Um traficante internacional de drogas foragido da Justiça do
Rio Grande do Norte, preso na última sexta-feira (23) em Aracaju, foi
transferido para Natal nesta terça-feira (29), segundo confirmou a Polícia
Civil do Rio Grande do Norte.
No início da tarde, ele prestou depoimento à Divisão
Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado (Deicor) e será
entregue ao sistema prisional, de acordo com a corporação.
Samuel Jácome de Oliveira foi detido na praia de Aruana, na
Zona de Expansão de Aracaju, na última sexta-feira (25). Ele estava na lista de
procurados da Interpol – Organização Internacional de Polícia Criminal – e
vivia escondido em Sergipe com documentos falsos, segundo a Polícia Civil.
No momento da prisão, ele estava alcoolizado e apresentou
resistência à ação. De acordo com a polícia, Samuel e outros sete familiares
são braços de um grande traficante de drogas e atuam internacionalmente no
crime. Após a expedição de mandado de prisão por tráfico de entorpecentes e
associação para o tráfico, a polícia potiguar solicitou apoio à polícia em
Sergipe, onde ele estava.
Segundo a investigação, o traficante se apresentava com
nomes diferentes e vivia em ostentação com festas em casarões na zona sul de
Aracaju, região onde foi identificado, localizado e preso.
A Polícia Civil afirmou que ele já é condenado por tráfico e também é alvo de pelo menos outras duas investigações. Em 2013, Samuel e mais 11 detentos fugiram do Centro de Detenção Provisória (CDP) da cidade de Patu, na região oeste do Rio Grande do Norte, usando uma hélice de ventilador. Meses depois, a polícia paulista o prendeu transportando da capital paulista para o Oeste do Rio Grande do Norte 450 quilos de Maconha. Ele cumpria pena no CDP de Patu (RN) por tráfico de drogas em São Paulo.
A deputada federal Natália Bonavides (PT/RN) protocolou uma
Notícia de Fato no Ministério Público Federal contra as emissoras de televisão
RedeTV! e TV a Crítica, que transmitiram prática de LGBTfobia por parte do
apresentador Sikêra Júnior em seu programa. Às vésperas do dia internacional de
Orgulho LGBTQIA+, o apresentador, na edição do dia 25 de junho de 2021 do
programa Alerta Nacional, proferiu um discurso contra pessoas LGBTQIA+.
Supostamente criticando um comercial de uma empresa de hambúrguer, o
apresentador disse que os publicitários que fizeram a propaganda tinham uma
“tara” e o fizeram porque “não procriam” e se tratou de uma conspiração da
comunidade LGBTQIA+ para destruição das famílias.
“O apresentador, em um discurso de ódio, tentou associar a
comunidade LGBTQIA+ à pedofilia. Foi homofóbico em canal aberto. O que ele
falou já seria crime se tivesse feito numa conversa de amigos, por meio da prestação
de um serviço público é mais grave! A emissora tem responsabilidade sobre os
programas transmitidos por ela. É urgente que a procuradoria atue para punir as
condutas criminosas e para reparar o dano já causado”, destacou Natália
Bonavides.
A RedeTV!, emissora em questão, já teve sua transmissão
suspensa por determinação da Justiça Federal de São Paulo em 2005 justamente
por violar o interesse público na prestação do serviço e por descumprir ordem
judicial de exibir programas de contrapropaganda a mensagens nocivas às
minorias, divulgadas pelo programa “Tarde Quente”. Isso aponta violação
contumaz das condições da prestação do serviço público, o que indica a
necessidade de uma punição mais grave.
Na notícia de fato, a parlamentar solicita que haja
“abertura de inquérito para apuração dos fatos narrados e posterior
oferecimento das respectivas medidas necessárias para punição dos responsáveis
pelas condutas ilegais e para que sejam adotadas as medidas reparadoras, como a
transmissão de programas educativos contra a LGBTfobia na grade das emissoras
e, preferencialmente, incluídas nas edições do programa ‘Alerta Nacional’”,
além do envio da Notícia de Fato para o Ministério Público Estadual para
proceder a ação para punir penalmente o apresentador.
