4 de julho de 2021 às 17:00
4 de julho de 2021 às 09:30
FOTO: REPRODUÇÃO/TWITTER
O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, afirmou neste domingo nas redes sociais que o presidente Jair Bolsonaro está ‘abraçando de verdade’ a região Nordeste. Marinho destacou o Ramal do Apodi como sendo o maior investimento feito no Rio Grande do Norte durante a história.
O presidente @JairBolsonaro está abraçando de verdade o Nordeste. O Ramal do Apodi é o maior investimento já feito no Rio Grande do Norte em toda a sua história. A obra vai beneficiar especialmente a região oeste do estado e quem mora lá sabe a dificuldade que é viver sem água. pic.twitter.com/aCc0YKWU7t
4 de julho de 2021 às 16:00
4 de julho de 2021 às 08:39
FOTO: DIVULGAÇÃO
Das 4 vacinas contra a covid-19 utilizadas no Brasil para
combater a doença, 3 necessitam da aplicação de duas doses, que devem ser do
mesmo fabricante. São elas: Pfizer, AstraZeneca e CoronaVac. Apenas a Janssen é
administrada em dose única. No entanto, esse cenário muda pelo mundo. Pelo
menos 10 nações optam pela intercambialidade dos imunizantes, ou seja, a
aplicação da 1ª dose de uma vacina e a 2ª de outra. Especialistas avaliam que
essa é uma possibilidade para o Brasil.
Para a infectologista e especialista em vacinas Maria Isabel
de Moraes Pinto, do Exame Imagem e Laboratório/Dasa, esse formato de vacinação
pode ter benefícios.
“A vantagem é que sabemos que vamos ter o Sars-CoV-2 por muito tempo conosco. Então dispor de
vacinas diferentes e fazer essa intercambialidade, pode ser uma coisa
interessante”, diz a infectologista. Ela afirma que é necessário pesquisas que
garantam a eficácia da combinação.
Por outro lado, o epidemiologista Mauro Sanchez, membro da
Sala de Situação da UnB (Universidade de Brasília), diz que deve haver cautela.
Ele pondera que há um esquema de logística para a aplicação das doses no
Brasil, como resguardar a 2ª aplicação para quem recebeu a 1ª, e diz que a
possibilidade de misturar vacinas anticovid pode prejudicar essa gestão.
“A logística poderia ser comprometida se você começasse a
permitir essas mistura de doses sem uma recomendação oficial. Então, ao invés
de ser uma vantagem, pode se tornar um problema”, diz.
Mauro Sanchez fala que apesar dos estudos que foram e estão
sendo desenvolvidos sobre a intercambialidade de vacinas, o risco ou o
benefício da estratégia ainda é desconhecido. “Não tem muitos estudos
consistentes e finalizados para provar que há um benefício muito grande ou que
não há benefício algum”.
BRASIL
O Ministério da Saúde acompanha os estudos que foram
disponibilizados sobre o tema “para que se possa avaliar a efetividade e
segurança das vacinas em situações de intercambialidade, e, com isso, ajustar
ou definir novas recomendações”. Até o momento, a recomendação vigente é para
completar o esquema com o mesmo tipo de vacina.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) também
não recomenda a mistura de doses de diferentes fabricantes . “O entendimento é
que, com as informações atualmente conhecidas, não é possível fazer afirmações
sobre a intercambialidade das vacinas, ou seja, se podem ser substituídas e
combinadas umas com as outras”, disse a agência em resposta ao Poder360.
Segundo a Anvisa, não foram apresentados à organização estudos que tratem da eficácia e geração de imunização a partir de diferentes combinações e esquemas terapêuticos entre vacinas diferentes.
4 de julho de 2021 às 15:00
4 de julho de 2021 às 05:03
FOTO: ELISA ELSIE
A governadora Fátima Bezerra entregou nesse sábado, 3 de julho, títulos de regularização fundiária a 115 famílias do município de Serra do Mel, na região do Oeste potiguar. A ação, executada pela Companhia Estadual de Habitação e Desenvolvimento Urbano (Cehab) em parceria com a Funcern, beneficia cerca de 500 pessoas do conjunto São Francisco I com a documentação legal de casas que foram construídas e ocupadas em 2009, mas que ainda não tinham registro em cartório.
