética brasileira.

A emenda à LDO que trata da educação básica se refere à universalização do acesso à internet em alta velocidade para escolas, ações para a ampliação de vagas em período integral e melhoria da qualidade em todas as etapas e modalidades de ensino público.

Ensino Superior

Uma outra emenda ao projeto já havia sido apresentada por Rafael Motta na Comissão de Educação, para inclusão do fortalecimento de políticas públicas de valorização do Ensino Superior nas metas e prioridades da LDO de 2022. O texto assegurou a reestruturação e expansão de instituições de ensino, com o aumento do número de vagas, políticas de redução da evasão escolar, além da adequação e da modernização das estruturas físicas.

Assistência Social e Direito da Mulher

Rafael Motta também assinou uma emenda, em conjunto com outros parlamentares, que vai permitir a aplicação de recursos da União para construção e reformas de entidades sem fins lucrativos que atuam na área de assistência social, saúde e educação. Na justificativa, o deputado do RN argumentou que tais instituições compõem uma rede de proteção social à população.

Há ainda uma emenda da bancada feminina que recebeu apoio de Rafael Motta, determinando que o Orçamento da União do próximo ano tenha o chamado Orçamento Mulher, com uma série de recursos para programas e ações destinados à igualdade de gênero, combate à violência doméstica e crimes de natureza sexual. A proposta ainda determina a transparência nos gastos e o impedimento de contingenciamento desses recursos.

Reta Tabajara

Rafael Motta também participou da elaboração das três emendas assinadas pela bancada federal do Rio Grande do Norte. Uma delas reforça a meta proposta por ele de modo individual para maiores investimentos em infraestrutura turística. As outras duas emendas contemplam a adequação da Reta Tabajara, no trecho do entroncamento da BR-226, da BR-101 e da BR-304, e mais recursos para investimentos específicos na área da saúde.