Os principais monumentos, pontos históricos e sítios de
interesse cultural e patrimonial fazem parte do projeto “Roteiros Culturais
Virtuais”, elaborado pela Prefeitura do Natal através da Secretaria de Cultura
de Natal. No site www.secultnatal.com.br o público terá acesso ao passeio
virtual separado por categorias: Roteiros Culturais, Arte Urbana, Intervenções
Artísticas, Monumentos, Mercados Públicos e Esculturas, além de um passeio pelo
Museu de Cultura Popular Djalma Maranhão e a Biblioteca Esmeraldo Siqueira,
equipamentos administrados pela Prefeitura do Natal. A pesquisa foi realizada
pelos Departamentos de Patrimônio Cultural e Programas, Projetos e Eventos
Culturais.
Através de imagens e em formato 360º, o público terá acesso
a pontos como o novo Horto Municipal, o Mural na lateral da Escola Estadual
Walfredo Gurgel, a escultura de Augusto Severo, o Monumento a Pedro Velho, o
Painel das Mães, a Escultura de Dinarte Mariz, o Obelisco Tavares de Lyra, a
Coluna Capitolina, o Monumento da Bíblia, a Pedra do Rosário e mais de 100
pontos de interesse cultural e histórico.
Cada destaque apresenta um texto elaborado por especialistas
da Secretaria de Cultura de Natal (Odinelha Targino, Fernanda Ferreira e Graça
Cavalcante) e fotos de Ridalvo Felipe.
Para o secretário de Cultura de Natal, Dácio Galvão: “O projeto
vai possibilitar rotas de bens materiais e imateriais, fixar a identidade e
projetar a cidade para além do território físico. Cosmopolitiza e a insere em
cadeias produtivas gerando emprego e circulação de capital na economia
criativa”.
O site da Secretaria de Cultura está em constante
atualização com novos pontos históricos, permitindo que o conteúdo seja
utilizado por escolas e pesquisadores.
ROTEIROS CULTURAIS VIRTUAIS
Prefeitura do Natal-Secretaria de Cultura de Natal
No dia 29 de junho de 1915, às 13 horas, na Avenida Rio
Branco, no bairro da Ribeira, surgia o ABC Futebol Clube. O tradicional clube
potiguar completa 106 anos de histórias nesta terça-feira, 29 de junho.
Dentro da programação de aniversário, o clube realiza hoje
uma Missa em Ação de Graças, às 19h30, no estádio Frasqueirão. A celebração
será presidida pelo Padre Antônio Murilo, que sempre deixou clara sua torcida
pelo Alvinegro.
Dono de 56 títulos estaduais e de uma Série C do Campeonato
Brasileiro, o ABC tem, no ano do seu 106º aniversário, a missão de sair da
Série D do futebol nacional. Até agora, em quatro jogos, foram três vitórias e
uma derrota, campanha que deixa a equipe na liderança do grupo A3 da
competição, com nove pontos.
Na atual temporada, o Alvinegro acumula façanhas. Com elenco
limitado, o time já superou Botafogo/RJ, time da Série B, e Chapecoense/SC, que
está na Série A, na Copa do Brasil. O próximo adversário na competição é o
Flamengo/RJ, com jogos marcados para 28 de julho e 4 de agosto no Rio e em
Natal, respectivamente. Mas também vem de uma frustação com a perda do título
do Campeonato Potiguar, que seria 57º de sua galeria.
A próxima partida está marcada para o sábado (03), contra o
Caucaia/CE, pela 5ª rodada da primeira fase da Série D. O jogo será no estádio
Raimundão, em Caucaia, às 16 horas.
O apresentador José Luiz Datena decidiu deixar o MDB e se
filiar ao PSL para figurar como uma das opções de centro na disputa pela
Presidência da República em 2022.
A filiação foi acertada em jantar na noite dessa
segunda-feira (28/6) entre Datena e os presidentes nacionais do MDB, deputado
Baleia Rossi (SP), e do PSL, deputado Luciano Bivar (PE).
O encontro ocorreu em São Paulo e contou ainda com a
presença do ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (sem partido-RJ) e do deputado
federal Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).
“O Datena está se filiando ao PSL. Ontem, ele já comunicou
aos amigos para transmitir sua filiação ao partido. Disse que já se considera
filiado ao PSL”, afirmou Bivar à coluna.
Segundo o dirigente do PSL, Datena será candidato, “isso é
indiscutível”, mas ainda não se bateu o martelo a qual cargo. “Acho que a
presidente da República é o foco”, ressaltou.