“Não estamos aqui fazendo favor. Agora, podem dizer que a
casinha é de vocês, que poderão passar de geração em geração. Esse é um
programa importante do ponto de vista social, porque as famílias estão
recebendo o que é de direito. Fui eleita para isso, para ser a governadora de
todos e todas”, destacou a governadora Fátima Bezerra.
A ação integra o maior programa de regularização fundiária
do país, em termos proporcionais. Os títulos já registrados em cartório
garantem, de fato, a propriedade dos imóveis com segurança jurídica às
famílias, que passam a ter a titularidade definitiva. No momento, a ação
contempla 17 municípios (22 conjuntos), mas vai alcançar ao todo 55 municípios
só nesta primeira etapa. A meta final é que até 2022 sejam regularizadas 25 mil
unidades habitacionais em todo o Rio Grande do Norte.
O diretor administrativo-financeiro da Cehab, Antônio
Miguel, lembrou que a regularização torna realidade o sonho da casa própria.
Sonho acalentado por mais de 10 anos pela agricultora Maria de Fátima da Silva,
63 anos, que recebeu o documento em nome dos moradores do conjunto São
Francisco 1. Emocionada, ela agradeceu à governadora: “é uma bênção para
todos nós. Eu vivia esperando e agora chegou. Uma boa notícia nesse período tão
difícil de pandemia. Tenho, agora, o meu lar na minha mão”, disse ela, que
trabalha com a venda de castanhas.
Diversas autoridades estaduais, regionais e locais estiveram
presentes à solenidade ocorrida no plenário Vereador José Bento, da Câmara
Municipal. Registraram presença o senador Jean Paul Prates; deputados estaduais
George Sores e Souza Neto; secretários estaduais – Íris de Oliveira (Sethas), o presidente da Fundação José Augusto,
Crispiniano Neto (FJA), Fernando Mineiro (Segri); e o prefeito Josivan Bibiano.
Também esteve presente o presidente da Câmara, Tiago Freitas e mais seis, dos
nove vereadores de Serra do Mel.
“Sem esse documento entregue hoje pelo Governo do Estado não
é possível fazer nada, nem se sentir dono. A regularização é atenção e respeito
aos mais carentes”, garantiu o deputado George Soares. Já Souza Neto ressaltou
o fato da Cehab entregar a documentação completa, sem a necessidade de onerar
os beneficiários com o registro em cartório.
No evento, o secretário de Gestão de Projetos e Metas e
coordenador do Governo Cidadão, Fernando Mineiro, lembrou que além da
regularização, o governo tem feito grandes investimentos na região, como as
estradas do Caju e da Castanha.
REGULAR
O projeto de Regularização Fundiária Urbana é uma parceria
da Companhia Estadual de Habitação e Desenvolvimento Urbano com a Funcern. Só
em junho, cerca de 1500 pessoas, de seis municípios, foram beneficiadas com a
entrega de 357 títulos. Para julho, a previsão é de que sejam entregues outros
650 títulos, e em agosto mais 90, em cidades por todo o estado.
Só em Natal serão 11 mil escrituras, das quais três mil já
estão com processo de regularização fundiária concluído, aguardando somente o
registro dos cartórios. Todas essas propriedades estão na Zona Norte de Natal,
em locais como Gramoré, Nova Natal e Eldorado. O recebimento das escrituras
deve ocorrer ainda em 2021.
São Gonçalo do Amarante, na grande Natal, também já foi uma
das cidades beneficiadas. Lá foram entregues quase 550 escrituras públicas às
pessoas que receberam a unidade habitacional há 10, 15 anos, e só agora estão de
posse da documentação legal.
4 de julho de 2021 às 14:45
4 de julho de 2021 às 04:57
PREFEITURA REAFIRMA SEU COMPROMISSO E RESPONSABILIDADE NA ADMINISTRAÇÃO DE TODAS AS DOSES RECEBIDAS NO MUNICÍPIO. FOTO: DIVULGAÇÃO
Sobre a notícia de doses vencidas de vacina contra a
covid-19 do imunizante AstraZeneca, a Prefeitura de São Gonçalo do Amarante/RN
esclarece que as duas doses atribuídas ao município não estavam vencidas e
foram aplicadas dentro da validade.
O lote em questão é o 4120z001 e tinha validade até 29 de
março de 2021. Chegou ao município no dia 25 de fevereiro e foi administrada no
dia 10 de março, ou seja, dentro do período de validade. A Secretaria Municipal
de Saúde já entrou em contato com os usuários e confirmou as datas.
A inconsistência apresentada é um erro de digitação na data
da aplicação. Ao invés de ser registrada no ‘RN Mais Vacina’ com data de 10 de
março, dia exato da aplicação da D1, foi registrada com a da segunda dose (D2),
dia 15 de abril, o que foi comprovado com o cartão de vacina do usuário.
A Prefeitura de São Gonçalo do Amarante reafirma seu
compromisso e responsabilidade na administração de todas as doses recebidas no
município, e com a meta de vacinar, o mais rápido possível, toda população.
4 de julho de 2021 às 14:30
4 de julho de 2021 às 04:52
FOTO: DIVULGAÇÃO
No dicionário, DOAR significa “transferir gratuitamente a
outra pessoa, de forma legal, um bem, quantia, imóvel ou vantagens, que antes
era de sua posse”. Contudo, doar é muito mais do que isso. Doar, literalmente,
nos faz sentir bem. O ato de doar contribui efetivamente com a transformação
para o melhor da sociedade, das instituições e, principalmente, das pessoas. A
doação pode ser com dinheiro, tempo, talento, roupa, brinquedo, comida ou o que
você quiser. É um ato de desprendimento, renúncia, entrega e amor ao próximo.
Ao longo dos seus 26 anos de existência, a Casa Durval Paiva
vem mostrando como essa pequena palavra conseguiu transformar a vida de
milhares de famílias. Em 2020, através da sua equipe multidisciplinar, composta
por assistente social, dentista, fisioterapeuta, psicóloga, nutricionista,
terapeuta ocupacional, pedagoga, farmacêutica e setor de diagnóstico precoce,
foram realizados mais de 10.000 atendimentos.
Aliado a isso, a instituição ofereceu aos seus acolhidos
mais de 28 mil refeições e 4 mil hospedagens, com traslado para consultas,
exames e cuidados médicos. Como forma de ajudar na nutrição dos pacientes e
seus familiares, a Casa Durval Paiva distribuiu cerca de 2 mil cestas básicas
completas. Tudo isso, graças às doações recebidas, financeiras ou não
financeiras.
Em conjunto ao atendimento direto, prestado aos pacientes, a
instituição também preza e pensa no futuro dos acompanhantes, através da
realização de cursos profissionalizantes, por meio da Casa dos Ofícios, onde
eles aprendem uma profissão e podem constituir uma fonte de renda para toda a
família. Além disso, todos os acompanhantes têm direito a consultas com a
equipe técnica, durante sua estadia na Casa Durval Paiva.
Como sua vertente de apoio social, a Casa Durval Paiva
promove, há 23 anos, o “Projeto Vida”, que já garantiu acesso a uma habitação
segura e saudável, para mais de 230 famílias, com a reforma ou construção de
novas moradias. Contribuindo para a qualidade de vida de crianças e
adolescentes em tratamento contra o câncer e doenças hematológicas crônicas,
bem como, para os seus familiares.
Em reconhecimento a esse trabalho prestado pela instituição
e por sua transparência na gestão dos recursos e na demonstração de resultados,
a CDP foi eleita a Melhor ONG do Nordeste, em 2017, e a Melhor ONG do Brasil,
em 2018, pelo prêmio “Melhores ONGs” do Instituto DOAR. Em 2020, recebeu a
importante Certificação Padrão Doar de Gestão e Transparência.
No processo de captação de recursos, por meio de editais, a
instituição já foi contemplada com projetos aprovados pelo Conselho Estadual
dos Direitos da Criança e Adolescente (CONSEC) e Conselho Municipal dos
Direitos da Criança e do Adolescente de Natal (COMDICA), Fundo da Infância e da
Adolescência (FIA). Através do Programa Lei Djalma Maranhão de Incentivo à
Cultura, garantiu recursos advindos do Banco do Brasil; pelo Programa Lei
Câmara Cascudo, recursos do Instituto Neoenergia. Além disso, teve a
contribuição de instituições como Fundação Abrinq, Volkswagen e Criança
Esperança.