Já pensando na filiação do apresentador, o PSL encomendou,
há algumas semanas, pesquisa eleitoral para testar o nome dele na disputa para
o Planalto, governo de São Paulo ou Senado.
A coluna não conseguiu contato com Datena. Vale lembrar que o apresentador ensaiou candidaturas em outras eleições gerais e municipais, mas acabou desistindo antes mesmo da campanha.
Depois de comentar, recentemente, a morte do psicopata Lázaro
Barbosa e comparar situação a Lula – “bandido solto gerando gastos” – o deputado
federal General Girão Monteiro voltou a polemizar, ao afirmar que decisões do
Supremo Tribunal Federal (STF) são “provas de amizade entre bandido e justiça”.
Confira o artigo:
Nesta segunda-feira (28), tivemos o desprazer de assistir a mais um capítulo de um enredo pautado pelo que podemos chamar de provas de amizade entre bandido e justiça, bem como de falta de respeito com a sociedade brasileira e com a Justiça. Sim, é verdade, faltam palavras para adjetivar as decisões que vêm sendo tomadas pelo Supremo Tribunal Federal nos últimos anos, principalmente ao emitirem decisões para “sepultar” a Operação Lava Jato. Entretanto, para nos referirmos ao que vem acontecendo diante dos julgamentos daquela Corte sobre a lista de processos do ex-presidiário Lula, acredito que será preciso criarmos neologismos, pois nenhum dicionário é capaz de dispor de palavras para tamanhos absurdos.
O ministro Ricardo Lewandowski decidiu, nesta segunda-feira (28), que a Justiça Federal não poderá mais utilizar as informações do acordo de leniência da Odebrecht em uma das ações penais da Lava Jato contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em outras palavras, isso quer dizer que, o ministro Lewandowski anulou provas que seriam usadas contra Lula no caso da aquisição do terreno, mediante propina, para a nova sede do Instituto Lula, inquérito este no qual o petista chegou a ser considerado réu com mais três pessoas.
Nessa ação penal, o Ministério Público afirma que a construtora Odebrecht comprou um terreno de R$ 12 milhões para o Instituto construir a nova sede. Segundo a denúncia, a compra seria propina para Lula. A defesa do ex-presidiário, obviamente, nega essa acusação.
A decisão é desdobramento do entendimento recente do STF, de que Moro teria agido com parcialidade em relação ao petista, além de ter sido considerado como juízo incompetente para o caso. Afirmamos que o entendimento é recente, porque por mais de sete longos anos da Lava Jato, o próprio STF manteve, o então juiz Sérgio Moro, como competente para as questões que envolviam o Petrolão.
O que o Brasil honesto nunca conseguiu entender nesse caso de sucessivas anulações em benefício do Lula, é porque o Supremo levou sete anos para chegar a essa conclusão? Será que foi para beneficiar Lula com a prescrição de todos os seus crimes? Ou foi apenas para torná-lo imoralmente elegível?
Depois de terem sido gastos bilhões, talvez trilhões de reais para apuração da verdade, todo o trabalho da PF, do MPF, da Justiça Federal, do TRF e do STJ e do próprio STF, que julgou mais de 100 recursos em defesa do Lula, todo esse trabalho realizado durante esse longo período foi jogado na lata do lixo, juntamente com a esperança do brasileiro de ver o fim da impunidade de corruptos como Lula.
Que fique bem claro: as provas estão lá e comprovam os crimes praticados, apenas questões processuais, altamente discutíveis, é que fizeram com que tais provas da corrupção praticada por Lula não pudessem ser usadas. Ou seja, o conteúdo da prova do crime continua válido, mas a forma com que o processo foi conduzido por Moro, essa forma é que foi invalidada e gerou a anulação dos atos processuais.
Outra questão que o brasileiro honesto não entendeu até hoje é porque as ligações telefônicas e mensagens entre os agentes da lei, o juiz e os promotores, evidenciaram a “parcialidade” do juiz Sérgio Moro para o STF. No entanto, este mesmo STF nunca viu nenhuma parcialidade nas decisões de Gilmar Mendes em favor de Aécio Neves, por exemplo, mesmo a PF tendo registrado 43 ligações entre Aécio e Gilmar Mendes em um período de dois meses, tendo uma delas ocorrido no dia em que ministro suspendeu depoimento do senador em investigação, sendo que o mesmo ministro foi relator de quatro inquéritos contra o tucano no STF, que foram arquivados, é claro.