A luta contra o câncer infantojuvenil continua sendo a
bandeira da Casa, através de palestras, entrevistas, busdoor, outdoor, spots,
VTs, mobiliário urbano e mídias sociais, divulgando os principais sinais de
alerta do câncer, buscando assim conscientizar a sociedade, para maiores
chances de cura, quando o diagnóstico da doença é feito precocemente.
4 de julho de 2021 às 14:15
4 de julho de 2021 às 04:49
FOTO: ILUSTRAÇÃO
Que a Covid-19 é uma doença multissistêmica, atacando diversos
órgãos do corpo ao mesmo tempo, os médicos já sabem. Os fatores de maior risco
associados à piora do quadro clínico também já foram descritos.
Um desses fatores, encontrado a partir de estudos feitos em
todo o mundo, é ser do gênero masculino. Já foram investigados marcadores
genéticos –homens possuem cromossomos X e Y, enquanto mulheres têm dois
cromossomos X–, imunológicos –homens são mais suscetíveis a doenças infecciosas
do que as mulheres, que têm maior incidência de doenças autoimunes– e metabólicos,
incluindo a maior ocorrência nos homens de comorbidades em conjunto –como
doenças cardíacas, diabetes, hipertensão, dentre outras.
Agora descobriu-se que o sistema endócrino (responsável pela
produção de hormônios) também parece estar envolvido. A ciência ainda não sabe
quais são os mecanismos biológicos por trás dessa maior gravidade em homens,
mas tudo parece estar ligado à presença do hormônio sexual masculino, a
testosterona.
Um estudo ainda em andamento na Faculdade de Ciências
Farmacêuticas da Universidade de São Paulo de Ribeirão Preto está buscando a
resposta para por que em homens com quadro agravado de Covid o nível de
testosterona no sangue é menor.
Os resultados preliminares da pesquisa, coordenada pela
imunologista Cristina Ribeiro de Barros Cardoso, já demonstram que a baixa
quantidade de testosterona é vista tanto em homens com 35 anos e quadro
agravado de Covid quanto naqueles de 70 anos, que já possuem naturalmente taxas
mais baixas desse hormônio.
Primeiro, os pesquisadores examinaram um banco de dados do
Grupo Fleury e do Hospital Sírio-Libanês, com informações de mais de 480 mil
brasileiros, dos quais 25.808 (12.677 mulheres e 13.131 homens) tinham algum
diagnóstico positivo para Covid (por exame RT-PCR ou de anticorpos), e viram que
os homens em geral possuem marcadores de maior risco para a doença, como
colesterol alto e hiperglicemia.
Depois, coletaram amostras de sangue de cerca de 300
pacientes que foram atendidos em hospitais da região de Ribeirão Preto.
“A nossa análise do banco de dados é mais macro, como se
fosse uma amostra representativa da população. Agora, com os dados dos
pacientes, que inclui desde casos assintomáticos com resultado positivo para o
coronavírus até internados em UTIs, estamos investigando em termos moleculares
os mecanismos associados a essa baixa taxa de testosterona”, diz Cardoso.
A pesquisadora elenca duas hipóteses prováveis para o baixo
nível do hormônio em homens com Covid grave.
“Uma seria que ela é de fato produzida em baixa quantidade
porque a infecção ataca as glândulas [como os testículos] produtoras de
testosterona. Essa é a que nós sentimos ser a menos provável. A outra é que ela
é produzida normalmente, porém é consumida em excesso, talvez em uma tentativa
de regular a inflamação, mas que poderia, também, aumentar a infecção do vírus
nas células. É isso que queremos investigar.”
Segundo esse e outros estudos, a testosterona é um hormônio
facilitador da entrada do vírus nas células, mais especificamente por estar
envolvida na produção de uma enzima chamada serina protease transmembranar 2
(TMPRSS2).
Em linhas gerais, o Sars-CoV-2 infecta as células ao ligar a
proteína S do Spike (ou espícula do vírus) à enzima ECA2 (enzima conversora de
angiotensina 2), presente em células de mucosas que revestem órgãos do aparelho
respiratório, entre outros.
A TMPRSS2 é responsável por deixar a proteína S do
coronavírus com um encaixe mais perfeito para a ligação com a célula —no termo
médico, a clivagem da proteína.