Tais conversas entre Ministros, réus e advogados dos réus no STF são normais e corriqueiras. Isso só para dar um exemplo, que se repete em diversos julgamentos do STF, onde réus e seus advogados mantém diálogos com os “juízes” do caso no Supremo, que, casualmente, proferem decisões favoráveis após tais diálogos.
Então, quando agentes da lei, com o objetivo de fazer Justiça, dialogam entre si para desmantelar quadrilha de corruptos, isso macula os processos de parcialidade, ao ponto de anulá-los, mas quando ministros do STF ligam e recebem ligações de réus em processos que eles próprios julgam no Tribunal, não há afetação da imparcialidade, sendo apenas um diálogo entre amigos, nada mais do que isso. Aliás, diga-se de passagem, decisões proferidas por ministros do STF que são suspeitos por amizade com o réu configuram crime de responsabilidade passível de impeachment do Ministro, conforme previsto no artigo 39, II, da lei 1.079/50.
Que justiça é essa praticada pelo STF, que é rigorosa na aplicação das questões processuais em defesa da impunidade e inoperante na condenação dos corruptos? Que justiça é essa, que fecha os olhos para os casos mais explícitos de favorecimento de “réus companheiros” e enxerga apenas uma “ação entre amigos”? O trato dessas e de outras questões pelo STF reflete uma relação promíscua entre o interesse público e o privado, entre a dignidade da justiça e interesses escusos, ocultos nos umbrais de um Tribunal apodrecido.
Este, meus amigos, é o pior quadro que temos na Justiça do Brasil. Mas, pior ainda é o silêncio da mídia que correu atrás desses escândalos, na época das investigações, e hoje silencia diante das benesses oferecidas ao marginal maior da história do Brasil.
Este é mais um capítulo da agressão contra a Justiça Brasileira e contra a crença da população de que bandidos devem pagar por seus crimes. Este é mais um capítulo que nos envergonha, mas que jamais anulará a nossa luta. Continuamos firmes para lutar por justiça, por retidão, por ordem e por progresso.
A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra,
recebeu nesta terça-feira (29) proposta do senador Styvenson Valentim para uma
grande reforma na Escola Estadual Professora Maria Ilka de Moura, localizada no
bairro do Bom Pastor, ao lado da CPM do 9º Batalhão, Zona Oeste de Natal.
O parlamentar entregou ao secretário estadual de Educação,
Getúlio Marques, e à adjunta da pasta, Márcia Gurgel, um desenho técnico que
será apresentado à equipe de engenharia da Secretaria, responsável pelas obras
nas escolas.
A iniciativa inclui pista de atletismo, ginásio de esportes,
área de lazer com internet e cozinha industrial para aulas de
profissionalização.
“É um projeto muito interessante e bonito. Merece o nosso
reconhecimento e a gente só tem a agradecer. Vai ser muito importante e vai se
somar a um grande investimento que vou anunciar para a Educação”, comentou a
governadora.
O senador destinou emenda no valor de R$ 4,6 milhões para a
reforma. Em dezembro de 2020, a governadora Fátima Bezerra esteve em Brasília,
em reunião com o presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
(FNDE), Marcelo Lopes da Ponte, que assegurou a liberação da referida emenda e
de outras, no total de R$ 35 milhões, para serem aplicados na UERN e na Escola
Maria Ilka de Moura.
O senador se dispôs a acompanhar o secretário de Educação ao
FNDE para tratar novamente do assunto. “Não tinha projeto previsto para
ocupação do terreno da escola. A minha ansiedade é para que a gente consiga dar
celeridade a essa obra”, disse Styvenson, que também consultou o governo sobre
empenho de emenda do seu mandato destinada à saúde.
Na oportunidade, a governadora Fátima Bezerra pediu apoio ao
senador para intervir junto ao governo federal para envio de repasse adicional
aos estados, para custeio das ações de combate à pandemia.
“O governo não fez nenhum repasse adicional neste ano.
Estamos segurando mais de 850 leitos. Pela lei, o governo federal tem que
colaborar e nesse tempo de pandemia essa cooperação se faz ainda mais
necessária”, ressaltou Fátima Bezerra.