“Ao mesmo tempo que a testosterona tem um papel
anti-inflamatório que poderia ajudar a conter o processo de inflamação, na sua
produção ocorre a ativação de genes responsáveis por produzir a TMPRSS2, que
ajuda o vírus a entrar na célula. Acreditamos que deve haver um ajuste muito
fino para impedir essa desregulação hormonal”, explica.
No final de maio, um artigo publicado na revista científica
Jama (Journal of the American Medical Association) já havia demonstrado uma
associação entre a baixa concentração de testosterona e maior risco de
hospitalização por Covid-19.
O estudo avaliou 152 pacientes que buscaram atendimento
médico entre março e maio de 2020 com sintomas de Covid. Destes, 90 eram
homens, dos quais 84 foram hospitalizados.
Os pesquisadores fizeram coletas de sangue no dia de
admissão no hospital e depois nos dias 3, 7, 14 e 28 após a entrada e notaram
uma queda de 65% a 85% na taxa de testosterona dos pacientes graves e
hospitalizados em comparação aos casos moderados. Já os outros hormônios
estudados, o estradiol (feminino) e o hormônio do crescimento (cuja produção
está ligada aos hormônios sexuais), não sofreram alteração.
Em geral, a concentração mais baixa foi observada no
terceiro dia após admissão hospitalar e esteve associada a uma piora do quadro.
Já no dia 28, os níveis voltaram ao inicial. Tendo em vista essas evidências,
Cardoso afirma que o início da queda de testosterona em homens poderia ser
usado como forma de diagnosticar se aquele paciente terá um quadro agravado ou
não.
“Muitos pacientes buscam atendimento na fase leve ou
moderada e ainda não requerem suporte ventilatório com intubação, ou seja, a
Covid ainda não evoluiu para uma condição pior. Então o nosso estudo poderia
contribuir para identificar esse ‘ponto de virada’, quando o paciente ainda
está com a doença moderada, antes do estado grave.”
Mas Cardoso faz uma ressalva e contraindica o uso de
suplementação hormonal como maneira de driblar uma piora do quadro clínico de
Covid.
“Nesse momento, ainda não sabemos o papel que a
suplementação de testosterona ou o tratamento com bloqueadores hormonais pode
trazer, isso está sendo investigado. Até mesmo pelos motivos citados acima, de
a testosterona facilitar a entrada do vírus nas células, uma suplementação pode
ter o efeito contrário e piorar o quadro”, explica.
O projeto do consórcio ImunoCovid, que inclui pesquisadores
de diferentes áreas de atuação da USP de Ribeirão Preto e da Universidade
Federal de São Carlos, recebeu apoio da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa
do Estado de São Paulo) e da USP Vida (programa criado para fazer avançar
pesquisas e ações para compra de insumos para Covid-19). A expectativa é que
dentro das próximas semanas os primeiros resultados sejam divulgados oficialmente
pelo grupo.
4 de julho de 2021 às 14:00
4 de julho de 2021 às 04:30
FOTO: CANINDÉ SOARES
É com cautela que o setor se turismo potiguar entra neste
novo semestre de 2021, mesmo com a perspectiva de controle da pandemia da
covid-19, responsável por, na visão dos próprios representantes do setor, ter
levado o segmento praticamente à falência. O anunciado aumento do número de
voos para o Rio Grande do Norte, que deve chegar a mais de 98% do que era em
2019, e o avanço da vacinação para o controle da pandemia, são os principais
fatores que trazem boas perspectivas, mas a recuperação só deve ganhar fôlego a
partir de 2023. A expectativa da Secretaria Estadual de Turismo (Setur/RN) é de
que o fluxo de turistas este ano chegue a 70% do fluxo de 2019.
As companhias
aumentaram frequência e destinos importantes como São Paulo, Rio de Janeiro,
Brasília, além de Recife e Fortaleza
Com base nas buscas por pacotes de viagens no portal
Decolar, Natal está entre os três destinos mais procurados no Nordeste pelos
brasileiros para as férias de julho deste ano. Dos 15 destinos citados, aqueles
de praia são predominantes no levantamento, com Rio de Janeiro, Maceió, Natal,
Porto Seguro, Fortaleza, Porto de Galinhas, Salvador, Recife, Florianópolis,
Maragogi, João Pessoa e Jericoacoara. “Compreendemos que esse é um momento
essencial, por isso estamos realizando muitas ações de promoção do destino e
esse é um dos resultados que irá colaborar com a retomada do turismo no
RN”, pontuou Bruno Reis, diretor da Empresa Potiguar de Promoção Turística
(Emportur).