Decola e pousa como um foguete, voa como um avião e é
acionado por aplicativo como um Uber. Essas são as características da Aeronave
de Defesa Social (AEDES), drone criado pelo Projeto Smart Metropolis, do
Instituto Metrópole Digital (IMD), que tem previsão para entrar em atividade a
partir do próximo ano, com o objetivo de aumentar a segurança do campus central
da UFRN por meio de escoltamento aéreo e vigilância em tempo real.
Projeto que começou em 2017, o AEDES foi objeto de pedido de
patente no final do ano passado, trazendo consigo uma missão simples, porém
inovadora: sobrevoar, como em uma patrulha policial aérea, trajetos de
pedestres no campus universitário, de maneira a inibir crimes e trazer mais
segurança.
A ideia inicial surgiu durante a disciplina de “Projeto de
Produto V”, do bacharelado de Design da UFRN. Na ocasião, os alunos,
especialmente as mulheres, comentaram que se sentiam desprotegidos enquanto
percorriam o campus universitário em determinados locais e horários, dado o
risco de assaltos e outras abordagens criminosas. Essa inquietação serviu para
a criação da primeira concepção da aeronave, o que marcou o início de anos de
pesquisa e desenvolvimento tecnológico.
“Com o tempo, o projeto foi ganhando outras proporções.
Verificou-se que a UFRN demandava muito esforço para reforçar a segurança,
chegando a dobrar o seu número de câmeras de vigilância. Mas todas essas
iniciativas não trazem a ostensividade do AEDES”, conta o professor Dino
Lincoln Santos, docente do Departamento de Design da UFRN e coordenador do
projeto de pesquisa.
Usuários
Com uma versão prevista para começar a sobrevoar o campus
oficialmente a partir do próximo ano, o AEDES traz uma operacionalização
bastante similar àquela dos aplicativos de transporte urbano. Caso se sinta em
perigo, o usuário – que deve ter acesso à plataforma Smart Campus, embutida no
Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (SIGAA) – pode solicitar,
por smartphone, a cobertura do AEDES e acompanhar, em tempo real, o seu
deslocamento até o local (tempo médio de 30 segundos).
Tudo isso é feito por meio de um aplicativo próprio
disponível dentro da plataforma. Quando a aeronave chega até o local
programado, uma câmera de target tracking (rastreamento do alvo) fixa sua lente
em direção ao aparelho celular e segue o usuário – que pode estar sozinho ou em
grupo.
Tanto suas funcionalidades como seu design original, assim
como a união de características específicas de outros aeromodelos, fizeram do
AEDES uma invenção totalmente inovadora. Enxergando isso, o Smart Metropolis
2.0, junto à Agência de Inovação da UFRN (AGIR), abriu um pedido de patente no
Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) em agosto de 2020,
marcando o início de uma nova fase de criação tecnológica do projeto.
“O AEDES é muito importante para o Projeto Smart Metropolis,
tendo sido nosso primeiro pedido de depósito de patente e se constituindo em
uma solução completamente inovadora. Não existe, até onde sabemos, nada com as
mesmas características no mercado. Trata-se de uma tecnologia com um grande
potencial para ajudar a melhorar a segurança nas cidades”, afirma o professor
do IMD Fred Lopes, coordenador do Smart Metropolis.
Segurança
Tudo no AEDES foi projetado para oferecer uma ampliação da
segurança na área do campus da UFRN – o maior da região Norte e Nordeste –,
reforçando recursos já existentes, como as câmeras de vigilância e as rondas
terrestres. “A presença da aeronave, com seus sons característicos e luzes,
inibe a ação de possíveis criminosos. O efeito é como o de uma viatura
policial, mas cobrindo uma área muito maior”, comenta Santos.
Em respeito às delimitações da Agência Nacional de Aviação
Civil (ANAC), o drone voa à altura média de 70 metros, acima dos postes e
prédios, o que é o suficiente para que a aeronave seja percebida pelos
pedestres e, ao mesmo tempo, não sofra riscos de ser atingida por criminosos.
Além disso, é capaz de percorrer um raio de até 10 quilômetros.
Ainda sobre o quesito segurança, apesar de ter sido criado
para ter a maior autonomia possível, o AEDES, conforme define a ANAC, ainda não
pode ser plenamente autônomo. Ou seja, é preciso que o drone seja sempre
monitorado por alguém vinculado ao serviço de segurança do campus
universitário. Esse controlador humano ficará responsável por fazer a pilotagem
manual da aeronave, observar as imagens captadas e fazer manutenções básicas,
como trocas de bateria e outras operações.
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