No último verão, quando a situação da pandemia da covid-19
se assemelhava ao momento atual e sem o atenuante da vacinação, a Pesquisa de
Sondagem Empresarial, do Ministério do Turismo, feita com agências e
organizações de viagens com base em clientes que procuraram por pacotes,
apontou a capital do Rio Grande do Norte como destino mais procurado por
pessoas que desejavam viajar, seguida por Foz do Iguaçu, no Paraná, e
Fortaleza, no Ceará.
“As agências estão sentindo o crescimento. O melhor mês de vendas é este, julho, desde o início da pandemia. Hoje estão sendo oferecidas muitas oportunidades de preços e as pessoas estão querendo viajar. O turismo regional continua forte, dentro do estado e para estados vizinhos, mas cresceu o nacional também. Com isso, acreditamos que avançamos uma etapa”, avaliou a presidente da Agência Brasileira de Agências de Viagens, seccional do Rio Grande do Norte (ABAV- RN), Michelle Pereira.
4 de julho de 2021 às 13:45
4 de julho de 2021 às 04:25
FOTO: ILUSTRAÇÃO/GETTY
No dia 5 de maio de 2011, os 11 ministros do Supremo
Tribunal Federal (STF) decidiram de forma unânime reconhecer as uniões
homoafetivas como entidades familiares no Brasil. Uma década depois, a decisão
ganha peso em um contexto no qual muitas famílias formadas por pessoas LGBT+
sentem avançar discursos de ódio e intolerância no país. Mais do que um recurso
para permitir “toda forma de amor”, a decisão garante aos casais o acesso
a uma série de direitos negados por anos, como acompanhamento em hospitais,
direitos de sucessão e previdenciário, benefícios fiscais e adoções.
Dados da Associação dos Notários e Registradores do RN
(Anoreg-RN) apontam que, desde o estabelecimento da união estável em 2011, o
Rio Grande do Norte teve 257 uniões homossexuais registradas. Os números caíram
desde o começo da pandemia e, até o momento, 2021 registrou o menor número de
uniões desde a conquista do direito, com 8 uniões celebradas.
O reconhecimento da união estável homoafetiva abriu as
portas para a conquista de outros direitos: dois anos depois, em 2013, uma
resolução do Conselho Nacional de Justiça determinou que nenhum cartório
poderia rejeitar a realização de casamentos homoafetivos no Brasil. Até então,
os casais precisavam entrar na Justiça para garantir o direito e, a depender do
local onde o casal morava, poderia ter negado seu direito ao casamento pelo
cartório.
Segundo a Pesquisa de Registro Civil feita pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no ano de 2018 o RN bateu o
recorde de casamentos celebrados entre casais LGBT até então. Foram 114, 60,5%
a mais em relação ao ano anterior. Em 2019, o recorde foi batido: foram 124 casamentos
homoafetivos celebrados no Estado. Em reportagem publicada na TRIBUNA DO NORTE
em maio de 2019, muitos dos casais relataram que o medo de perder direitos foi
um dos principais motivadores para oficializar as uniões.
Coordenadora de Diversidade Sexual e Gênero da Secretaria de
Estado das Mulheres, Juventude, Igualdade Racial e Direitos Humanos (SEMJIDH),
Janaína de Lima, explica que a decisão veio para reconhecer juridicamente uma
realidade já existente no Brasil. “No debate público, essas famílias não
existiam. Só existia a família representada pela concepção heteronormativa, mas
a verdade é que a família ‘não-tradicional’ sempre existiu no Brasil.
Reconhecer que essa família existe é um passo para reconhecer e compreender a
realidade da população LGBT no Brasil”.
Segundo a coordenadora, que também preside o Comitê Estadual Intersetorial de Enfrentamento à LGBTfobia, a partir dessa decisão, ampliou-se a possibilidade de coletar dados e informações para entender melhor a realidade dessas famílias. “Um dos grandes obstáculos para a formulação de políticas públicas para a população LGBT como um todo é a carência de dados sobre essa parcela da população. Isso é mais um caminho para mapear esse aspecto da realidade brasileira”, completa Janaína.
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